sábado, março 31, 2018

petro-yuan uma peça para o "puzzle"...

... muito útil para a compreensão do que se passa no mundo

China pode ter sucesso com petro-yuan,
onde Gaddafi falhou
- matando o dólar americano no comércio de petróleo

Publicado em: 31 de março de 2018 06:05

Muammar Gaddafi queria vencer o domínio do dólar no Oriente Médio, introduzindo o dinar apoiado em ouro, mas falhou. A China tem a oportunidade de terminar o que ele começou, disse um especialista do sector à RT.
“Iniciativas relativas ao comércio de petróleo em moedas diferentes do dólar surgiram mais de uma vez. Algumas delas foram brutalmente reprimidas pelos Estados Unidos. Um exemplo é o de Muammar Gaddafi, que propôs a introdução de um dinar de ouro em moeda regional e o comércio
                                 (...) 
de petróleo no Oriente Médio nesta moeda”, disse Aleksandr Egorov, estratega de câmbio da TeleTrade, à RT.
No entanto, desta vez, uma tentativa de vencer o dólar pode ser bem sucedida. A China lançou “futuros” de petróleo com apoio do yuan e Pequim tem o que Gaddafi não tinha, de acordo com o especialista.
“Juntamente com o papel da China na economia global e o crescente interesse pelo renminbi (RMB), a China também está protegida por um escudo nuclear. Pode dar-se ao luxo de tentar destruir o monopólio no comércio de petróleo. Isso dará ainda mais peso ao yuan chinês. Além disso, a economia da China é o maior consumidor de petróleo do mundo e, conseqüentemente, todos os produtores mundiais de matérias-primas terão de ter em conta a estratégia das autoridades chinesas ”, disse Egorov.
Segundo o analista, o momento para o lançamento do petro-yuan é perfeito. Produtores-chave de petróleo – Rússia, Irão e Venezuela – estão sob pressão das sanções dos Estados Unidos, e é um bom momento para eles abandonarem o dólar no comércio de petróleo e substituí-lo pelo yuan.
Mikhail Mashchenko, analista da rede social para investidores, concorda. “Do ponto de vista da geopolítica da Rússia, é certamente benéfico reduzir o papel do dólar no comércio exterior. E isso foi feito, lembre-se o crescimento record das reservas de ouro do país. Os outros Estados, que estão constantemente sob a ameaça de novas sanções, como o Irão e a Venezuela, também podem beneficiar. Os contratos em RMB permitirão negociar petróleo sem a aprovação dos EUA”, disse ele à RT.
Ambos os analistas concordam que levará tempo até que o petro-yuan se torne uma ameaça real ao dólar. A China precisa conquistar o apoio dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Rússia e a Arábia Saudita, ou a iniciativa estará condenada, diz Mashchenko. Ele acrescentou que o yuan é totalmente controlado por Pequim, o que também poderá assustar potenciais investidores.

sexta-feira, março 30, 2018

Informando, depois do esforço de informar-SE ...



clicando sobre os "scans"
poderá ler-se melhor...

quinta-feira, março 29, 2018

Eleições de que não se fala... ou de que se fala noutra "língua"-3


de Granma:

As mulheres no Parlamento...
(de Cuba!)

Enquanto a presença de mulheres nos orgãos deliberativo de muitos países diminuiu, o Parlamento cubano, com 53,22%, ocupa o segundo lugar no mundo no que respeita a participação feminina.

Quando, em 1993, Fidel analisava a composição da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) e a participação de um número crescente de diplomas universitários, de negros e de mestiços e de mulheres... tirava a conclusão de que esse facto testemunhava "o avanço gigantesco do nosso povo no decurso da Revolução" e representava também "a maneira como a desigualdade e a discriminação tinham desaparecido no nosso país".
Desde então, cada um desses sectores viu aumentar o números de lugares no Parlamento, não com o simples fim de respeitar quotas de representação, mas resultado do valor e da formação dos candidatos que, com as suas características, foram eleitos pelo povo.
Nos 605 deputados eleitos a 11 de Março 53,22% são mulheres, o que faz do Parlamento cubano o segundo do mundo tendo a maior participação feminina, só ultrapassada pelo Ruanda com 61,3%.
Em contrapartida, o panorama internacional não é tão encorajante, se se considerarem os dados recentemente publicados pela União interparlamentar (UIP), organismo que agrupa os orgãos legislativos de 178 países. Segundo as suas estatísticas, a participação das mulheres estagnou entre 2016 e 2017, apenas aumentando 0,1%.
É certo que no ano passado, os lugares ocupados pelas mulheres a nível mundial atingiram 23,4% enquanto tiveram uma taxa de participação record, além de terem obtido mais lugares que nos períodos precedentes, com 27,1%. Mas o saldo entre entradas e saídas de mulheres não foi positivo e impediu que haja mais mulheres parlamentares em exercício de longo prazo.
O continente americano, por exemplo, registou um aumento de 0,3% da representação parlamentar feminina em 2017, se bem que as mulheres ocupem 28,4% dos lugares. A Argentina (38,1%), o Ecuador (38%) e o Chile (22,6%) apresentam os melhores indicadores. Há que assinalar que desde 2013, o Parlamento cubano, na sua 8ª legislatura, cujo mandato termina em Abril, teve uma representação feminina de 48,86%.
Actualmente, a caminhada emancipadora da mulher cubana, além de a ter tornado maioritária na Assembleia nacional, tem ainda contas a regular em termos de equidade e de autonomia, e há ainda que acabar com velhos preconceitos.
Mas ninguém pode pôr em dúvida esta certeza de Fidel que "ao longo destes anos difíceis, não houve qualquer tarefa económica, social e política, não houve sucesso científico, cultural e desportivo, não houve contribuição para a defesa do nosso povo e da soberania da nossa Pátria que não tivesse contado com a presença invariavelmente entusiasta e patriótica da mulher cubana".
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 SUR LES 322 FEMMES DÉPUTÉS


55,59 % sont des déléguées de base
87,5 % ont un niveau d’études supérieures
13, 66 % sont âgées entre 18 et 35 ans. La moyenne d’âge des femmes députés, de même que celle de l’ensemble du Parlement, est de 49 ans, alors que la plus jeune d’entre elles a 19 ans
24,5 % (79) appartiennent aux organes du Pouvoir populaire : 37 sont présidentes d’un Conseil populaire, c’est-à-dire qu’elles sont en relation directe avec le peuple
51,8 % sont des Noires et des métisses
6,8 % sont dirigeantes d’une organisation de masse et 5,2 % d’une organisation politique
15,8 % ont un emploi dans la production et les services
3,10 % appartiennent au secteur paysan et coopératif
17,7 % travaillent dans les secteurs de la santé et de l’éducation.
3,72 % se consacrent à la recherche.


Cita São - O "espírito do ocidente"


O  «ESPÍRITO DO OCIDENTE», OS EUA,  A NATO E  A RÚSSIA

Por ALFREDO BARROSO

O que é que resta do famoso «espírito do Ocidente»? A terrível «guerra química» que os Estados Unidos da América levaram a cabo no Vietname entre 1965 e 1975, arrasando florestas e sementeiras e matando mais de um milhão de seres humanos, com «napalm» e o horrível «agente laranja», porventura por considerarem que os pequenos asiáticos que acabaram por os derrotar pertenciam a uma raça inferior? A intervenção da NATO nos Balcãs e o cobarde bombardeamento de Belgrado, na década de 1990? A invasão e ocupação do Afeganistão pelas forças da NATO, desde 2001, que já dura há 17 anos? A invasão e destruição do Iraque, em 2003, por forças dos EUA e do Reino Unido (a mando de Bush Júnior e Tony Blair), acolitadas e apoiadas por «aliados» (como o Portugal de Durão Barroso, Paulo Portas e Martins da Cruz), que provocou seguramente várias centenas de milhares de mortos e desestabilizou por completo o Médio Oriente? O bombardeamento e destruição da Líbia, a coberto da NATO, em 2011, pelos aviões e os mísseis dos EUA, Reino Unido e França (a mando de Barak Obama, David Cameron e um Nicholas Sarkozy agora sob suspeita de ter sido corrompido por Muamar Kadafy)? A intervenção militar das potências ocidentais e incitamento e apoio à rebelião na Síria, a partir de 2014, que fortaleceu a Al Qaeda e, sobretudo, deu origem à criação do Estado Islâmico, hoje mais conhecido por Daesh, (armado até aos dentes, directa ou indirectamente, pelas potências ocidentais e por Israel)? É isto o que resta do famoso «espírito do Ocidente»?
Vêm todas estas perguntas a propósito daquilo a que a NATO, a União Europeia e alguns dos seus políticos mais belicistas e reaccionários consideram ter sido «o primeiro acto de guerra química em solo europeu desde o final da II Guerra Mundial», a propósito do atentado contra um espião duplo de nacionalidade russa perpetrado em Salisbury, no Reino Unido governado pela frenética e atarantada Theresa May, que era contra o «Brexit» e agora quer defendê-lo nem ela sabe bem como. O certo é que, independentemente da gravidade incontestável do atentado, a primeira-ministra britânica agarrou-se a ele como lapa à rocha, fazendo grande alarido contra Putin e apelando à solidariedade dos EUA, da NATO e dos países membros da União Europeia, para o que só pode ser uma incrível escalada no clima de «guerra fria» que o Ocidente pretende instalar de novo nas suas sociedades em crise.
Veio-me à memória um famoso relatório, hoje esquecido, apresentado ao público, em meados da década de 1960, pelo economista John Kenneth Galbraith (1908-2006), intitulado «Report on the Iron Mountain» («La Paix Indésirable», na versão francesa), elaborado a pedido do Governo dos EUA, em 1963, por 15 eminentes personalidades mantidas no anonimato (só Galbraith daria a cara como garantia de autenticidade) que se reuniram periodicamente nas grandes caves anti-atómicas do Estado de Nova York . «Iron Mountain» - com o objectivo de «examinar, sob todos os aspectos, os diferentes problemas que colocaria à sociedade a passagem a um estado de paz permanente». A conclusão pessimista, revelando uma atroz ironia, indiscrição monumental ou obra de imaginação, foi construída sobre elementos reais. E cito já uma das passagens mais significativas desse relatório: «A possibilidade permanente de recorrer à guerra é o fundamento da estabilidade dos governos; é a guerra que fornece as bases de aceitação, por todos, da autoridade política. Só ela permite às sociedades manter as distinções necessárias entre as classes e assegurar a subordinação dos cidadãos ao Estado, graças aos poderes residuais inerentes ao conceito de Nação. Nenhum grupo actualmente no Poder jamais conseguiu manter sob controlo os seus mandantes após se ter revelado incapaz de manter bem viva a credulidade de uma ameaça de guerra exterior» Eis uma análise escandalosamente actual, mais de meio século depois, e que tanto é válida para Vladimir Putin como para Donald Trump, Theresa May, Emmanuel Macron e, claro, para os belicistas da União Europeia e da NATO.
Portugal não constitui excepção na «guerra de peitaças» levada a cabo por políticos e jornalistas de direita profundamente reaccionários e belicistas (desde que não tenham de pegar em armas), indignados com aquilo que consideram ser inaceitável «falta de solidariedade» do Governo português ao não expulsar diplomatas russos, estilo «Maria vai com as outras», para agradar a Washington, a Londres e a Bruxelas (onde se situam as sedes da NATO e da União europeia). Há mesmo, por cá, um historiador que muita gente julga que é de esquerda, e que faz esta incrível pergunta: «Pode um progressista apoiar Putin? A resposta é não!». Como se o que está em causa é apoiar ou não o regime autocrático que Vladimir Putin impõe na Rússia, e não propriamente o inútil e perigosíssimo risco de agravar um clima de tensão e ameaça de guerra na Europa. A desonestidade intelectual deste historiador, muito popular entre a direita, é evidente! Só não se sabe é se ele terá coragem de formular outra pergunta muito semelhante: «Pode um progressista apoiar Trump?». É que o actual Presidente dos EUA conquistou o Poder por via de um sistema eleitoral profundamente injusto e anti-democrático, que lhe permitiu ser eleito apesar de ser um perigoso idiota e de ter obtido quase três milhões de votos menos do que a sua adversária, Hillary Clinton.
Vale a pena citar as significativas opiniões de dois políticos lusos de direita. Desde logo, o sempre azougado e fanfarrão Paulo Rangel, eurodeputado do PPD-PSD, que já fez jus á sua fama de «espirra canivetes» acusando o actual Governo de estar a fazer «jogo ideológico» por causa dos apoios do BE e do PCP (ambos contra a NATO, tal como eu) e considerando «totalmente inexplicável» a sua «falta de solidariedade» anti-Rússia (estilo «Maria vai com as outras»). Também um pequeno «falcão» muito à direita, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Durão Barroso, o embaixador Martins da Cruz   que foi, aliás, adepto incondicional da invasão do Iraque concertada na famosa e vergonhosa «Cimeira das Lajes»   já veio dizer, com aquele ar pomposo que o caracteriza, que «Portugal não pode singularizar-se. Terá de apresentar fortes justificações para não expulsar diplomatas russos». Pois, é para já…
E agora só falta mesmo aparecer o Prof. Doutor João Carlos Espada, de lacinho e paletó à inglesa, vir dizer que Portugal é governado por um «bando» (a que ele já pertenceu, aliás, e de pistola à cinta) de perigosos esquerdistas e pacifistas (como Chamberlain e Daladier em Munique, em Setembro de 1938); e, igualmente, o famoso ex-director do Público e actual «publisher» do Observador, José Manuel Fernandes (outro «reaccionário encartado» oriundo do «esquerdalho»), vir acusar Vladimir Putin de ter «torneiras e puxadores de ouro» nas casas de banho do Kremlin, tal como Saddam Hussein nos seus palácios em Bagdade, antes da invasão norte-americana e britânica de 2003 – seguida das intervenções na Líbia, em 2011, e na Síria, em 2014 (armando a Al Qaeda e o Daesh), e dando cabo da estabilidade no Médio Oriente à custa duma quantidade inacreditável de iraquianos, líbios e sírios mortos durante 15 anos, e cujos números exactos, curiosamente, nunca foram contabilizados.
É isto que querem: mais guerras?! Se gostam tanto, sigam o exemplo do poeta fascista Marinetti, que teve o topete de juntar os actos às palavras e ir combater de armas na mão pelos seus ideais, sofrendo, aliás, graves ferimentos. Vão combater para a Síria e para a Líbia! Ou será que não passam de gabarolas reaccionários, em que abundam a «garganta» e o «papel», mas falta coragem para ir combater pelo Ocidente?!

Campo d’Ourique, 28 de Março de 2018


Eleições de que não se fala... ou de que se fala noutra "língua"-2


Para quem goste de números, com a cautela de não tornar a democracia numa estatística...


Onde pode levar-NOS "isto"?


de :

Governo britânico mente



– ainda nem identificou o químico utilizado

quarta-feira, março 28, 2018

Afirmações da desinformação!

Em Expresso curto de hoje, "informando" e comentando a (dita) "... crise russa – a maior, recorde-se, desde os tempos da guerra fria e da guerra fria, se tivermos em conta que nunca houve uma expulsão de diplomatas desta dimensão...":


É certo que o Governo é de maioria de esquerda

NÃO É,
 NEM NUNCA FOI!

terça-feira, março 27, 2018

Mundiais de futebol lembrando JO, nazismo e guerra fria


… E estou a preparar-me para os não-Campeonatos do Mundo de futebol na Rússia!

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Tema a merecer – talvez… ou decerto! – um tratamento fino e aprofundado, em ligação com os Jogos Olímpicos, seus contextos, boicotes e consequências... políticas!

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Para começar ou para deixar uma pista sobre os “maquiavélicos” aproveitamentos dos grandes acontecimentos desportivos – pelas enormes possibilidades de manipulação mediática de massas (“circos” do povo!) –, lembro os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 com a glorificação do estado nazi, os Jogos Olímpicos de Moscovo de 1980 com o boicote à participação, os JO e mundiais de futebol de 2014-16 no Brasil e suas consequências repercutindo-se no que veio a ser o golpe contra a democracia de 2017.

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Agora, adivinha-se o anúncio de boicote ao campeonato mundial de futebol na Rússia, com impacto na dita opinião pública mundial complementar (e ainda mais “circence”) da expulsão de diplomatas.

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Para o que se cria o ambiente…

Expresso de 24 de Março:


(…)
6 – E O QUE TEM MOURINHO A VER COM TUDO ISTO?

O treinador José Mourinho rejeitou convites das duas maiores estações britânicas (BBC, ITV) e assinou um contrato surpreendente com a RT para fazer análises e comentários durante o próximo Mundial. De acordo com o “The Times”, o português receberá 1,7 milhões de libras (1,91 milhões de euros) por cinco dias de trabalho. RT é o nomeda rede televsiva internacional Russian Today, mas também há quem lhe chame Putin TV ou KGB TV.
A estação pública, com transmissões em inglês desde 2005, é financiada pelo governo russo e é vista como um poderoso meio de propaganda do Kremlin e da sua politica externa. Nos últimos anos, a entidade reguladora para a comunicação social britânica (Ofcom) condenou várias vezes a RT por violações graves das regras da objectividade e da imparcialidade ou por transmitir conteúdo “materialmente enganoso”. “Qualquer figura pública com respeito por si própria deveria boicotar aRT, diz Edward Lucas, especialista em assuntos de segurança e vice-presidente do Center for European Policy Analysis.
O assunto chegou ao Parlamento. Muitos deputados britânicos, aliás, são presença frequente nos estúdios deslumbrantes da RT no centro de Londres (de acordo com as declarações de rendimentos, chegam a receber mil libras por participação). O deputado e antigo ministro Ben Bradshaw foi um dos mais críticos. Fez um pedido à administração do Manchester United, o clube de Mourinho, para que esta convença o treinador a “não dar credibilidade ao canal de propaganda do Kremlin”. Outro deputado trabalhista, Chris Bryan, apelou directamente ao português: “Nenhum ser humano com decência gostaria de estar associado à RT”.
Com o país embrulhado num thriller muito real de espionagem, traição, envenenamento e guerra fria, o timing deste acordo RT/Mourinho não poderia ser pior.” 

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Ora aqui está um naco de peça de jornalismo que é uma verdadeira lição de “objectividade” e de “imparcialidade”!..., transcrevendo declarações peremptórias de “seres humanos com decência” e desprezando os “muitos” (?!) decerto indecentes mercenários que trocam a “decência” (segundo eles...) por umas libras de contratos ou presença e participação (de deputados, veja-se lá…) em canal de propaganda televisiva que justifica o anátema de ser conhecido por Putin TV ou KGB TV (t’arrenego, Satanás!).

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E não digo mais!

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… por agora, porque tudo isto vai dar muito que falar.

Actualizando informação

Do (quase) diário:

26.03.2018

(...)
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Para (re)começar… lá por fora, no mundo, as coisas azedaram seriamente e, em vez de registar e comentar dia-a-dia, vou aproveitar uma informação de blog brasileiro (à maneira deles) que me parece dar bem o ambiente que se vive…

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No fio da navalha!


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NOS CONFLITOS A PERGUNTA, NOS EVENTOS A RESPOSTA.
MAIS SINAIS DE MAIS GUERRAS:
UM JOGO MAIS PERIGOSO.

(sublinhados e “retoques” a azul meus)


Os dias de Donald Trump de jogar “às escondidas” como em jogos de reality-television estão chegando ao fim. Ou ele atira todos os aprendizes que hesitem levemente em fazer uma guerra mundial muito maior e deixar as bombas voarem, ou será substituído por um que o fará. Sinais é que ele aprendeu o que o trabalho dele implica e o mundo sofrerá mais morte e destruição como resultado.
De volta aos dias da primeira Guerra Fria – o final da década de 1950 até o início da década de 1960, quando nosso pequeno mundo chegou perto da extinção – minha família muito grande apareceu em muitos programas de televisão americanos. Seus nomes contaram a história daqueles tempos: “Quem você Confia”, “Para dizer a verdade”, “Charadas”, “Jogue seu Palpite” e “Bater o relógio”, para citar alguns. Era como se aqueles programas de jogo tolos sugerissem inconscientemente que investigássemos um pouco mais atrás das manchetes para descobrir o que realmente acontecia antes que o Relógio do Apocalipse estivesse vazando.
Hoje, as coisas são muito mais sofisticadas e sinistras, com uma guerra enorme e implacável contra a verdade que a mídia corporativa ocidental, um braço da CIA, o exército invisível do capitalismo. É um espetáculo torcido com consequências fatais. Seu método é enfrentado por Janus. Por um lado, repete uma e outra vez mentiras ousadas e sempre faltam evidências – por ex. Russiagate, Armas de Destruição em Massa no Iraque, o governo sírio usou armas químicas, a Rússia é um agressor que planeja invadir a Europa Oriental, três edifícios do World Trade Center cairam em suas próprias pegadas na velocidade virtual de queda livre por causa de incêndios, etc. - por outro lado, sugere ao público que … sabem mais … porque assistem a shows apoiados pela CIA como “Homeland“, filmes como “Zero Dark Thirty” e estão sendo informados por todos os chamados ex-CIA e comentaristas de “inteligência” que povoam a mídia corporativa e explicam o que realmente está acontecendo. (…) a CIA”, de certa forma, se transformou imperceptivelmente em “Sim, podemos; confie em nós”.
Agora, temos a primeira-ministra britânica, Theresa May, acusando a Rússia de envenenar na Inglaterra o agente duplo Sergei Skripal e ameaçando a Rússia a dar uma explicação “credível” por que eles mataram esse homem ou então, um homem que vendeu a identidade de agentes russos ao Reino Unido por dinheiro, colocando-os em grave perigo. Ou então, ela diz,
O Reino Unido “conclui que esta ação equivale a um uso ilícito da força pelo Estado russo contra o Reino Unido”.
Naturalmente, ela não apresentou nenhuma prova do envolvimento da Rússia, mas a BBC, como é costume, especula sobre como os britânicos podem punir a Rússia tal como outros meios de comunicação corporativos. Mas nos deixamos perguntar para onde isso está a levar.

Poderia ser a Síria? O ex-diplomata britânico Craig Murray sugere que poderia ser uma configuração de bandeira falsa destinada a levantar a russofobia a proporções histéricas. Mas para que fim?
Se olharmos para as Nações Unidas e as acusações e ameaças que voam da boca do embaixador dos EUA, Nikki Haley, “sósia” da embaixadora da ONU em Samantha Power na guerra, vemos que a imagem se expande. Haley ameaçou que os EUA tomariam ações unilaterais na Síria contra as forças sírias e russas se a ONU não adotasse sua resolução que permitiria aos terroristas anti-governo tempo suficiente para escapar de Ghouta Oriental. Disse, ecoando as palavras que ouvimos várias vezes:
“Não é o caminho que preferimos, mas é um caminho que demonstramos que vamos tomar, e estamos preparados para retomar … Quando a comunidade internacional não atua, há um tempo quando os estados são obrigados a tomar suas próprias ações”.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, adverte que outro ataque dos EUA às forças do governo sírio teria sérias conseqüências. E o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, dizendo:
“Temos informações confiáveis ​​sobre militantes que se preparam para falsificar um ataque químico do governo contra civis. Em vários distritos de Ghouta Oriental, uma multidão estava reunida com mulheres, crianças e pessoas idosas, trazidas de outras regiões, que representariam as vítimas do incidente químico”.
Ele acrescentou que os ativistas de “Capacetes Brancos” (comprovadamente financiados pelos EUA e o Reino Unido) já haviam chegado à cena com transmissores de vídeo via satélite prontos para filmar a cena e que os russos descobriram um “laboratório para a produção de armas químicas na aldeia de Aftris que foi libertada dos terroristas”. Após o ataque planejado de falsas bandeiras, os EUA iriam bombardear o governo em distritos em Damasco cumprindo a ameaça de Haley.
E aqui nos EUA, o coronel Lawrence Wilkinson, que era o chefe de gabinete do secretário de Estado, Colin Powell, quando Powell mentiu na ONU em 2003 para obter apoio ao ataque criminal contra o Iraque, falou com o lobby de Israel e a Conferência da Política Americana de 2018 dez dias atrás e disse, falando sobre o primeiro-ministro israelense Netanyahu e o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, que:
“Ambos estão à frente da guerra. Com isso estou convencido. Eles usarão a presença alegadamente existencial (sic) do Irão para a presença de Israel na Síria, que está se tornando cada vez mais, de uma perspectiva militar todos os dias, o acúmulo do Hezbollah de cerca de 150 mil mísseis se acreditarmos em nossas agências de inteligência.”
(…).
Agora, Rex Tillerson está fora como Secretário de Estado e chefe da CIA, e Mike Pompeo, muito mais de guerra, desliza naturalmente para o papel. Cadeiras musicais para a elite de poder. Como Trump disse sobre Pompeo,
“Estamos no mesmo comprimento de onda”.
Equivocando o mesmo comprimento de onda, Nikki Haley, um trio cuja aliança é um sinal frágil para a paz do Oriente Médio ou para qualquer aproximação com a Rússia. O jogo torna-se mais mortal quando o Aprendiz Presidencial” aprende as regras e o império se prepara para derramar sangue mais inocente em uma aliança profana com Israel, Arábia Saudita e outros “jogadores da equipe”.
Mas desta vez o jogo não será, nas palavras de outro mentiroso da CIA, “favas contadas”. Os oponentes estão prontos desta vez. O jogo mudou.
E no leste da Ucrânia, a neve deve estar derretendo nas próximas 3-4 semanas.
Faça as suas apostas

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E vale bem a pena – como sempre! – ler o artigo de Jorge Cadima em o último O Militante,  A tempestade que se avizinha.

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Com “ponte” para este rectangulozinho, onde se fazem contas (em euros…) sobre se e quantos diplomatas russos expulsar, o oportuno post do Cid Simões:


DOMINGO, 25 DE MARÇO DE 2018

É o trabalho que escreve a História



  
Como acontece todas as quintas-feiras, li o Avante!, e, uma vez mais, conclui que a história do meu país, nestes últimos 90 anos, não pode ser escrita com seriedade sem consultar este jornal. Nele encontramos todo o pulsar social, os anseios e lutas do povo trabalhador, que os media corporativos escondem ou aviltam, além da luta de todos os Povos pela liberdade e pela Paz.

Exemplo: Títulos e temas tratados nesta edição.
- Prepara-se em todo o País a manifestação de 28 de Março.
- Manifestação nacional da Administração Pública.
- Normas gravosas da legislação laboral têm de ser revogadas.
- PCP apresenta propostas para valorizar a escola pública. (amplo anfiteatro repleto de participantes)
- Livro regista luta dos bancários.
- PCP desafia Governo a investir na floresta. Passa-culpas não resolve os problemas da floresta.
- Contactar 5000 trabalhadores para afirmar o PCP e a luta.
- Audição do PCP com assistentes aeroportuários.
- Jerónimo de Sousa critica convergências que mantêm o retrocesso em direitos laborais.
- Dignificar a contratação colectiva e pôr cobro à desregulação dos horários que prejudicam a vida dos trabalhadores.
- Manifestação nacional [dia 16] exige opções diferentes,
- Professores em greve.
- Começa quinzena de luta na hotelaria e turismo.
- Greve amanhã [23] nos têxteis.
- Novas lutas no comércio.
- Marcada greve na Cultura.
- Jovens saem à rua «para acabar» com precariedade e baixos salários.
- Utentes reclamam soluções para a Transtejo e a Soflusa.
- Degradação do Metro.
- Semana de luta por Educação pública.
- Vítimas dos incêndios protestam em Coimbra.
- Utentes protestam em Faro. / Mais saúde para o Hospital de Marvão.
- Pôr fim à ingerência externa para conquistar a paz na Síria.
- Defender a soberania da Venezuela. / Venezuela denuncia ingerência norte-americana.
- Ferroviários franceses decidem três meses de greve.
- Manifestações massivas em defesa de pensões dignas, em Espanha.
- Assassinato de vereadora mobiliza contra discriminação, Brasil.
- Washington, distrito canibal.
- Ggouta quase livre e Afrine a saque.
- Entre «becos sem saída» e a luta emancipadora das mulheres.
Tudo isto e mais pequenas notícias e artigos de fundo.
COMO É QUE NÃO SABEMOS PASSAR A MENSAGEM SE ELA É ABAFADA AO SAIR DA FONTE!
CID SIMOES

domingo, março 25, 2018

segunda-feira, março 19, 2018

Eleições de que não se fala... ou de que se fala noutra "língua"


Comisión Electoral Nacional certifica resultado finales de las elecciones del 11 de marzo (+ Listado de diputados y votación)
19 marzo 2018  

El 85,65 % del total de electores –7 399 891– ejerció su derecho al voto, informó la Comisión Electoral Nacional (CEN), como parte de sus resultados finales y luego de la compatibilización de los datos con el Registro de Electores.

Tal y como había afirmado en conferencia de prensa Alina Balseiro Gutiérrez, presidenta de la CEN, los 605 candidatos a diputados a la Asamblea Nacional del Poder Popular resultaron electos, pues alcanzaron más de la mitad de los votos válidos emitidos de acuerdo con los términos regulados por la Ley; hecho validado por la Comisión en cada uno de los territorios.
Terminada la elección e informados los resultados preliminares, la CEN dio continuidad al trabajo para la conclusión de las informaciones generadas el propio día de las elecciones, que incluyó la citada compatibilización.
Ese proceso permitió evitar las repeticiones en el Registro de Electores, a partir de las inclusiones realizadas en cada colegio, en especial en cuanto a las inscripciones excepcionales de electores que se encontraban en la lista de su lugar de residencia permanente, pero ejercieron el derecho al voto en un colegio diferente al que les correspondía.
También se excluyeron las personas fallecidas después de la actualización, impresión y entrega de las listas de electores, por el Registro, a las comisiones electorales municipales para el día de las votaciones.
La mencionada compatibilización, una vez revisada la posible duplicidad de 336 215 inclusiones excepcionales, permitió concluir con una lista actualizada de 8 639 989.
El 94,42 % de las boletas depositadas en las urnas se declararon válidas, al reunir los requisitos establecidos por la Ley, cifra superior a la registrada en la primera etapa de este proceso, donde se eligieron los delegados a las asambleas municipales del Poder Popular, y también a la obtenida en las elecciones del 2013.
La CEN destacó el trabajo de las autoridades electorales a todos los niveles, la decisiva colaboración de los factores en los territorios y, especialmente, la participación del pueblo, muestra palpable del reconocimiento al Sistema Electoral Cubano, que permite la elección transparente de quienes por un periodo de cinco años dirigirán la nación.
(Tomado de Granma)
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segunda-feira, março 12, 2018

A russofobia na "comunicação sucial"


do (quase) diário:

12.03.2018

(...)

Quero começar a trabalhar seriamente, abro o computador e logo chegam as notificações ao canto inferior direito do ecrã.

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Espreito-as, nesta insaciável sede de estar informado, e apanho com a informação de que “Putin mandou abater avião de passageiros…”.

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 Não resisto, e vou confirmar.

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Putin mandou abater avião de passageiros em 2014
Por ZAP
12 Março, 2018






Vladimir Putin determinou que um avião de passageiros fosse abatido em pleno voo, em 2014. A ordem foi dada porque havia a suspeita de que a aeronave carregava uma bomba com destino à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

A revelação foi feita pelo próprio presidente russo num documentário de duas horas para o qual foi entrevistado, revela a BBC. No documentário, Putin diz ter sido informado de que um avião tinha sido sequestrado quando a Olimpíada de Inverno estava prestes a começar.
A aeronave ia da Ucrânia à Turquia, mas a rota teria sido desviada para atingir a cidade russa de Sochi. O presidente russo conta, porém, que se tratava de um falso alarme – e o avião nunca chegou a ser abatido.
O filme foi divulgado dias antes das eleições presidenciais marcadas para 18 de março, que devem consolidar a sua reeleição. O presidente russo disputa o lugar com outros sete candidatos, mas nenhum parece ameaçá-lo. O principal líder da oposição, Alexei Navalny, foi impedido de concorrer.
“Disseram-me que um avião na rota da Ucrânia para Istambul tinha sido capturado e que os sequestradores exigiam aterrar em Sochi”, recorda Putin no filme, segundo a Reuters.
Boeing 737-800 da companhia aérea turca Pegasus Airlines voava de Kharkiv para Istambul com 110 passageiros a bordo. No estádio onde se iria celebrar a cerimónia de abertura dos Jogos – e que seria alegadamente o destino do avião – estavam mais de 40,000 pessoas. Segundo o jornalista Andrey Konrashov, os pilotos afirmaram que um passageiro disse ter consigo uma bomba e ordenou que mudassem a rota para aterrar em Sochi.
No filme, Putin relata que os seus auxiliares da área de segurança lhe disseram que o procedimento de emergência para uma situação como essa era abater a aeronave. “Disse-lhes: façam o que tem de ser feito”.
O presidente conta ter recebido, minutos depois, uma chamada a informá-lo de que se tratava de um falso alarme. Logo depois, Vladimir Putin seguiu para Sochi para a abertura dos Jogos de Inverno. Na origem do incidente terá estado um passageiro embriagado e o avião acabou por se dirigir, como previsto, para a Turquia.
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Fico “informado” e indignado!

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Como se pode levar tão longe (e tão baixo) a manipulação da comunicação social!

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Eu, que nunca tive qualquer simpatia pelo senhor Putin, com esta campanha de russofobia, estou a sentir-me Putinófilo!

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Mas quantos dos alvejados com tal “informação” terão alterado os seus pequenos projectos de trabalho (ou diversão) para melhor se informarem e terão ficado com o conhecimento de que o presidente russo mandou abater um avião de passageiros (talvez de população síria a fugir do inferno Assad aguentado por Putines)?

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Tenho de voltar ao trabalho… mas só depois de postar, para não pactuar, pela passividade, com esta ignomínia!

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