domingo, dezembro 31, 2006

Informação

Enquanto espero que "isto" se resolva, o senhor Mounti, o gato!, pode ser vis(i)t(ad)o, provisoriamente, no "blog" foto&legenda.blogspot.com (que, aliás, acho que merece ser visitado...).
Pedindo desculpa pelo incómodo. ele será menor se usarem os "links".
Reitero os desejos de Bom 2007 e muito a gradeço todas as mensagens que me chegaram via SMS.
Sérgio Ribeiro

sábado, dezembro 30, 2006

S.O.S.

Nos outros blogs em que "mexo" coloco imagens sem problemas. Neste, a partir de certa altura, e sem que eu tenha feito (conscientemente...) algo para isso, deixei de conseguir meter fotos. E não tem faltado tempo perdido e tentativas frustradas...
Fazem-me cá uma falta... uma foto do Mounti em su sofá privativo, por exemplo. E muitas outras para ilustrarem estas duas vilegiaturas por S. Pedro do Sul (e Serra da Gralheira) e Piodão (e Serra do Açor), de que tenho notas que gostaria de publicar mas nunca só prosa.
Se alguém me puder ajudar, ficava muito agradecido... bem como o clube de fãs do Mounty.
Bom ANOVO (ano novo, ano ovo, anovo) para todos!

domingo, dezembro 24, 2006

Caros visitantes

Decerto por inépcia minha, não estou a conseguir meter, neste blog, fotos. Como estou a fazer, sem problemas, noutros blogs que "alimento" (Som da Tinta e Foto&Legenda).
Gostaria de ter ilustrado o post anterior, com mais uma foto do "nosso gato", do Mounti. mas não fui capaz apesar de ter empenhado muito tempo nesse esforço. Paciência.
Aproveito para desejar, a todos, Boas Festas, sobretudo um 2007 que seja um passo para um futuro melhor para todos e não esta caminhada carangueja ao serviço de uns poucos que foi 2006.
É assim que penso e é assim que quero transmitir esta mensagem em resposta a tantas que têm sido a grata prova de que não me esqueceram neste dia.
Obrigado!
Sérgio Ribeiro

Entre o gato e a parede

ou
as alegrias de um regresso a casa… e ao gato!

O nosso gato é um senhor. Sobranceiro, indiferente. Quase sempre por fora, pelos campos, não acorrendo a chamados, raramente dado a ternurices. É um gato. E um senhor.
Mas não é assim quando nos afastamos uns dias do seu convívio. Quando fazemos viagens de algum tempo que nos levam para longe da casa. E dele.
Quando assim é, o regresso mostra quanto a nossa falta foi por ele sentida.
Acorre, correndo, lança uns miados meio de boas-vindas, meio de protesto, meio de satisfação, meio (talvez…) de relato do que por cá se passou enquanto estivemos ausentes.
E não nos larga. Ronda-nos. Cerca-nos. Quase parece pedir que nos sentemos ou, melhor, que nos estiquemos num sofá.
Ao sentarmo-nos à secretárias para ver os mails e essas coisas, salta para os nossos colos, alternando os ronronares e amassamentos, os abraços à roda do pescoço da senhora dona com incursões pelo colo masculino para dar umas marradinhas por baixo do queixo, como quem quis “também senti a tua falta…”
E rápida chega a noite. Sem que ele esteja saciado da nossa presença regressada. Primeiro, impede a dona de fazer o seu tricot, porque é impossível manobrar as agulhas com um gato ao colo e reclamando carinhos. Depois, faz umas incursões ao meio dos jornais que estão a ser abertos e vistos pelo dono para se actualizar, como que para insistir na mensagem que ele também lhe é querido. Embora menos… mas paciência.
Depois, acalma-se e acama-se entre nós dois e não, como de hábito, em lugar próprio e exclusivo, faz-se novelo de onde, de vez em quando, estica uma patita para nos tocar, estende o pescoço para um afago no baixo do queixo. Deixa-se dormir como a imagem da bem-aventurança.
Quando resolvemos deitar-nos, deixamo-lo sossegadinho e fazemos todos os preparativos procurando não o perturbar no seu tranquilíssimo sono.
O caso é que, estamos nós ainda nas leituras pré-sono, o nosso gato, sentida a falta de companhia no sofá, vem, pé ante pé, espreguiçando-se, e salta para o que considera o seu lugar, no côncavo do braço da dona, amassando o sovaco.
Terminadas as leituras porque os sonos estão chegando, a dona, com cuidados e ternuras mil (conversam muito os dois, em surdina…) deposita-o aos pés de nós dois, num espaço que se abre entre as nossas pernas.
E ele fica. E assim adormecemos os três.
Mas… Mas, lá para meio da noite, o senhor gato deve lembrar-se das saudades que teve de nós, sobretudo da dona, e sobe, cama acima até se aconchegar no que deve considerar ser o seu lugar, ao lado da dona, todo esticado e volumoso.
Importa dizer, a propósito de aconchego, que a nossa (de nós três) casa é aconchegadinha, pequena, o quarto pequeno e a cama pequena porque maior não caberia no pequeno quarto. Resultado: três na horizontal e em paralelo torna-se difícil. Ela, a dona, chega-se um pouco mais para o centro esquerda da cama para dar espaço ao gato, e ele, o dono, fica, quase espalmado, entre o gato e (ela) e a parede.
Dorme-se mal nas noites de regresso a casa. Perdão, dormem mal os donos que nós somos, dorme regalado o gato nosso que ele é.

24.12.2006

terça-feira, dezembro 12, 2006

"a compatibilidade da concorrência e do serviço universal são totalmente compatíveis", dizem eles...

Esperando benevolência para esta reacção de transcrever o que acabo de ler, e talqualmente, está aqui matéria da maior importância e que pode ajudar a melhor perceber as linhas com que nos estão a coser...
UE: des Etats membres s'inquiètent
d'une libéralisation totale du marché postal

BRUXELLES (AFP) - 11/12/2006 15h52 - Une dizaine d'Etats membres ont exprimé lundi leurs inquiétudes face à la prochaine libéralisation du courrier ordinaire dans l'Union européenne (UE), qui selon la proposition de loi de la Commission européenne, devrait intervenir au 1er janvier 2009.
Lors d'une réunion à Bruxelles, les ministres européens ont discuté pour la première fois lundi de ce projet ultrasensible, présenté le 18 octobre par la Commission.
Tandis que l'Allemagne, la Suède et la Grande-Bretagne --qui ont déjà ouvert leur marché postal-- ont apporté leur soutien complet à la Commission, d'autres Etats, tels que la France, la Pologne ou encore l'Italie ont exigé des "garanties" pour protéger un service universel postal de qualité.
Le service universel suppose que soit assuré à chaque citoyen, où qu'il vive, au moins une distribution et une levée du courrier, cinq jours par semaine.
Les services postaux européens sont déjà partiellement libéralisés en vertu de deux directives datant de 1997 et 2002.
Mais en octobre, la Commission a présenté un projet de directive proposant de peaufiner l'ouverture du secteur postal, avec la libéralisation d'ici à 2009 des lettres de moins de 50 grammes, dernière chasse gardée des monopoles historiques.
C'est la France qui s'est montrée la plus virulente lundi, réaffirmant haut et fort qu'elle souhaitait "un service universel de grande qualité".
"Si nous n'obtenions pas les garanties nécessaires en matière de financement du service universel, la France demandera le maintien d'un service réservé", a d'ailleurs prévenu le ministre français de l'Industrie, François Loos.
Le ministre a ajouté que pour lui, la date de 2009 restait "tout à fait indicative et, en aucun cas, ne pourrait être impérative".
"Les garanties doivent être renforcées", a appuyé le ministre de la Communication italien Paolo Gentiloni, qui estime qu'il "serait inacceptable qu'au nom de la libéralisation de l'Europe, la qualité du service soit moins bonne".
La Pologne pour sa part a demandé que la libéralisation aille "à un rythme qui tienne compte des situations différentes dans les Etats membres". Pour Varsovie, une période de transition est en effet "importante pour les nouveaux Etats membres qui ont disposé de moins de temps pour se préparer à une exposition totale à la concurrence".
Pour Berlin au contraire, cette libéralisation totale est "un pas décisif, qui doit être fait". L'Allemagne, qui présidera l'UE au 1er semestre 2007, a d'ailleurs déjà indiqué qu'elle comptait décrocher un accord politique sur le sujet au mois de juin.
"L'ouverture du marché postal au 1er janvier 2009 ne fait pas l'unanimité, pourtant elle est est réaliste", a estimé la secrétaire d'Etat à l'Economie Dagmar Woehrl, pour qui "la concurrence et la garantie du service universel sont totalement compatibles".

sábado, dezembro 09, 2006

Contra a desmemória

Vejam, por favor, o blog http://som-da-tinta.blogspot.com

Na velha chaminé-lareira

Senti-me bem aqui, à lareira, desfrutando, neste tempo chuvoso e frescote, antigos e saudosos calores... e deixei-me adormecer.

Mas que raio de coisa é esta? Raios e coriscos!

Não se pode dormir descansado nesta casa sem que venham logo estes raios de coisas a que chamam flash?!

Não há p'raí um livro de reclamações?

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Anos inquietos ou a inquietação nos anos 60 e em Coimbra

Nenhuma luta começa no tempo e no lugar em que nós, cada um de nós, começamos a lutar.
Nos anos 60, a luta académica foi muito importante para a denúncia e o desmascaramento do regime, que ainda há quem se recuse a chamar-lhe fascista, por ignorância ou por simpatia – confessada ou inconfessada – pelo fascismo.
Anos inquietos – vozes do movimento estudantil em Coimbra (1961-1974) é um livro de testemunhos da luta na Universidade de Coimbra.
E é muito interessante, e pedagógico…, ler e interpretar esses testemunhos. Por quem por outros tempos, que atravessaram esses, começou a luta, por quem fez essa mesma luta de maneiras muito diferentes noutros lugares, por quem não viveu esses tempos e nesses lugares e sente necessidade de conhecer como foram vividos. Os tempos e os lugares.
É mais um contributo de Manuela Cruzeiro (Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra), com Rui Bebiano, que ouviram e fixaram as “vozes” de Eliana Gersão, Fernando Martinho, Carlos Baptista, Pio de Abreu, Fátima Saraiva, José Cavalheiro, Luís Januário.
Alguns deles (certos estão Manuela Cruzeiro, Fernando Martinho, Carlos Baptista) vão estar no espaço Som da Tinta, no dia 16, a partir das 17 horas, para conversarem e conviverem com quem por lá aparecer.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Uma entrevista com Luandino Vieira, no Actual do Expresso



Entrevista de Cândida Pinto. Que dá gosto ler e saborear.

"(...)

O tempo é importante para si?

Tão importante que acho que sou eterno e portanto sou um preguiçoso nato, ando devagar. Acho que a distância menor entre dois pontos é uma longa curva. Vivo no tempo dessa maneira. Nunca tenho pressa.

(...)"

Nasceu na Lagoa do Furadouro, temos orgulho que seja nosso conterrâneo (isto é, da terra que somos), mas não há dúvida que o que diz e como diz é de africano.

Uma entrevista a não perder. Em que muito se diz em curtas falas. Sem pressas.


A distribuição da riqueza mundial, segundo estudo da ONU

Riqueza mundial, mal distribuida
El estudio midió la riqueza en términos exclusivamente materiales.

Un estudio de la ONU publicado este martes indica que el 2% de los más ricos del mundo poseen más de la mitad de la riqueza mundial.
El estudio, realizado por la Universidad de las Naciones Unidas, se enfoca en la riqueza de los hogares, por lo cual se le considera pionero frente a otros informes, que se enfocaban en las riquezas nacionales o corporativas.
Los contrastes son evidentes. Mientras que el 2% de las personas más ricas tiene más de la mitad de la riqueza, la mitad más pobre de la población adulta del mundo es dueña de apenas un 1%.
Jim Davis, coautor del estudio, aclaró los criterios que se emplearon para su realización: "Utilizamos el término en el sentido de valor neto: el valor de los activos menos pasivos físicos y financieros. En este aspecto, la riqueza representa la propiedad de capital. A pesar de que el capital es sólo una parte de los recursos personales, se considera que tiene un impacto desproporcionado en el bienestar del hogar".
Como componentes de la riqueza, el estudio tuvo en cuenta los activos y pasivos financieros, tierra, edificios y otras propiedades tangibles.
En dónde está la riqueza
La mayor parte de la riqueza está concentrada en Norteamérica, Europa y los países de altos ingresos del área de Asia y el Pacífico - como Australia y Japón -, que en conjunto tienen el 90% de la riqueza global.
LA RIQUEZA DEL MUNDO
Norteamérica- 34%
Europa - 30%
Asia y Pacífico (ricos) - 24%
América Latina y el Caribe - 4%
Asia y Pacífico (otros países) - 3%
China - 3%
África - 1%
India - 1%
Europa del Este es un caso particular debido a que la propiedad privada está en aumento, pero no ha llegado a los niveles tan altos de Europa Occidental. Además, en Europa del Este son pocos los hogares que tienen activos como pensiones privadas y seguros de vida.
En el selecto grupo del 1% de los más ricos, el 37% está en Estados Unidos y el 27% en Japón.
América Latina, a pesar de su tamaño y población, apenas tiene el 4% de la riqueza personal del mundo, mientras que el grupo de países que siguen en la lista, el grupo de naciones ricas de Asía y el Pacífico, la cifra es del 24%.
El estudio incluye algunos que sus autores no esperaban cuando empezaron la labor, como por ejemplo en el tema de la deuda.
Los autores señalaron que "mientras las personas pobres en países pobres están endeudadas, sus deudas son relativamente pequeñas en total. Esta característica es debido a la ausencia de instituciones financieras que permitan a los hogares incurrir en hipotecas y préstamos personales como es en el caso de los países ricos".

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Ontem deram-me uma prenda...

E hoje estou a ouvi-la, como se as décadas tivessem desandado...
As "canções" também são das minhas, embora com algum atraso porque, nesses anos, já andava pelos Breles e Aznavoures, pelo Graça e o coro, e por outras "músicas"..
As legendas são uma maravilha, embora não lhes pertença, não esteja dentro delas. Mas também tive o tempo em que "nada se passava e hoje parece que era o mais importante", e não foi assim tão longe do vosso como não o é dos que hoje vivem como se nada se passasse e só amanhã verão que, afinal, era o mais importante.
Obrigado, Luís!
Até deu para dançar um bocadinho com a Zé...

Sin piel y sin espinas!

Acordei bem disposto. Atravessei a noite nas profundezas do sono e a Zé saltou uma data de horas – aí umas sete ou oito – de uma vez só e, como é reconhecido, por mim…, os seus sonos e sonhares condicionam a minha disposição.
Para ajudar, ao olhar lá para fora, vi sol a brilhar, ou a fazer brilhar de luz as folhas que ontem apenas pingavam e brilhavam de água chovida.
Além disso, hoje é feriado, o que é uma alegria... até para os reformados. E é-o por uma boa razão – acho eu!… Hoje é o dia da independência, ou, para ser mais rigoroso, o da Restauração da dita.
Depois, é que foi o delas…
Para começar o dia, ao fazer a minha primeira e sumária higiene corporal (a do lado de fora do corpo) apanhei com um frasquinho de loción para manos y cuerpo, com manteca de cacao e mais uma quantidade de prosa promocional na língua de nuestros hermanos... salvo sejam. Franzi a testa, e o nariz e tive de o assoar porque, apesar do sol, está frescote. Assoei-o (ou asseei-o, de asseio?) e fi-lo com uns pañuelos 4 capas da marca Cien.
Já a começar a irritar-me, mudei um penso que me está a curar de uma feridita na pele do braço de tanto adesivo lhe porem após injecções e tirares de sangue e apanho com uns pensos “estéril a menos que se abra o rompa el envase” vindos de Distrix Ibérica, S.A. directamente de Barcelona.
Para acabar mal o começo da manhã, ao abrir o frigorífico dei de caras com os ditos de uma embalagem que tenho usado distraidamente de paté de atún em aceite, marca La Piara, e, numa outra prateleira, descubro uma embalagem de filetes de caballa del sur en aceite vegetal, de fácil apertura.
Estou irritadíssimo. Isto é que é uma cabala. Sin piel e sin espinas como despudoradamente informa esta última embalagem.

Viva a Restauração. Estou a pensar ainda hoje mandar um mail ao Zé Abreu para me inscrever no Grupo dos Amigos de Olivença!

(Ah!, e então não é que o sr. Bill Gates, que parece velar e zelar pela nossa língua materna e paterna sublinhando os erros que possamos ter cometido nos computadores que dele são e nos emprestou, deixou passar a maior parte do que escrevi em castelhano e me repreendeu por ter escrito despudoradamente? É mesmo uma cabala!)

quinta-feira, novembro 30, 2006

Pois...

Começo a entender porque é que aos doentes se lhes chama pacientes... Têm de ter muita paciência!
E de lutar sempre. Como sempre e em tudo!

quarta-feira, novembro 29, 2006

Bom dia!

"Atravessei a noite à superfície do sono..."
"... e eu passei-a saltitando de hora em hora!"

terça-feira, novembro 28, 2006

Contra-sinais...

EUA sugerem fazer estoque em caso de caos na votação venezuelana
28 Nov 2006 11:44

CARACAS, 28 de novembro (Reuters) - Os Estados Unidos alertaram as pessoas que vivem na Venezuela a estocar comida, água e remédios, para o caso de haver desordem na votação de domingo, quando o presidente Hugo Chávez busca a reeleição.
Em um alerta à comunidade norte-americana na Venezuela, país que fornece cerca de 12 por cento das importações de petróleo dos EUA, a embaixada disse na terça-feira que não tinha informações de que a Venezuela entraria na ilegalidade.
Mas alertou em seu site (http://caracas.usembassy.gov/wwwh2848.html) que as medidas seriam uma precaução sensata em um país polarizado onde a política muitas vezes provoca protestos violentos nas ruas e greves.
Chávez diz que está competindo contra os EUA, país que ele acusa de tentar desestabilizar seu governo.
O conselho da embaixada, que destacou o sentimento antiamericano do governo, foi feito no momento em que muitos venezuelanos decidiram comprar velas, comida enlatada e água engarrafada para qualquer emergência após a votação.
As pesquisas em geral mostram que Chávez vai conquistar confortavelmente outro mandato de seis anos devido ao grande apoio da maioria pobre que se beneficiou com seus altos investimentos sociais.
Seu rival, Manuel Rosales, uniu a oposição mas conta com o apoio apenas da minoria das classes média e alta.
Chávez alertou que a oposição vai alegar fraude, mobilizar protestos de rua e tentar fomentar uma revolta militar. A oposição nega as acusações.
As embaixadas norte-americanas em todo o mundo regularmente fazem alertas a norte-americanos no exterior para adotar medidas de precaução antes de grandes eventos políticos em países voláteis.

REUTERS CM FG

Sinais...

  • Izquierdista Correa gana elecciones presidenciales ecuatorianas
    RHC
    Noviembre 27 del 2006, 9:00am

    Quito, 27 nov (RHC) El izquierdista Rafael Correa se imponía en el balotaje por la presidencia de Ecuador, según los datos proporcionados este lunes por la corte electoral.
    Cansados de los desprestigiados partidos políticos tradicionales, los ecuatorianos le daban un fuerte apoyo al ex ministro de Economía, quien recibía el 68,12 por ciento de los votos válidos, escrutado el 40,10 por ciento de las 36.613 urnas habilitadas el domingo.

    Su rival, el magnate Alvaro Noboa, el hombre más rico de Ecuador, recibía el 31,88 por ciento, según los primeros datos que difundió la corte electoral y que marcarían un giro del quinto productor de crudo de Sudamérica a la izquierda, una tendencia que se ha impuesto en América Latina.

    "Recibimos este triunfo con profunda dignidad y humildad. Somos tan sólo instrumentos de poder ciudadano", afirmó Correa.

    Los datos iniciales de la corte electoral ratifican los números que mostraban conteos privados sobre el triunfo de Correa, aunque en ellos las diferencias eran más ajustadas en parte por el ritmo de ingreso al sistema oficial de los resultados que arrojaron las urnas.

    Si los datos oficiales respaldan la estimación de un conteo rápido de un grupo de monitoreo independiente que adjudicó a Correa el 56 por ciento de los votos y a Noboa el 44 por ciento, el nacionalista se convertiría en el octavo presidente en una década en Ecuador y asumiría el 15 de octubre.

    Desde la sierra hasta la costa, miles de ecuatorianos salieron a las calles para festejar el triunfo de Correa, quien ha prometido liderar una revolución política radical para reestructurar el aparato estatal y modificar la Constitución para purgar a la clase política hegemónica.

    En Guayaquil, la capital económica del país sobre el Pacífico, seguidores de Correa coparon el centro con banderas verdes y rojas, los colores del candidato nacionalista.

    Correa y Noboa ganaron su pase al balotaje en la primera vuelta del 15 de octubre. En esa ocasión, fue el empresario quien obtuvo mayor número de votos.

    La victoria de Correa haría ingresar a Ecuador al grupo de países de la región, que critican la política exterior de Estados Unidos por sus esfuerzos para firmar acuerdos de libre comercio y su supuesta intromisión en sus políticas interiores.

    "Lo que me une con el presidente Chávez es ese espíritu bolivariano, buscar la integración latinoamericana (...) Chávez es mi amigo personal", aseguró Correa.

    Pero para aquellos que afirman que ese vínculo someterá a Ecuador a Venezuela, aclaró: "En mi casa no manda mi amigo, mando yo".

    Correa ratificó que revisaría la deuda externa y no pagaría la que considere "ilegítima" sin descartar declarar una moratoria.

    Además adelantó que nombraría a los reconocidos economistas de izquierda Ricardo Patiño y Alberto Acosta como ministros de Economía y Energía, respectivamente.

    El virtual triunfador de los comicios presidenciales de este domingo en Ecuador, Rafael Correa, festejó anoche cantando junto con sus partidarios, al pie de la sede de su movimiento Alianza País.

    Correa llegó al lugar, ubicado al borde de la céntrica Avenida de los Shirys, luego de haberse presentado en varios canales de televisión e inmediatamente se integró al festejo desde una tarima preparada para el efecto, en la que actuaba un grupo musical.

    Sus partidarios, portando banderas y carteles con los colores verde y azul de Alianza País y rojas del Partido Socialista, aliado en el actual proceso electoral, esperaron por varias horas a Correa.

    El triunfador de los comicios ecuatorianos agradeció a la juventud que trabajó en la campaña y pidió a sus partidarios que no lo dejen solo en el ejercicio de su mandato que comenzará el próximo 15 de enero.

    Correa dijo que había "ganado a las chequeras", en alusión a la fortuna del magnate bananero, que fue su rival, y agradeció también a los dirigentes de su movimiento y a su familia.

    Acto seguido Correa se integró al grupo musical para interpretar el ritmo cubano "Comandante Che Guevara"; la emblemática canción de los habitantes de la capital ecuatoriana "El Chulla Quiteño".

    Luego interpretó otra canción que exhalta el valor de los guayaquileños y terminó con el himno nacional del Ecuador.

    Los simpatizantes del izquierdista Rafael Correa, que preparaban una larga vigilia electoral para evitar un fraude, festejaron este domingo la victoria que le dan las proyecciones estadísticas al amigo del presidente venezolano, Hugo Chávez.

    Al ritmo de pasillos -música típica ecuatoriana- y salsa, y ondeando banderas verdes del partido Alianza País, unos 8.000 seguidores armaron una fiesta enfrente del comando central de campaña, en una calle del norte de Quito, donde temprano fue instalada una tarima previendo el triunfo.

    Mientras, en las avenidas aledañas caravanas de vehículos hicieron sonar sus bocinas para hacerse eco de la ventaja de 14 puntos en promedio con la que Correa derrotó al hombre más rico del país, el derechista Alvaro Noboa, según tres encuestas a boca de urna y el conteo rápido de una ONG.

    "Rafael ganó por sus propuestas de una nueva visión, de un cambio que la gente buscaba desde hacía tiempo. El pueblo ya no come cuentos de la oligarquía de siempre y se dio cuenta de quién iba a ser su verdugo", dijo a la AFP Germán Almeida, un sicólogo de 30 años.

    Cerca de él, Mery Castro sostenía una bandera del movimiento político, a la vez que gritaba "Correa presidente".

    "Me siento feliz de que haya ganado porque todos esperamos el cambio por mucho tiempo y con él lo vamos a lograr, aunque lo que viene no es fácil pero con nuestro apoyo sabemos que se van a conseguir esos cambios", señaló la mujer de 50 años a la AFP.

    Entretanto en el puerto de Guayaquil (suroeste), bastión electoral del magnate bananero, decenas de vehículos ocuparon unas ocho cuadras mientras se dirigían al cuartel de campaña donde les esperaba una plataforma de camión improvisada como escenario del festejo.

    "No queremos ser lo que el rico quiera, un pueblo de mendigos ni una hacienda bananera", fue el estribillo que cantó y bailó la multitud a ritmo de son cubano.

    Tanto en la capital como en el puerto, varios personas se olvidaron entre brindis de la "ley seca" que prohíbe la venta y consumo de bebidas alcohólicas hasta el mediodía del lunes. Esa infracción es penada con cárcel, pero la policía estaba muy distante.

    Otro hecho marcó las celebraciones en Quito: Alexis Ponce, el más reconocido activista de derechos humanos de Ecuador, irrumpió con una cuna blanca en señal de lo que el llama el "nacimiento de la patria nueva", luego de meses en que se paseó con un ataúd advirtiendo sobre la muerte de la "partidocracia".

segunda-feira, novembro 27, 2006

Já que está aberto...

... o mesmo caderno, e nesta página que não perdeu a oportunidade que teria há um mês:

No Tarrafal desta minha manhã,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de dia e sol a nascer,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de vento e areia a correr,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de mar e ondas a bater
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de de livro e tempo para ler,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
o Tarrafal da nossa memória,
que foi o passado que fomos
para construir o futuro que seremos
No Tarrafal desta minha manhã,
o Tarrafal, o País, o Mundo,
que temos o dever
de ajudar a fazer.
Cabo Verde, 01.02.1981

Abrindo ao acaso...

... um outro caderno que estava ao lado, com o título "políticos", políticas e o Partido, mas que, se fosse agora, teria o acrescento e também o desporto:

De vitórias e derrotas
se faz a História e as estórias

De aljubarrotas
e de alcáceres-quibires
se fazem as histórias,
a História de Portugal
e a estória de cada um de nós

As verdadeiras vitórias
são também as derrotas que se aceitam e em que aprende

As irreparáveis derrotas
são as dos vencedores que não sabem que fazer com as vitórias.

Tudo é aparente!

Ourém, 15.08.2002
refeito em 21.09.2003 e 27.11.2006

Abrindo ao acaso...

... um caderno em que afloreio amor:

O encanto é enquanto

O encanto é enquanto.
Só enquanto o encanto.
Portanto... por enquanto:
canto o encanto,
canto o enquanto!

07.05.1982
A tua pele
Não só o calor da lã,
não só o macio do cetim,
não só o toque da seda.
Tudo
- o calor da lã,
o macio do cetim,
o toque da seda -,
tudo isso nos meus dedos.
A tua pele
na minha pele!

14.02.2002
São saudades - 1
As horas passam lentamente
africanamente
O tempo parece parado
encalorado
A saudade cresce rápida
mágica
Cabo Verde, 21.08.1980

Consumada a arrecadação pelo Grupo Mello de 75 milhões de euros por actos não praticados

Feita a pausa Mounti, que logo provocou uma chuva de comentários de que se sente a falta noutros "posts", aqui vai esta informação oportuna, retirada (com a devida vénia) de "blog" vizinho e amigo (flórula infame).

«MP arquiva investigação a contas do Hospital Amadora-Sintra

Despesas não efectuadas lesaram o Estado em 75 milhões de euros (15 milhões de contos).
Foi arquivado o processo contra os antigos dirigentes da Administracão Regional de Saúde de Lisboa , encarregues de fiscalizar as contas do Hospital Amadora-Sintra.
A falta de fiscalizacão lesou o Estado em 75 milhões de euros, pagos ao hospital por despesas não efectuadas. O Ministério Público concluiu que os gestores foram negligentes mas não tiveram intenção de beneficiar o grupo Mello, que gere o hospital.

O relatório da Inspecção-Geral das Finanças de 2002 chega à conclusão que o Estado tinha pago à sociedade gestora do Hospital Amadora Sintra 75 milhões de euros por actos que nunca tinham sido praticados.
O documento acrescentava que o Hospital Amadora Sintra não tinha cumprido com as obrigações para com a Segurança Social, nomeadamente a Caixa Geral de Aposentações.
Na altura, o Inspector-geral das Finanças não teve dúvidas em acusar 26 antigos dirigentes da Administraçãoo Regional de Saúde de Lisboa, que tinham a responsabilidade de fiscalizar as contas do hospital.
Agora, o Ministério Público decide arquivar o processo-crime contra os antigos altos funcionários do Ministério da Saúde, dizendo que a sua conduta não acautelou os interesses do Estado, mas acrescenta que nenhum deles teve intenção de o fazer.
O despacho de arquivamento não deixa, no entanto, de fazer críticas à forma como o Estado fiscalizou o contrato feito com o grupo que gere o hospital. Diz que a par de práticas burocráticas incorrectas, faltaram os meios e os conhecimentos técnicos aos que tinham que avaliar a gestão do hospital. »
(SIC-on-line)
Comentário(s):
Nesta República das Bananas, 75 milhões de euros são pagos pelos nossos impostos para os bolsos do grupo Mello por actos nunca praticados e o MP manda arquivar o processo por falta de meios para os altos funcionários encarregues de fiscalizar a gestão do primeiro hospital público entregue à gestão privada. Certamente, homens políticos influentes.
E o grupo Mello? 75 milhões de euros é um lucro... limpinho.
Haja saúde!

domingo, novembro 26, 2006

Olá!

Não tenho aparecido porque tenho andado relativamente ocupado.
Entretanto, chegaram-me mensagens de algumas das minhas fãs (nada a ver com esse senhor scolari que anda aí pelas televisões a fazer propaganda bancária).
Pois aqui estou eu, num dos meus poisos em que irrito os que se julgam meus donos mas em que, apesar da aparente irritação, não se inibiram de me fotografar. Ontem.

quinta-feira, novembro 23, 2006

De um livro (que não escreverei) com um único leitor (que não serei)

Eu queria ter nascido nesta casa.
Naquele quarto onde meu pai nasceu, e por onde começo as "visitas guiadas" para os que são "primeiras visitas" dizendo, quase declamando: "neste quarto, nasceu o meu pai em 21 de Janeiro de 1898".
Aqui, onde estão as raízes que fiz minhas mas onde não nasci, gostaria de ter nascido e aqui gostaria de ter "andado à escola", ido aos pássaros, descoberto os "seios crescendo debaixo da blusas", sacholado umas leiras, pontapeado bolas de trapo ou bexigas de porco. Gostaria de ter vivido todo o tempo o que só vivia nas fugidias férias de "menino da cidade" que lá nascera e por lá vivia.
E tenho as memórias do que fui contrastadas com as memórias do que queria ter sido. O romance que escreveria com elas! Para o único leitor que eu seria.

Sérgio Ribeiro

Notícias que não nos dão a ler... ou se colocam nos cantos inferiores-direitos das páginas pares


Morte de civis bate novo recorde em outubro no Iraque

O número de civis mortos no Iraque bateu recordes em outubro, revelou um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira.
O levantamento feito pelo Ministério da Saúde iraquiano e divulgado pela Comissão de Direitos Humanos da ONU indicou que 3.709 pessoas morreram em outubro no país, contra 3.345 em setembro e 3.590 em julho.
O número de mortes foi considerado "alarmante" pela ONU.
"Atividades terroristas, assassinatos e execuções extrajudiciais, realizadas por esquadrões da morte ligados a milícias sectárias, são a principal causa de morte de iraquianos", disse o relatório.
"Centenas de corpos continuam a aparecer em diferentes áreas de Bagdá, algemados, vendados e demonstrando sinais de tortura."
Quase 5 mil pessoas foram assassinadas somente na capital nos dois últimos meses, de acordo com a ONU.
No total, mais de 150 mil pessoas morreram desde a invasão americana, em 2003, afirma o governo iraquiano.
A instabilidade também gerou o que o documento descreve como um "movimento de pessoas sem-paralelo".
Mais de 400 mil pessoas deixaram suas casas desde um ataque a bombas de um templo xiita em Samarra, em fevereiro, afirmou a entidade.
Desde a invasão liderada pelos Estados Unidos, em 2003, mais de 2 milhões de iraquianos deixaram suas casas.
Bush
A situação no Iraque será tema de uma reunião entre o presidente iraquiano, Nouri Maliki, e seu colega americano, George W. Bush, anunciou a Casa Branca.
Segundo as autoridades americanas, Bush se encontrará com Maliki na Jordânia, nos dias 29 e 30.
A viagem faz parte de um esforço diplomático para trazer mais estabilidade ao país. Neste fim de semana, o presidente iraquiano deve visitar o vizinho Irã, e o ministro do Exterior da Síria, Walid Muallim, visitou Bagdá recentemente.
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que os dois presidentes discutirão como transmitir o controle da segurança do país para responsabilidade iraquiana.

Notícias que não lemos... ou que saem como as "cláusulas do contrato"


NACIONES UNIDAS.— El embajador permanente de Cuba ante las Naciones Unidas, Rodrigo Malmierca, calificó este martes de inaceptable que el Consejo de Seguridad de la ONU continúe cruzado de brazos mientras Israel viola flagrantemente sus resoluciones.
En un discurso durante el debate en el Consejo sobre la situación en el Medio Oriente, incluyendo la cuestión Palestina, el diplomático criticó al máximo organismo de las Naciones Unidas por incumplir su responsabilidad permanente respecto a Palestina, dice PL.
Malmierca ratificó el compromiso de Cuba con una solución justa y pacífica del conflicto israelí-palestino y con el derecho del pueblo palestino a ejercer la autodeterminación y la soberanía en su Estado independiente, con Jerusalén Oriental como capital.
Recordó que desde que el Consejo de Seguridad celebró una sesión similar el 19 de octubre, la situación en el Medio Oriente, particularmente en el territorio palestino ocupado, ha empeorado.
A pesar del continuo deterioro de la situación, incluyendo la terrible masacre ocurrida en Beit Hanoun el pasado 8 de noviembre, el Consejo de Seguridad no ha podido actuar y continúa sin cumplir con sus responsabilidades, expresó.
Apuntó que el Movimiento de Países No Alineados ha reiterado en varias declaraciones que resulta preocupante el deterioro de la situación en el territorio palestino ocupado, como resultado en particular del uso desproporcionado, indiscriminado y excesivo de la fuerza por parte de Israel.
La inacción del Consejo, precisó, no solo afecta gravemente su ya resquebrajada credibilidad, sino que refuerza el sentido de impunidad con que actúa el gobierno de Israel, que se siente plenamente protegido por el veto injustificable de Estados Unidos.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Descubra as semelhanças...


... que identificam os provocadores!

<--árbitros de hóquei (JO-Vale de Cambra)
Cristiano Ronaldo no Estádio da Luz -->


fotos de Nuno Abreu (há mais!)

sexta-feira, novembro 17, 2006

Apontamentes

Ontem, foi dia de São Saramago.
Viva o escritor maior, que fez 84 anos e bem merece o destaque por os ter feito e ter feito o que já fez. E continua.

Um frio, um gelo, uma grande tristeza, por sentir como a amizade é frágil e não perene, talvez por nunca o ter sido por lhe ter faltado, ou por ter perdido, a qualidade imprescindível da reciprocidade.

Era isto que eu queria escrever...

Nós por cá todos bem, muito obrigadinho. Esta noite o senhor presidente da República foi entrevistado na teelvisão e disse muitas vezes nós. Nós isto, nós aquilo, entre o plural majestático e a insinuação da existência de cooperação estratégica entre a sua honra e a turma governamental. Tanto nós disse o fulano que não deixou de sugerir o senhor Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva a dançar a chula, de braço dado, com o senhor eng.º José Pinto de Sousa. Vira, virou. Nós é isto. Nicky Florentino.

Obrigadinho, ó Nicky!

Apontamentes

Quantos funerais? Tantos. Como tantos os casamentos.
Este sussurrar. Estas falas compungidas, em surdina.
O padre, que alguns esperavam, veio encomendar a alma. Com um discurso encomendado. As partes em coro ciciadas, os amens.
As flores e o cheiro. O desgosto de uns rodeado pela solidariedade (in)diferente de muitos.

Estar morto é estar sem ser. Também há vivos que assim estão. Não sendo.
Mas é tão diferente!
Quem está morto vai deixar de estar. Para o cemitério vai e lá ficará. E ficar não é o mesmo que estar.
Quem está vivo não sendo, vai continuar a estar. Até que a morte nos separe. Em definitivo.

quarta-feira, novembro 15, 2006

A canção popular portuguesa em Fernando Lopes-Graça




















Um homem e uma obra notáveis!

É para divulgar? divulga-se!

recebi este mail:
"Os PROFESSORES em Portugal não são assim tão maus...

Na última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE
(em
http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf) se for à página 58, verá desmentida a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro.
Não é assim.
É apresentado no estudo o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxemburgueses, checos, islandeses e noruegueses!
No mesmo documento, poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários!
Na página 32, poderá também verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.
E isto, o ME não manda publicar...
Não tem problema. Já estamos habituados a fazer todos os serviços. Nós divulgamos aqui e passamos ao maior número de pessoas possível, para que se divulgue e publique a verdade."
Pela minha parte, já está. Mas não chega!

terça-feira, novembro 14, 2006

Fernando Lopes Graça

Fernando Lopes Graça faria 100 anos em Dezembro.
Em 25 de Novembro, a livraria Som da Tinta vai brindar em lembrança do vizinho que tanto nos valorizou com a sua vida e obra.
O blog som-da-tinta.blogspot.com irá dando pormenores do programa.

Porque é que as pessoas são assim?

Às vezes sinto uma grande, uma muito funda tristeza.
Porque é que as pessoas são assim? (e não me ponho fora das pessoas que assim são...)
Mas... as pessoas não são assim por serem assim. As pessoas são - também, e talvez sobretudo! - o que as circunstâncias fazem com que assim sejam.
O feroz individualismo, a competitividade, a afirmação pessoal, a auto-estima auto-avaliada determinam imperialmente as circunstâncias, prevalecendo ou esmagando o sentido do colectivo, da solidariedade, do "grupo unido jamais será vencido (mesmo quando perde)", a sociedade que somos.
Por isso, não se pode ter tréguas na luta para que as circunstâncias sejam outras, para que as pessoas sejam o que são noutras circunstâncias. A começar por nós. Ou seja, por mim, por ti, por ele, por todos nós, porque só sendo muitos e colimados conseguiremos.

domingo, novembro 12, 2006

acta do convívio para monstroário

Não vamos arranjar desculpas.
E até podiamos. Que o constantino corbain é um desgraçado que nem apareceu nem deu procuração ao Sérgio Faria para este assinar autógrafos por ele e, vai daí, não houve fotografias; que o Sérgio Faria e o André Simões são como são, todos os conhecem, não gostam de ser fotografados; que a assistência, numerosa, muito oureense e com uma presença de criançada que, além de fazer baixar assustadoramente a média etária, impediu os habituais fotógrafos de trabalharem (?!); que o convívio foi tão familiar, caloroso (houve gente que não se reconheceu porque não se via há mais de 40 anos... e cairam... nos braços uma da outra) que a emoção não se deixa fotografar; que um dos nossos habituais fotógrafos (dos bons) emprestou a máquina a outro fotógrafo (o outro bom) e este foi fotografar para outro lado, casamentos, baptizados e essas coisas; que, usando o miserável recurso do telemóvel, ainda se "bateram umas chapas", mas agora não se sabe como colocar o que lá está no telemóvel aqui no blog; etc., etc.
Nada disso. Esquecemos da máquina em casa! Prontos!... não volta a acontecer (só se não calhar...).
Em resultado, temos o grato prazer de anunciar que o convívio foi bom, que o espumante do Favacal foi uma agradável surpresa para alguns, que as broínhas da Lena estavam excelentes e o resto também, e que merecia mais tempo... mas hóquei oblige (OK?), e ainda que, na falta de fotografias, renovamos o grato prazer de trazer para aqui o "monstro" (frente e costas) com que o Filipe Saraiva nos privilegiou.
'Tá tudo dito. Até logo.

sábado, novembro 11, 2006

Dia de S. Martinho

Há uns anos, muitos, num desses papeis em que deixo escritas coisas, escrevi que é pelo S. Martinho que um homem descobre o que é em-velho-ser.
Ao longo dos anos, fui refazendo essa coisa que escrevi, e hoje dá-me vontade de rir como, há muitos muitos anos, eu escrevi que em-velho-era. Quando não era nada... devia era estar em depressão etílica, ou com os copos para ser mais terra-a-terra.
Quantos S. Martinhos passaram!
E, hoje, deito-me a adivinhar porque escrevi aquilo e, se calhar, foi porque - além de, eventualmente, estar com os copos... - senti o que, por esses tempos, noutros papeluchos me confessei: já bebi tanto whisky que já não sou capaz de me embebedar com vinho tinto! (isto está a sair mesmo em honra do santo do dia!...).
Hoje, que, verdade verdade, em-velho-estou, bebo muito mais do tinto que outras beberragens que se me não pegaram, mas não me lembro de quando tenha bebido um copito a mais da conta certa. Mas, hoje, vou abrir uma excepção. Não que esteja predisposto a beber um ou mais copitos a mais, mas porque vou ajudar as castanhas com champagne do Favacal e beber água pé com não-sei-o-quê mas desaparelhado das castanhas.
Isto é um velho projecto de, pelo S. Martinho, não cumprir as regras. Pois se até já organizei uma festança. aqui no Zambujal, em que, em vez ou além das castanhas, a água pé seria acompanhada de lagosta. É verdade que se frustrou tal projecto de maneira que deu risota. Foi o caso de...
Bom, já chega de S. Martinho. Ou talvez não. Talvez logo, se tempo sobrar de tanta coisa - o JO no Pinheiro contra Torres Vedras e um jantar de convivio do "grupo unido jamais será vencido (mesmo qundo perde!)", e outras cousas -, ainda aqui volte.
'Inté.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Acabo de inventar uma (só para mim, claro)

Deixem-me!... hoje estou mais demonólogo que dedialogo.
E até é verdade!

Pois (ou pués!)... em Portugal também...

Gran repercusión por condena al bloqueo a Cuba en ONU
(AIN 9 de noviembre de 2006, 9:00am)

Una gran repercusión en medios de prensa extranjeros ha concitado la aplastante condena al genocida bloqueo económico, comercial y financiero del Gobierno de EE.UU contra Cuba en la Asamblea General de las Naciones Unidas (AGNU).
La agencia china de noticias Xinhua destacó que la máxima instancia mundial aprobó este miércoles una resolución, que exhorta a Estados Unidos a suspender las sanciones impuestas a la Isla caribeña.
Puntualiza que la AGNU adoptó la resolución por 183 votos a favor, cuatro en contra y una abstención e hizo un llamado a los EE.UU para que ponga fin a décadas de embargo (bloqueo) económico, comercial y financiero contra el pueblo cubano.
Puntualiza que sólo Israel, las Islas Marshall y Palau se unieron a la votación de la Administración Bush en contra del texto.
La agencia francesa AFP reporta que el canciller Felipe Pérez Roque afirmó que la decimoquinta condena a la medida coercitiva de Estados Unidos es la más importante obtenida por su país, pues se logró en medio de difíciles condiciones y brutales presiones de Washington.
Por su parte la italiana ANSA reseña palabras del Jefe de la Diplomacia cubana, quien refiere la trascendencia de la aprobación del documento, respaldado con una cifra record, que pide a la Casa Blanca el fin de las sanciones anticubanas.
Tras calificar la votación de aplastante, destaca, además, las palabras de Pérez Roque de que el presidente Fidel Castro mejora y se restablece rápidamente.
La estadounidense The Associated Press manifiesta que esta es la decimoquinta ocasión en que la AGNU aprueba un texto similar, por el cual se demanda el fin de las sanciones norteamericanas contra Cuba.
Expresa que las autoridades cubanas se congratularon de una doble victoria en el foro multilateral, luego de hacer también retroceder una enmienda presentada por Australia para incluir reproches en materia de derechos humanos a La Habana.
EFE, de España, indica que el proyecto resolutivo presentado por Cuba consiguió un apoyo casi unánime de los 192 países integrantes de la ONU, en lo que se considera un nuevo triunfo para la Isla.
Cita partes del discurso del Canciller, en el cual pidió el respaldo de los países con el argumento de que la guerra económica desatada por EE.UU contra Cuba es la más prolongada y cruel conocida, es un acto de genocidio y constituye una violación flagrante al derecho internacional y a la Carta de la ONU.
Remarcó que los daños económicos para la economía cubana ascienden a más de 86 mil millones de dólares, y que el impacto negativo no sólo afecta al pequeño país, sino también a terceras naciones por la "extraterritorialidad" de las medidas promulgadas por Washington, según la fuente.
Pérez Roque señaló, reproduce EFE, que las restricciones y represalias de la Casa Blanca contra quienes comercian o invierten en Cuba han aumentado.


Mas os EUA, Israel, as ilhas Marshall e Palau, países componentes do "eixo do bem", não querem e pronto... continue o bloqueio de há quase meio século! É assim esta democraCIA...

Demonologia

Numa conversa de passagem sobre apontamentos para monstroário (atenção: Som da Tinta, dia 11, às 15.30) saltou a palavra demonólogo.
Houve dúvidas risonhas que o "urso-maior", no silêncio das suas madrugadas, quis esclarecer.
Não teve grande êxito. Só em castelhano:
demonólogo, ga
adj. y s. Especialista en demonología.

Obrigadinho, ou muchas gracias... mas ficámos quase na mesma. É assim como dizer que um sociólogo é um especialista em sociologia, um economista é um especialista em economia, um carpinteiro é um especialista em carpintaria, um especialista é um especialista em especialidades. 'Tá bem!
E será que, dicionariamente (em castelhano já que em português não há e temos de nos ir habituando à língua de nuestros hermanos salvo seja), a demonologia é a especialidade dos demonólogos? Ora bolas...

... e eu que julgava que demonólogo era um homem que falava sózinho, mas parece que não(-só), é (também) um homem que conversa com os monstros!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Mia(s) uma...

"O que não é nosso num mundo em que tudo nos roubam?" (pág. 144)

O Couto e as coitadas...


"No mundo a que pertencia, ser esposa é um outro modo de ser escrava. As viúvas apenas acrescentam solidão à servidão." (pág. 126)

terça-feira, novembro 07, 2006

7 de Novembro

No "outro tempo", no fascismo, assinalávamos o 7 de Novembro de muitas e imaginosas maneiras.
Por exemplo, em jantar festivo num restaurante, comemorando barulhentamente a efeméride, que também era a do casamento de camaradas que, nessa mesma data, fazia anos, tinham "dado o nó", estando ele preso em Peniche.
Havia, claro, pides em mesas perto, vigilantes, atentos e perplexos, sem saber que pôr nos relatórios sobre os discursos mais que ambíguos (codificados !?) e de grande gozo, falando de coisas muito sérias no meio de dichotes sobre um dia de casamento em que o noivo dormiu na mesma cela com o padrinho e a noiva dormiu, em casa, com a madrinha. Mas tomaram nota, claro, do nome dos convivas. Bem vivos!
Era a repressão e era a resistência.
Hoje, é o olvido, ou a deturpação, ou a mentira sobre a grande e vitoriosa revolução de 1917, assentes no falsear dos factos e na sua caricatura. Caricatura que de nós fazem para nos atacarem, não a nós e ao que somos mas à caricatura que de nós fazem.
Mas de uma coisa podem estar certos: não esquecemos e comemoramos, e comemoraremos, o 7 de Novembro como uma das mais importantes datas da História da Humanidade. A História o confirmará.

mais Mia...

Desta vez em intenção (das boas, das que pavimentam o inferno) de um dos heterónimos de Sérgio Faria:

"Também ele, em tempos, perdera a vontade de recomeçar. E pensara que a sua sombra já andava pelo chão a farejar caminhos para ser terra" (pág. 118 de O outro pé da sereia).

Porquê a "dedicatória"? Porque chão é um dos temas-palavras mais presentes (recorrentes, diria um bem-escrevente) no albergue dos danados e em outras paragens onde o Sérgio pousa a sua prosa.

segunda-feira, novembro 06, 2006

... do cabide dos ossos.

De vez em quando, na leitura de Mia Couto (O outro pé da sereia), tropecei nas palavras e na sua teia. De vez em quando, anotei as passagens na teima de não esquecer. De vez em quando, houve razões pessoais que mais me enredaram na teia e na teima, ficando a mirar a árvore esquecido da floresta que é o romance:

"O bicho estava magro, a pele sobrando do cabide dos ossos."

domingo, novembro 05, 2006

Com vários endereços, sobre desporto, competição, ambição e "vitórias morais"

Em "três tristes notas", que afinal não eram tão tristes como isso..., escrevi (no NO de 27 de Outubro) o que não terá sido lido por alguns que aqui vêm visitar-me e que me parece cada vez mais oportuno, pelo que aqui transcrevo com ligeiras alterações:

"Gostaria que ficasse muito claro que não confundo ambição com primazia absoluta para os resultados, sem se olhar a meios para os alcançar, e, obviamente, não aceito que se duvide da ambição de alguém por não deixar de olhar aos meios com que se alcançam resultados.
Pode-se, e deve-se!, ser ambicioso, sobretudo em trabalho de equipa, sem que tal signifique que se esqueça, ou menosvalorize, a importância do espírito de grupo, o cumprimento de regras de competição leal, também o gosto por aquilo que se está a fazer ou a praticar.
Quando afirmo que não estou refém dos resultados e que não aceito que sejam a única bitola, quero também dizer que entendo que se deve lutar, sempre, pelos melhores resultados, mas prefiro perder com dignidade a ganhar deshonradamente.
E mais: “vitórias morais” são todos os resultados que conseguimos lutando sem atropelos à nossa própria ética. Claro que, sempre!, com a ambição de ganhar…"

O outro pé da sereia

Tinha acabado O outro pé da sereia, do Mia Couto, tinha uma série de coisas a aqui comentar e eis que parti à desfilada No cavalo de pau com Sancho Pança.
E o hóquei? E a Som da Tinta? E tudo o que está atrasado, sempre atrasado?
Esta vida está complicada! É a vida...

sábado, novembro 04, 2006

Pequena estória de uma grande alegria...

Em 1963 (há 43 anos!...), estando preso no Aljube, li por empréstimo de um companheiro, o D. Quixote na tradução de Aquilino Ribeiro e, assim a modos de bónus, li também um livro anexo, igualmente de Aquilino, com o sugestivo título No cavalo de pau com Sancho Pança.
Do Aljube fui para Caxias, por lá fiquei uns tempos e de lá saí, depois de julgamento e outras fascistas encenações. Trazia a intenção de comprar o alguns dos livros que tanto me tinham ajudado a passar aqueles difíceis dias e meses, e que lera por empréstimo, entre eles e antes de todos, o No cavalo de pau...


Passaram anos (mais de 42!) e, apesar de por vezes desesperada procura, em nenhum lado achei o livro. Esgotado e não reeditável (porquê?!).

Até que, neste último fim de semana, passeando pelo Porto o regresso do hóquei em Viana do Castelo, entrámos num alfarrabista na Rua da Flores e lá perguntei pelo cavalo de pau com Sancho Pança. Nada e, na conversa, a ideia de que nem pensar.

Saímos desse alfarrabista, eu triste mas resignado (é como quem diz...), e calhou estar logo ali ao lado um outro alfarrabista onde estrámos e eu repeti a pergunta desesperançada. Então não é que sim, senhor... temos aí um exemplar?!. E que exemplar!: 1ª edição (julgo que única), de 1960, numerado (nº 93) e com a assinatura de Mestre Aquilino.
Escusado será dizer que ficámos à conversa com todo o pessoal do alfarrabista (simpatiquíssimo e com um amor à profissão impressionante), atrasámos o resto do programa, e só dali fui arrancado à força...

Que grande alegria! Agora, estou a inventar tempo para ler o "pequeno" ensaio, de 336 páginas, e estou a abrir as páginas com uma faca bem afiada, naquele gozo antes-da-leitura que as nossas edições actuais deixaram de nos proporcionar.

Quem é constantino corbain?

Segundo quem por ele pode falar, "constantino corbain é uma personagem composta e sofrida por sérgio faria. enquanto tal, não existe em suporte de corpo, mas apenas como alguém entre a condição de monstro e a utilidade de pára-monstros. por outras palavras, constantino corbain é um compositor de canções tristes, falhado, que decidiu glosar canções de outros, tentando um exercício de expiação da respectiva desgraça e a redenção de si não conseguiu, não conseguirá, mas insiste nos textículos reunidos sob o título apontamentos para monstroário, meras legendas que parasitam uma música ou uma canção alheia, sao o produto da sua insistência e, portanto, a prova da sua miséria".



















Dia 11 de Novembro (dia de S. Martinho), no espaço Som da Tinta, convívio com os "monstros" (cada um pode trazer os seus...). Haverá castanhas, água-pé, champagne... e o mais que houver.

Este "anónimo"...

Talvez para reagir aos ataques aos anónimos - alguns justos. outros absolutamente despropositados... - este "anónimo" parece estar em greve de zelo. Não obedece às minhas ordens e tem-me feito perder um tempo precioso (todo o é!) sem que se veja obra.
Vamos lá ver se por esta via isto vai...

S.R.

terça-feira, outubro 31, 2006

A propósito do Tarrafal

Um amigo, muito ligado a Ourém, mandou-nos este seu poema, já publicado na revista Seara Nova. Não o publicamos como comentário porque consideramos merecer maior relevo. Obrigado.
TORTURA

A todos aqueles que heroicamente suportaram os horrores da PIDE

Não! Não me apontem ao peito as lanças do medo!
Prefiro morrer no lodo de uma sarjeta
do que esfaquear a esperança que me alimenta a fome de viver!

Se for preciso para calar a dor
eu grito ...
Se for preciso vazar-me de raiva
eu volto a gritar...
Mas em caso algum sairei do meu espaço
para viver na cloaca do vosso subterrâneo!

Não me façam esperar as noites de espanto
que eu não falo ...
Não ladrem raivosos os latidos do medo
que eu não digo ...
Não dancem à minha volta de punhos soltos,
nem fiquem parados a olhar a sombra da minha estátua de carne viva
que eu não sinto os chocalhos do vosso riso!...

Estou de pé do lado de lá (as grades da prisão não amarram o meu sonho nem as vossas garras seguram o meu querer)
na companhia dorida de companheiros distantes
que esperam de mim a boca muda do silêncio
e a força tenaz que um dia vos vencerá ...
Já não tenho carne nem ossos para moer,
nem sangue para verter ...
Agora, sou o granito duro e firme do vosso desespero
de não me verem sofrer!...
Alexandre de Castro
Lisboa, Março de 1985

domingo, outubro 29, 2006

Ajuste de contas

De um "post" de 26 de Março deste ano, reproduzo:

De repente...
De repente... o relógio deu um salto. Os ponteiros obedeceram a ordens que não as do tempo. Apanharam-me distraído, e fugiram-me 60 minutos de vida. Não há desculpas: estava acordado, de sono adiado... Espero agarrar estes 60 minutos no próximo equinócio! Ajustaremos contas...

Contas ajustadas. Temporariamente... porque com o tempo é sempre assim!
E tanto que se passou, neste intervalo (de tempo), no mundo (e em mim ...)!!!

sábado, outubro 28, 2006

Informação e desabafo em (ex-)citação

27.10.06
O Tribunal Fiscal de Lisboa intimou o Ministério da Saúde a revelar as habilitações profissionais dos indivíduos a quem este ministério entregou cédulas profissionais.Não havendo nada a esconder acatar a intimação aclarava rapidamente o assunto. Sendo o contrário verdade recorre o ministério da decisão.
O grande capital que se tem arvorado de sectores da saúde, é responsável pelo aumento nas despesas de saúde como há muito se sabe com flagrantes irregularidades e corrupção nas subvenções, ainda esta semana a Entidade Reguladora da Saúde o denunciou, após uma letargia profunda.
É pois fácil achar responsáveis pela notícia que ontem se divulgou sobre a emissão de milhares de cédulas profissionais atribuídas a pessoas sem habilitações.
São os tentáculos no M. Saúde do sector privado dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (servidos pelas políticas de direita para o sector) os interessados na mão-de-obra não qualificada, longe das convenções colectivas de trabalho, das carreiras, dos vencimentos dignos e sobretudo da segurança do exercício profissional.
Ainda este ano vi anunciado um curso de Técnico de Farmácia promovido pela ANF (Associação Nacional de Farmácias) que alem de ilegal em toda a linha, não homologado e não respeitando a duração de formação prevista (actualmente de 4 anos) nem sendo ministrado por nenhum organismo acreditado, ainda se dava ao luxo de cobrar 150euros/mês aos formandos que obviamente não poderiam exercer com papeletas de formação de 1 ano passadas por um cabotino qualquer.
Outro dia fui com o meu avô a um laboratório privado fazer uma colheita para estudo da coagulação, a senhora de pronto perguntou: -Está em jejum?
Ele disse que não, e ela já preparava o discurso que o despachava para outro dia quando a alertei para o equívoco da necessidade dessa preparação para fazer o exame. Ela lá se apercebeu e alegando cansaço lá procedeu à colheita.
E andamos nós a dar lucro a estes parasitas do Serviço Nacional de Saúde quando as suas apostas de qualidade são estas? Andamos a financiar serviços sem qualidade, caros quando subaproveitamos os recursos materiais e humanos do SNS, com pessoas qualificadas no desemprego.
A luta por um Serviço Nacional de Saúde público gratuito e de qualidade é possível e urgente. Basta de não há alternativa. Basta de escumalha a infectar as políticas de saúde.

mj em Flórula infame

Para não esquecer

Amanhã "assinalam-se os 70 anos da instalação do Campo de Concentração do Tarrafal. Corria o ano de 1936 quando, a 29 de Outubro, chega ao Campo da Morte Lenta a primeira leva de 152 antifascistas. Por lá passaram 340 presos políticos, 32 dos quais acabaram assassinados pela ditadura fascista."

sexta-feira, outubro 27, 2006

A (ainda) Ponte dos Namorados

Podia ter sido pior! Foi só (!!!) aquele muro daquele lado. Por enquanto!
E haverá quem pense: "que pena não ter caído o resto... fazia cá um jeito!... e diluia-se a responsabilidade nossa. Esta ponte só atrapalha..." .

Sim! Porque... que isto ia acontecer foi previsto e prevenido!

quarta-feira, outubro 25, 2006

A Ponte dos Namorados

Com muita tristeza, publico esta foto, de uma colecção de postais que me foi enviada em tempos pelo amigo Joaquim Manuel Espada e então me encheu de alegria trazida pelas boas recordações. Faço-o antes que cheguem outras fotografias que, agora, nesta manhã, estão a ser tiradas e aqui chegarão e irão aumentar a grande tristeza provocada pelas notícias que vamos tendo.
E se contra condições climatéricas pouco se pode fazer, isso não obvia a que se exija que se apurem responsabilidades por ausência de prevenção, incúria, desleixo.
Mais um pouco do património cultural-afectivo nos é roubado!

terça-feira, outubro 24, 2006

Mais informações (a quem possa interessar saber o que não se quer que se saiba)

De um mail acabadinho de chegar do Uruguay, agora sobre as eleições, na Assembleia Geral das Nações Unidas, para um lugar no Conselho de Segurança:

España apoya a Guatemala
para que Venezuela no sea miembro del Consejo de Seguridad de la ONU
InSurGente.- No se trata de una pose o una simple anécdota, la decisión del gobierno español de apoyar a Guatemala en la votación, o lo que es lo mismo, obedecer sin matices lo que ordena EEUU, es una decisión de suma gravedad, que marca de un modo claro la táctica, la estrategia y la ideología de la política exterior del actual ejecutivo que dirige Zapatero. Con el apoyo que España esta dando a Guatemala, en las ya 22 votaciones para derimir el país que se sentará en el Consejo de Seguridad de la ONU, se sitúa con claridad en la trinchera de los países imperialistas, serviles y lacayos. Sin duda, el discurso de Venezuela explicando al mundo que ese sillón sería para respetar a los pueblos y luchar contra el Imperio, no gustó al gobierno de España, que esta deseoso de agradar al Imperio.
Agencias/InSurGente.-Con relación al número de votaciones que se han efectuado para la escogencia del puesto no permanente del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas por el que compiten Venezuela y Guatemala, el presidente de la República, Hugo Chávez, se refirió hoy a las consultas como "22 cargas imperialistas contra Venezuela" y "estamos rodilla en tierra".
Destacó que: "la orden que he dado a mi canciller y a nuestro embajador en Naciones Unidas (...) Venezuela seguirá dando esta batalla, ellos verán que van a hacer (...) Venezuela no se rinde. Hagan lo que crean conveniente. Hoy pidieron receso, caen. Pidieron tiempo hasta el jueves".
A juicio del mandatario, la única salida es que el imperio norteamericano cese en su "grosera agresión y chantaje". "Venezuela sigue con su candidatura ¡Que nos derroten en el campo de batalla! ¡No vamos a estar negociando con nadie!", advirtió.
Agradeció a los pueblos que apoyaron a Venezuela en la elección. Hoy la Organización de Naciones Unidas (ONU) postergó la votación relacionada con el Consejo de Seguridad hasta el día jueves.
El mandatario nacional alertó a todos los que están votando por Guatemala ya que no lo "están haciendo por la nación centroamericana, sino por los Estados Unidos".

Cambios

"Nunca antes, jamás, esto se había visto en el mundo. Elecciones al Consejo de Seguridad hay todos los años. Esta es una de las pocas ocasiones, sino la única en que una elección de este tipo alcanza resonancia mundial".

Asegura que la razón es la pretensión del imperio de los Estados Unidos de dominar al mundo.

"Estamos demostrando que será cada día más difícil al imperio dominar al mundo y demostrando que el camarada Mao tenía razón. El imperialismo será un tigre de papel".

Aunque saludó a Guatemala dijo que este país representa un triste ejemplo de como el imperio utiliza a una nación para sus intereses.

Desglose

"Voy a colocar las cosas en su justa medida. Estados Unidos (Guatemala) obtuvo 109 y Venezuela 77 votos en la primera votación. Después de esto se cereía que Venezuela estaba derrotada. Normalmente en la tercera ronda se decide la votación. Pero ¡oh sorpresa! En la segunda votación Estados Unidos tuvo 114 y Venezuela 74".
Agregó que en la cuarta votación comenzó la sorpresa: El imperio de 116 bajó a 110 y Venezuela subió de 70 a 75 (…) En la sexta ronda el Imperio logró 93 y Venezuela 93. ¡Los empatamos.

domingo, outubro 22, 2006

Sabia disto?

Para o próximo dia 8 de Novembro está prevista a discussão, na Assembleia General das Nações Unidas, do tema do bloqueio de Estados Unidos contra Cuba.
Nesse dia. a Assembleia deve aprovar, pelo 15º ano consecutivo, a resolução "necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos de América contra Cuba".
No ano passado, o documento foi adoptado com o número récord de 182 votos a favor. Apenas quatro países, encabeçados pelos Estados Unidos, estiveram contra e um se absteve.

sexta-feira, outubro 20, 2006

O Outro Pé da Sereia...


.

.. é o livro de Mia Couto que estou saboreando, página a página, frase a frase, com os olhos que lêem.
Onde há um barbeiro (de Vila Longe) que ontem, estava eu quase quase a apagar a luz, se saiu com esta:


Os ricos enriquecem, os pobres empobrecem.
E os outros, os remediados, vão ficando sem remédio.

quarta-feira, outubro 18, 2006

No tempo em que nos embrulham em percentagens...

Quando de alguma coisa (A) se diz que cresceu (ou decresceu) tantos porcento em relação a uma outra coisa (B), isso pode ter acontecido por:
i) a coisa A ter crescido (ou decrescido) enquanto a coisa B se teria mantido como estava;
ii) a coisa A ter-se mantido igualzinha (do mesmo tamanho) enquanto a coisa B teria decrescido (ou crescido);
iii) a coisa A ter crescido mais do que teria crescido a coisa B (ou a coisa A ter decrescido menos do que teria decrescido a coisa B);
iv) a coisa A ter decrescido menos do que teria decrescido a a coisa B (ou a coisa A ter crescido menos do que teria crescido a coisas B).
(Confere?)
É por isso que dizer que a coisa A cresceu (ou decresceu) tantos porcento em relação à coisa B pode ser (e tantas vezes é!) uma maneira de ludibriar a malta, dizendo-lhe a verdade dos números que raro é a verdade das coisas na sua relatividade.

Isto serve para a relação entre as alturas de árvores, de bichos, de pais e de filhos (uns crescem enquanto outros estacionam nos centímetros acima do metro e, depois, os primeiros estacionam enquanto os outros decrescem uns centimetrozitos), os tamanhos dos preços e dos salários, e para o OE, PIB e essas coisas.

A relatividade é absoluta.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Lei de Finanças Locais e o que falta

Assusta a aceitação do paternalismo do poder central relativamente ao poder local, com o apoio e a inspiração (para não dizer as ordens) do "padrinho" poder europeu, e integração obediente no império do poder global de fácies Bushianas.
O que falta?
A democratização dos poderes, isto é, o poder (real!) nas gentes que nós somos, organizados inevitavel e socialmente em sociedade.

A Lei das Finanças Locais e a separação dos poderes

Na escola, aprende-se que a separação de poderes é a essência democrática da estrutura do Estado. E que o senhor Montesquieu, com o seu Espírito das leis, foi a fonte inspiradora da separação entre os poderes legislativo, executivo e judiciário.
Pois agora, nestes dias, em nome do poder executivo há quem confesse vindicta sobre o judiciário porque lhe beliscou delfins, consumam-se sucessivas subalternizações do legislativo, com pactos inter-partidários assinados e/ou em trabalho de parto, e o poder executivo fala de Leis como se suas fossem e para o legislativo remetesse o poder (?) de ritualizar améns.
E, atrevo-me a acrescentar, quanto a separação de poderes, que nem se quer que haja lembrança do poder local como poder separado do poder central e este do poder "comunitário" e todos do poder dito globalizado.
No entanto, em Estados descentralizados (democráticos), as "finanças locais" são parte do Orçamento do Estado e não mais ou menos generosas cedências do orçamento do poder central.
As regiões autónomas e as autarquias têm direito (e nem mais nem menos, sr. Jardim!) ao que a Constituição lhes atribui como poderes, e o poder executivo deles deveria estar separado. Evidentemente com a indispensável, diria vital, articulação e coordenação entre os poderes para que Estado exista.

A Lei de Finanças Locais

Muito se tem dito sobre a dita Lei de Finanças Locais. E impressiona a demonstração de incultura democrática que me parece ser a sua proposição e justificação por parte de quem deveria defender e promover a democracia... se é que esta palavra não passou do léxico corrente para o reservado da demagogia.
Pela blogosfera em que orbito, li o post do Luís "Ourém" (de imediato transcrito pelo Castelo), a que intentei logo responder com o meu desacordo amigo e convivente, e li também, com gozo e proveito, os dois comentários, no Albergue dos danados, do Nicky Florentino - coroadministração e caradministração, de 06.10 -, que me tentaram à transcrição... mas as circunstância muito particulares que vivi nestes dias impediram-me de responder a um e transcrever os outros.
Ficam as referências e, em àparte, dois pequenos apontamentos... que escrevo abaixo e vão sair acima (coisas da blogaria, que poderia corrigir mas que deixo assim).

domingo, outubro 08, 2006

Depois de/Antes de

Depois dos abraços amigos e das mensagens solidárias, do regresso à casa cada vez mais recordações e saudade,

antes de para mim me voltar e dizer e gritar o que tantas vezes ouvi "força", "coragem", "a vida continua...",

esta foto aqui fica a olhar pelo que vou fazendo por estas e outras paragens em que faço continuar a vida, com a força que tenho, que dela veio e que nunca só minha foi.

sábado, outubro 07, 2006

De "histórias ante(s)passadas"

Tenho, na gaveta, alguns rascunhos para uma série "histórias ante(s)passadas" e, do episódio 7, extraio, hoje, este trecho:

Não haveria ficção sem a memória. E a memória perde-se, esfuma-se, torna-se, por vezes, ficção involuntária. De muitos que nós somos só resta a memória dos que por cá ainda andam. Todos temos pai e mãe, mas nem todos estamos certos de ter filhos e netos que nos lembrem nas histórias por nós ante(s)passadas.
Sinto necessidade de contar algumas. Para que não acabem comigo alguns restos da vida daqueles a quem tem tanto devo do que sou, e – até! – a quem devo o ser.

Judite, a senhora minha mãe que, quando escrevo, está a completar 96 anos de vida, era a mais parecida das três irmãs com a minha avó Damásia. Não sei – nunca o saberei – onde terminava a ingenuidade e o desconhecimento e onde começava uma sabida auto-defesa, uma certa fuga à realidade.
Sobre ela e esta dúvida, que nunca resolverei, tenho algumas histórias ante(s)passadas, de um viver submisso escondendo uma latente rebeldia, com o meu pai no papel de tirano e títere. (...)

A minha mãe!

Há sentimentos que não se exibem, que não se publicam.
Mas, hoje, 7 de outubro de 2006, só desta mulher que foi a minha mãe sou capaz de falar.
E não me vou calar, não me vou fechar dentro de mim, a sofrer os sentimentos que não se exibem, que não se publicam. Esta é a última foto, que um amigo lhe tirou em março deste ano.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Vivemos um "dia da águia"

Vivemos um "dia da águia". Ela voou, lá do seu mundo outro, e pousou umas horas num Pinheiro à pressa preparado para a receber. Foi bonito de ver tanta gente, sobretudo tantos miúdos, num ambiente de festa. De expectativa. E o ambiente, a expectativa foi o que mais valeu!
Depois...
Depois, não foi o que ninguém queria. Ninguém ficou completamente contente (nem os mais indefectíveis benfiquistas), ninguém ficou completamente triste (nem os mais incuráveis oureenses). "Eles" são mesmo de um outro mundo... o que não quer dizer que não lhes possamos fazer frente e surpreender. Sem "os" imitar, sem querer voar com asas que não temos, com dignidade. Estamos no campeonato "deles", que também é, agora, o nosso. Sem os favores de ninguém, assumindo o que somos, sem mimetismos.
Na próxima quarta-feira, 11, começa a sério, contando pontos. Não vem a "águia" (ela voltará no dia 9 de Dezembro), mas vêm os "galos" de Barcelos, que ficaram em 3º lugar na época passada, logo depois do FCPorto e do SLBenfica.
Temos de lá estar, recebendo condignamente os que de fora vêm jogar connosco, a apoiar com alegria os nossos.

terça-feira, outubro 03, 2006

Desabafo na manhã

Costuma dizer-se que “com o mal dos outros podemos nós bem…”. Não gosto da expressão – dito popular – por ser demonstrativo de um arreigado egoísmo mas ilustra o tempo que vivemos. Lembrei-me dela por o governo estar a trazer para os debates, para a praça “pública”, o argumento aparentemente irrespondível dos últimos indicadores económicos.
A variação do PIB teria crescido mais que o esperado (0,9% de variação homóloga real) e por efeito da procura externa liquida, com um contributo de 2,6 pontos percentuais em resultado do elevado ritmo de crescimento das exportações. Não se diz é que o contributo da procura interna para a evolução do PIB foi negativo, tendo diminuído 1,7 p.p , reflectindo a queda do investimento (-7,2%) e a desaceleração do consumo privado (0,1%).
Dito de outra maneira, os números melhoraram porque lá de fora nos vieram comprar coisas, enquanto cá dentro o consumo estagnou e o investimento baixou significativamente. Motivo para tanto contentamento contentinho?
Poderá, assim, adaptar-se o dito popular e dizer que “com o bem dos outros disfarçámos o nosso mal”.
Mas não é apenas isso. Também chegam notícias, pelo relatório trimestral sobre a “zona euro” – de que Portugal faz parte –, que o crescimento nessa zona foi "melhor do que se esperava" e “atingiu 3,5% em ritmo anual no primeiro semestre, a mais forte taxa desde há 6 anos”.
Daqui se conclui que crescemos porque lá fora, na vizinhança, se cresceu, e de novo muito mais que nós. Em “europês” continuamos a divergir dos níveis “europeus” e de forma crescente!
A economia animou onde se exporta, e poucas serão as empresas portuguesas que o fazem relativamente às multi e transnacionais que aqui aproveitam os baixos salários, o investimento diminuiu em termos preocupantes e o consumo estagnou.
Não será caso para dizer que “com o bem dos outros podemos nós mal…”?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Vem aí...


... uma águia pousar num Pinheiro!

Gostei desta...

Num dos últimos O Templário, na secção Pelourinho, vinha uma foto que gostei de ver.

Por várias razões:

  1. Porque a legenda diz No PCP, as mulheres mostram que são elas que trabalham, não se ficam pela reivindicação das quotas... Assim se vê a força das mulheres!
  2. Porque a mulher-exemplo é de Ourém
  3. Porque sim (se esta é uma razão...)

domingo, outubro 01, 2006

Informação a pedido

A pedido da Som da Tinta, informa-se que o seu blog passou para o endereço som-da-tinta.blogspot.com, embora o anterior não tenha sido desactivado mas tenha deixado de receber "posts".

quinta-feira, setembro 28, 2006

Mensagem de Montevideo

De regreso a mi país. Ya estoy en Montevideo, han pasado algunos días desde que bajé del avión , todavía siento esa agradable e indescriptible sensación, el olor de los duraznos de Zambujal, el sabor del vino de Ourém, el ascenso al castillo, el aire serrano, el mediodía soleado,la bonita tarde de Som da Tinta, y fundamentalmente la calidez de Sérgio y Zé. Fue bueno, todo muy bueno, revitaliza sin dudas el conocer a tantos nuevos amigos, y aquella filosofía de "a los amigos de mis amigos "............
Andrés Stagnaro

quarta-feira, setembro 27, 2006

Ainda a propósito...

(postal dos anos 40)
Também a linha 02 003 2003/78 do Plano PluriAnual de Investimentos do ano 2006, nas Grandes Opções do Plano 2006/2009, com a denominação Capela de S. Sebastião... tem um enorme vazio em todas as colunas onde se colocam números que querem dizer euros!

A propósito do "Moinho"...


(foto de Pedro Gonçalves)

"(...)O segredo da humanização das coisas está na sua conservação e na sua adaptabilidade sem perda de identidade.
Perdermos esta escada vista de cima, no meio destes tons em sintonia, deixarem-nos sem esta memória viva sem a substituir por algo que a continue, seria amputar-nos."
(foto e trecho de legenda aproveitados de "posts" em Foto&Legenda)

... Ora, nas “grandes opções do plano 2006/2009” há uma linha (02 003 2005/185) com a seguinte designação Moinho de Ourém Instalação do Núcleo Astronomia.
Assim fosse! Só que nas colunas a preencher com números está tudo vazio…

terça-feira, setembro 26, 2006

Gente comprometida

Num comentário a um post desafiaram-me a "postar" sobre o tal "compromisso Portugal".
Como não gosto de deixar desafios sem resposta, reproduzo uma parte de uma intervenção minha na Assembleia Municipal de Ourém realizada sexta-feira:

«A extensão do pacto sobre a justiça a outras áreas, nomeadamente à da segurança social, seria estender a entrega do que deveria ser decidido por via democrática nas mãos de aparelhos partidários para homologação pelas maiorias partidárias ou, se for caso disso, acrescentadas por alguns deputados como o clebrizado pelo queijo limiano. Ou - o que é pior ainda - haver quem, tendo até agora beneficiado das políticas prosseguidas sob sua inspiração - e é dizer pouco - venha despudoradamente apresentar um "compromisso" invocando sacrilegamente o nome de Portugal, em em nome de uma "classe" - a empresarial - que, enquanto tal, é desde o século XVI, a principal responsável pelo lento crescimento, pela inércia e pelo retrocesso da economia portuguesa, apesar de muitas e honrosas excepções. Estude-se a História de Portugal!»

Outros comentários sobre tal evento/invento farei, talvez..., noutros lugares que não neste planetazinho da blogosfera que não suporta mais do que notas deste tipo e dimensão. Isto acho eu...
S.R.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Em complemento...




24 de setembro, 2006 - 12h32 GMT (09h32 Brasília)

Venezuela rejeita pedido de desculpas dos EUA
O governo da Venezuela emitiu uma reclamação formal às autoridades americanas e à Secretaria Geral da ONU pela detenção do ministro das Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, no aeroporto JFK, em Nova York.
O governo venezuelano disse que o incidente foi uma flagrante violação das leis internacionais.
O Departamento de Estado americano emitiu um pedido de desculpas ao chanceler, dizendo que lamentava o incidente ocorrido no aeroporto.
Ao embarcar de volta a Caracas, depois de uma semana em Nova York, onde participou da 61ª Assembléia Geral da ONU, Maduro foi detido por mais de uma hora pela polícia do aeroporto, que ainda reteve seus documentos.

Revista
Maduro disse que foi ofendido verbalmente, teve os documentos confiscados, a bagagem vistoriada e ainda foi revistado por um policial.
O ministro afirmou ainda que o pedido de desculpas não é suficiente. "Nós fomos detidos por uma hora e meia, e os policiais ameaçaram nos bater. O governo americano tem que ser responsabilizado por isso."
Inicialmente, as autoridades americanas negaram a detenção do chanceler venezuelano, alegando que ele simplesmente teve que passar duas vezes por uma vistoria de rotina.
Mas, em seguida, um comunicado emitido pelo Departamento de Estado confirmou que o ministro havia sido interrogado por policiais de imigração e que uma equipe especializada em segurança diplomática tinha sido enviada ao local para resolver a situação.
(...)

domingo, setembro 24, 2006

Dois pesos, duas medidas...

Na revista Time, a propósito da celeuma levantada pela sua intervenção, e do que disse sobre Bush, o presidente eleito da Venezuela, Hugo Chavez, lembrou que Bush já lhe chamou coisas piores como tirano, ditador, narcotraficante.

E o facto é que tais ofensas não mereceram qualquer repúdio de ouvidos sensíveis, hoje tão melindrados com a linguagem do presidente venezuelano.

O espanto!

Na última sessão da Assembleia Municipal de Ourém aconteceu algo que tem sido comentado, pelos que conhecem os "cantos à casa" (ou que sabem "o que a casa gasta"...), como sendo espantoso:

  • uma proposta de um membro da bancada do PS foi aprovada por unanimidade;
  • duas alterações a um regulamento adoptado pelo vereação, propostas pelo eleito da CDU, levaram uma discussão de que resultaram alterações nos dois artigos, e no sentido proposto por esse eleito;
  • uma proposta do eleito da CDU (já referida noutro post deste blog) foi aprovada por unanimidade.

Tão bom seria que isto não espantasse...

Mais uma de antologia!

Mais uma vez, o Nicky deixou-nos sem palavras. Sem palavras que pudessem dizer melhor o que ele escreveu no "Albergue dos danados". É danado o fulano, tanto quanto (ou como) gostaríamos de ser. Aí vai a reprodução com a devida vénia (que ele recusa...):

Uma casa na pradaria. O ror de senhores engravatados reunidos - com pompa e circunstância - no Beato, ontem, a anunciar soluções para a pátria, é um fenómeno semelhante à reunião de bruxos de Vilar de Perdizes, porém em fancy. Como é da praxe, acusaram o Estado de isto e de aquilo e, en passant, também a sociedade civil. Mas o que é mais curioso na iniciativa é que, tão convictos de si e do seu juízo, não manifestaram intenção de sufragar o seu programa terapêutico em eleições. Não, isso não. A seita é salvífica. Por isso dispensa-se desses resíduos e estorvos que fazem a escassa democracia que vai havendo. Ou seja, eles sabem, eles resolvem. Tipo o Jardel a voar sobre os centrais. Neste caso, no entanto, sem os centrais, sem os laterais e sem o guarda-redes e com a camisola do Sport Club Beira Mar. Só mais um pormenor. Os ditos senhores estão habituados a jogar no relvado. Mas chamam-lhe green. Porque, assim, rima melhor com management. Nicky Florentino.

sábado, setembro 23, 2006

Chega a ser escandaloso

Na reunião de ontem da Assembleia Municipal um dos pontos da "ordem do dia" era a «tomada de conhecimento do "Plano de Acção Específico para Fátima - PAE"».
Essa tomada de conhecimento seria baseada num dossier formado por dois relatórios trimestrais da Região de Turismo Leiria-Fátima (1º e 2º trimestre). Apesar de ser só para tomar conhecimento e não para tomar posição, apreciei os documentos e colhi úteis informações. E senti-me na obrigação de intervir. Disse:
«(...) aquilo que aqui não quero deixar passar é a ausência de Ourém. Andei à procura de referências, ou ao menos do nome, e nada encontrei (a não ser a propósito da SRU e em duas referências a "castillos" nas proximidades).
Os itinerários, em parcerias com operadores, embora não passados à lupa, falam de Fátima, obviamente, Batalha, Leiria, S.Pedro de Moel, Pedrógão, Alcobaça, Marinha Grande, Nazaré, Lisboa, Coimbra, Porto, Braga e num único deles se fala de Tomar, ficando-nos a dúvida se se pensa chegar lá de helicóptero quando ao menos uma paragem na "ginginha dos castelos" seria justificada.
A constatação desta omissão deve acompanhar a tomada de conhecimento desta Assembleia Municipal, e propunha que dela fosse dado conhecimento à Região de Turismo Leiria-Fátima, que Fátima pertence ao concelho de Ourém, e que deve ter em devida consideração as potencialidades turísticas do concelho na elaboração dos seus planos de acção.»


A proposta foi aprovada por unanimidade, com envio de cópias à Região de Turismo dos Templários e ao ICEP.

Uma amostra:

(clipping anexo ao relatório do 2º trimestre da autoria da RTL-F)

!!