Em "três tristes notas", que afinal não eram tão tristes como isso..., escrevi (no NO de 27 de Outubro) o que não terá sido lido por alguns que aqui vêm visitar-me e que me parece cada vez mais oportuno, pelo que aqui transcrevo com ligeiras alterações:
"Gostaria que ficasse muito claro que não confundo ambição com primazia absoluta para os resultados, sem se olhar a meios para os alcançar, e, obviamente, não aceito que se duvide da ambição de alguém por não deixar de olhar aos meios com que se alcançam resultados.
Pode-se, e deve-se!, ser ambicioso, sobretudo em trabalho de equipa, sem que tal signifique que se esqueça, ou menosvalorize, a importância do espírito de grupo, o cumprimento de regras de competição leal, também o gosto por aquilo que se está a fazer ou a praticar.
Quando afirmo que não estou refém dos resultados e que não aceito que sejam a única bitola, quero também dizer que entendo que se deve lutar, sempre, pelos melhores resultados, mas prefiro perder com dignidade a ganhar deshonradamente.
E mais: “vitórias morais” são todos os resultados que conseguimos lutando sem atropelos à nossa própria ética. Claro que, sempre!, com a ambição de ganhar…"
1 comentário:
Tenho um tio que jogava um desporto que passados mais de 50 anos continua a não ter o mínimo de expressão no nosso país, apesar de haver ainda jogadores, era Hóquei em Campo.
Foi há muito, muito tempo! Num tempo em que para se jogar, tinham que pagar! Pagar o equipamento, os transportes e o jogo decorria com todo o empenho e grande dedicação. Sem esquecer a grande amizade que havia entre a equipa. Ainda hoje, fazem um jantar anual.
Dizem que a equipa se esforçava, lutava, dentro das regras, com grande espírito de equipa! Quando depois de mais um jogo, chegava a casa sujo, cansado mas feliz, a minha avó perguntava-lhe:
-“Manuel, desta vez ganharam? Não mãe, perdemos, mas, moralmente ganhamos!”
A senhora nunca compreendeu!
Mas tu Sérgio, entendias perfeitamente, as “vitórias morais”!
GR
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