segunda-feira, outubro 31, 2011

Desisto!

Desisto!
Neste momento, além do que já está comentado quero comentar tanta coisa ("renegociação" do "entendimento com a troika" em pino ou às avessas, Palestina na Unesco, voto "europeu" de Portugal, retirada de contribuições dos EUA e Israel, previsões da OCDE a mudarem de +2,2% para 0,2%, desemprego nos 12,5% em Portugal, posições sindicais sobre a magna questão do tempo de trabalho, sei lá que mais)... que desisto. 
Temporariamente.

"Isto" seguirá dentro de momentos, claro... 

Oportuno encontro

O PCP recebeu a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal – AHRESP, como tão divulgado (não) foi.
Neste encontro, da maior oportunidade, foram abordadas as graves consequências da subida dos 13% para os 23% do IVA neste sector, e reafirmou-se a necessidade de elevar a intervenção e a luta, única forma travar os objectivos do governo e de derrotar a ofensiva que está em curso.


A propósito...

Parece que são mais de 30 milhões...

notícia:

«Banca executa aval assinado por Catroga
para obra inaugurada por Cavaco.

Santa Maria da Feira, que fica a 30 quilómetros do Porto, é conhecida por ser a "capital" mundial da cortiça, a sede da mais célebre "Feira Medieval" nacional e do famoso Centro de Congressos e de lazer Europarque. Situado mesmo junto à A1, este enorme "elefante branco" está a poucos dias de cair nos braços estatais. A Associação Empresarial de Portugal (AEP), que contou com financiamentos avalizados pelo Estado para construir o Europarque, não tem dinheiro para continuar a pagar o serviço da dívida do complexo, deixando para o Estado a solução do problema.»
(negócios on-line) 

Então é assim:
  • os activos empreendedores de capital financeiro fazem os seus negócios, constroem os seus "elefantes brancos"... com dinheiro de fundos que teriam vindo para ser aplicados pelo Estado, e com dinheiro emprestado por bancos - que o pediram emprestado a outros bancos -, bancos que de deles são;
  • a operação bancária exige aval do Estado(*), no caso em apreço (e que preço!) o ministro das finanças era Catroga e o primeiro-ministro era Cavaco Silva, e os activos empreendedores estão asssociados na Associação deles;
  • ao mesmo tempo que engordam os seus patrimónios, com os seus múltiplos negócios, os volumosos empreendedores acumulam reconhecimento  e condecorações públicas e pública admiração pelo bem que fizeram à Nação;
  • as coisas não correm bem, por escasso (ou nenhum) planeamento, por errado dimensionamento, por má gestão dos excelsos gestores (ninguém é infalível, pois claro...) e o Estado é accionado por ter avalizado e, como saída, fica com "buraco", como se o comprasse ou nacionalizasse!
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(*) -conheci por perto uma versão pioneira (?) e requintada do início desta estória, mas para a criação da siderurgia nacional e do primeiro aço português, com a chancela Champalimaud-(coronel) Spínola e do ministro das finanças salazarentas da altura.
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Tudo como deve ser: quem é "gordo", mais "gordo" fica, o que deve emagrecer, emagrece até ficar "na linha".

O Estado, ou seja, nós... além de reduzir(mos)  salários, de nos obrigar(mos) a pagar mais evidentes e escondidos impostos, de aumentar(mos) tempo de trabalho coincidente com mais desemprego, ainda apanha(mos) com os BPNs e os EUROPARQUEs, enquanto os responsáveis por esses e outros "buracões"... continuam gordos que (não) dá gosto vê-los, e mais engordam. À nossa custa.
À maneira de Garrett: de quanta magreza de quantos magros se faz a crescente gordura dos mais gordos?

Destaques

Destaques, agora, no sapo:

Saúde
- Hospitais pedem para fechar (Sol)
Governo apela aos jovens para emigrarem (DE)
O segredo está em "viver com cautela" (SAPO)
Duarte Lima é oficialmente procurado pela Interpol (DE)
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Quem (mais!) deveria ser procurado pela Interpol?!

Conselhos

ao corrupto (ou do corrupto aos candidadtos a corruptos):

  • A corrupção deve valer a pena. Mas nunca a de pena de prisão!
  • A corrupção deve ter a dimensão suficiente para poder corromper os encarregados da investigação e do julgamento da corrupção.
  • No caso de falhar o conselho anterior (por virtude dos agentes investigadores e julgadores), os resultados da corrupção devem fazer com que sobre dinheiro para pagar aos "melhores" advogados, aqueles capazes de "embrulharem" a justiça que possa haver com intuitos de atacar a corrupção (e pôr um lacinho no "embrulho" na dita eventual justiça...).

Ex-certos e in-certos

«1. Introdução e contexto
Quando se procura analisar o funcionamento do sistema capitalista, o seu crescimento, a sua dinâmica e as suas crises seria bom escolher "ferramentas de análise" adequadas. (...)»
(início de um texto - em leitura - de Guilherme da Fonseca-Statter

« (...) 13. O marxismo não é uma construção acabada da crítica do funcionamento da economia política, sendo O Capital um manual e Marx o nosso profeta. O tempo – e as condições – em que Marx escreveu os seus manuscritos era(m) bem diferente(s) do que hoje se vive. Mas a compreensão do tempo que hoje se vive, e do futuro para que temos o dever de contribuir, em cada momento (histórico) se mostra mais carente dos conceitos e das conexões que Marx considerou fulcrais. Devendo estas conexões e aqueles conceitos ser cada vez mais, face à realidade, um guia para a acção transformadora e humanizadora.»
(de um texto que está - sempre... - a ser escrito).

domingo, outubro 30, 2011

Almoço de homenagem a um ferroviário, sindicalista, comunista, autarca... a um homem!

Custódio Henriques, aos 82 anos, saíu de presidente da Junta de Freguesia do Paialvo. Por motivos pessoais, sobretudo de saúde da companheira. Foi há meses. E foi, então, alvo de homenagens e de reconhecimento unânime, ao nível da freguesia e da Assembleia Municipal.
Hoje, uma comissão de camaradas e  amigos promoveu-lhe um almoço de homenagem. 
Nele participei como era meu dever e minha satisfação. O Custódio é um homem que há muito admiro.

Perto de 200 pessoas enchiam o pavilhão. O ambiente não era de alegria, como o Custódio merecia, porque a sua companheira está muito doente, no hospital, de onde ele veio para o almoço.
Houve discursos. Como é de norma.
Do do Custódio, de agradecimento, retirei - enquanto ouvia com dificuldade - algumas frases com grande sentido humano.
Contendo, com dificuldade, a emoção, disse o que, noutras circunstâncias, talvez não merecesse referência. Falou da companheira de 58 anos, a que chamou mulher inteligente - "sábia" disse ele -, e afirmou que, no caso deles, se desmente a fórmula de que atrás de um grande homem há sempre uma mulher. No caso deles, afirmou, ele apenas tem um metro e sessenta e oito, e nunca teve uma mulher atrás de si mas sempre ao lado e, às vezes, à frente.
Muito mais coisas disse, repetindo "isto que eu digo não é doutrina...", reiterando o seu respeito pelos outros, e ainda tomei nota (na toalha de papel) da afirmação de que, como sindicalista e autarca, "os meus filhos só podiam ter aquilo que  se conseguia para os filhos dos outros".
Trouxe comigo o abraço que nos demos.  

Rídiculo!

Portagens entram em funcionamento... na terça-feira, no dia de Todos-os-Santos, ou (gosto mais!) "do bolinho" cá pela aldeia!

O Governo não tardou na colocação em funcionamento das portagens que estão instaladas na A13 e na A23. É já a partir de terça-feira que os automobilistas que passarem nestas vias vão começar a pagar e isto sem que se saiba se há isenção para os habitantes dos concelhos afectados. Nem valeram de nada os protestos dos autarcas locais, que não tiveram possibilidade para, de forma directa, apresentarem os motivos concretos da sua insatisfação.
No que respeita à «nova» A13, que substituiu um troço do IC3 (entre o Moinho Novo e a saída para a A23), consta do contrato com a Ascendi, promotora da obra, que os habitantes têm isenção na passagem pelas portagens, mas resta saber em quantas viagens... E a verdade é que as Estradas de Portugal avançaram com este dado definitivo, sublinhando que esta medida permite «por um lado, melhorar as condições de circulação e segurança e, por outro, assegurar a continuidade com os futuros lanços de auto-estrada a norte e, desta forma, a ligação da A23 à zona de Coimbra em perfil contínuo de auto-estrada». A EP calcula, ainda, que a A13/IC3 entre Tomar e Condeixa esteja concluída até ao fim de 2012.

Preços das portagens:
Nó com A23-Nó da Atalaia
- Classe 1, 0,05 €
- Classe 2, 0,10 €
Nó da Atalaia (EN110)-Nó da Asseiceira
- Classe 1, 0,35 €
- Classe 2, 0,60 €
Nó da Asseiceira-Nó com a EN110 (Santa Cita)
- Classe 1, 0,40 €
- Classe 2, 0,65 €

(in Rádio Hertz)

Portagens a partir de 5 cêntimos!
Só tenho um substantivo: ridículo e vexatório!

Para um domingo

Bem! Brel é Brel. Brel é... outra coisa.
Mas esta Greco é... outra coisa. E a montagem de fotos sobre este nada esquecer e a tudo se habituar... c'est tout!

Breves - 17

Outro dia, num debate, alertaram-me (obrigado, Quintas) para a situação actual nos países que estiveram na senda do "socialismo real" – uns, com menos de 7 décadas de guerra, cerco, guerra, sabotagens, guerra (fria), propaganda; outros, pouco mais de 3 décadas de cerco, guerra (fria), sabotagens, propaganda – e que conseguiram, para/pelos seus povos, o que conseguiram.
E como estão, hoje, em que situação miserável se encontram? Cheios de liberdade(s) formal(is)… condicionada, dependente. Sem direitos.    

sábado, outubro 29, 2011

Ida à Moita - à Biblioteca Bento de Jesus Caraça







Política : «Portugal a Produzir» |
Com outra política,
o aumento da produção e a criação de riqueza,
o País conseguirá ultrapassar os problemas
de forma duradoura e sustentada
em 2011/10/29 12:20:00
“Portugal não é um pais pobre, antes empobrecido pelas opções de classe de sucessivos governos". Esta justa e sustentada afirmação foi confirmada pelo PCP ao longo da campanha «Portugal a Produzir» que se destinou a afirmar o valor estratégico da produção nacional e do aproveitamento das potencialidades do país, para a criação de emprego, o combate à dependência externa e a afirmação de uma via soberana de desenvolvimento”, lê-se no livro «Portugal a Produzir», apresentado por Sérgio Ribeiro, membro do Comité Central do PCP e doutor em Economia, ontem, dia 28 de Outubro, na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita.

Este livro resultou de vários debates e audições aos agentes económicos de vários pontos do país, inclusive no nosso Concelho no dia 14 de Março deste ano.

No quadro da grave situação económica e social que Portugal se encontra, o PCP considera que o País não conseguirá ultrapassar os problemas de forma duradoura e sustentada, sem uma política de combate e, prioritariamente, com o aumento da produção e da criação de riqueza.

Este livro não é um documento isolado, insere-se no trabalho colectivo do PCP, tem como antecedentes: em 1976, o partido fez a conferência “A Saída da Crise”; em 1980, outra conferência dizendo “Não ao Mercado Comum”; em 1986-87, houve uma campanha e a saída de livros com o “Não à Moeda Única”; em 2007, foi a Conferência Económica, onde o partido disse “nós vamos ter problemas muito sérios a curto prazo"; agora, em 2011, aparece a campanha “Portugal a Produzir”(*) que mostra que "a crise não é uma fatalidade e há saída para a crise”, fez notar Sérgio Ribeiro. “O que está a acontecer pode ser travado com outra política, com outras opções na economia e na sociedade, o que passa por esta campanha «Portugal a Produzir»”, vincou o orador.

“Portugal a Produzir” é assim a definição de um rumo inverso ao da política de direita que, correspondendo às legítimas aspirações dos trabalhadores e do Povo português a uma vida melhor, se afirma como uma grande proposta do PCP para o presente e o futuro de Portugal”, realça este livro.

No final da apresentação do livro houve um animado debate com os presentes sobre a actualidade política e social que se vive no país.

J. BA
(no jornal "O Rio")
___________________________
* -foi lançada na Festa do ávante! de 2010

Tem de se pôr um travão "nisto"!

do  sapo:


Lisboa

Hospital vendido por 11 milhões
comprado por 21 milhões minutos depois (Sol)

A Estamo alienou em Novembro de 2004 os terrenos do antigo Hospital de Arroios a duas empresas do grupo Fibeira (por 11 milhões de euros). No mesmo notário, e imediatamente a seguir, o terreno localizado na avenida Almirante Reis foi revendido por 21 milhões de euros a uma sociedade imobiliária espanhola (a Reyal Urbis).


As vacas... um leit(e)motif na "literatura" política portuguesa

Por virtude (alguma teria de ter...) do Presidente da República que nos saiu em pouca sorte, as vacas tornaram-se um leit(e)motif na literatura vagcamente política portuguesa.
Decerto influenciados pelas tão surpreendentes surpresas  que Sexa expendiu nas observações  ao observar os simpáticos animais, mormente nos Açores, quer Henrique Custódio quer Samuel-Cantigueiro trouxeram os pachorrentos e tão úteis bichos à nossa leitura e audição.

Na sempre interessante coluna do avante!, esta semana a cargo de Henrique Custódio e com o título de Vacas, quando esperávamos ler um texto, como sempre bem escrito e acutilante, sobre os transcritos espantos e devaneios do PR a propósito das vaquinhas, veio ele lembrar-nos Marcelo Caetano, as suas "conversas em família" e o uso que este fez da metáfora (ou parábola) das "vacas gordas e das vacas magras". Vale a pena ler. Aqui.

Noutras nossas digressões em pastoreio bloguero, encontrámos um delicioso quadro animado e musical no Samuel-Cantigueiro, sempre a merecer leitura e a pôr-nos bem dispostos (embora os temas sejam bem motivadores do contrário... mas ele "dá-lhes sempre a volta"...), em que, com a sua habitual pontaria da ironia, acerta umas farpas no dito cujo Presidente cá da República, mas em que nos deixa deixa este quadro musical e jazzmente bucólico que não se resiste a transcrever com os agradecimentos por tão bom momento nos ter proporcionado:


Agenda

Breves - 16

As pessoas queixam-se-nos e esperam, de nós, respostas, medidas, alternativas, saídas, coisas concretas e a curto prazo.
De nós, esperam aquilo que só eles podem dar ou alcançar… se connosco estiverem!, e nos deram a sua força para, com eles, nós – que também eles somos – conseguirmos as respostas, as medidas, as alternativas, as saídas.
Que coisas concretas e a que prazo? Depende de… eles – que também nós somos.

sexta-feira, outubro 28, 2011

Portugal a produzir - o livro

... para não ficarem, apenas, o primeiro e o último parágrafos:

índice

estou quase a chegar
à Biblioteca Bento de Jesus Caraça
(excelente nome para uma biblioteca!),
na Moita

Ex-certos e in-certos

1º parágrafo:

A campanha Portugal a Produzir, lançada pelo PCP na Festa do Avante! de 2010, destina-se a afirmar o valor estratégico da produção nacional e o aproveitamento das potencialidades do país, para a criação de emprego, o combate à dependência externa e a afirmação de uma via soberana de desenvolvimento.

último parágrafo:

«Portugal a produzir» é assim a definição de um rumo inverso ao da política de direita que, correspondendo às legítimas  aspirações dos trabalhadores e do povo português a uma vida melhor, se afirma como uma grande proposta do PCP para o presente e o futuro de Portugal.


A "paciência do chinês"

A China é o país que dispõe de maiores reservas monetárias mundiais, com o Japão em segundo lugar, mas muito longe. Ora parte substancial dessas reservas é em dólares ou em dólares titulada, o que as torna vulneráveis. É como se alguém fosse muito rico, mas grande parcela dessa riqueza estivesse em coisas de valor duvidoso, e em risco sempre eminente de o estar perdendo.
Por isso, a vontade da China (como seria desse "alguém muito rico"...) de diversificar. De tornar menos substancial a parte em dólares da sua riqueza sempre a crescer; de que as novas reservas a entrar venham  em outras moedas que não na imposta "moeda mundial"/dólar ou, melhor mas mais complicado, em metal sonante. (e, até onde possível, trocar as que estão "em cofre").
Assim se poderiam explicar (ah! se eu fosse capaz...) as actuais "grandes manobras", de que resultaria a salvação chinesa do euro. Salvação precária e, evidentemente, com contrapartidas. Isto é, um FEEF amarelado, não pelo ouro, mas pelo yuan.
Mas não se espere que a China seja uma espécie de "bombeiro voluntário" em socorro do capitalismo, nas suas mais fundas raízes, deste ou do outro lado do Atlântico Norte. Além do seu interesse em diversificar as suas reservas, de que de certo modo está dependente, o maior interesse  da China de hoje (cuido eu!) será o de continuar a crescer e a, com esse crescimento, continuar a tirar, anualmente, dezenas de milhões de chineses da sua situação social de bem rudimentar humanidade relativamente ao nível de progresso a que a Humanidade chegou e que tão mal distribuído está pelo planeta.
Aliás, quem diz China, nestas lentas reflexões, pode dizer, a outra escala que não a de  milhares de milhões de seres humanos, o Brasil, a África do Sul, ou a Índia (que, aliás, também ultrapassa o milhar de milhões de seres humanos).

Procuremos olhar, do nosso cantinho e com a nossa vertiginosa passagem pelo vivo entendimento das coisas, toda a dimensão espacial e temporal do mundo em que vivemos. 
Soltemo-nos do nosso umbigo (individual e europeu) e da  ilusão (pessoa a pessoa) de que o tempo é o do suspiro que por cada um de nós é dado.   

Na estrada

Hoje, vou à Moita


mas outras (muitas outras) iniciativas há.
Como esta

a que com pesar faltarei!

OUTRA INFORMAÇÃO - a "Europa" vista de fora

de vermelho:
27 de Outubro de 2011 - 20h30

Em declínio,
Europa pede socorro à China,
mas teme contrapartida

Em mais um sinal dos novos tempos, que confirmam o deslocamento do poder econômico mundial do Ocidente para o Oriente e parecem carregar o germe de uma nova ordem mundial, líderes europeus voltam os olhos para a China na esperança de uma solução para a renitente crise da dívida que abala o velho continente e ameaça a União Europeia e o euro.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy informou que pretende conversar por telefone com seu colega chinês Hu Jintao para pedir socorro. A idéia é que a China, assim como outros países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) apliquem parte de suas reservas no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, que teve sua capacidade elevada pelos líderes da União Europeia nesta quinta de 440 bilhões para 1 trilhão de euros.

Potência financeira
Pelo visto, o dinheiro à disposição dos governos europeus, quase todos atormentados por altos déficits públicos, parece insuficiente para fazer frente à crise. Já a China dispõe de reservas estimadas em US$ 3,2 trilhões, valor bem superior ao do fundo europeu ampliado. Líderes do país asiático já anunciaram a disposição de ajudar, mas os europeus estão preocupados com as contrapartidas.
O episódio revela a transformação da China, que já é a maior credora dos EUA, numa potência financeira. O dinheiro de Pequim não virá de graça. O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, já tinha adiantado, em setembro, que espera uma contrapartida para a ajuda.
Ele indicou que a China quer ampliar investimentos na Europa, mas, preferencialmente, em empresas, ao invés de adquirir títulos de dívidas públicas de valor duvidoso. Para socorrer a eurozona, o governo comunista quer que a União Europeia conceda rapidamente o status de economia de mercado ao país. Isso dificultaria a aplicação de medidas de defesa comercial, como sobretaxas antidumping, que têm se multiplicado contra produtos chineses baratos. Para Jiabao, a União Europeia deveria acelerar a concessão desse status para a China porque “é assim que a gente se comporta entre amigos”.
Autoridades chinesas asseguraram nesta quinta (27) que "apoiam as medidas ativas da Europa para responder à crise financeira".

Reservas
"Devemos explorar os meios para reforçar a cooperação bilateral sobre a base de um benefício mútuo", afirmou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores. O bloco dos 27 países europeus é o maior parceiro comercial e principal receptor das exportações chinesas, razão pela qual a estabilidade e prosperidade da região interessa diretamente à China.
E do lado europeu a tentação é grande: a China está "sentada" em suas confortáveis reservas de 3,2 trilhões de dólares, investe uma parte crescente de seus ativos em euros e já prometeu apoiar Grécia, Espanha ou Portugal.
Segundo especialistas franceses e alemães, a China possui o equivalente a 500 bilhões de dólares em títulos de dívida pública europeia, mas a maior parte de suas reservas está em dólares, e busca diversificá-las.
O diretor do fundo europeu (Feef), Klaus Regling, chegará na sexta-feira a Pequim antes de seguir para o Japão, outro dos potenciais candidatos a resgatar a Europa. De qualquer forma, ainda há poucos detalhes sobre como a China poderia utilizar esse fundo de emergência para ajudar os europeus.

Preocupação
A União Europeia e as autoridades do Feef ainda finalizam os detalhes de como e quando colocarão em andamento um "veículo" financeiro ligado ao Fundo Monetário Internacional que atrairá "investidores do setor privado, público ou de países emergentes".
Mas alguns líderes europeus, pouco afeitos à humildade, estão preocupados com os riscos tanto financeiros como morais de pedir ajuda a países não europeus. As ofertas de ajuda de Pequim a países como Grécia e Portugal, poucos meses atrás, provocaram resistências e manifestações de protesto contra o “colonialismo chinês”.
(...)
A necessidade, porém, tende a falar mais alto e calar a arrogância imperialista dos líderes europeus. A iniciativa do presidente francês é um claro sinal disto. A decadência da Europa, assim como dos EUA, e o deslocamento do poder econômico para a China são fenômenos objetivos da história, aos quais os líderes europeus, conduzidos pelo pragmatismo, terão que se adaptar, engolindo a própria arrogância.

Da Redação, com agências

quinta-feira, outubro 27, 2011

O Reino Unido e a União Europeia

Que o Reino Unido não faz parte da União Económica e Monetária, logo do euro e do BCE, é sabido, sendo uma das grandes (muitas) inconsistências da "União" Europeia. Neste momento, a situação agudiza-se também nesse aspecto.

Da comunicação social:

Britânicos destacam
"fracasso" dos líderes europeus
Económico com Lusa
27/10/11
A demora em encontrar uma solução para a crise financeira na zona euro é hoje criticada na imprensa britânica.
O diário The Guardian, em editorial, afirma que, do ponto de vista do Reino Unido, "os inevitáveis compromissos e discussões em Bruxelas na noite passada permitem que a cimeira seja retratada, igualmente inevitavelmente, como um chuto na lata para a frente". Ou seja, "a narrativa dominante do fracasso europeu".
Este diário e outros britânicos usam na primeira página uma fotografia de dois deputados italianos envolvidos numa altercação para ilustrar o "impasse europeu", como lhe chama o jornal i.
O Daily Telegraph tem como a manchete que os "líderes europeus hesitam sobre o plano de resgate" e no interior tem um manual para o primeiro-ministro aguentar as cimeiras europeias.
"Por mais tempo que pense que as coisas vão tomar, multiplique por três. A Europa não tem pressa", ironiza a deputada conservadora, e eurocéptica, Gisela Stuart.
Num tom mais sério, o Financial Times fala da "luta por um acordo na zona euro", nomeadamente da resistência dos bancos em aceitar um perdão parcial da dívida e das negociações para aumentar o valor do fundo de resgate europeu.
O tema é ignorado nas primeiras páginas pelos tablóides, mais interessados por escândalos de personalidades públicas ou assuntos internos.
A excepção é o Daily Express, que leu na afirmação da chanceler alemã, Angela Merkel, na véspera sobre se o euro falhar, a Europa também falha, como um "aviso de guerra na Europa".

Breves - 15A

Na breve - 15, para descentrar do centro do mundo com capital em Bruxelas, disse que Sarkosy iria à China pedir "ajuda" para a economia portuguesa. Foi engano. A "ajuda" será para a "economia europeia".
Enganos na madrugada... 

Reflexões lentas - emprego e empresas

Ontem, na comunicação social de massas, com massas de comentadores - ou com os comentadores "da massa" -, foi um "ver se te avias" na glosa de uma frase "genial" do "genial" ministro da economia.
Disse "o Álvaro" que não há "emprego sem empresas", esperando ele que os senhores deputados e os estimados espectadores percebessem que o que há a fazer é criar condições (de multiplicação do capital investido) para que o capital (vindo de onde?) crie empresas (capitalistas) para que estas possam criar empregos. O mini stro é mesmo um criativo!
Mas ele sabe (saberá?) que o que não há é empresas (capitalistas ou não) sem emprego. Sem emprego (ou uso) de trabalho, sob a forma de trabalho vivo - na nossa terminologia, capital variável - que faça funcionar (que use) o trabalho cristalizado em meios de produção (e de distribuição) - na nossa terminologia, capital constante -, nem que seja só pelo carregar de um botão e para fazer o registo das operações realizadas (por questões de estatística e fisco).
Como também sabe (saberá?) que, em capitalismo, em contradição com os seus interesses vitais, uma empresa (capitalista) em vez de manter empregos (de trabalho vivo!) dispensa estes se os trocar por empregos de trabalho cristalizado em forma de máquina e ferramentas, veículos, ceifeiras debulhadoras, tudo o que ser humano foi criando com o seu trabalho, e se estes empregos lhe derem mais lucro, ainda que leh façam perder o que alimenta, realmente, esse lucro, ou seja, a apropriação de mais valia criada pelo trabalho vivo. Daí, o dinheiro falso (porque sem base material), o crédito fácil e hipotecador (porque sem expectativas materiais de ser pago), o capital fictício. A especulação para compensar os limites da exploração do trabalho (vivo) e da sua intensificação.

A frase é mesmo só para enganar. Ou, usando também uma expressão que fique para glosar (por aqui, porque daqui não passará, claro): para encanar a perna à rã
Ou seja, para adiar o inevitável perecimento do que não é o fim da História.   

Actual issimo

  • Anabela Fino
Várias dúvidas e um top 13

A capitalização da banca transformou-se num tema do quotidiano da velha Europa. O assunto domina os noticiários e não há comentador que se preze que o não traga à colacção. Disse-se mesmo que ontem, 26, seria o dia C – de capital, está visto – para a tomada de decisões históricas para a zona euro. Dando de barato a classificação – tem havido tantos encontros históricos que a designação já virou anedota... –, importa reter um aspecto que até à data não suscitou, curiosamente, as atenções dos especialistas. Vejamos. A capitalização da banca, dizem-nos, é necessária, mesmo indispensável, para que os bancos mais expostos à dívida grega não 'percam o pé', digamos assim, e para que possam abrir o crédito tão necessário ao investimento. Coisa meritória, decerto, embora os ignorantes na matéria possam – e devam – interrogar-se:

- Quanto emprestou a banca aos gregos e quanto recebeu com os juros agiotas impostos à Grécia?

- O que vai deixar de receber é calculado em função dos lucros pornográficos que esperava arrecadar?

- Quanto «perdeu» a banca e quanto vai receber?

- E se a banca vai receber dinheiro do Estado, ou seja dos contribuintes, para emprestar aos contribuintes (particulares e empresas), ganhando obviamente com o negócio, por que hão-de os contribuintes financiar a banca para se financiarem a si próprios a mais alto preço?

- Sendo certo que é sempre o dinheiro dos contribuintes que está em jogo, e afirmando os governos que a sua máxima preocupação é o interesse nacional, por que será tão difícil mudar as regras de um jogo que só prejudica os contribuintes?

Responda quem souber, mas lá que esta história está mal contada, isso está. Talvez fosse útil ouvir os banqueiros nacionais que tanto se queixam das agruras do negócio, o que no entanto não os impede de figurar na lista do top 13 dos mais bem pagos da Europa. A notícia veio no sábado, 22, no jornal francês Le Parisien, segundo o qual os executivos financeiros cá do burgo estão em nono lugar num conjunto de 13 países, com uma média de 845 mil euros anuais. É dose, embora muito longe dos britânicos (5,7 milhões) ou suíços (4,4), mas mesmo assim a milhas dos belgas (250 mil) ou dos holandeses (623). Coisas da crise.

in avante!, hoje

A "troika" ou os 3 mosqueteiros, que são 4 e faltam uns

Começam as anedotas sobre este folhetim (pouco humorístico) das negociações "europeias" sobre a "crise do euro". A Reuters até já fez um rol de anedotas, mas com pouca graça e ideologia quanto baste. Embora não esteja em "estado de espírito" para graçolas, esta foto lembrou-me os "três mosqueteiros".


No primeiro plano estão o BCE, ainda representado pelo pré-reformado Tricher (é Trichet mas costumo enganar-me e escrever tricher = a fazer batota), a noviça francesa (que substituiu, recentemente, o viciado compatriota) que representa o FMI, a viçosa e repolhuda Merkel (que tem as costas largas e passa pela mãe de todas as malfeitorias) a representar a U.E., estando num segundo plano dois d'artagnanzinhos, o Olli-la-ré, que é o encarregado de mandar as "bocas", e um cavalheiro nascido em Portugal, desde muito novo especialista em artes e manhas, e que seria presidente de uma Comissão revolucionária-radical (P'raJá) se para esse lado se tivessem encaminhado as conjunturas.
Apesar de tanta gente para um trio, falta o mais importante: o representante dos banqueiros, dos que fizeram o seu negócio, no quadro do capitalismo financeiro, de pedir emprestado a x% e emprestar a x+y% , e estão renitentes em não receber tudo o que assim emprestaram.
E as reuniões sucedem-se sucessivamente sem cessar, entre Merkel e Sarkosy, da zona euro, a 27, ecofin(os), todos com todos, de alguns com alguns. Assim traçando o destino dos povos. Que lhes darão a resposta!

Hoje, é 5ª feira, dia de avante!

Breves - 15

De cimeira em cimeira... até onde?
A intoxicação informativa à volta da crise, do euro, da U.E. como centros de tudo. Ou tudo a gravitar à volta do "umbigo europeu".
Descentremos um pouco:
  • ... e se se fizer um referendo no Reino Unido para sair da União Europeia;
  • Sarkosy vai à China pedir que financie a "economia portuguesa"; 

quarta-feira, outubro 26, 2011

O bloqueio a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas - 186 contra 2, e 3 abstenções


Mais uma vez a Assembleia Geral da ONU se aproximou da unanimidade na condenação do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, e na reivindicação do levantamento dessa medida.
Um total de 186 membros do foro mundial concretizou essa exigência ao aprovar uma resolução intitulada Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos de América contra Cuba.
E, mais uma vez, os Estados Unidos e Israel ficaram isolados os votos contra o texto, semelhante ao apresentado por Cuba nos últimos 20 anos. As abstenções também foram as mesmas do ano passado (Ilhas Marshall, Micronésia y Palau).
A primeira resolução de condenação do bloqueio foi adoptada en 1992 por 59 votos a favor, três contra (Estados Unidos, Israel e Roménia) e 71 abstenções.
Desde então, Washington nunca logrou mais de três acólitos (sempre Israel entre eles) nos exíguos NÃOs, que contou com quatro votos só em cinco das 20 votações realizadas (1993, 2004, 2005, 2006 y 2007).
Ao falar ante o plenario da ONU, o ministro cubano destacou que durante estas duas décadas a comunidade internacional reclamou de maneira invariável e firme que se ponha fim ao cerco norteamericano contra Cuba.
"Teria parecido impossível então, em 1992, que 20 anos depois esta Assembleia estaría hoje considerando o mesmo assunto", um tema vinculado ao direito à autodeterminação, à lei internacional, às regras do comércio e às razões que levam a que existam as Nacões Unidas.
Duas décadas durante quais quatro presidentes habitaram a Casa Blanca: George Bush, William Clinton, George W. Bush e Barack Obama.
Relativamente ao actual inquilino da Sala Oval, Rodríguez disse que, apesar da falsa imagem de flexibilidade que pretende transmitir, o bloqueio permanece intacto, com completa aplicação e com uma agudização do seu carácter extraterritorial.
O período do presidente Obama tem sido marcado por um reforço da perseguição às transacções financeiras cubanas em todo o mundo, sem respeito pelas leis de países terceiros nem pela oposição dos seus governos, denunciou o ministro.
Por isso, apontou la inconsistência do argumento de Washington que pretende apresentar o tema do bloqueio como uma questão bilateral que no deve ser tratada na ONU.
A posição da actual administração é "velha, repetitiva, ancorada no passado, é como se, em vez de um presidente eleito para a mudança, falassem e actuassem os seus antecessores, incluso republicanos", disse.
Essa teria sido uma das razões pela qual cerca de 30 países intervieram na Assembleia Geral solidários com Cuba face ao bloqueio e a exigir o levantamento do cerco dos Estados Unidos.

 

Breves - 14 (notícias do "desaparecido" Paulo Portas)

 A propósito...
O "desaparecido" Paulo Portas, além de andar a fugir com o que quer que seja à seringa destas decisões governamentais e orçamentais, tem estado em frenética actividade pelos países árabes que se estão a "libertar de ditaduras" (com "humanitárias ajudas democráticas"), não a ver qual a quota que nos cabe de petróleo, ou de gás natural, ou de ((re)construção civil do que foi destruído, mas a fazer de propagandista do processo de democratização de Portugal de 25 de Abril de 1974, ensinando que não houve precipitação em fazer eleições, que houve 6 governos provisórios, que só em 25 de Abril de 1975 é que se elegeu uma Assembleia Constituinte, que só em 25 de Abril de 1976 é que se assinou uma Constituição (enganou-se, mas Honório Novo corrigiu-o - foi a 2 de Abril!-, e ele agradeceu a correcção), que essa nossa Constituição é um exemplo de equilíbrio, e etc. e tal.
Ouve-se e pasma-se!

Iniciativas



Breves -13

Ontem, houve Conselho de Estado!
Com uma data de novos membros: o inerente Seguro, e mais Balsemão, o n 1 do PPD/PSD, mais Marques Mendes e Filipe Menezes, antigos "líderes" do PSD... para reforçar a pluralidade.
Ao que parece, depois de ter começado a soneca durante a prmeira parte da reunião, Mário Soares resolveu ir dormir para a sua caminha,

Breves - 12

Hoje, é um dia de "coisas importantes":
  • do inefável ministro das finanças explicar na AR o inexplicável (por demais explicado...) orçamento de Estado para 2012 e, também, o rettificativo de 2011;
  • de "cimeira europeia" de decisões, que não tomará decisões, até porque foi adiado ontem o ecofin de hoje, onde havia que tomar decisões para hoje serem tomadas decisões "cimeiras".
De qualquer modo, há que acompanhar atentamente!

Agenda

Como veículo de comunicação social (!), foi aqui recebida esta informação para ser divulgada.
Com todo o gosto, embora sem a possibilidade de estar presente, apesar do maior interesse com que se acompanha esta questão vital (como a água...).

terça-feira, outubro 25, 2011

Agenda

Como veículo de de comunicação social (!), foi aqui recebida esta informação, que se divulga.
Com todo o gosto...

Breve - 11 (última hora!)

14:55 -
Cancelada reunião do Ecofin de amanhã


Então... e foi cancelado o destino de Portugal?

Breves - 10

"O destino de Portugal não está decidido",
informou-nos, hoje, o 1º ministro, referindo-se ele a decisões da União Europeia, ou quem nela decide.

MAS (em maiusculas!)...
Quem, onde, como...
decide o destino de Portugal?

Uma audição pública, na AR, sobre cultura

Da maior oportunidade... e necessidade:

Conversas com livros...

As subvenções vitalícias

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Sobre as subvenções vitalícias
Segunda, 24 de Outubro de 2011

A propósito das notícias sobre a atribuição das subvenções vitalícias a detentores de cargos públicos e da campanha que ardilosamente tem sido promovida no sentido de amalgamar atitudes e responsabilidades, o PCP esclarece, independentemente das motivações que estão por detrás da actualidade dada a essa questão, que:

1. O PCP não pode deixar de recordar que foi desde sempre contra a instituição das subvenções vitalícias, tendo assumido e expresso essa posição isoladamente em mais que uma ocasião. Na verdade, foi pela mão de PS e PSD, com o voto contra do PCP, que esta subvenção foi criada.

2. O facto dos eleitos comunistas não prescindirem de acederem a essa subvenção enquanto estiver em vigor, não ilude o facto de ser orientação do PCP a não utilização dessa verba em proveito pessoal e de esta ser colocada ao serviço dos trabalhadores e do povo português, do seu esclarecimento e da sua luta.

Breves - 9 (esta então é brevíssima)

Circulam, pela comunicação social muitos números. Aos milhões! E aos perdões...
Mas há dois números que gostaria de conhecer bem:
- o da taxa de juro a que os bancos (entre outros, alguns portugueses) conseguiram o dinheiro para  "ajudar" a Grécia (e quem diz Grécia, pode dizer Portugal);
- o da taxa de juro a que o emprestaram à Grécia (e quem diz Grécia, pode dizer Portugal).

Líbia.. e agora?

em Vermelho


segunda-feira, outubro 24, 2011

Breves - 8

A “crise”, que não faltou quem dissesse que foi inesperada, era previsível.
Hoje, não falta quem diga que previu, que avisou, que mais isto e mais aquilo.
Quem não (e o que não se) previa, quem (e o que se) previa?
Nem é isso que importa!
Quem tivesse uma determinada base teórica sólida (não afirmei nem a melhor, muito menos a única), estudasse os sinais das dinâmicas económicas e sociais não podia ser surpreendido pela “crise”, porque considera que a crise está no bojo do modo de produção, do capitalismo.
MAS (um “mas” maiúsculo!) não se podia prever (a não ser os “bruxos”...) i) o comportamento dos “mercados”, ii) as notações das agências de rating, iii) a evolução das taxas de juro, o que a histeria do negócio exponenciou.

Crise do capitalismo: que alternativas?

No quadro de inicativas que o Biblioteca-Museu Resistência e República (BMRR) vai tomando, incluiu este chamado ciclo de conferências.
Crise do capitalismo: que alternativas? é tema-título aliciante. Só à volta do seu significado etimológico-conceptual, palavra a palavra, se pode provocar um interessante debate  

 
Crise? Que pensa cada um de nós, e cada nós como participantes numa corrente de pensamento do conceito de crise? Não há uma resposta estatística, por mais que alguns, na sua própria (ou imprópria se apresentada como objectiva, neutra...) opção ideológica, a estatistifique, isto é, estabeleça uma gaduzção em que as percentagens e os pontos percentuais sejam mandantes e digam, por exemplo, quando é que se entrou em depressão, e quando é a depressão passa a crise. Mas o conceito não se deixa amarrar, e, cá por minha conta (e risco), lá vou dizendo (e irei dizer) que o capitalismo, pelo seu funcionamento, pelas contradições que a sequência dialéctica desencadeia, está sempre em crise, passando esta por fases larvares e momentos (históricos) de explosão.

Capitalismo? Mas o que acabei de escrever baseia-se numa concepção em que a palavra capitalismo tem um significado conceptual que outros recusam. É um modo de produção e formação social assente sobre relações sociais determinadas historicamente, desencadeando relações de forças entre classes, de que estas tomam ou não consciência, e que são variáveis, em vários planos, não são as mesmas hoje e onte, aqui e ali.

Alternativas? Para mim/nós é evidente que sim. Que há alternativa para o capitalismo. Melhor: sendo um modo de produção e formação social historicamente determinada, o capitalismo não é perene, é perecível, não tem alternativa na base que o define como modo e formação,como "sistema". E são as dinâmicas sociais que determinarão o que virá, no tempo histórico que for e como for, a seguir ao capitalismo, como nós o definimos. Ao mesmo tempo que afirmamos que, em capitalismo, no capitalismo, não há saída, ou seja, não tem alternativa dentro de si. Tem adiamentos, quanto a relação de forças, a luta social, o permita.

Reflexões lentas, breves e em permanente reciclagem

Um orçamento de Estado é um orçamento igual aos outros – uma previsão de receitas e de despesas para um determinado período de tempo, normalmente um ano – mas que, ao contrário dos orçamentos dos particulares – famílias e empresas –, parte das despesas para as receitas.
Quais as funções/obrigações do Estado, quanto custam, como distribuir esse custo por receitas a ter da parte da comunidade, através dos impostos e outras receitas, pressupondo uma política fiscal.
Quais as funções/obrigações do Estado? As que a Constituição consagra, e os eleitos têm o dever de respeitar (até porque a juraram)!
Os deveres de concretizar os direitos dos cidadãos – vida, trabalho, saúde, educação, segurança, vias de transporte, representação exterior –, de aproveitar (e criar condições para) racionalmente os recursos naturais e adquiridos, em articulação com os sectores cooperativo e privado.
A conjuntura, os “mercados”, o endividamento provocado pela histeria dos negócios, não podem esconder esta razão de ser. Dos orçamentos.
E nossa!, porque eles, os orçamentos, não são mais que um documento/instrumento.
Não são uma peça de uma máquina de cobrir desmandos bancários, com o pretexto/falácia de que a economia é uma parte das finanças e que, antes de tudo, está o financiamento (ao princípiio é o dinheiro...) com a finalidade de multiplicar capital-dinheiro.  

Do dia internacional da Paz (que foi a 21!) uma lembrança de Pete Seeger

Hoje não é domingo... mas na visita sempre tão gratificante, por vezes retardada, aos companheiros desta forma de comunicacão, verifiquei que deixei passar o dia internacional da PAZ .
Da eirademilho, para além do seu sempre estimulante convívio, trago Pete Seeger e o grupo (em que se vê a Joan Baez) que o acompanha. Grande Pete Seeger!


Obrigado, Ana!

De Maio a Outubro, com o antes e o depois

Nestas “digressões” em que ando acontecem coisas que dão grande satisfação. Que valem… não dinheiro mas tempo de vida.
Depois da iniciativa em Rio Tinto, como se não bastasse ter sido o que foi (uma sala cheia de camaradas E amigos em luta e para ela mobilizadis), tive o bónus de ficar em casa de Amigos (que são camaradas), o que deu conversa pela madrugada dentro, um pequeno-almoço não mensurável em estrelas de hotel mas em atenções e pequenos-grandes gestos, e ainda – como se não bastasse! – um “saco de prendas”…
Ora nesse “saco de prendas” vinha uma gravação de uma iniciativa sobre o livro de Álvaro Cunhal “Partido com paredes de vidro”, realizada a 7 de Maio, em Estarreja. Por isso aqui venho.
Estive a “ouvê-lo”. A rever e a aprender. A procurar erros cometidos, coisas ditas “a mais” (tempo mal empregue) e coisas “não-ditas” (tempo não aproveitado). A trabalhar!
E, no dia de hoje, em que há tanta informação sobre as reuniões “comunitárias”, em que tudo parece baralhado, coberto pelo “manto diáfano” das fantasias da comunicação, foi útil ter revisto o dito em 7 de Maio sobre as “ajudas” em que Portugal cooperava relativamente à Grécia (com bancos a pedirem emprestado a x% para emprestarem a (x+y)%, no seu desenfreado negócio), com o alerta, então feito, para as consequências quando se renegociasse a dívida grega e, inevitavelmente, uma parte ficasse por pagar por ser impossível tudo transferir, sem limites, para os trabalhadores e as populações.
Assim se pode "desbaralhar" muita informação. Ao ter de se  “perdoar” uma parte da dívida grega, agrava-se a situação de endividados de quem fez negócio com a “ajuda” que deu. Percebe-se então bem o que quer dizer contágio. E o radicalismo de posições no sentido de nada se “perdoar”, apesar de só se estar a “perdoar” o que se revela impossível de pagar... e para tentar salvar o euro e a União Económica e Monetária e, até, a União Europeia.
O que se passou ontem, com os ministros das finanças, e hoje, com a "cimeira", e o que se passará quarta-feira, com mais “cimeira”, só se pode entender pegando nestas pontas do novelo. E há o “núcleo duro” do novelo que é o próprio funcionamento do capitalismo, nesta sua fase.

domingo, outubro 23, 2011

Chove!

Terá chegado o outono?
Chove!
E, no regresso do almoço da AMBO, venho a pensar, angustiadamente, nos muitos amigos e conhecidos que - soube há pouco, a acrescentar aos que já sabia ... - emigraram. Como quem foge à enxurrada, a tentar escapar-se entre os pingos da chuva.
Ó meus amigos, quando chove "assim", só há que aguentar. e procurar evitar que a chuva faça estragos e nos deixe, a todos, encharcados, e em risco de ir na avalanche.
Até porque, por esses lados para onde foram, também chove. Ou vai chover. É uma questão de tempo, e de, aqui e aí, sermos muitos ou os que formos bastantes para gritarmos "basta!" e, com esse grito, fazermos parar a chuvada.

Agenda

  • Hoje
Almoço da AMBO (Academia Musical de Ourém)

  • dia 25 de Outubro (18.30)
Luís Fazenda
Sérgio Ribeiro
  • dia 29 de Outubro (18.30)
João Arsénio Nunes
José Gusmão

(...)

  • 28.10.2011 - Moita (18.00)
Debate sobre o livro
Portugal a Produzir

Ponto da situação... para 4ª feira

Injectar, injectar, injectar ("meter p'rá veia"...)

Ecofin
UE chega a acordo para recapitalizar a banca
Económico
23/10/11 
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Plano de recapitalização
chega a 100 mil milhões de euros.

A União Europeia acordou recapitalizar a banca até 100 mil milhões apesar dos entraves de Portugal, Espanha e Itália.

Depois de uma maratona de quase 10 horas de negociações, os ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) superaram a forte oposição de Espanha, Itália e Portugal e concordaram sobre a necessidade de injectar cerca de 100 mil milhões de euros nos bancos europeus, depois de se elevar colectivamente o rácio de capital para 9%, de modo a protegê-los contra a ameaça de um ‘default' da dívida grega e dos riscos de contágio na zona euro, avança a Reuters.

Segundo várias fontes europeias, à margem da reunião de ministros das finanças dos 27, Lisboa, Madrid e Roma, com apoio do Banco Central Europeu (BCE), opuseram-se durante todo o dia de negociações ao actual plano de recapitalização.

O limiar de 9% parece ser um problema para a Itália mas não para Portugal que já terá este ano esse valor e no próximo ano 10%, nem para a Espanha que pediu à sua banca para elevar o capital para 8 a 10%. O problema é que segundo o plano actual, se a banca não conseguir recapitalizar-se no mercado, são os cofres nacionais a avançar e em ultimo caso o FEEF, onde se imporão novas condições de aperto à banca. Para um país que não tem acesso a mercados e constrangimentos enormes nas contas públicas, como é o caso de Portugal, Espanha e Itália, a margem é muito curta.

Recorde-se que, no âmbito do acordo com a Troika, Portugal conta com um fundo de 12 mil milhões de euros para recapitalizar os seus bancos mas ainda não foi mobilizado porque a banca o tem rejeitado. No futuro se precisar de fundos e não os obtiver no mercado ou junto do governo poderá ir ao Fundo de Resgate mas as condições são mais gravosas.

Solução final para a crise só na quarta-feira

A proposta de recapitalização da banca do Ecofin será hoje apresentada no Conselho Europeu de Bruxelas. No encontro deste domingo estará em cima da mesa uma solução abrangente para a crise da dívida, que inclui o reforço e flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), já ratificado por todos os 17 Estados-membros da zona euro, a recapitalização da banca e um segundo resgate à Grécia.

Porém, a chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a dizer que o Conselho Europeu de hoje não deverá produzir uma solução final para a crise do euro, sendo de esperar uma resposta definitiva na cimeira da próxima quarta-feira. "Parece-me importante repetir que hoje vamos apenas preparar as decisões de quarta-feira, pois é um processo complicado", disse a líder germânica, à entrada para o Conselho Europeu.

Outras notícias:
Os gurus do subprime andam “às aranhas” com a crise da dívida
Endesa abre espaços nas Lojas do Cidadão
Dívida pública já ultrapassa os 100% do PIB
As acções com melhor ‘rating’ para suster a crise
Militares juntam-se aos protestos contra a austeridade
Preço do gasóleo sobe na próxima semana
Banqueiros portugueses ganham mais que dinamarqueses e noruegueses

Para um domingo

Continuo na "onda francesa". Será a do "meu tempo".
Mas mesmo o meu tempo, o nosso tempo tem... tempos. Como o outono, o inverno. Esta é bem a canção do outono.
Les Feuillles Mortes é uma canção de que gostei como de poucas (ainda que raro traduzisse vivências minhas...), mas o poema de Jacques Prévert (tão esquecido!) e a interpretação de Yves Montand... diziam-me (e dizem-me) coisas. Da vida. Do tempo.
O mesmo Yves Montand do Chant des Partisans, que depois, lamentavelmente, passou a ser o outro Yves Montand, do outro lado da barricada, no lado direito da luta... Mas é tão bom ouvir. Com tudo o que de bom e de mau nos pode trazer às memórias!


Oh ! je voudrais tant que tu te souviennes
Des jours heureux où nous étions amis.
En ce temps-là la vie était plus belle,
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui.
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle.
Tu vois, je n'ai pas oublié...
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Et le vent du nord les emporte
Dans la nuit froide de l'oubli.
Tu vois, je n'ai pas oublié
La chanson que tu me chantais.

{Refrain:}
C'est une chanson qui nous ressemble.
Toi, tu m'aimais et je t'aimais
Et nous vivions tous deux ensemble,
Toi qui m'aimais, moi qui t'aimais.
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment,
Tout doucement, sans faire de bruit
Et la mer efface sur le sable
Les pas des amants désunis.

Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Mais mon amour silencieux et fidèle
Sourit toujours et remercie la vie.
Je t'aimais tant, tu étais si jolie.
Comment veux-tu que je t'oublie ?
En ce temps-là, la vie était plus belle
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui.
Tu étais ma plus douce amie
Mais je n'ai que faire des regrets
Et la chanson que tu chantais,
Toujours, toujours je l'entendrai !

{Refrain}



sábado, outubro 22, 2011

Breves - 7

Viajar em transportes públicos é, também, ouvir vizinhos falarem ao telemóvel, como se não tivessem telemóvel e quisessem que a sua voz chegasse ao destino sem o auxílio daquele meio de... comunicação vocal.
Às vezes, ouvem-se coisas interessantes, significativas.
Hoje, no banco atrás de meu, uma voz jovem dizia para longe:

"Não há dinheiro... vou à terra buscar comidinha para casa..."

Assim se está a desenvolver a economia agrícola de sobrevivência!

Breves - 6

"... dando razão ao que eu disse em Florença..."

quem é que diz coisas destas, quem é?
quem é o exemplo cacafónico, quem é?

"informação" e OUTRA informação

Ia no carro com a camarada que me convocara para ir a Rio Tinto, e ouviamos, pelo meio da conversa, o noticiário (não sei de que estação). De súbito, uma notícia que me espevitou o ouvido "6ª demissão no governo de Dilma", depois o desenvolvimento, salientando que desde o início do mandato, e por corrupção, já tinha havido seis demissões no governo de Dilma, e que agora tinha sido o ministro dos desportos. Aí, o ouvido ficou ainda mais espevitado. Porque sei que o ministro dos desportos é um camarada do PCdoB.
Mas o que se seguiu não deu mais informações, embora se tivesse transmitido declarações de uma candidata, da área da ecologia, às eleições que Dilma venceu, embora só na segunda volta,sublinhando a desgoverno que estas demissões revelavam.
E por aí se ficou a informação. E a preocupação sobre o que se estaria a passar.

Hoje, no regresso a casa, passo pelo Vermelho. Grande título:

Dilma decide
Orlando continua
à frente do Ministério do Esporte

Depois, algum do desenvolvimento em notícias relacionadas:

Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff no início da noite desta sexta-feira (21) para definir seu futuro no governo, o ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), foi confirmado no cargo pela presidente, num gesto que contradiz as expectativas da mídia hegemônica e da direita
que não pouparam esforços para derrubar o ministro comunista com base em denúncias sem provas feitas por um notório bandido.

Renato Rabelo reafirma:
“eles não sabem com quem estão lidando

A abertura da 17ª Conferência do PCdoB-RJ se tornou um grande ato de desagravo contra os ataques sofridos pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, e o PCdoB, com mais de 500 pessoas lotando o auditório do Hotel Rio’s Presidente, na noite de sexta (21). O presidente nacional do Partido, Renato Rabelo, transmitiu o resultado da reunião de Dilma com Orlando, que recebeu da presidente a garantia da sua continuidade no cargo.

carta de Orlando Silva
à 17ª conferência do PCdoB-RJ

Camaradas,

Nosso trabalho à frente do Ministério do Esporte produziu êxitos e vitórias para o nosso país. Nossa condução é pautada pelo respeito sagrado à coisa pública e pelos nossos compromissos históricos de luta pela transformação do Brasil.

Vocês têm acompanhado os ataques violentos, as mentiras e calúnias, sem provas, que tentam imputar a mim e ao nosso Partido. Estes ataques são frutos da cobiça gerada pela dimensão alcançada pelo Ministério e pelo ódio de classe das forças conservadoras.

Repudiamos com todas as nossas forças a campanha difamatória veiculada na grande mídia nacional, que sem nenhum pudor quer macular 90 anos de uma história de lutas. Esta semana, chegaram ao cúmulo de veicular imagem de nosso camarada João Amazonas, atribuindo atos de corrupção ao nosso partido.

Desde o primeiro ataque fomos para luta de peito aberto. Chamamos uma coletiva, exigimos investigação e a apresentação de provas, que até hoje não apareceram. Nossa atitude e a unidade inquebrantável de nosso partido surpreenderam. Não seremos intimidados! Não aceitaremos o roteiro traçado pelas forças conservadoras!

Nos tempos de terror usavam a tortura, prisão e assassinatos. Hoje, as mesmas forças usam o linchamento político, a execração pública para eliminar nossos companheiros. Não nos iludamos, o objetivo final e derrotar o projeto transformador liderado pela presidente Dilma.

Não houve, não há e não haverá nunca ninguém capaz de nos intimidar. Nossa força vem dos que foram caçados no Estado Novo, dos que tombaram no Araguaia, dos ideais dos que foram fuzilados covardemente na Chacina da Lapa.

Nossa força para resistir a esta campanha infame vem da presença de todos vocês nesta conferência. Nada será capaz de nos dobrar porque nossos sonhos não se dobram, crescem a cada dia pela disposição de luta de cada um de vocês.

Neste momento, como disse Pablo Neruda em sua carta ao Partido, me sinto indestrutível, porque contigo, meu partido, não termino em mim mesmo.

Repito para vocês o que disse à Comissão Política Nacional do Comitê Central. Na dureza da presente luta, vivo um novo batismo no partido. No calor da luta de classes reafirmo: Viva o Partido Comunista do Brasil!!!

Orlando Silva Jr.