terça-feira, novembro 13, 2012

Ao correr dos dedos - 1 (teclando)

Há as massas. Que, na luta de classes, são decisivas no momento em que estão. E não há momentos que não sejam decisivos.
Todos iguais? Sim! Mas não!, também. Porque i) há os que, sendo massas, tomam o partido da sua classe, ii) há os que, sendo massas, tomam partido outro, seja ele qual for, iii) há os que, sendo massas, se deixam ir sem partido tomar, iv) há os que, sendo massas, nem de o serem querem saber... E há o medo (de quê? de tudo ou de nada, de ter ou de não ter... medo), que é um terrível narcótico circulando em tantos, contagiado por alguns. 
Tudo depende das proporções de cada uma das posições e do peso dos que, sendo parte das massas, nenhuma posição tomarem. E tudo muda a todo o momento. Com a força (ou falta de força) das massas.

Há as vanguardas. Que não são formadas pelos que, sendo massas, vão uns passos à frente delas, caminhando com muita pressa e sem olharem para trás.
Há, sim, as vanguardas que, formadas pelos iguais a todos, são os que vão na primeira fila, caminhando em frente mas sempre a olhar para o lado e para trás, para avaliarem - para sentirem, para vivenciarem - o ritmo da marcha caminheira.  Organizando-se - e organizando, e aprendendo, e ensinando o aprendido antes e no momento -, para que o passo seja certo com a História e o caminho humano a andar. Nunca sozinhos, homens e mulheres predestinados ou predestinadas. Sempre em colectivo, com as e os que deixaram rasto, com os e as que apenas começaram a gatinhar.

1 comentário:

Olinda disse...

Mas a hora,ê de todas as massas se unirem,contra o inimigo comum.A divisao das massas sô serve esse inimigo.Enquanto,um pobre tiver mais um pao que outro pobre,ê muito dificil,formar uma marcha colectiva.

Bjo