O almoço corria bem. Calmo, sem atropelos nem tempos mortos. Até que um dos camaradas descortinou um sorriso irónico no outro.
- Qu'é que foi?...
- É que nisso que estás pr'aí com contas e complicações, a minha filha, ontem, mandou-me um mail que põe tudo a claro.
- Como assim?
- Dizia-me ela:
Suponhamos que aqui, na Universidade, temos quatro cursos, um director e um Conselho. Na prática democrática, o director foi eleito por toda a comunidade universitária e o Conselho também, e houve agora eleições. Com campanha em toda a Universidade. Foram eleitos 45 elementos da Faculdade A, 35 da Faculdade B, 10 da Faculdade C e 10 da Faculdade D. Para a constituição do executivo da Universidade, o Director propôs elementos da Faculdade A; os 55 eleitos das outras Faculdades rejeitaram a proposta e afirmaram preferir um executivo tal como proposto pela Faculdade B, com a concordância dos eleitos da faculdades C e D. Têm todo o direito!, e tem o Director o direito de não o aceitar? Isto não é política, isto é democracia.
- Boa malha. A tua filha tem cá uma pinta... Vou aproveitar o exemplo e fazer um "post".
O almoço continuou a correr bem Melhor...
Tudo ficção? Olhem que não, olhem que não!
1 comentário:
Ele há cada almoço! Ele há cada um que não "comprende" as contas! Ele há cada abraço!
E vai mais um almoço, uma contas do rosário, e cada abraço!
É tudo tão simples e as coisas "tão" tão complicadas - porquê?!
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