segunda-feira, novembro 25, 2019

Hoje, 44 anos depois...

... o 25.11 foi ao odontologista, vulgo dentista; com a sua placa postiça do maxilar superior, com implantes na mandíbula, pretende afiar a dentuça, torná-la mais agressiva.

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Um tanto entaramelada a voz, nem por isso soa menos brutal a exigência de implantes a incrustar no maxilar superior, incrustados, que tomem a forma conhecida nos seus émulos (dois dentes afiados!), que Voltaire, no seu Dicionário filosófico, muito bem caracterizava:

(...) cadáveres, que à noite saíam das suas campas para sugar o sangue dos vivos, tanto pela garganta como pelo estômago, após o que voltavam aos seus cemitérios. As pessoas que assim eram sugadas empalideciam, emagreciam, definhavam; por outro lado os cadáveres sugadores tornavam-se gordos, avermelhados, e tinham sempre um excelente apetite. (...) .
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Não nos acautelemos, não! 

2 comentários:

Olinda disse...

José Afonso alertava,também,para este país de vampiros."Eles comem tudo,eles comem tudo e não deixam nada." E não se esgota o sangue da manada...Bjo.

João Baranda disse...

Gostei da analogia ... mas pergunto eu: não deve o 28set74, 11mar75 e 25nov75 serem considerados marcos indeléveis do período revolucionário e de natural conturbação social que o 25abr74 provocou?
E será que não nos podemos orgulhar do carácter pouco sangrento da nossa revolução?
E será que não devemos estar satisfeitos com o rumo equilibrado que o país tomou (nem governos de justiça popular à moda do camarada Otelo) nem a tentativa revanchista e contra-revolucionária de ilegalizar o PCP (lembro-me bem da célebre frase do Melo Antunes)?. E registo também o "feeling" premonitório de Álvaro Cunhal que nas vésperas do 25nov75 deixou bem vincada a sua ideia de não participar em aventuras revolucionárias lideradas por Otelo.
Abraço
Viva a revolução de abril e o carácter pacífico (e moderado, burguês dirão alguns) que a mesma tomou.