Desde 7 de Setembro que não "posto" nada.
Porquê?
Tive a oportunidade, e a satisfação..., de tranquilizar alguns amigos preocupados com o meu estado de saúde, pois não foi esse estado que me impediu de ter estado aqui.
Tudo terá a ver com outras e absorventes prioridades (pessoais no colectivo em que vivemos) no Estado em que estamos. Que não me impediriam de aqui vir, mas que não ajudaram nada à disposição (também de tempo) para aqui comunicar como há tantos anos faço, tendo já ultrapassado largamente o milhão de "visitas".
Ora este número veio auto-responsabilizar-me e acirrar o gosto (e o dever) de comunicar. De desostracizar (!), também por esta via.
Bem... não vou regressar enrolando-me em auto e altero-explicações.
Chegámos, ontem, a este estado... em que só leio e ouço glosas sobre o futuro nosso, e quem o tem nas suas mãos. Se é Marcelo ou não (neste País que já outros Marcelos teve). Paupérrima leitura, pois nunca, por mais influente que seja a função e mais individual o personagem que a desempenha, ou o actor e o papel que representa, nunca o futuro de um Estado, de uma nação, de um povo, está nas mãos de um só personagem ou de um só actor.
Um Orçamento de Estado é documento político muito importante, mas também ele (o documento) não pode ser isolado da política que serve. Depois, chega a ser confrangedora a penúria dos argumentos e interpretações, sobretudo dos que, enroupados de sapiência, revelam ou ignorância ou querer mostrar apenaso que querem que seja visto. lido ou ouvido por quem lhe dá atenção (por vezes forçada, e à má fé). Como poeira ou espuma...
Neste regresso tempestivo, apenas duas observações:
O governo não se demitiu e a AdaR não aprovou uma moção de censura, embora abusadamente tal tenha sido dito. Pelo que, o executivo continua em funções e poderia apresentar outro orçamento. Da não aprovação do OE não resulta a necessária e decorrente dissolução da AdaR pelo PdaR. Que o pode fazer, mas tendo de tomar tal responsabilidade para si.
Segunda observação. O simplismo de dividir os governos, os partidos, as políticas, em direita e esquerda é por demais redutor, tal como a utilização desse simplismo como se fossem palavras-chave e bastante para abrir portas, quando é evidente que o que faz coincidir votações podem ser razões totalmente opostas que o mesmo voto em nada aproximam (aliás, para uns, foi moção de censura e fim, para outros, foi exigência de mais e melhor). De resto, esse simplismo acasala com um outro que é o de reduzir toda a política a votos e eleições, excisando da democracia a sua vertente essencial da participação cidadã.
O País não parou, para curto ou largo intervalo (a duração depende de diferentes objectivos dos actores, de todos, sobretudo dos que não recolheram aos camarins ,ou foram ao bar de S. Bento ou à sala de jantar de Belém), e a luta* continua!
* - que, para que fique claro, entendo ser de classes!
5 comentários:
Bem contestados, os 'simplismos' E bom regresso
E é-o! Bom regresso e um abraço!
E isso mesmo!
Maravilha, sentimos muita preocupação e TANTO a tua falta.
De volta e com sentido critico, lá vamos nós (eu) ler-te, reflectir e aprender.
Grande Beijo,
GR
Um abraço, Sérgio
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