terça-feira, junho 28, 2016

Sanções que fazem comichões!!! - "suficientes" é quanto?


NACIONAL

Decisão tomada em breve

Sanções «simbólicas» em preparação

na Comissão Europeia

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Portugal e Espanha podem ser alvo de sanções «simbólicas», 
avança o Le Monde
O simbolismo pode chegar à perda de fundos estruturais
 e a uma multa até 0,2% do PIB.
http://www.abrilabril.pt/sites/default/files/styles/jumbo1200x630/public/assets/img/uniao_europeia_bandeiras.jpg?itok=ntmPh0ly
As eventuais sanções podem chegar aos 700 milhões de euros
As eventuais sanções podem chegar aos 700 milhões de euros
Le Monde revela que vários comissários europeus defendem a aplicação de sanções a Portugal e Espanha, nem que sejam «simbólicas». A decisão final da Comissão Europeia deve ser conhecida no mês de Julho.
Em causa está a ultrapassagem do limite imposto nas regras europeias aos défices orçamentais. No caso de Portugal, o défice de 2015 fixou-se nos 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), duas décimas acima do máximo permitido.
O simbolismo pode passar pelo corte dos fundos estruturais e por uma multa até 0,2% do PIB, um valor que pode chegar aos 700 milhões de euros em relação a Portugal. A Comissão Europeia reagiu afirmando não estar tomada qualquer decisão sobre a questão.
A Assembleia da República aprovou uma resolução em que era rejeitada a possibilidade de serem aplicadas sanções pelo incumprimento do limite do défice em 2015, um ano em que PSD e CDS governaram durante 11 meses.
«Aplicar sanções a Portugal e a Espanha com base em regras incompreensíveis» é inaceitável
À margem do fórum do Banco Central Europeu, o director de uma organização de análise económica, o centro Bruegel, afirmou ser inaceitável «aplicar sanções com base em regras incompreensíveis». Em declarações à imprensa, o responsável falou num dilema ao nível da Comissão Europeia. Enquanto parte do colégio de comissários quer passar uma mensagem de força através da aplicação de sanções aos países ibéricos, «não é aceitável continuar a depender de regras orçamentais tão rígidas».
«Quanto a Portugal, é tempo de fazer um pequeno ajustamento orçamental para baixar o défice, mas basta fazê-lo gradualmente», concluiu Guntram Wolff. No entanto, não antecipa que haja lugar a qualquer aplicação de sanções a Portugal e a Espanha.
António Costa: «A Comissão Europeia já me desiludiu suficientes vezes»
O primeiro-ministro deposita fé no papel do presidente da Comissão Europeia. Salientando os resultados divulgados ontem da execução orçamental até ao mês de Maio, Costa diz que estamos «muito melhor» do que as previsões europeias apontavam.
«Infelizmente, a Comissão Europeia já me desiludiu suficientes vezes para eu poder ter a certeza de que não me desilude novamente», adiantou António Costa. A possibilidade de aplicação de sanções a Portugal é «completamente disparatada», concluiu
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Trabalho em casa

Crescemos no meio de muito maus exemplos.
É um dos aspectos de uma das muitas desigualdades sociais a terem de/poderem ser corrigidas em que, cá pelas nossas paragens, vimos (e algum pouco contribuímos para...) melhorar.
Mas ainda há muito caminho por/para fazer!
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segunda-feira, junho 27, 2016

Já agora, sobre o referendo na Reino Unido uma nota

Na sequência do "post" anterior, ou melhor, do que o alimentava, Valdemar Cruz deixa uma nota (e outras informações que vale a pena serem lidas) que se quer aqui deixar, pela sua pertinência:

«
2.      Sobre os resultados do referendo na Grã Bretanha, apenas uma nota, face ao verdadeiro golpe em curso no Partido Trabalhista para desalojar Jeremy Corbyn, eleito há sete meses pelas bases com o triplo dos votos dos seus oponentes. Corbyn teve de enfrentar desde início um verdadeiro boicote de um importante grupo de deputados identificados com a ala direita do partido. Não apenas eles, mas também eles, aproveitam agora para tentar dar a estocada final num homem claramente situado à esquerda por não ter conseguido fazer a quadratura do círculo. Isto é, Corbyn, dizem, não teria mostrado grande empenho no voto pela permanência. Como se tivesse sido o dirigente do Partido Trabalhista a convocar ou desejar o referendo. Por isso, como dizia ontem um importante editorial do Guardian, "é preverso culpá-lo pela derrota de David Cameron". Ora cá está uma questão interessante para ser debatida nos próximos tempos: a União Europeia não é uma entidade neutra. Aplica políticas concretas, que exprimem a visão do mundo do dominante Partido Popular Europeu, executadas com a conivência de vários partidos/governos social-democratas. A dúvida, que se materializa na atitude de Corbyn, passa em perceber como é possível, hoje, na Europa, ter uma atitude crítica em relação à UE a partir de um ponto de vista de esquerda sem que, para o discurso dominante nos media, isso não signifique uma de duas coisas, ou as duas em simultâneo: ser colocado no mesmo saco de xenófobos ou neofascistas, ou ser acusado de pretender a implosão da Comunidade com uma visão radical, extremista, por assim a novilíngua ter passado a nomear tudo quanto esteja para lá dos tradicionais partidos da social-democracia, representados em Portugal pelo PS.

(...)»




As eleições em Espanha

Aqui, intentava-se dar informação objectiva sobre as eleições em Espanha. Encontrámo-la no Expresso curto (por vezes acontece...) e reproduzimo-la (os comentários e as reflexões guardamo-las para nós (e, talvez, mais tarde) e para os eventuais passantes:




Por Valdemar Cruz
Jornalista

27 de Junho de 2016
Y ahora qué haces, hermano?



1.       O Partido Popular venceu as eleições legislativas em Espanha. Dos quatro grandes partidos ou coligações concorrentes, foi o único a conquistar mais votos (600 mil num total de 7,9 milhões) e mais deputados (de 123 para 137). Sobe em percentagem, em relação a dezembro, de 28,7% para 33,03%. Inclusive vence na Andaluzia, um feudo do PSOE, mas não consegue o grande objetivo de conquistar a maioria absoluta. O PSOE festeja a circunstância de ter conseguido manter-se como segunda força mais votada, não obstante ter obtido o pior resultado alguma vez conquistado pelo partido desde 1978 (5,4 milhões de votos e 85 deputados, menos cinco que em dezembro). A coligação Unidos Podemos comprova que nem sempre a soma das partes dá um todo mais sólido. O conjunto dos votos (5,04 milhões) de Podemos e Izquierda Unida dá o mesmo número de deputados (71), mas representa uma perda de 1,2 milhões de votos se comparado com as candidaturas em separado dos dois partidos. O Ciudadanos, se foi em dezembro um dos grandes responsáveis pela descida do PP, com perda da maioria absoluta, contribuiu agora para a sua recuperação. O partido de Albert Rivera perde mais de 400 mil votos e oito deputados. Para lá da análise fria dos números, o problema está agora no modo como conseguirão estes partidos encontrar ou não soluções de governo nos próximos 23 dias. O problema é o dia seguinte e ninguém sabe o que pode acontecer. Comprova-se a falência do sistema bipartidário, traduzido numa alternância de décadas entre PP e PSOE. Qualquer dos partidos terá de procurar aliados ou alianças, sólidas ou conjunturais, para poder formar governo. Será complexo. Nem tem a ver com o argumento fácil sobre o que seria o especial caráter dos espanhóis. A questão é mesmo política. Os próximos dias serão de intensas negociações. Rajoy, ao proclamar-se vencedor, reclamou o direito a formar governo. Só o conseguirá se ocorrerem grandes mudanças de posições, em particular no Ciudadanos, mas também no PSOE. Ao longo da campanha eleitoral, nenhuma das principais forças concorrentes recuou um milímetro nas linhas vermelhas previamente estabelecidas para a existência de um acordo de Governo. O calendário começa a ficar cada vez mais apertado, até porque devia ser aprovado até final de setembro o Orçamento para 2017 e a direita tem muito poucas pontes para conseguir alargar a sua base de apoio. A incógnita é o Ciudadanos, cujo líder insistiu até á exaustão durante a campanha a impossibilidade de viabilizar um governo dirigido por Rajoy. Aceitará o PP abdicar do homem que o conduziu em consecutivas vitórias eleitorais e que levou ao extremo a personificação da campanha? E o PSOE? Estará disponível para contrariar tudo quanto disse Pedro Sánchez e viabilizar, nem que seja pela abstenção, um governo do PP? Que custos políticos teria uma decisão dessas? E como poderá proclamar-se partido hegemónico da esquerda e ao mesmo tempo viabilizar a governação de direita? Face aos resultados, a coligação natural seria a do PP com Ciudadanos (169 deputados), insuficiente, contudo, para alcançar os 176 deputados com que se faz uma maioria absoluta. Há muitas equações em jogo neste momento. É preciso contar com os partidos regionais, com as movimentações das múltiplas peças de um xadrez complexo, num país onde as posições se extremaram de tal ordem que ficou pouco espaço para a cedência e o diálogo. Nuestros hermanos estão num labirinto e ontem o El Mundo colocava mesmo à votação dos eleitores quatro hipóteses de formação de governo: PP+C’s(Ciudadanos); PP+PSOE; PP+PSOE+C’s; ou PSOE+Unidos Podemos+C’s. Se a política é a arte do possível, veremos se se esgotam nestes cenários as possibilidades, ou outras hipóteses surgem, como um governo dirigido por um independente passível de ser aceite pelos principais partidos. É a solução tecnocrática já ensaiada em Itália com Mario Monti, mas sem grandes resultados. Por fim, as sondagens corporizam uma das grandes derrotas da noite eleitoral. Falharam em toda a linha. Não aconteceu quase nada do que previram: o PP teve uma vitória bem mais folgada, o PSOE manteve o segundo lugar, Unidos Podemos não ultrapassou o PSOE e o Ciudadanos também esteve longe de manter os votos previstos.

(...)

A NÃO-NOTÍCIA!



releva-se, por nossa conta e risco, 
a reafirmação da necessidade de uma C.I.G.
"convocação de uma cimeira intergovernamental 
com o objectivo da consagração institucional
 da reversibilidade dos Tratados, 
da suspensão imediata e revogação do Tratado Orçamental, 
bem como da revogação do Tratado de Lisboa.",
silenciada (como tudo o resto...),
em confronto com outras posições 
largamente mediatizadas.

domingo, junho 26, 2016

Para este domingo



Depois de ter "ouvisto" (e enquanto!) alguns comentadores e comentários sobre o BRexitout (e sobre o Euro do Foot)... só mesmo o Brel!


JÁ em 1967!


21 de Novembro de 1967

um (quase)diário recuperado - a libra em 1967

26.06.2016

Certa vez, com certeira pontaria (e não é para me gabar pois foi fruto do que li e ouvi… ou até teria talvez plagiado), escrevi que a economia capitalista parecia um castelo de cartas a construir-se sobre areias movediças.

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   O episódio que se vive do BRexit trouxe-me à memória esta frase (pouco) batida.
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E veio desarrumar-me as desarrumadas prateleiras por onde nem os meus livros (os escritos por mim) são fáceis de encontrar… quando nem tãopouco se encontram.

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Mas este, do final de Novembro de 1967, encontrei e deu-me uma especial emoção recordar as condições em que foi feito, editado e distribuído, entre 20 e 30 de Novembro, pela Prelo, antecipando-me (de “raiva”) à impossibilidade da revista Seara Nova a sair a 1 de Dezembro, de publicar qualquer coisa sobre a desvalorização da libra de 19 de Novembro, que então considerei facto transcendente.

 
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·         Então… e hoje!

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·          
·          
·         Então, com o Reino Unido

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Ainda Bretton-Woods se mantinha válido, o dólar amarinhava pela escada de 35US$=1onça de ouro e a convertibilidade se volativizava, últimas páginas:

 


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·         Para acabar… por agora:


          

sábado, junho 25, 2016

Reflexões lentas

Foi afirmado vezes sem conta (e sem conto) que depois de ontem nada ficaria como antes. Mas o facto é que, hoje, por esta parte do mundo temos a funda certeza que hoje – 25 de Junho – nada está como estava a 23 de Junho por ontem ter sido 24 de Junho. E há muitas maneiras de ter consciência desse facto. Que é, de resto, marca indelével de todos os dias vividos, embora só de alguns se tenha consciência.
Mas há. como ia escrevendo…, muitas maneiras de tomar consciência desse facto, e até há a de não ter consciência dele.
Houve quem se teria apressado (precipitado?) a procurar fazer como se nada de relevante, de verdadeiramente transformador (por pouco que fosse...), tivesse acontecido, ou procurado que os interesses dominantes não tivessem sido beliscados ou que, como é de natureza destes, se esteja a catar a forma de reforçar esses dominantes interesses. E há quem debata, especule, perore, teorize, a partir desse lado das coisas. Da lua. Da luta. Da vida.
No entanto, se há esse lado, também outro lado há. Que procura entender e intervir. Que afirma o que se que se quer ignorado ou registado tão-só como sendo o mesmo de sempre... quando é o que sempre busca o novo e o transformador, para que se estima conhecer a dinâmica da História nas suas linhas de força e que sempre prevalecem. Sem prazo ou lugar pré-determinados.


No incessante esforço de não ver só um/o lado das coisas que nos é “oferecido” à saciedade, de a ele juntar – sempre e corrigindo sua menosprezada importância – o que é visto do outro lado, encontrei um pormenor que me pareceu significativo. E que me estava a passar desapercebido no turbilhão dos dias que nos são contemporâneos.
Encerrou-se, a 23 de Junho, o ano lectivo da Universidade Sénior de Ourém. Com missa, almoço e apresentação, em jeito de espectáculo, dos trabalhos de um ano riquíssimo para quem o viveu com a ajuda da associação criada para isso, para nos ajudar a viver.
Não tendo, obviamente, participado em todo o programa, pela minha parte, com a responsabilidade de animar o convívio em duas matérias, quase só preparei, para esse balanço, o prestar contas e aproveitar o que foi a empolgante tarefa colectiva de editar um livro, fruto de uma oficina de leitura e escrita. De cidadania, a outra matéria, falei/falámos quase só num intervalo da despedida do ano passado e já vontade de voltar. 
Lembro que referi ser aquele um dia de coisas importantes para a nossa cidadania, dia de referendo no Reino Unido a que havia que estar atentos e prestei contas de um pequeno trabalho que realizáramos nas últimas semanas, à maneira de teste final. Enumerei uma lista (aberta) com 8 assuntos então muito actuais, e pedi aos companheiros-alunos que escolhessem 5 deles e os colocassem por ordem de interesse… cidadão; depois de um trabalho sobre as duas dezenas de respostas, com critérios de ponderação evidentemente com elevado grau de subjectividade, ordenei a importância dos temas. Nesse ordenamento teve claro destaque a questão das ameaças de sanções da U.E. a Portugal (27%), seguido de um segundo grupo (com 15% e 14%) de três questões ou factos – atentado numa boite de homossexuais, BRexit eleições nos Estados Unidos –, um terceiro grupo (com 9% e 8%) com comemorações do 10 de JunhoEuro de futebol e eleições em Espanha, por último (com apenas 6%) a vinda do ministro da saúde a Ourém.
Os dois extremos merecem-me brevíssimo comentário:
·        Primeiro, a pouca importância atribuída a algo que aconteceu relativo à situação de um problema candente de direitos de cidadania em Ourém, como é o caso da saúde pública;
·        Depois, a sensibilidade revelada por uma questão de soberania nacional, agredida por ameaças a que todas as forças políticas reagiram, de forma não síncrona mas – parece-me, e estes resultados confirmam – reflectindo um sentimento generalizado de repúdio por pressentida prepotência e ataque à independência nacional.

Não há dúvida (ou poucas haverá…): isto anda tudo ligado

sexta-feira, junho 24, 2016

E agora?... - BRexit - 3

(...)
E agora?



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 E agora?,… continuar esta batalha particular da luta global, que, no meu caso, começou – por escrito, e responsavelmente – em 1962, e em que há marcos bem significativos como a Conferência do Partido de 1980.

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Nunca houve ambiguidade da nossa parte, foi sempre uma frente da luta (de classes!).

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Onde tínhamos de estar!

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Com a clara posição de que a Europa é a Europa que foi e que será e que a sequência CEE/Mercado ComumàComunidades EuropeiasàUnião Europeia 'e/são resposta(s) encadeada(s) traduzindo situações da correlação de forças de classe em que a predominante… predomina mas não está sozinha, mas que está condicionada pela classe que não serve, de que se serve, que explora, em que está condicionada pela consciência de classe que as massas, ou pela sua sensibilidade - pelo que não me canso de dizer pela classe em si e pela classe para si -, ou, e sobretudo, pela classe consciente de si, organizada e na luta… de classes.

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Não resisto a reler o que escolhi, há 40 anos, para a contra-capa de uma 3ª edição:

...

de 1976!


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P.S.:
E é ouvi-los!

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Tão sabedores, tão inteligentes, tão dentro dos meandros todos (estive a ouvir – e a aprender com = António Vitorino, Louçã, e mais uns tantos de diferentes sabedorias)... que apenas se esquecem sempre que há gente, que há massas para além das inteligências e das sabenças, suas e de seus pares.


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Revisão de matéria e cábula - BRexit - 2

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Há um “projecto europeu”?, ou escrevendo com  um pouco (só um bocadinho…) de rigor: há um “projecto de integração de Estados europeus”?

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Ou há tal projecto assim como edifício que se vai construindo, ou como caminho que se vai fazendo passo a passo, al andar como cantou o poeta e nós ecoamos?

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Não!, o que tem havido, no pós-guerra, são vários esboços de arranjos macro-estruturais entre Estados europeus, adaptando-os, nas mutáveis correlações de forças sociais, à evolução objectiva da História.

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BENELUX, OECE, FRITAL, CAME, CECA, OCDE, CEE (com CECA e EURÁTOMO), EFTA (AECL) e, a partir do apagamento desta e do desaparecimento do CAME, transformações na CEE em CEs e, depois, em UE como se esta fosse a filha de todas as mães e madrastas, a única e globalizada via, arrogando-se até a tomar abusivamente o nome do continente, substituindo geografia, história, cultura por economia, corrijo: substituindo Europa por União Europeia, isto é, por mercado, finanças, especulação bolsista e bancária, especulação, dívida, défice orçamental,,,  

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Mas esses passos nesse caminho imposto transnacionalmento pela relação social dominante, se numa única direcção sempre foram passos ziguezagueantes e, muitas vezes, de recuo.

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Porque há os povos e porque há que manter a fachada democrática, tem havido que ratificar alguns desses passos mais evidentemente decisivos para os povos e os seus viveres.

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E várias vezes os povos têm dito NÃO ao que aqueles em quem delegaram o poder congeminaram e acertaram entre si (ou a que uns submeteram outros por força dos interesses mais poderosos).

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BRexit não é estreia.

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O noruegueses disseram NÃO à integração por duas vezes (1972 e 1992), os dinamarqueses começaram por recusar Maastrich, obrigaram a malabarismos legalistas em que impuseram, com os britânicos e os suecos, a opção de ficarem de fora de certas Uniões dentro da União Europeia como a Económica e Monetária (coisa de somenos!…), e quando houve a intenção de dar uma passada que tudo varresse de obstáculos com a constituição de uma Constituição (a que chamavam) Europeia, os franceses e os holandeses, em referendos, disseram NÃO, isto é, não deram perna para a passada.

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A “solução” foi radical mas tardia: acabar com os referendos!, e avançar com fórmulas como a do Tratado de Lisboa… sem que os povos tivessem de dizer SIM ou NÃO.

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Faltava esta…, esta do BRexit, que se não viesse agora apenas adiava o que ficou inadiado.

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E agora?

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