sexta-feira, dezembro 08, 2006

Anos inquietos ou a inquietação nos anos 60 e em Coimbra

Nenhuma luta começa no tempo e no lugar em que nós, cada um de nós, começamos a lutar.
Nos anos 60, a luta académica foi muito importante para a denúncia e o desmascaramento do regime, que ainda há quem se recuse a chamar-lhe fascista, por ignorância ou por simpatia – confessada ou inconfessada – pelo fascismo.
Anos inquietos – vozes do movimento estudantil em Coimbra (1961-1974) é um livro de testemunhos da luta na Universidade de Coimbra.
E é muito interessante, e pedagógico…, ler e interpretar esses testemunhos. Por quem por outros tempos, que atravessaram esses, começou a luta, por quem fez essa mesma luta de maneiras muito diferentes noutros lugares, por quem não viveu esses tempos e nesses lugares e sente necessidade de conhecer como foram vividos. Os tempos e os lugares.
É mais um contributo de Manuela Cruzeiro (Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra), com Rui Bebiano, que ouviram e fixaram as “vozes” de Eliana Gersão, Fernando Martinho, Carlos Baptista, Pio de Abreu, Fátima Saraiva, José Cavalheiro, Luís Januário.
Alguns deles (certos estão Manuela Cruzeiro, Fernando Martinho, Carlos Baptista) vão estar no espaço Som da Tinta, no dia 16, a partir das 17 horas, para conversarem e conviverem com quem por lá aparecer.

3 comentários:

Nuno Silva disse...

Faz parte da nossa história. Faz parte da grande revolução. Terei gosto em ler no livro esses testemunhos que viveram essa história, e estar presente no Som da Tinta, caso possível.

Abraço por mais uma grande iniciativa.

Anónimo disse...

Foi um momento importantíssimo, a nível político, social e cultural.
Mais um momento de elevado convívio no belíssimo espaço Som da Tinta.
O livro, uma boa prenda de Natal!
Parabéns!

GR

MJ disse...

Pena é a associação académica estar tomada por lacaios da juventude socialista boicotando a luta e o movimento estudantil unitário. A história repete-se, uma vez contra-revolucionários reaccionários sempre.