sexta-feira, novembro 30, 2012

Três frases a nota das no primeiro dia, cheio de a nota çóes


  1. Governo com quem?... Governo para quê e PARA QUEM!!!
  2. Resistir é já vencer
  3. ... que convirjam ou confluam com a luta mais geral do povo português!
Jerónimo de Sousa
a abrir o XIX Congresso

Hoje-XiX Congresso-Monginho


Excelente!

quarta-feira, novembro 28, 2012

Recorte - A propósito de coisas a mais no País!



(só se tirava a referência
aos transportes públicos...
embora se perceba no contexto.
Tudo o resto é mesmo
A MAIS!)

À derIVA

O carácter predador do grupelho que tomou conta do executivo por via da democracia par(a)lamentar manifestou-se ostensivo e insolente quando um dos seus papagaios justificou o IVA a 23% para a restauração com a sua avaliação de haver restaurantes a mais. Ou teria sido um "acto falhado" de um protagonista menor?

Há restaurantes a maia? Para corrigir tal avaliação, usa-se o IVA, que é um imposto sobre transações (além de se acabar com o feriado da Restauração...)? É um desvarIVA!

Mas (já agora...) não há bancos a mais?, não há transações financeiras e especulativas a mais?, qual o IVA que se lhes aplica?
Não há super e hipermercados a mais?, e com que IVA foi taxada a gigantesca operação financeira de venda de existência com 50% de desconto no 1º de Maio?

Brevíssima

Estes gajos estão loucos... mas não é "de loucura" (e muito menos mansa!)

terça-feira, novembro 27, 2012

A nota ções (no dia de hoje)

Notas:

  • as manifestações de muitos milhares 
    • não violentas (por provocação e mediáticas)
  • a vigília dos militares em Belém
  • o silêncio e a "prudência" presidenciais
  • a vigilância e prevenção constitucional
  • as previsões previsivelmente falhadas
  • as "ocdéticas" perspectivas
    • mais cinzentas (ou até negras!)
  • A Grécia
    • "perdão" da dívida
    • menos 1 p.p. nos juros
    • maior prazo

Uma brutalidade!

Das situações sociais caracterizadoras do Portugal de há (muitas) décadas a que mais me impressionava era a da mortalidade infantil, expressão estatística das vidas ceifadas antes de chegarem ao fim de um ano.

Acabo de ouvir que as estatísticas revelam o óbito de 302 crianças com menos de um ano, mais 46 que há um ano. Isto é, um acréscimo de quase 18%!

Um arrepio na espinha! Que tem de se manter direita.

domingo, novembro 25, 2012

Para este domingo - nunca será demais

Juan Manuel Serrat



Antonio Machado

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;

Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.

Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nuncsar.

Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.

sexta-feira, novembro 23, 2012

Ciclo de Conferências

ÀS VEZES...

Às vezes... há coisas para nós tão evidentes, tão nossas, tão de nós, que pensamos - às vezes... -  que apenas enunciar (ou denunciar) o que é feito à sua revelia, ou contra elas, seria suficiente para mostrar o absurdo ou, até, a inevitável repulsa. Exemplo - Estado-membro e soberania nacional versus competências e orçamento comunitários!

Brevíssima...

Um orçamento... "comunitário"!
Esta... "duvida" de acordo entre os "lideres".
Mas ela não é a "lider dos lideres"?!
Pantominadas como é próprio de pantomineiros! 

quinta-feira, novembro 22, 2012

Tornados - desenho de Monginho

Sucesso?!

  • Anabela Fino


O sucesso... de quem?

Os troikos estiveram em Portugal para mais uma avaliação – a sexta – do «bom aluno», mas desta vez não deixaram ninguém em suspenso pela simples razão de que o resultado já tinha sido anunciado pela autorizada voz da senhora Merkel, precisamente com uma semana de antecedência. Este pormenor, que terá feito com que em vez dos habituais 15 dias os homens da troika só tenham ficado por cá uma semana, não impediu o Governo de rejubilar.
Aliás, antes mesmo de Vítor Gaspar anunciar o resultado ao País já de Braga chegava a convicção do sucesso pela voz de um dos ministros mais versado em avaliações. Falamos em Miguel Relvas, evidentemente, que à margem de outro evento não resistiu ao impulso de dizer estar à espera de que Portugal passasse «com distinção» no exame, que não sendo de faculdade nem por isso era menos previsível.
Quanto ao ministro das Finanças, fez saber que a situação é difícil e muito adversa, mas o programa continua a progredir. O «sucesso» permite libertar uma tranche de 2,5 mil milhões de euros, com chegada anunciada para Janeiro, com o que se atingirá 80 por cento do empréstimo negociado.
Com Portugal no «bom caminho», é curioso que a troika tenha revisto em baixa as suas previsões para 2014: em vez de um crescimento de 1,2 por cento do PIB, fala agora de apenas 0,8 por cento. Nada que preocupe Vítor Gaspar, para quem as estimativas, em 2014, «apontam para uma recuperação da procura interna e um crescimento das exportações», e para a diminuição do desemprego, o qual entrará numa «tendência descendente para 15,9 por cento». E tudo isto apesar dos «riscos e incertezas» que não podem ser ignorados. Gaspar estará a pensar nas consequências do corte de 4000 milhões nas funções sociais do Estado que está a preparar, mas isso também não o perturba, tal como não parece incomodado com o facto de todas as suas previsões saírem furadas.
A conclusão a retirar só pode ser uma; Gaspar, que está longe de ser burro ou incompetente, tem um objectivo inconfessável a alcançar: liquidar o que resta das conquistas de Abril. Será esse o sucesso, que já propagandeia pela Europa, como fez ontem na Alemanha, por que espera ser premiado com distinção. A menos que o povo o «examine» primeiro...

em avante!

Acertando o passo dos dias: 5ª feira > avante!


quarta-feira, novembro 21, 2012

Três tristes (e elucidativos) destaques

Hoje, não deu para (a)postar. Outros valores mais altos se (a)levantaram...
Só agora, ao chegar a casa, posso retirar três breves resumos ou destaques que, enquanto jantava, vi passarem, em roda-pé televisivo, por cima da minha cabeça.
São elucidativos:


  1. Governo português condena ataque terrorista a Tel-Aviv
  2. Obama cumprimenta Nathaniel por ter aceite cessar de fogo
  3. Cavaco Silva congratula-se por proposta de duodécimos estar a ser discutida

Assim se faz a informação!

OUTRA INFORMAÇÃO - Gaza

Assassinato de crianças em Gaza por militares de Israel
 Crianças assassinadas no ataque de Israel contra Gaza

Agressão a Gaza: 

o mundo não pode mais tolerar isso, 

diz Dilma

A presidenta telefonou ao secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon, e pediu a convocação extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para deter o "uso desproporcional da força" por parte de Israel, no massacre aos palestinos na Faixa de Gaza; no dia de ontem (18) prédio residencial foi atacado e quatro crianças foram assassinadas.

Enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido legitimam os ataques de Israel contra alvos civis na Palestina, a presidenta Dilma Rousseff se levantou para condenar o "uso desproporcional da força" por parte do Estado judaico e a inércia da ONU frente ao conflito. A pedido do presidente do Egito, Mohamed Mursi, ela telefonou, na noite deste domingo (18), para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pedindo a convocação extraordinária do Conselho de Segurança na busca de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Em qualquer assunto, como foi no caso do Congo, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu imediatamente. Mas quando se trata do Oriente Médio, nada. Não dá para continuar esta inércia no tratamento do Oriente Médio", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência.

Diante da gravidade dos ataques no dia de ontem (18), o Governo brasileiro também não descarta em assumir um papel mais central na questão como mediador. Um bombardeio por parte de Israel atingiu um prédio residencial, matando 11 civis, entre eles, quatro crianças.

A agência Reuters informou que pelo menos 11 civis palestinos, incluindo quatro crianças, foram mortos neste domingo (18), após um ataque aéreo israelense contra um prédio na Faixa de Gaza, no pior ataque por parte do Estado judaico em cinco dias de confrontos.

Israel sinalizou que uma possível invasão terrestre na área controlada pelo Hamas poderia ser o próximo passo para uma maior ofensiva, buscando interromper ataques com foguetes por militantes palestinos no Estado judeu.

Neste domingo (18) Israel interceptou três foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza contra a sua capital comercial, Tel Aviv. Uma pessoa foi ferida por escombros após a destruição de um dos projéteis.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que, mesmo que Israel tenha o direito de se defender, seria "preferível" evitar uma invasão terrestre que provocaria uma escalada militar na Faixa de Gaza, um estreito densamente povoado. A ofensiva terrestre poderia criar mais vítimas e provocar uma condenação internacional, disse Obama.

Um porta-voz do Ministério do Interior em Gaza, controlado pelo Hamas, que um míssil israelense destruiu um prédio de três andares, matando 11 pessoas, todas civis. Médicos disseram que quatro mulheres e quatro crianças estão entre os mortos.

de o vermelho
Com informações do portal 247

terça-feira, novembro 20, 2012

O "monstruoso" OE-13

Enquanto a discusssão na especialidade nos aproxima do dia 27 de Novembro, e se dá notícia do 6º exame da troika, é oportuna uma (re)olhadela ao que o OE para 2013 propunha e que, mais cosmética menos pó de arroz, a maioria vai insistir em aprovar.
Na classificação por funções do Estado (a que dedico alguma atenção desde há anos, e posso dizer décadas..., particularmente desde os PECs) está lá, em marcha acelerada, a "refundação do Estado".
O "ponto da situação em discussão" atribui 10,0% dessas despesas a Funções Gerais do Estado (e são os "serviços gerais da administração pública" mais a "defesa nacional" e a "ordem" públicas), 15,5% para as Funções Sociais (educação, saúde... essas "coisas", com tendência para o acréscimo da parte a classificar como caridadezinha), 4,0% para as Funções Económicas (o "sector público" que constitucionalmente deveria ser o "motor da economia" e enquadrar os sectores "privado" e "cooperativo") e 70,5% para Outras Funções (67,9% do total das despesas e 96,3% das despesas dessas "outras funções" são as Operações da Dívida Pública - onde se incluem os crescentes e tentaculares custos das "ajudas" que resultam da destruição da nossa economia). 
Um "monstro" a crescer, que tudo esmaga, e a que é preciso, urgentemente, pôr um travão! 

Enquanto há Gaza e palestinianos...



Número de palestinianos mortos
 em Gaza atinge os 100


As vítimas palestinianas dos bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza já atingiram as 100, depois dos 23 mortos de hoje, no sexto dia da ofensiva, noticia a AFP, citando fontes médicas do enclave.





Agenda

Dia 23 de Novembro 
Fórum Cultural José Manuel Figueiredo,
Baixa da Banheira

17:00 – Exposição “Oficina Saramago” Barreiro / Moita
trabalhos dos alunos das escolas
17:30 – Recepção
18:15 – Mesa de Abertura

Presidente da Câmara Municipal da Moita,
João Lobo
Presidente da Câmara Municipal do Barreiro,
Carlos Humberto
Presidente da Cooperativa Cultural Popular Barreirense,
Pedro Canário
Presidente da Escola Secundária de Sto. André,
Arlete Cruz
Presidente da Fundação José Saramago,
Pilar del Rio

18:30 – Conferência: “Saramago, o escritor do mundo que é nosso”,
por Maria Alzira Seixo
19:15 – Leitura encenada de “A maior Flor do Mundo”,
pelo Arte Viva, Companhia de Teatro do Barreiro
19:25 – Conferência: “O homem antes do jornalista, o escritor antes do Nobel”,
por Sérgio Ribeiro
19:55 – Balanço do Projecto “Oficina Saramago” Barreiro / Moita,
pela Comissão Coordenadora
20: 15 – Concerto pela Camerata Musical do Barreiro,
dirigida pelo Maestro Lopes da Cruz

O cisne – carnaval dos animais de Saint-Sans,
solista de violoncelo João Matos
3 Áreas Quentes de Jorge Salgueiro,
solista soprano Sónia Pereira

Com olhos em Gaza

Recebido do Conselho Português para a Paz e Cooperação:


Quase quatro anos passados sobre o início da criminosa incursão militar israelita contra a população palestiniana da Faixa de Gaza (27 de Dezembro de 2008 a 18 de Janeiro de 2009), Israel desencadeou mais uma criminosa acção militar, de proporções e objectivos ainda não completamente conhecidos, com efeitos devastadores para o povo palestinino e com perdas de vidas humanas entre a população civil, incluindo crianças. Perante mais esta agressão o Conselho Português para a Paz e Cooperação convida todos a participarem nas acções de protesto em:

Lisboa - Quinta-feira, dia 22 pelas 18h00 frente à embaixada de Israel (Rua António Enes, 16 - Metro Saldanha) (veja online)

Porto - Quinta-feira, dia 22 pelas 17h30 na Praça dos Poveiros (veja online)

segunda-feira, novembro 19, 2012

A propósito de...

No meio dos meus "trabalhos", aparecem-me por vezes apetências de  devaneio. E lá vou eu a lugares de retiro e refúgio, como é o caso de um "blog" aqui ao lado (docordel), criado para esse fim (e a que, eventualmente, irei passar a dedicar mais tempo,,,).
Como aconteceu há pouco, depois de ler um e-mail muito amigo que me chegou. E aqui transcrevo o que coloquei no docordel, até porque é a propósito de Acordai que encima este anónimo do século xxi:

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Segunda-feira, 19 de Novembro de 2012

O que o Acordai acordou em mim...

Um dia destes chorei (*).
Estava a ver televisão, a viver uma manifestação e, ao ouver um grupo de manifestantes cantar o Acordai, dei comigo chorar. Disse cá para mim: "Tens de pensar nisto!".
E pensei. Como é sempre de um homem se pôr a pensar para que o mundo pule e avance.
Entre muita coisa pensada, pensei na comovente homenagem que aquele cantar representava para com o Fernando Lopes Graça e o José Gomes Ferreira. E ali encontrei uma das razões das lágrimas que se tinham soltado. Como aqueles dois camaradas (o músico e o poeta militantes) mereciam estar a ser cantados, ali!
Então não é que hoje recebi um mail em que, para se dar força ao que pretendia pôr-me a pensar, vinha lá isto:

IMPROVISO EM SOL MENOR

O Graça quando nasceu
Já lhe cantavam nas veias
Os sons da Terra e do Céu
Com claves e colcheias.

E assim foi que a nossa gente
- eu, tu, ele, nós e vós -
ouviu então finalmente
o sabor da própria Voz.

José Gomes Ferreira
(in Vértice nº 444/1981
- para os 75 anos de Lopes-Graça)

Não. Desta vez não chorei! Mas quase...
______________________________

(*)
Não é feio um homem chorar,
Ti´Maria!
O que é feio,
Ti'Maria!
É um homem ter vontade de chorar
e não chorar...
Ti'Maria!
por dizerem que é feio um homem chorar.

Info(rmação)gráfica - com 20 anos de intervalo

"Consumidor" há muitos anos do Expresso, apesar de algumas frequentes irritações, continuo seu fiel comprador. Particularmente frequentador do caderno Economia (e da revista Actual... agora sem c!), é sobretudo este que me segura. Expressamente.
Habituei-me a ler a página 5, a Cem por Cento, e dela me tenho aproveitado para transcrições que me parecem oportunas e certeiras, Mas esta semana foi um trabalho de João Silvestre (e de Sofia M. Rosa) que me prendeu a atenção e a vontade de reproduzir aqui.

Sobretudo me detive na infografia, pelo que os gráficos me fizeram lembrar livro publicado em condições insólitas há quase 20 anos (1994!) - Décadas de EU ropa -, em que coloquei dois gráficos que parecem ter continuidade nestes que agora o Expresso publicou e de que retiro dois:




Os "meus", bem mais modestos nos meios utilizados (e com uma gralha para a chamada "banda estreita" em que as moedas nacionais podian oscilar como "serpentes num túnel", que era de +/-2,25% e não +/-2,5%) servem só para comprovar como tudo o que está a acontecer foi previsto, prevenido e... vilipendiado) 


... e se criasse, "à podoa"
e ao serviço da criação de países e economias satélites, periféricos,
a (des)União Económica e Monetária!

XIX Congresso - faz-se caminho ao andar

Num "post" de 8 de Novembro - OUTRA INFORMAÇÃO-esta de base (teórica e prática) - chamava-se aqui a atenção para o avante!, e para a Tribuna do Congresso e para os textos "publicados no âmbito do contributo para o debate dos documentos  aprovados pelo Comité Central para discussão preparatória do XIX Congresso em todo o Partido":

A luta pela Democracia Avançada, pelo Socialismo e o Comunismo: a estratégia do PCP

A propósito do regime democrático e do significado da Constituição da República Portuguesa

Desenvolvimento, progresso, democracia e soberania - A ruptura com a União Europeia

A construção da alternativa política, um processo de luta necessário e possível

Considerei-os muito úteis, excelentes "ajudas" correspondendo ao objectivo afirmado - contribuir para o debate - e confirmando a característica absolutamente ímpar dos congressos do PCP, abertos e democráticos, processo e não realização pontual e mediática, mobilizadores de larga participação e debate e não espécie de concursos televisivos para se apurarem vencedores entre listas, candidatos, nomes e exibições.

O último avante! inclui mais dois desses textos:

A luta pelo socialismo em Portugal

Sobre a NATO, a soberania e a paz

Sem prejuízo da leitura e debate dos documentos em debate, antes contribuindo para esse debate, pelo nosso lado já estão militantemente lidos, sublinhados, anotados. Estudados enquanto contributos para o debate colectivo. Para o (e para além do) XIX Congresso. E não só "entre nós". Patrioticamente.

domingo, novembro 18, 2012

OUTRA INFORMAÇÃO - Gaza


Quando Bona era a capital da Alemanha capitalista...

De repente, no meio de uma busca, um desafio à citação (com o pecadilho de ser auto-citação):

«(...) E deixamos a pergunta: com este Mercado Comum, a ele aderindo em nome (ao serviço?!) de uma estratégia "europeia-mediterrânica", não estaremos transferindo uma boa parte do Terreiro do Paço para Bruxelas ou, ainda mais, para Bona.
(seguiam-se mais umas outras perguntas... terminando com esta:)
E como irão os portugueses ser informados e participar?
- Outubro de 1976»

no posfácio
(pags. 336/7)
à 4ª edição de >





... e a estratégia
ainda não se chamava
das duas velocidades 
ou do centro-periferia
e Portugal, Itália (?),
Grécia e Espanha
eram mediterrânicos
e não PIGS



Memórias da História para a luta - 2

(...)

(ler o avante!
é, por vezes,
a vontade de tudo divulgar,
de muito transcrever.)

Memórias da História para a luta - 1

(...)

Para este domingo, num domingo qualquer



Nada Será Como Antes

(Milton Nascimento)
Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração

Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol

Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes amanhã
Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está

Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol



sábado, novembro 17, 2012

Bluff!

As máquinas de calcular estão cansadas!
Depois de tantas contas a que foram obrigadas para informarem os seus donos de qual o líquido com que ficariam depois das reduções todas (de subsídios e de impostos, e de mais isto e de mais aquilo) para fazerem face ao que são as necessidades a satisfazer (e, deste lado, há mais contas embora... pelo avesso), apareceram mais dois cálculos para as máquinas com essas qualificações:
i) em vez de 4% de uma taxa adicional sobre o IRS, têm que a substituir por uma de 3,5%, o que surgiu como vanglória (além de vã, um pouco envergonhada...) dos grupos parlamentares que apoiam o governo, e ii) a redução duodecimal dos subsídios mensais roubados aos trabalhadores.

As máquinas estão a ficar desvairadas... Mas o pior (?!) é que até elas (as máquinas e... as "nesperas" que têm estado sentadas à espera) começam a ver claro o "bluff" que está por detrás disto tudo, ou seja, a intenção de convencer as gentes de que "ganharam 0,5%"  (que até seriam 0,5 pontos percentuais!...) por lhes aplicarem sobre o IRS uma sobretaxa de 3,5% em vez da primeiramente anunciada de 4%.

Mas será que "eles" pensam que, ao passar de 4 para 3,5, as gentes estariam tão "distraídas" que ficariam satisfeitas por "ganharem" os tais 0,5, além de que "eles" estão, decerto, a congeminar onde e como irem "sacar" por outra via qualquer (e mais do que 0,5 pp!)?.

Notas para um balanço...

... e para contrariar as manobras de diversão (e pior):

«Uma grande Greve Geral

uma poderosa jornada de luta

industria
paralisada

Paralisações totais de muitas empresas como o Arsenal do Alfeite, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Lisnave Mitrena, a Browning e elevadíssimas adesões com paragem quase total do parque industrial da Autoeuropa, e em muitos outros empresas em que se salientam a Fisipe, a Visteon, a Bosch, a Exide/Ex-Tudor, a Roberto Bosch, a Centralcer, a Kraft, a Acral, a Têxtilminho, a Tessimax, a Paulo Oliveira, a Trekar, a S. Gobain, a Sotancro, a Cerâmica da Abrigada, a Valorsul, a Portucel/Setúbal, a Europack, a Fraas.

serviços
a crescer no privado

Crescimento e dimensão das adesões verificadas na grande distribuição comercial, como no Continente Montijo, no Cascais Shoping, no Jumbo de Faro e em grau diferenciado em muitos outros estabelecimentos, no sector financeiro com mais de cem balcões encerrados e na área de equipamentos e estruturas sociais designadamente das IPSS e Misericórdias.

transportes
parados

Paralisação total ou praticamente total do Metropolitano de Lisboa, do Metro Sul do Tejo, da CP, dos STCP, dos TC Braga, TC Guimarães, dos SMTU Coimbra, dos TC do Barreiro, uma adesão como há muito não se verificava na Carris, elevadíssimas adesões na Transtejo, Soflusa, Atlantic Ferries, nos TST, na Rodoviária do Tejo, Barraqueiro e em geral nos transportes privados de passageiros em todo o País. dimensão sem paralelo até hoje da paralisação da empresa dos transportes da Madeira. paralisação da generalidade dos portos nacionais. Nos transportes aéreos, o cancelamento de mais de 70% dos voos que se realizariam no aeroporto de Lisboa, uma paralisação muito elevada em Faro e do Porto, o cancelamento de todos os voos na Madeira e nos Açores.

artes e espectáculo
expressivo protesto

Significativas adesões de que são exemplo o CCB, o Teatro Nacional D. Maria, Maria Matos, entre muitos outros.

administração pública
adere em massa

Uma larga e mais forte adesão. Na saúde com expressões na generalidade dos hospitais e centros de saúde; na educação em geral e no ensino superior, com um aumento significativo das adesões dos trabalhadores auxiliares da acção educativa e dos professores e do impacto no funcionamento, com muitas centenas de escolas encerradas e outras a funcionar muito parcialmente, na segurança social, na justiça, nas finanças e em outros serviços.

administração local
vigorosa rejeição

Paralisação total ou próxima, numa grande parte dos municípios, da recolha dos resíduos sólidos e muito forte adesão nos serviços municipalizados e na generalidade das actividades autárquicas.

correios
resistência e coragem

Elevada adesão dos trabalhadores dos CTT e também em outras empresas como a DHL.

Greve de centenas de milhares de trabalhadores com vínculos precários e adesão de muitos trabalhadores à greve pela primeira vez.
Participação de milhares e milhares de trabalhadores em piquetes de greve nas suas empresas e locais de trabalho e junto delas.
Participação de muitos milhares de pessoas nas manifestações e concentrações, cerca de 40 por todo o País.»
(do "site" do PCP)

Sobre os piquetes de greve e a violência

Ler aqui (e divulgar).

Desvendando "segredos"




































(no avante!)

Centenário de Álvaro Cunhal

(na 1ª página do avante! desta semana)

sexta-feira, novembro 16, 2012

Breves - rejeitado com indignação

Acabado de ler na "comunicação" que nos avassala (ou que pretende que vassalos sejamos):

"Detidos na greve geral julgados em comum"

Alguém foi detido "na greve geral"?

Gaspar cede a Crato...

A "comunidade universitária" mexeu-se. Protestou. Os reitores fizeram uma declaração que leram em simultâneo. Marcaram datas para reuniões de continuação de luta. Não descartaram, face à impossibilidade de funcionamento, a possibilidade de fazerem - as universidades e politécnicos - greve. Houve um ensaio de reacção anatematizadora com o argumento falho e gasto de "interesses corporativos".
O governo, assim pressionado, também teve de mexer. Mexendo no que não se cansa de afirmar ser inamovível (à salazarenta maneira do assim será porque assim tem de ser!). Foi buscar a outros lugares e graus de ensino verbas para reforçar o universitário...
E tudo (a)parece resumido a: Gaspar cede a Crato! 
Para estes fulanos, e respectiva comunicação manipulada, tudo se resume a arranjinhos deles e entre eles. O resto é paisagem!

MAS NÃO É!

Hoje, a 5ª do avante! foi à 6ª


José Saramago - 90 anos

quinta-feira, novembro 15, 2012

Notícias da Galiza


O OE13 e os desequilíbrios do ministro das finanças

Agorinha mesmo, ouvi o ministro das finanças, na discussão na especialidade do OE-13, falar dos "desequilíbrios das últimas décadas".

Ah! pois houve!...
  • Antes de mais, desequílíbrios no aproveitamento dos recursos portugueses, do mar e da terra e daqueles que estavam adquiridos, em benefício de outras economias;
  •  desequilíbrios nas taxas cambiais das moedas que o euro veio substituir, e deste em relação ao dólar, com evidente desfavor para os PIGSs;
  • desequilíbrio na construção de auto-estradas, scuts-que-deixaram-de-o-ser, fazendo do País um corpo com artérias a mais e veias e vasos capilares a menos;
  • desequilíbrios na construção de estádios de futebol para um Europeu de 2004, para um jogo de vez em quando e bancadas vazias, de que o de Leiria e Algarve são exemplos de aberrações;
  •  desequilíbrio na criação de grandes superfícies comerciais, ao serviço do capital financeiro, isto é, supermercados a mais e destruição de uma rede de distribuição equilibrada;
  • desequilíbrios na formação de PPP para que houvesse quem tirasse largos lucros dos desequilíbrios;
  • ...
Quer mais?

E porque terão de ser os trabalhadores, os pensionistas, as populações, a pagar a factura dos desequilíbrios para que não contribuiram nem benficiaram?
Há mesmo uma opção ideológica por detrás destas opções aparentemente governamentais.

Há cerca de um ano

Por curiosidade fui ver o que neste blog se escrevera a propósito da Greve Geral de 24 de Novembro de 2011. Respiguei este "post":

QUINTA-FEIRA, NOVEMBRO 24, 2011


GRANDE GREVE GERAL
- minuto 59 da 24ª hora de 24 de Novembro

Não serão incidentes - naturais numa tão enorme manifestação de massas, ou provocados, como alguns terão sido - que poderão apagar, um mínimo que seja, a Grande Greve Geral que foi a de hoje. Servirão de canhestra diversão.
É evidente que o balanço - e sobretudo o seu efeito - ultrapassará o dia 24 de Novembro, nas suas reduzidas 24 horas.
Sobre o balanço, apenas se quer dizer que os números que o governo atirou para a comunicação social o cobriram de ridículo. Deixa-se o governo com esses números, e com a sua auto-descredibilização, que as também ridículas correcções em nada atenuam.
Sobre o efeito, apenas se anota que alguma experiência leva a dizer que esta greve revelou um ambiente novo. Sentem-se mudanças no estado de espírito de quem fez (e de quem não fez...) greve. Não todas no mesmo sentido, é claro, mas que as há, há.
Por fim, neste apontamento, quer-se sublinhar o aspecto que Carvalho da Silva salientou:
o esforço, que também consciencialização foi, que representou fazer esta greve. Com verdadeira gratidão para os que a construiram (e tantos e tantos foram) e para os que a fizeram.
(...)
_____________________

As mudanças há um ano sentidas continuam, fazem o seu caminho. Passo a passo, luta a luta. Evidentes para quem as quiser ver. Tudo cada vez mais claro (até as provocações...)

A exportação como estratégia... de desaproveitamento e esvaziamento

"pinça mente" repescado em papel no fundo de uma algibeira:

De novo a exportação, considerada estrategicamente a "salvação nacional", inclui os trabalhadores portugueses. Que aqui nasceram (ou voltaram), se formaram, gostariam de trabalhar, de viver. 
Para não dizer que, na falta do aproveitamento de outros recursos - do mar, da localização geográfica, da terra, do sub-solo, do ar, de recursos antes adquiridos -, é a exportação de força de trabalho, de novo, como nos anos 60, a tábua de salvação de um País entregue a desgovernantes.
Só que, desta feita, por desgovernantes eleitos para representantes nossos serem.

Mais um aponta mentes em forma de pergunta... com endereço

Exmo. Senhor Ministro da Administração Interna, 
sem ter qualquer intenção de insultar Vexa., até porque não descortino em Vexa."asas" para voos tão altos (mas há, entre quem Vexa. serve, quem as tenha... a exemplo do que a História já mostrou), diga lá se não vos fizeram um jeitão aquelas "cenas", que Vexa. também aproveitou para justificarem um elogio ao pessoal da PSP e ao seu "comportamento profissional"?

(que bem ensanduichada mediaticamente foi a grandiosa Greve Geral, entre a visita da Chancelera Merkel e as pedras da calçada, e outros "meios", a provocarem os polícias até estes terem de reagir!) 

Aponta mentes em forma de perguntas

No final de um dia que foi uma muito importante jornada de luta, que tantos esforços mobilizou na sua organização e na sua realização, umas perguntas vêm em complemento e à margem do que ela foi: 

  • a quem serviu o que aconteceu em frente da Assembleia da República?;
  • o que teve mais relevo mediático, e correspondente impacto na população, esses acontecimentos ou os tão significativos protestos e greves em muitos países da União Europeia contra as políticas de agressão aos povos?;
  • será o papel da "polícia de segurança pública" (que há dias teve tantos elementos seus usando a sua "farda" de povo que se manifesta), ser alvo passivo de pedras arrancadas do chão e pára-raios de raivas e revoltas inconsequentes?

14N - um primeiro balanço

quarta-feira, novembro 14, 2012

terça-feira, novembro 13, 2012

Ao correr dos dedos - 2 (folheando)

Democracia é alternância
repetiu de novo a embalar o tédio
um senhor de sono espesso.
Como se fosse possível - ó glória! ó ânsia! -
construir um prédio,
mudando de vez em quando
os mesmos tijolos do avesso

(José Gomes Ferreira)


dizendo o mesmo,
embora, na aparência,
diferente ou até o contrário:

... eternamente buscando
e conseguindo a perfeição das cousas...

(retido, e repetido até à exaustão,
de Cesário Verde)



Ao correr dos dedos - 1 (teclando)

Há as massas. Que, na luta de classes, são decisivas no momento em que estão. E não há momentos que não sejam decisivos.
Todos iguais? Sim! Mas não!, também. Porque i) há os que, sendo massas, tomam o partido da sua classe, ii) há os que, sendo massas, tomam partido outro, seja ele qual for, iii) há os que, sendo massas, se deixam ir sem partido tomar, iv) há os que, sendo massas, nem de o serem querem saber... E há o medo (de quê? de tudo ou de nada, de ter ou de não ter... medo), que é um terrível narcótico circulando em tantos, contagiado por alguns. 
Tudo depende das proporções de cada uma das posições e do peso dos que, sendo parte das massas, nenhuma posição tomarem. E tudo muda a todo o momento. Com a força (ou falta de força) das massas.

Há as vanguardas. Que não são formadas pelos que, sendo massas, vão uns passos à frente delas, caminhando com muita pressa e sem olharem para trás.
Há, sim, as vanguardas que, formadas pelos iguais a todos, são os que vão na primeira fila, caminhando em frente mas sempre a olhar para o lado e para trás, para avaliarem - para sentirem, para vivenciarem - o ritmo da marcha caminheira.  Organizando-se - e organizando, e aprendendo, e ensinando o aprendido antes e no momento -, para que o passo seja certo com a História e o caminho humano a andar. Nunca sozinhos, homens e mulheres predestinados ou predestinadas. Sempre em colectivo, com as e os que deixaram rasto, com os e as que apenas começaram a gatinhar.

OUTRA INFORMAÇÃO - Bloqueio dos Estados Unidos a Cuba condenado pelas Assembleia Geral das Nações Unidas pela 21ª vez! (adenda)

Confirmou-se! Tudo!
Pela 21ª vez consecutiva, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou quase por unanimidade pelo fim do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba. Só cinco países não votaram favoravelmente, com o pormenor absolutamente ridículo de Palau ter passado da abstenção para o voto contra, juntando-se aos Estados Unidos e a Israel e deixando a abstenção para as Ilhas Marshall e a Micronésia.
(oh!, senhor Obama... tinha sido uma "boa malha" evitar, no início do seu novo mandato, este ridículo, nem por isso menos inaceitável violência e verdadeiro desafio à comunidade internacional!

É já amanhã

... está quase a começar!

OUTRA INFORMAÇÃO - silenciar ou desacreditar!

Silenciar ou desacreditar:
a situação da educação em Cuba

Grandes jornais divulgaram, recentemente, que segundo a Unesco “poucos países da América Latina estão a caminho para conseguir (as metas de) educação para Todos em 2015”. Com muito cuidado de não mencionar que Cuba é, entre os poucos países, o mais destacado.

Cuba tem o melhor índice educacional da América Latina, segundo a Unesco.
Cuba ocupa o 16º lugar entre 120 Estados do mundo no que se refere ao chamado índice de Desenvolvimento da Educação para Todos (IDET), de acordo com um relatório recente da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) apresentado em outubro (2). Este índice combina com a taxa de escolarização primária, a taxa de alfabetização de adultos, paridade e igualdade de gênero na educação, e a taxa de frequência da escola até a quinta série.
Nesta classificação, Cuba é a primeira nação da América Latina e Caribe, e supera países ricos como Estados Unidos, Dinamarca, Austrália, Bélgica, Alemanha e Israel.
O relatório também avalia o investimento material na educação realizado Cuba: 9,3% do seu Produto Nacional Bruto, em comparação com 4,1% em média da região (3).
Estes resultados foram endossados por Herman van Hooff, diretor do Escritório de Educação da UNESCO para a América Latina e no Caribe, que elogiou a “qualidade da educação” em Cuba e o “comprometimento das autoridades com os programas nesse setor”(4) (5).
Na apresentação do relatório, realizada na capital do Chile, Martín Hopenhayn, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), disse que "se a medida fosse feita por indicadores clássicos, Cuba seria o país mais avançado e quem mais investe na educação" (6).
Mas os poucos meios internacionais que fizeram qualquer menção ao relatório da Unesco, ignoraram completamente as referências a Cuba mencionadas por altos funcionários das Nações Unidas.

Um fato inexistente

O jornal espanhol ABC, em sua edição web, estampou que, segundo a Unesco, "Poucos países da America Latina alcançarão a Educação para Todos até 2015" (7). Fez um breve relato dos graves problemas da região, mas nenhuma menção aos avanços de Cuba.
O jornal também espanhol El País se concentrou nos problemas da Espanha e a continuação afirmava que “o panorama em América Latina não é muito melhor (8). (...) Muitos países da região estão muito atrasados. Poucos estão "em bom caminho", lamenta a Unesco”. Mas esses "poucos países no caminho" não são mencionados. A razão é óbvia: seria muito difícil para a redação do El País reconhecer que Cuba - usual alvo dos seus ataques - esteja entre eles.
Outros veículos, como o portal argentino Infobae, seguiram o mesmo padrão informativo, citando os problemas globais da região, citando a existência de poucos países (que) estão no caminho certo e ignorando absolutamente Cuba (9).
O citado Informe de Desenvolvimento da Educação Para Todos no Mundo 2012, da Unesco, levantou questões também entre os "dissidentes" em Cuba. Poucas horas depois de sua apresentação, a famosa blogueira Yoani Sanchez publicou constantes tweets para desqualificar a Unesco (10). Segundo a atual correspondente não credenciada do jornal El País em Havana, a educação em Cuba - que é avaliada como de "qualidade" por essa instituição das Nações Unidas — é só "doutrinação ideológica".
É que, evidentemente, a educação em Cuba, desde a escola primária à universidade, é imbuída de ideias e valores hegemônicos. São os da fraternidade, da igualdade social, da participação, do antirracismo, da solidariedade, do internacionalismo e da rebeldia anti-imperialista. Exatamente ao contrário dos outros, como competência, ou individualismo ou o culto ao êxito, eixo e centro do sistema de valores culturais e educacionais das "democracias de mercado".

Fonte: Cuba Información
Tradução: Léo Ramirez
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(1) http://www.cubainformacion.tv/index.php/la-columna/223-vincenzo-basile/46188-la-unesco-cuba-y-el-silencio-de-los-medios
(2) http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002180/218083s.pdf
(3) http://www.rebelion.org/noticia.php?id=157972
(4) http://www.diariodecuba.com/cuba/13546-la-unesco-dice-que-cuba-supera-ee-uu-en-el-indice-de-educacion-para-todos?page=1
(5) http://www.correodelorinoco.gob.ve/multipolaridad/unesco-destaca-compromiso-cuba-programas-educacionales/
(6) http://www.que.es/ultimas-noticias/internacionales/201210162016-america-latina-avanza-cobertura-pero-efe.html
(7) http://www.abc.es/agencias/noticia.asp?noticia=1272342
(8) http://sociedad.elpais.com/sociedad/2012/10/16/actualidad/1350362017_969349.html
(9) http://america.infobae.com/notas/59809-America-Latina-falla-en-su-Educacion-para-Todos.html

14N - Um protesto e uma greve dos sindicatos "europeus"

































Confederação Europeia de Sindicatos


OUTRA INFORMAÇÃO - Bloqueio dos Estados Unidos a Cuba condenado pelas Assembleia Geral das Nações Unidas pela 21ª vez!

É hoje!

A ONU está pronta para de novo condenar bloqueio a Cuba
O bloqueio dos Estados Unidos a Cuba será objeto de outra e quase unânime condenação internacional quando a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovar nesta terça-feira (13) uma nova resolução de repúdio a esse cerco.
Será o 21º ano consecutivo em que o órgão máximo da ONU repudia em votação aberta essa medida implantada há meio século por Washington contra a ilha caribenha.
Em cada ocasião, o plenário da Assembleia Geral aprovou um documento "Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".
No ano passado, o texto foi aprovado por 186 dos 193 países membros do organismo mundial, com os únicos votos contra dos Estados Unidos e Israel e as abstenções das Ilhas Marshall, Micronésia e Palau.

Será notícia???

segunda-feira, novembro 12, 2012

Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos-Santarém

Recebemos e divulgamos:

Na próxima quarta-feira, dia 14 de Novembro, toda a população portuguesa e europeia está convidada a participar numa jornada de protesto, que tem como ponto alto a realização de uma Greve Geral, convocada pela CGTP, por dezenas de sindicatos independentes e muitas organizações sociais.


Razões para protestar não faltam aos utentes dos serviços públicos: serviços de saúde e outros já encerrados ou em vias disso; medicamentos mais caros; taxas moderadoras a aumentar e serviços a diminuir; prestações sociais e salários que deixaram de existir ou foram parcialmente cortados; transportes e energias com a ameaça de mais um aumento para o início do próximo ano….

No passado dia 12 de Abril o MUSP Santarém foi recebido em audiência na Assembleia da República e na residência oficial do Primeiro-Ministro para entregar uma síntese da situação em que se encontravam os serviços públicos no distrito; aí afirmávamos que «... as orientações políticas vigentes conduzem ao encerramento de serviços, à sua deterioração, ao subfinanciamento, ao seu encarecimento transferindo custos para os magros orçamentos das famílias, ao dificultar do acesso. Ao mesmo tempo aumentam os impostos, sobe o desemprego, os salários e as prestações sociais são reduzidas».

Situação que se agravará muito
se o Orçamento de Estado para 2013
for executado!

Por tudo isto e pelo que a chamada «Refundação do Estado Social» terá de negativo mas que ainda não conhecemos o que os da Troika andam a congeminar para nos esbulhar ainda mais, o MUSP de Santarém apela a que no dia 14, para além de não trabalhar, proteste das muitas maneiras possíveis, e uma das formas de como se pode contribuir para que o protesto seja efectivo e traduzido em luta social, é a de não contribuir para consumos que possam levá-los a dizer que… afinal foi um dia normal!

NÃO UTILIZE OS SERVIÇOS PÚBLICOS!

Só em caso de urgência vá às unidades de saúde
(hospitais, centros de saúde, farmácias).

Evite a utilização do telefone e telemóvel. Não ligue a internet.

Imagine que a televisão e outros electrodomésticos avariaram.

Faça as compras de véspera e beba o seu café em casa.

Não gaste combustível.
Não utilize nem os transportes públicos,
nem os veículos próprios.

Já se foi embora?

Depois apresenta a conta!... se é que não exigiu adiantado...

Enquanto por aí anda a "gaja" (sem ofensa...) - 2

Apesar do pouco (e bem caro!) tempo que por aqui passou, a D. Merkel ainda motivou, além do acolhimento "caloroso" que teve, das reuniões, almoço, conferência de imprensa, talvez lanche..., que se fizesse aqui umas contas sobre custos unitários do trabalho.
(clique sobre o gráfico para ver melhor)










Em aditamento ao "post" anterior, foi ver-se a evolução do índice do custo do trabalho  (com o índice 100 em 2008), segundo o Eurostat nas suas estatísticas trimestrais, entre o 3º trimestre de 2009 e o 2º de 2012, para a "média europeia" e para os países aí referenciados. Pode observar-se que o custo unitário continua a subir nos países de custo unitário mais elevado enquanto em Portugal, partindo de um indice ligeiramente mais alto no 3º trimestre de 2009, oscila, cai e chega ao 2º trimestre de 2012 com a sua distância a aumentar, a partir do 1º trimestre de 2011, em relação à média da União Europeia e aos três países de custo mais elevado. Assim acrescem as desigualdades, sempre em desfavor dos mais baixos custos do trabalho (logo, salários)-
Completou-se com a referência a Espanha e à Grécia, por razões óbvias, com o necessário relevo para a quebra da Grécia, que nem tem valores para o último trimestre, o 2º de 2012 e no 1º de 2012 (como no 3º de 2011) bem abaixo do indice de 2008.