Ao início da tarde, os sindicalistas e trabalhadores dos distritos a sul de Coimbra vão juntar-se na Praça Luís de Camões, em Lisboa, enquanto os dos distritos a norte de Coimbra se concentram no Porto, na Praça da Batalha.
"Pretendemos com estas iniciativas reafirmar as nossas reivindicações e dizer que é tempo de acabar com a política de cortes e repor as condições de vida aos portugueses", disse Deolinda Machado, da comissão executiva da Intersindical, à agência Lusa.
A CGTP marcou as concentrações na semana passada para exigir que o Presidente da República respeitasse a Constituição, dando sequência à solução governativa apresentada pelos partidos de esquerda.
Tendo em conta que entretanto Cavaco Silva quebrou o impasse e já empossou o Governo de António Costa, a Inter manteve a ação reivindicativa para exigir "a derrota da política de direita, com uma melhor distribuição de riqueza e o combate ao empobrecimento e exclusão social".
A reposição dos salários e pensões, a revisão do salário mínimo e a revogação da legislação laboral nociva para os trabalhadores, são outras das reivindicações a salientar nas concentrações.
"Queremos reafirmar as nossas propostas na rua mas também queremos dar força ao novo Governo para as aplicar", disse Deolinda Machado.
A sindicalista considerou que luta dos trabalhadores foi determinante para pôr termo à maioria absoluta da direita, alterar a correlação de forças na Assembleia da República e derrotar definitivamente o governo do PSD-CDS.
"Agora queremos afastar de vez a política de direita", defendeu.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, participará na concentração de Lisboa, onde fará uma intervenção político-sindical a meio da tarde.