quarta-feira, novembro 27, 2019

Perdeu-se a transmontana?

Página o (quase) diário de ontem::


«(...) 
Parece que se perdeu a transmontana com a entrada dos três novos partidos na AR, na (alta) roda da actividade política, na “classe política”, como enjeitadinhos da democracia (coitadinhos…) que estavam à espreita da oportunidade para saltar para a roda dos enjeitados à porta dos conventos e, passados os muros e as decências, “fazem a festa”, “partem a loiça”, dois ao jeito de cada um, à maneira de cada um mais fascista do que a do outro, e um(a) outro(a) a tomar ares e tristes figuras num grupinho de Tarzans de um qualquer 2º andar esquerdo, a esquerda livre e benquista, enquistada no sistema de exploração do ser humano pelo ser humano… mas em protesto folclórico e decorativo.    

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Viva a demo cra cia!

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Vou ver se me distraio com outras coisas, que estas começam a fartar-me e chega (p'ra lá!) de desa bafos (PUM!)
(...)»

Resumo latino-americano - Chile

Resumen Latinoamericano
Chile. Piñera militariza aún más el país /
Anuncia que llegarán asesores policiales de
España, Francia e Inglaterra para aumentar la represión
Resumen Latinoamericano, 24 noviembre 2019
Por otra parte, el jefe de Estado dio a conocer que desde esta semana Carabineros recibirá una asesoría profesional de las policías de Inglaterra, España y Francia «para poder enriquecer la estrategia y el procedimiento operativo, para poder mejorar los mecanismos de control del orden público y dar un mejor resguardo a nuestros compatriotas». 
En el marco de su visita a la escuela de suboficiales de Carabineros, el Presidente Sebastián Piñera anunció que durante la próxima semana enviará al Congreso un proyecto de ley para que las Fuerzas Armadas puedan participar de la protección de infraestructura crítica “sin la necesidad de establecer Estado de Excepción Constitucional”.
El Mandatario manifestó que para esto espera tener el apoyo de las distintas fuerzas políticas y que la iniciativa apunta a que militares colaboren en resguardar servicios básicos como el sistema de abastecimiento de electricidad, el de agua potable y también infraestructura policial.
“Esta colaboración militar va a permitir liberar a un número muy significativo de Carabineros para que puedan cumplir sus labores de proteger a nuestros compatriotas, de proteger el orden público, de asegurar la paz”, dijo.
Además, aseguró que dentro de los próximos 60 días se incrementará en 4.354 efectivos -entre carabineros y PDI- gracias al reintegro que se hará de funcionarios en retiro y con el anticipo en el egreso de las nuevas generaciones de las escuelas de oficiales y de suboficiales.
En su punto de prensa, el Mandatario llamó al Congreso a aprobar los proyectos que modernizan a la policía uniformada; el que fortalece el sistema de inteligencia nacional; el que crea un estatuto para dar protección a las policías; y el que permite perseguir a encapuchados, saqueadores y a quienes instalen barricadas. “Eso es fundamental como parte de un gran acuerdo por la paz y contra la violencia”, dijo.
La visita de Piñera a la escuela de suboficiales en Macul se da en medio del aumento de las críticas durante esta semana a la institución debido a los informes de la Universidad de Chile -respecto de la composición de los perdigones- y Amnistía Internacional, que acusó un uso excesivo de la fuerza por parte de Carabineros y del Ejército.
Sobre esa materia, el jefe de Estado manifestó que para que los funcionarios puedan cumplir con su labor en términos de orden y seguridad “tienen que poder usar la fuerza legal, legítima y proporcional siempre dentro del marco de la ley y siempre respetando con celo los derechos humanos de todas las personas, y para esto necesitan el apoyo de las autoridades y la ciudadanía. Nada perjudica más la paz y el orden público en la vida de los chilenos que debilitar a nuestras fuerzas de orden y seguridad”.
“Nuestro gobierno, reconoce, aprecia y apoya la difícil y abnegada laboral que han debido cumplir nuestros carabineros y los policías de investigaciones para poder garantizar y proteger nuestras vidas y nuestro derecho a vivir en paz”, agregó. 

terça-feira, novembro 26, 2019

Bolivia (continuação) - os amanhãs de pesadelo

  "Informar não é uma liberdade para a imprensa, mas um dever"






25 novembre 2019
Bolivie, o regresso da besta imunda
– um golpe de Estado escondido pela comunicação social
Maïté PINERO

Nunca, na sua carreira de jornalista, Tom Phillips tinha vivido algo parecido. Chegado a El Alto, perto de La Paz, no dia seguinte ao massacre na refinaria de Senkata, o correspondente do Guardian na América latina foi recebido com aplausos por uma guarda de honra. A imagem circula nas redes sociais. Prega ao pelourinho os grandes meios de comunicação social.

Dois dias depois do golpe de Estado, o novo ministro do Governo, Arturo Murillo, e a sua ministra das Communicações anunciavam que os jornalistas “sediciosos” seriam presos, com o nome publicado. Nesse mesmo dia, todos os jornalistas e técnicos argentinos foram agredidos pelos comités cívicos de Santa Cruz, as milícias fascistes. Foram obrigados a juntar-se e, depois, a refugiar-se num hotel, antes de serem recenseados pelas suas embaixadas.
Telesur pôde emitir ainda alguns dias, com repórteres no terreno (Marco Teruggi et Willy Morales) multiplicando precauções, falando de “governo de facto”, enquanto nos estúdios o apresentador evocava claramente o “golpe de Estado”. O canal informou sobre os massacres em Cochabamba e depois em Senkata. Após as últimas reportagens, no hospital de El Alto, onde sse ouvem gritos de dor, onde se vêm cadáveres, onde um médico desesperado, Aiver Guarana (depois preso), chora frente à câmara, as transmissões foram cortadas.
Em Senkata, em directo da mortandade, um jornalista latino-americano lamentava-se : Somos dois… onde está a imprensa internacional? Filmou o massacre. Depois, escondeu-se, misturou-se com  população de El Alto.
Apareceram novos “jornalistas”. Trazem máscaras e capacetes com o distintivo estampado “prensa”. Num video, agridem um estudante de cinema e documentário, que lhes diz: eu faço o trabalho que a imprensa não faz! Os pretensos « jornalistas » apontaram-no aos polícias, que logo o prendem.
Os meios franceses e europeus estão ausentes. Uma cortina de ferro mediática abateu-se sobre o país. A Federação internacional dos jornalistas, o SNJ e o SNJ-CGT denunciaram o golpe de Estado. Silêncio!
Com excepção do L’Humanité, a imprensa censura a tragédia: nem uma palavra sobre o autarca indígena pintado de tinta vermelha e cabelo rapado, nem uma palavra sobre os camponeses levados para a beira de uma lagoa, forçados a ajoelharem-se e depois levados para destino desconhecido, nem uma palavra sobre incêndios e saques das casas de Evo Morales, de sua irmã, de representantes eleitos e líderes do Movimento ao Socialismo (MAS), o partido político do presidente, nem uma palavra (ou quase) sobre a repressão aos manifestantes que, sob fogo, deixaram quinta-feira El Alto com seus mártires caixões abandonados nas ruas.
Os brancos ricos dão rédea livre ao racismo e têm sede de vingança: não podiam suportar que um indígena, um aimará, nacionalizasse a riqueza do país para criar escolas e universidades, tornar a saúde um direito, conceder reformas, reduzir para metade a pobreza, o desemprego e o analfabetismo. E tenha dado, à maioria do país, os "primeiros povos", o seu lugar na sociedade e no poder. Começando com sua bandeira, a Wiphala, cujo nome significa a vitória que acena, que era a segunda bandeira do país. Nunca visto!
Franceses e europeus, vocês não saberão nada da tragédia. Editorialistas e "especialistas" patenteados ficarão à margem do que aconteceu e acontece. Na melhor das hipóteses, haverá um debate: é um golpe de estado ou é algodão doce (“barbe à pápá”)?
A verdade, teimosa e sangrenta, faz o seu caminho. O golpe seguiu o cenário de Golpe Blando (Lawfare), desenvolvido pelo teórico da CIA Gene Sharp.
A verdade? As acusações de fraude eleitoral são uma montagem da ala direita e da CIA.
A verdade? A Organização dos Estados Americanos (OEA), o "Escritório Colonial" de propriedade de 60% dos Estados Unidos, foi o gatilho do golpe. Dois centros de pesquisa, incluindo o Centro de Pesquisa Económica e Política de Washington, criticaram o relatório da OEA, dizendo que mesmo que os votos em discussão fossem para a lista da oposição Evo Morales teria ganho.
A censura prolonga o envolvimento da União Europeia e da França. O Parlamento Europeu recusou-se a incluir o termo "golpe de Estado" na agenda do debate sobre a situação na Bolívia. Federica Mogherini, chefe de política externa da UE, reconheceu o golpe por evitar o "vazio do poder".
Desde então, o representante da UE, Leon de la Torre, está ao lado da ditadura. 
André Chassaigne, deputado comunista, enviou uma pergunta escrita ao governo, perguntando se as intervenções da UE e da França pretendem "participar e ajudar a restaurar o estado de direito ou pressionar os eleitos da maioria para que se submetam". Pede que " se informe imediatamente a representação nacional sobre o significado real, o conteúdo e as medidas tomadas pela França e pela União Européia na Bolívia".
Quanto à administração Trump, organizadora dos bastidores do golpe, deixa os seus cúmplices fazerem o trabalho sujo.
Denegridos e ameaçados, os deputados e senadores do MAS, maioria de 70% na Assembléia Plurinacional, votaram em novas eleições que a UE, comprometida no reconhecimento do golpe, estava com pressa de anunciar. O que quer dizer quando o exército invade o campo para semear terror? Que prisões e desaparecimentos se multiplicam?
A intervenção da porta-voz da Assembléia MAS, Sonia Brito, que reflecte veemência, foi censurada no Twitter. No Senado, um seu colega, em declaração ambígua e precipitada, disse: "Há relatos na imprensa de que o grupo radical fez um acordo com a oposição. Isto está errado. Este não é um pacto ... Não vou contradizer a cobertura do governo de transição. (...) não acho é que um governo de transição possa expulsar cidadãos, cause 32 mortos, mais de 780 feridos, prenda mais de 1.000 pessoas, acuse jornalistas de sedição."
Os golpistas ameaçaram promulgar, na segunda-feira, um decreto para anunciar um outro escrutínio se o Parlamento não aceitar as suas condições.
Quais condições? Basta ver o gabinete de marionetes fazendo o sinal do WP (White Power) da "supremacia branca" durante a execução de "juramento", para entender o seu objectivo: instalar permanentemente um regime racista e fascista.
"Se deixarmos acontecer o que está acontecendo na Bolívia, isso acontecerá em todos os lugares", disse José Luis Zapatero, ex-presidente do governo de Espanha. O aviso lembra os antifascistas, artistas e intelectuais da década de 1930. O véu negro da comunicação, o silêncio da elite, o papel da UE estão a preparar-nos para amanhãs de pesadelo, porque é também de nós que se trata. A besta imunda está de volta. A história ensina que é impossível domá-la.

Maïté PINERO
Ex-correspondente do L’Humanité em Havana
(tradução S.R.)

segunda-feira, novembro 25, 2019

Hoje, 44 anos depois...

... o 25.11 foi ao odontologista, vulgo dentista; com a sua placa postiça do maxilar superior, com implantes na mandíbula, pretende afiar a dentuça, torná-la mais agressiva.

Resultado de imagem para mandíbula

Um tanto entaramelada a voz, nem por isso soa menos brutal a exigência de implantes a incrustar no maxilar superior, incrustados, que tomem a forma conhecida nos seus émulos (dois dentes afiados!), que Voltaire, no seu Dicionário filosófico, muito bem caracterizava:

(...) cadáveres, que à noite saíam das suas campas para sugar o sangue dos vivos, tanto pela garganta como pelo estômago, após o que voltavam aos seus cemitérios. As pessoas que assim eram sugadas empalideciam, emagreciam, definhavam; por outro lado os cadáveres sugadores tornavam-se gordos, avermelhados, e tinham sempre um excelente apetite. (...) .
Resultado de imagem para vampiros


Não nos acautelemos, não! 

quarta-feira, novembro 20, 2019

Bolívia - a par e passo (continuação)

"Informar não é uma liberdade para a imprensa, mas um dever"
A mesma quantia foi entregue a todos os outros comandantes militares a todos os outros comandantes militares e só de 500 mil dólares - os pobres… - aos altos dirigentes da polícia, tendo todos partido para os Estados-Unidos. Bruce Williamson tinha sido encarregado dos contactos e de coordenar as acções que levaram ao golpe de Estado, entre a amotinação da polícia e a inacção do exército..
A senadora auto-proclamada presidente, Janine Añez, apressou-se nomear outros comandantes em substituição dos foragidos, asssim evitando qualquer inquérito imediato das instâncias locais e internacionais. Como por acaso, a maioria deles são originários das províncias de Santa Cruz, Beni e Oriente que são, tradicionalmente, os lugares mais reaccionários e onde nasceu a maior parte dos golpes de Estado que ocorreram neste Pas depois da sua indepemdência. Os nomeados são:
-  Pablo Arturo Guerra Camacho, Comandante-chefe do Estado-maior das Forças Armadas

-  Iván Patricio Inchausti Rioja, Comandante do Exército 
-  Ciro Orlando Álvarez, Comandante da Força Aérea 
-  Moisés Orlando Mejía Heredia, Comandante da Marinha
Estes dão os responsáveis pela repressão actual e futura..

Constitucionalmente, seria a senadora Adriana Salvatierra que deveria assumir a presidência após a demissão de Evo Morales e do vice-presidente Álvaro García Linera, pressão e ameaças de morte, mas la polícia impediu-os de entrar no congresso que, na sequência, elegeu Janine Añez, sem que tenham sido aprovadas as demissões do presidente e do vice-presidente pela necessária maioria de 2/3. Os 26 senadores do MAS (Movimiento Al Socialismo) não puderam entrar e apenas os 10 senadores putschistes puderam exprimir-se.
Além disso, os jornalistas locais e estrangeiros que não apoiam o novo nouveau regime são considerados sediciosos e imediatamente presos. Em dois dias, as primeiras páginas dos jornais tiveram de se resignar a dar uma boa imagem do putsch. Jornalistas recalciterantes são insultados e agredidos por fanáticos evangelistas. Jornalistas de TeleSur e da televisão russae RT tiveram de se refugiar em El Alto, nas partes altas de La Paz e onde a população pobre é favorável a Morales.
600 médicos cubanos, que não faziam mais que prestar cuidados de saúde pública à população mais desmunida, foram intimados a abandonar imediatamente o território.
A população resiste heroicamente mas os mortos acumulam-se debaixo de uma feroz repressão contra a população ameríndia. Quer dizer, sob os altos valores democráticos e sociais dos novos detentores do poder no País…

Jean-Michel HUREAU
(tradução S.R.)

terça-feira, novembro 19, 2019

Bolívia - a par e passo

No Jornal de Sicó

Alvaiázere: Al-Baiäz propõe conversar sobre censura e clandestinidade

15 de Novembro 2019
A Al-Baiäz – Associação de Defesa do Património propõe falar sobre censura e clandestinidade numa conversa que decorre no próximo dia 23 de Novembro, entre as 15h30 e as 16h45, no Museu Municipal de Alvaiázere.
“A existência uma tipografia clandestina no Barqueiro, freguesia de Maçãs de D. Maria, será o pretexto para a sétima sessão do ‘Chícharo com Património no Museu’”, refere uma nota da Al-Baiäz, revelando que “nessa tipografia imprimiu-se o jornal Avante durante vários anos, no tempo do Estado Novo, até ser descoberta pela polícia”.
No âmbito desta iniciativa, acontece a inauguração de uma exposição temporária de “Publicações clandestinas”, que estará patente ao público no Museu Municipal.
A sessão termina com uma componente gastronómica, onde os participantes poderão saborear Merendeiras de Azeite e sangria de chícharo.
De salientar que a iniciativa “Chícharo com Património no Museu” é “um evento sobre história e património, em forma de conversa (tertúlia)”, que se realiza no terceiro sábado de cada mês, da parte da tarde, tendo como objectivo “desenvolver hábitos culturais entre os alvaiazerenses”. A entrada é livre.

segunda-feira, novembro 18, 2019

domingo, novembro 17, 2019

Notícias do bloqueio a Cuba - AG das Nações Unidas


“Esta” não me larga há dois dias. A exigir publicação!
Muito justamente. Seja feita a nossa vontade, neste domingo:

Na Assembleia geral da ONU, 187 países votaram contra o bloqueio

Nações Unidas exigem fim do bloqueio a Cuba

Uma vez mais, o governo dos Estados Unidos ficou isolado da comunidade internacional, que voltou a rejeitar a sua política hostil a Cuba e exigiu na ONU o fim do bloqueio que mantém contra a ilha.


Cuba recebeu, a 7 de Novembro, um ostensivo apoio maioritário da Assembleia-geral das Nações Unidas com a aprovação do projecto de resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba».
«Ficou uma vez mais demonstrado o indiscutível isolamento de Washington, as suas pressões brutais reflectem a bancarrota moral e a podridão do seu actual governo», assinalou o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez. A votação na Assembleia-geral da ONU foi «mais uma contundente vitória de Cuba, do seu heróico povo, é um triunfo da verdade e da justiça: 187 países votaram pelo fim do bloqueio», ressaltou.
O governo do presidente Jair Bolsonaro rompeu com a tradição diplomática do Brasil e alinhou obediente com os desígnios norte-americanos votando contra a resolução que pede o fim do bloqueio. Os outros países a opor-se à exigência mundial contra o bloqueio foram os EUA e, como já é habitual, Israel. Além disso, a Colômbia e a Ucrânia abstiveram-se. (…)

Desde 1992! Todos os anos!
Quantas questões! Sobre as "Nações Unidas", sobre o imperialismo, sobre a comunicação social.

sexta-feira, novembro 15, 2019

Partilhando leituras

Na sequência da leitura (informativa...) do anterior post, e ao seu último relevo (sobre a Bolívia), pareceu-me adequado sublinhar uma iniciativa que a informação-a-mando-de não refere, ou minimiza (páginas pares rés-do-chão-direito), ou deturpa... o que reflectir a correlação de forças no momento.
Bem oportuno esta conferência, para mais integrada na Assembleia da Paz, do CPPC.

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E, estando "com a mão na massa", também me deu vontade de fazer uma pequena (?!) colagem sobre o que mostra o avante! que tenho estado a ler (com o "pingo no nariz" relativo às propostas já apresentadas, como iniciativas legislativas do grupo parlamentar do PCP, no começo dos trabalhos da AR que têm ocupado (e preocupado...) a comunicação social.
Coisa pouca e despiciendas questões... :










quinta-feira, novembro 14, 2019

INforme-SE(mpre!)


Não há informação neutra.
Nestes des(en)graçados tempos de império do mercado (e abusiva manipulação do léxico), há a oferta e a procura de informação. Sendo a oferta avassaladora (criadora de vassalos…) e a procura geralmente desmunida de critérios de escolha, resignada por insu/deficiente formação.
Há 50 anos, vigorava o lápis azul da Comissão de Censura, que Marcelo (não este, o Caetano) crismara de “aviso prévio”, lancei um caderninho Informar/informar-SE/como?, que foi, como era de esperar, apreendido.
Não terá tido grande préstimo…
mas teve-o para uso pessoal, como frase-consigna adoptada (e alerta).



Lembrei-me disso, ao ler o avante! de hoje, leitura semanal com que procuro informar-ME, compensando outras informações que me procuram avassalar, ou ter da história e da realidade a representação gráfica e áudio-visual ao serviço de uma classe, condicionada pela correlação de forças.

Ora vejamos, em três exemplos:

(,..)
Não se pode ver/ouvir/ler toda a “outra informação”, posso ter estado pouco atento, mas nada vi/ouvi/li na comunicação social relativo a tal acontecimento edito/cultural promovido pelas editoras avante! e Caminho/Leya, dos livros Podem chamar-me Eurídice… (com prefácio de Ana Margarida de Carvalho e ilustrações de José Santa-Bárbara) e O Signo da Ira, que teve intervenções dos responsáveis das duas editoras, de José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, e do filho mais velho de Orlando da Costa, que é, neste momento, primeiro-ministro.
Coisa pouca para ser informação…

 (...)
Ah!, é verdade!,… estes também estão lá!, dirá o leitor/tele-ouvinte não muito atento ou relativamente distraído com… “causas fracturantes”.
Estão, estão… e trabalham.

 (...)
Golpe de Estado?!
A ideia que foi sendo instalada, de tanto matraqueada é que Evo Morales se foi embora, e deixou tudo num caos. O ter sido eleito, por maioria absoluta, o ter sido contestada a eleição com manifestações “expontâneas”, o  ter recebido o convite-ultimato-sentença de breve execução, o ter sido insolitamente dificultada a sua viagem para o México, o ser tudo mais uma claríssim (embora com aspectos inovadores…) golpe de Estado, com auto-proclamação de presidente interino à-lá-guaidó venezuelano (inovação repetida!)… isso tudo é escamoteado na “outra informação” que nos invade a casa.

 A INFORMAÇÃO NÃO É NEUTRA!
MAS HÁ A QUE NÃO É INFORMAÇÃO… E É UMA... “COISA ASQUEROSA”
INFORME-SE!

terça-feira, novembro 12, 2019

Dos barulhos, da surdina e do silenciamento ensurdecedor

O início da legislatura resultante das eleições de 6 de Outubro, quando a grande, perdão... a enorme preocupação democrática é a de que tenham voz alta e sonante  os deputados eleitos em listas candidatas que não formam (ou se incluem em) um grupo parlamentar, assusta o silêncio ensurdecedor em que se está a transformar a surdina que, desde sempre, tem abafado  a actividade (e não só no hemiciclo!) de 2 grupos parlamentares.

  •  Em nome da legalidade e da legitimidade democráticas, tem de se exigir que o grupo parlamentar formado pelos membros do PEV(erdes), eleitos na Coligação Democrática Unitária, não sejam quase se diria humilhados (a título de mera referência é como se, na legislação anterior, os membros do grupo do CDS ou do PSD fossem como que inexistentes por terem sido eleitos em coligação PàF (ou lá como se chamava...);
  • Mesmo sabendo-se as razões, de classe, que estão por detrás de todas as manipulações, deturpações, agressões, silenciamentos das posições do PCP, há que as denunciar com toda a possível veemência; 
  • quando tanto barulho se faz sobre o que vai ser o início da legislatura, afirme-se com o som (da voz,  da tinta, do protesto) que, em 25 de Outubro: 
  •                                                                               

quinta-feira, novembro 07, 2019

Sobre há 102 anos o que veio há 2 anos ("tenho dito!"... e direi)

7 de Novembro - final da exposição na USO

Ao longo de uma semana, editaram-se aqui - entre outros - "posts" relativos ao Centenário da Revolução de Outubro, ilustrados com reproduções de caixas de fósforos comemorativas do 60º aniversário (1977).
Voltar-se-á ao tema, em razão da participação no assinalar da data na Universidade Popular do Porto mas, por agora, encerra-se a série, com o fecho da "conferência", o agradecimento a JM Poças das Neves pelo comentário para que o convidáramos, e que foi excelente, para as presenças que animaram a Universidade Sénior na oportunidade da abordagem.

Reproduzem-se os tópicos finais e, antes, repetem-se três das caixinhas de fósforos que ilustraram a série, relevando as palavras chave que nos remetem a 7 de Novembro de 1917:

PAZ, PÃO, TERRA   






"(...)
11.2. Duas perguntas
11.2.1. O que querem os seres humanos?

Vou terminar. Com duas perguntas. Que ficam como mais dois novos tópicos para reflexão. Se não de mais ninguém, minha.
·      Primeira: o que querem as mulheres e os homens?
Diria que, com base em relações sociais que não sejam de exploração, querem ausência de discriminação, a começar pela que existe entre homem e mulher. Citando Marx, numa carta a Kugelman que, há 140 anos, escrevia com talvez inesperado humor: O progresso social mede-se pela posição social do belo sexo (incluindo as feias…)”.

Diria ainda que os homens e as mulheres querem tempo livre, seu!, libertos das tarefas sociais adequadas e exigência para que as necessidades da comunidade  nacional e internacional sejam satisfeitas. Por isso, as questões do tempo de trabalho social, dividido em emprego da força de trabalho (manual e intelectual) e em tempo livre, quer no capitalismo (em que o tempo que poderia ser livre é desemprego, com precária ou inexistente protecção social… conquista que tanto se deve ao século xx ter sido o século soviético), quer em socialismo/comunismo (quando e sesão fulcrais.

11.2.2. Que nome terá o séc. xxi?

·      Segunda (e última!,) pergunta: se o século passado, o século xx, queira ou não quem assim não entenda, foi chamado o século soviético, que nome terá o século xxi?
Pergunta sem resposta pois ela vai depender, infinitesimamente, de cada um de nós."


seguiu comentário 
e debate