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sábado, abril 06, 2013

Nota de imprensa


Nota do Gabinete de Imprensa do PCP Sobre a declaração de inconstitucionalidade de algumas normas do orçamento de Estado para 2013
Sexta 5 de Abril de 2013

A decisão do Tribunal Constitucional expõe e confirma uma política e um governo com uma acção que, muito para lá das normas e disposições do Orçamento de Estado agora julgadas, se assume arrogante e deliberadamente à margem da lei e em claro desrespeito e violação pela Constituição da República Portuguesa.


É na política de desastre económico, no rasto de devastação social e na aviltante postura de submissão e dependência externa conduzida pelo actual governo que radica a urgente e inadiável exigência democrática e patriótica da demissão do governo, da realização de eleições antecipadas e de rejeição do Pacto de Agressão.


Alertando para manobras que a pretexto da decisão do Tribunal Constitucional visem justificar novas medidas de austeridade e de ataque a direitos sociais, o PCP sublinha que, por mais que o governo pretenda desvalorizar a decisão hoje divulgada para procurar prosseguir e manter a concretização do programa de agressão ao povo e ao país, o que a realidade nacional revela é um governo politicamente derrotado e condenado.


Num momento em que um governo, que é já passado, procura desesperadamente agarrar-se ao poder, o PCP apela aos trabalhadores e ao povo para intensificarem a luta em defesa dos seus direitos, essa mesma luta que, tendo contribuído para mais esta derrota do governo e conduzido ao seu isolamento, será a condição mais decisiva para assegurar a sua demissão e a sua derrota definitiva, criar as condições que assegurem a ruptura com a política de direita e abrir caminho à construção de uma política e de um governo patrióticos e de esquerda.

segunda-feira, dezembro 31, 2012

Para acabar bem o ano!

 
OE2013 e Grandes Opções do Plano 

publicados em suplemento do Diário da República

O Orçamento do Estado para 2013 e as Grandes Opções do Plano foram publicados hoje em Diário da República, num suplemento divulgado depois das 16h00. 

Obrigadinho.
senhor presidente... 
Que quem votou em ti,
caia em si
e não seja bê mol(e),
são os meus desejos!

O OE-13 esCAVACadO - sem surpresa ou confirmando!

Oficial
Cavaco promulgou Orçamento do Estado para 2013
O Presidente da República deu luz verde ao documento,
mas deverá enviar o OE/2013 para o Tribunal Constitucional
nos próximos dias

--o--

Posição doPCP

A promulgação do Orçamento é um acto inaceitável

Segunda 31 de Dezembro de 2012

O Senhor Presidente da República promulgou hoje o Orçamento do Estado para 2013, o que é do nosso ponto de vista um acto inaceitável e que irá contribuir para que milhões de trabalhadores e reformados no próximo ano, vejam as suas condições de vida degradarem-se e muitos possam cair no desemprego e na pobreza.
Os portugueses já sabiam que tinham um Primeiro-Ministro que mente, pois na oposição achava a carga fiscal excessiva e no Governo eleva a carga fiscal sobre os trabalhadores e as famílias para níveis incomportáveis, mas agora sabem também que têm um Presidente da República que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição da República e perante um Orçamento destes promulga-o, ignorando apelos dos mais vários quadrantes políticos, para que o vetasse, dadas as suas inúmeras inconstitucionalidades.
Pode dizer-se que estão bem um para o outro, quem está mal e cada vez pior são os trabalhadores portugueses, o povo e o país.
O apelo que aqui fazemos aos portugueses é o de que façam uso de todos os direitos que a Constituição prevê, façam de 2013 uma ano de luta, um ano de derrota deste Governo e desta política e que abra caminho a um Governo patriótico de esquerda para Portugal.

outra coisa não se podia esperar
deste PR!

.

quinta-feira, novembro 15, 2012

O OE13 e os desequilíbrios do ministro das finanças

Agorinha mesmo, ouvi o ministro das finanças, na discussão na especialidade do OE-13, falar dos "desequilíbrios das últimas décadas".

Ah! pois houve!...
  • Antes de mais, desequílíbrios no aproveitamento dos recursos portugueses, do mar e da terra e daqueles que estavam adquiridos, em benefício de outras economias;
  •  desequilíbrios nas taxas cambiais das moedas que o euro veio substituir, e deste em relação ao dólar, com evidente desfavor para os PIGSs;
  • desequilíbrio na construção de auto-estradas, scuts-que-deixaram-de-o-ser, fazendo do País um corpo com artérias a mais e veias e vasos capilares a menos;
  • desequilíbrios na construção de estádios de futebol para um Europeu de 2004, para um jogo de vez em quando e bancadas vazias, de que o de Leiria e Algarve são exemplos de aberrações;
  •  desequilíbrio na criação de grandes superfícies comerciais, ao serviço do capital financeiro, isto é, supermercados a mais e destruição de uma rede de distribuição equilibrada;
  • desequilíbrios na formação de PPP para que houvesse quem tirasse largos lucros dos desequilíbrios;
  • ...
Quer mais?

E porque terão de ser os trabalhadores, os pensionistas, as populações, a pagar a factura dos desequilíbrios para que não contribuiram nem benficiaram?
Há mesmo uma opção ideológica por detrás destas opções aparentemente governamentais.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Desculpem a interrupção...


Entre 4.000 e 5.000 agentes da PSP manifestaram-se esta terça-feira em frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2013. Manifestantes cantaram o Hino Nacional e "Grândola Vila Morena", de José Afonso.

Pronto!
,, façam o favor de continuar
com a "noite americana"
(a noite?, o dia, os dias, a madrugada
... que espectáculo!)

terça-feira, novembro 06, 2012

"Minha Pátria é a língua portuguesa" ou "his master's voice (ou quase)"?...

PCP critica
documentos da troika em inglês
e diz que só falta virem em alemão,
"a língua do patrão"

Por Agência Lusa,
publicado em 6 Nov 2012:

O deputado comunista Miguel Tiago criticou hoje a forma como são distribuídos os documentos da 'troika' e destes estarem em inglês, afirmando que "só faltam virem em alemão, que é para virem na língua do patrão do Governo".

Antes de iniciar a intervenção propriamente, o deputado voltou a contestar a forma como são distribuídos os documentos da 'troika' que servem de apoio às reuniões com o Governo. São documentos "onde o Estado português se compromete com um conjunto de medidas e continuam a vir em inglês. Só falta virem em alemão, que é para virem no língua do patrão do Governo", afirmou.
O deputado, que falava durante a audição de Vítor Gaspar na comissão parlamentar que acompanha o programa de ajustamento português, instou ainda o Ministério das Finanças a traduzir para português os documentos das várias avaliações, lembrando que a lingua de trabalho da Assembleia da República é o português.
"Apelo aos serviços do seu ministério, para que traduzam documentos desta importância porque os deputados da República têm como língua de trabalho o português, e aliás, estranha-me que o seu ministério não tenha como língua de trabalho o português e assine documentos em inglês", afirmou Miguel Tiago, que criticou ainda a falta de comparência do ministro das Finanças após algumas reuniões nesta comissão.
Por sua vez, na intervenção que se seguiu, Vítor Gaspar garante que esteve em comissão ou plenário a explicar cada uma das avaliações, mas não fez qualquer comentário ou deu qualquer resposta sobre a questão linguística, mesmo com alguns apartes do mesmo deputado questionando-o sobre o assunto durante a sua resposta.

Chamaria a isto
um "crime de lesa-pátria"
... ao que leva o servilismo!

Não aguenta, não, sr. Ulrich!

A verdadeira provocação do banqueiro ao dizer que o povo "aguenta, ai aguenta..." mais austeridade já foi glosada em vários lugares (e nalguns muito bem!). Importaria saber em que estava ele a pensar para que o povo fosse obrigado a aguentar, mas agora reproduz-se, aqui, uma abordagem de tal "escorregadela" (se escorregadela dele foi...).
(Cem por Cento - Expresso. 03.11.12)

Cortes na despesa

Andando o governo à cata de 4 mil milhões de cortes  na despesa que lhe foram ordenados pela troika externa no desastrado 5º exame, aqui vai uma sugestãozinha, colocada pelo nosso involuntário "colaborador" Nicolau Santos, no seu Cem por Cento de último sábado.
Este recorte reforça o facto já aqui sublinhado mais de uma vez, do Ministério da Defesa, na proposta de OE13, com cortes significativos noutros ministérios, como o Saúde e da Educação, ter um aummento de 10%.


segunda-feira, novembro 05, 2012

Parecer do CES e declaração de voto da CGTP

CGTP considera que Conselho Económico e Social
devia ter posição mais clara sobre despesa

Lusa
05 Nov, 2012, 18:15

A CGTP-IN absteve-se hoje na votação do parecer do Conselho Económico e Social (CES) sobre o Orçamento do Estado por considerar que o documento deveria ter uma posição mais clara sobre a despesa e o retrocesso social.
"O Parecer poderia e deveria ter uma posição mais clara sobre a despesa, evitando ambiguidades ou mesmo contradições nesta questão e, por outro lado, poderia ter ido mais longe na denúncia do retrocesso social em curso, em particular a diminuição dos direitos dos trabalhadores", afirmou a Intersindical na declaração de voto que apresentou por escrito ao Plenário do CES.
O Plenário do CES aprovou hoje o seu parecer sobre a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013 com as abstenções dos representantes do Governo e da CGTP e sem qualquer voto contra.
A CGTP-IN absteve-se apesar de concordar com as "posições e preocupações essenciais" expressas no parecer, "para as quais, aliás, contribuiu".
Na sua declaração de voto a central sindical salienta que "o Parecer do CES chama a atenção para aspectos vitais da situação presente", nomeadamente que "a Proposta de OE irá determinar uma recessão mais profunda do que o previsto, pelo que o desemprego poderá ser ainda mais elevado que os valores também estimados".
"O CES também chama a atenção para a regressão social em curso: destruição de emprego e aumento do desemprego; redução do rendimento disponível; diminuição dos custos com prestações sociais; diminuição da despesa com a educação; diminuição significativa do nível de protecção social, incluindo no desemprego e na doença", acrescenta.
No entanto, a CGTP-IN absteve-se porque entendeu que o CES deveria ter salientado que "é possível assegurar um contributo da despesa que não ponha em causa áreas como a Saúde, a Educação e a Protecção Social que são fundamentais para a coesão económica, social e territorial".
Para a CGTP-IN, a política orçamental "tem necessariamente de passar pela retoma do crescimento económico e o emprego, que permite quer o aumento das receitas do Estado e das contribuições sociais quer, nalguns casos, a própria diminuição da despesa social, como as prestações de desemprego".

O parecer do Conselho Económico e Social sobre o OE13

O documento do Conselho Económico e Social foi hoje aprovado na Assembleia da República com as abstenções do Governo e da CGTP e sem qualquer voto contra.
Após a aprovação do parecer, o presidente do CES, José Silva Peneda, recomendou que o Governo iniciasse um processo de negociação com a 'troika' o mais rapidamente possível, para evitar que haja "dor sem ajustamento".
As recomendações do CES incidem, essencialmente, em três pontos: i) a redução significativa dos juros a pagar pelo empréstimo concedido a Portugal, ii) a reavaliação dos prazos em relação aos períodos de amortização dos empréstimos e iii) maior equilíbrio entre austeridade e crescimento, mediante medidas que fomentem a economia e a criação de emprego.
O parecer do CES considera que a proposta de OE para 2013 irá determinar "uma recessão mais profunda do que o previsto", o que terá efeitos na redução do nível de emprego e no agravamento do desemprego, que "seguramente será também mais elevado do que os 16,4% previstos". Segundo o Conselho, desde o início do Programa de Ajustamento terão sido suprimidos no país cerca de 640 mil empregos.
Considerando a dimensão do aumento da carga fiscal sobre o rendimento, o CES entende ainda "estar subavaliada a quebra do consumo privado em 2013, prevista na Proposta de Orçamento" e chama a atenção para que "as autoridades nacionais sejam mais pró activas no debate sobre as alterações da política europeia".
Na sua declaração de voto, o Governo diz que "pedir mais tempo ou adiar o processo de ajustamento tem associados riscos sérios, como o colapso da credibilidade junto dos credores, assim como o aumento da probabilidade de concretização de um ciclo vicioso traduzindo-se no aprofundamento da queda do investimento, do emprego e da actividade económica".
Nota também que o Parecer do CES "desvaloriza em larga medida o contexto que enquadra a proposta de OE2013, do mesmo modo que não identifica as consequências que poderiam advir do não cumprimento dos compromissos a que Portugal se encontra vinculado".
"(...) Assim, o Governo deixa claro que, na sua perspectiva, o Parecer do CES não reflecte adequadamente nem o contexto nem o conteúdo do OE 2013", conclui a declaração de voto do Governo. E absteve-se.

__________________________________
Tendo em atenção que o Conselho Económico e Social representa,
no nosso quadro institucional,
o orgão tripartido em que têm assento
os chamados "parceiros sociais" e o governo,
concepção tripartida adoptada também na OIT,
o seu parecer tem grande significado.
É mais uma posição, e formal,
a exigir renegociação do tal memorando entre "troikas"
Claro que ainda não se chegou a situação
em que haja consenso sobre a necessidade de separar
a dívida legítima da que é ilegítima
(e que aumenta, continuamente, com os juros 
e com os encargos derivados da "ajuda")
... para que a legítima possa ser paga.
E para se promover a recuperação económica.

sexta-feira, novembro 02, 2012

OE13 - 6 A concepção de funções de Estado que este OE torna evidente

Para fechar (mas não à chave...) esta série de comentários sobre as funções do Estado como os orçamentos nos contam a história... alguns números elucidativos.
Se os comentários se apoiaram em diapositivos de que me servi em sessão na Cooperativa Barreirense, que aliás retomavam intervenções feitas aquando o PEC1 e do OE para 2010, o quadro sobre a classificação orgânica das despesas públicas, por ministérios, para 2013, já aqui objecto de comentário em "post" de 19 de Outubro, pode servir de adequado fecho.
É que nesse quado se pode ver como de 2011 para 2012, e do agrupamento que ele possibilta, os orçamentos propostos terão dado o tal salto que nos faz considerar estar num "salto qualitativo".
As despesas propostas para os ministérios que têm a ver com finanças e funções (chamemos-lhe) políticas, isto é, com os encargos e juros da dívida (sempre em crescendo), com a segurança e com os "negócios estrangeiros", passariam de 47,9% do total das despesas públicas para 49,2%, subindo 1,3 pontos percentuais e 2,7%, enquanto que as despesas propostas para os ministérios das áreas económicas, sociais e culturais cairiam de 35,9% das despesas totais para 32,3%, isto é, menos 3,6 pontos percentuais e menos 11,4%. De 2011 para 2012 seria esta a evolução a querer provocar no OE para 2013. Com dois sublinhados ou notas de interesse: i) os ministérios que se podem dizer "do CDS" estão claramente beneficiados relativamente aos outros (coligação oblige!) e ii) quando tanto se insiste em cortes do lado da despesa, há  despesas que aumentam, mais se exigindo cortes nas outras despesas, e estas são as que têm a ver com o viver das gentes. 
Assim se configuraria (em "refundação" anti-constitucional) um Estado securitário e a pagar de forma condicionadora a "ajuda" crescentemente hipotecadora da soberania, e a demissão das funções que estão atribuidas nas áreas económicas, sociais e culturais, entregues ao privado (se lucrativas) ou "aos bichos" (se não-rentáveis). Em contrapartida, esse mesmo Estado encaminhar-se-ia, por reforço da verbas ditas de solidaridariedade social para um Estado caritativo ou em apoio a instituições e acções de caridade para atenuar rupturas sociais... excessivas!
É isto que está em jogo. E o jogo está longe de ter terminado!

(e não nos iludamos com a cosmética da discussão na especialidade - em Portas vai continuar o seu "número" habitual e cheio de truques, embora não nos devamos demitir da luta a prosseguir nessoutra fase)

quinta-feira, novembro 01, 2012

OE13 - 5 As funções sociais, e culturais do Estado e o que têm sido os OEs

As "restantes" funções do Estado, resultantes da função prévia de cumprir a Constituição, têm a ver com os direitos dos cidadãos nesta consignados:
Ao longo do tempo, na sucessão de orçamentos do Estado desde 1976, as políticas dominantes por via institucional têm sempre, com forte (embora variável) oposição e resistência, traduzido políticas que desvalorizam estas funções do Estado. No diapositivo em que me apoiei, procurava apontar pistas para reflexão e debate.
 
As frases encontradas parecem suficientemente elucidativas do que sempre se procurou privilegiar, talvez merecendo acrescento a referência à pistola tem a ver com aquela reacção do ministro da propaganda de Hitler que quando ouvia falar de cultura puxava da pistola.
Mas o OE13 tem uma importância particular pelo que pode representar historicamente e neste momento que vivemos. E as funções do Estado estão a ser postas em causa de forma muito significativa. 


OE13 - 4 Funções económicas

Neste dia 1º (de Novembro... e "do bolinho" cá por estas bandas), talvez o último em que é feriado, também o 1º dia de outra fase da nossa luta contra este OE13, ontem aprovado na generalidade "contra tudo e contra todos". É, por isso, o 1º dia de uma outra fase de luta neste episódio da luta maior.

Na conversa que fui animar à Cooperativa Barreirense, pareceu-me oportuno orientar a fala inicial em duas direcções: i) a de sublinhar o papel dos orçamentos de Estado na definição das funções que a este competem, e como eles têm a ver com os nossos orçamentos "domésticos"; ii) a de mostrar que este OE13 não caiu do céu (das troikas...) aos trambolhões, mas é o resultado de uma sequência de ataques com esta "arma" dos OE, anualmente repetidos, e que está a atingir (ou a tentar passar a) uma nova qualidade.
Na definição das funções do Estado, a que os orçamentos deste deveriam dar resposta, cumprindo as suas obrigações, servi-me, como guia, de uma exposição de diapositivos, de que já aqui mostrei alguns, sobre as funções políticas, e servindo-me de dois, sobre as funções económicas e sobre as funções sociais e culturais, para expor e procurar animar a conversa e as reflexões em colectivo.
Sobre as funções económicas,
sempre com a função prévia de respeitar a Constituição (de 2 de Abril de 1976, com todas as alterações e desvirtuações que lhe foram fazendo pelo caminho) mantém-se, na "constituição económica", a articulação entre os sectores - público, cooperativo e privado -, cabendo ao público o papel de "motor", devendo ter o domínio (político e de interesse geral) sobre a economia (respeitando os interesses económicos e privados). Além disso, promovendo a criação de infraestruturas de comunicação (com grande atenção para o ordenamento do território e combatendo assimetrias e desertificação), e tanbém a função de criar as condições de supervisionar, num sentido global, todas as actividades, nomeadamente as referentes às relações inter-nações, a evolução e canalização de poupanças e, evidentemente, a actividade bancária, primordial como interface poupanças-aplicações dirigidas ao crescimento económico e desenvolvimento, e devevndo obviar a actividades de tráfico, branqueamento ou meramente especulativas.

(...)

as funções sociais e culturais
virão a seguir  

quarta-feira, outubro 31, 2012

A intervenção de encerramento de Bernardino Soares



que foi feita com as galerias do público vazias,
como convinha!

Quem pode travar Gaspar? 3

(...)

 

Nicolau Santos faz a pergunta
dirigindo-se a alguém.
Naturalmente,
como confessadamente keynesianista,
para ele as massas, se existentes,
não têm papel na História,
Seriam espectadores ou,
quanto muito, figurantes

Um grande pormenor ou um pequeno pormaior

Dada a enorme importância que atribuo (e não só eu, claro, e todos os quadrantes político-partidários assim o consideram) a este instrumento da política que nos massacra, pensei ir acompanhar o debate de encerramento e a votação, visitando espaços conhecidos, ao mesmo tempo que me incluiria nos manifestantes convocados para as 17 horas.
Informei-me, vi a agenda da AR, e convenci-me que a sessão de  encerramento começaria às 15 horas, depois do intervalo para o almoço, a anteceder a votação.
Transcrevo do site da AR:
«Reunião Plenária
DIA 31 outubro (quarta-feira)
HORA 10:00
10:00/15:00 Horas
ORDEM DO DIA
1- Proposta de Lei n.º 103/XII/2.ª (GOV)
Aprova o Orçamento do Estado para 2013;
Proposta de Lei n.º 100/XII/2.ª (GOV)
Aprova as Grandes Opções do Plano para 2013.
APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE
2.º Dia
Governo 46.58 m
PPD/PSD 45.35 m
PS 33.27 m
CDS-PP 25.53 m
PCP 8.18 m
BE 6.59 m
PEV -0.02 m
TOTAL 167.17 m
Nota: Grelha resultante da gestão de tempos feita pelo Governo e pelos Grupos Parlamentares na sessão anterior.
2- Encerramento do Debate na Generalidade
ENCERRAMENTO
PEV 6 m
BE 8 m
PCP 9 m
CDS-PP 11 m
PS 15 m
PPD/PSD 18 m
GOV 30 m
TOTAL 97 m
Nota: No encerramento a ordem das intervenções será a seguinte: 1.º - PEV, 2.º - BE, 3.º - PCP, 4.º - CDS-PP, 5.º - PS, 6.º - PPD/PSD e 7.º - GOV.
3- Votações regimentais no final do debate»

As contas estavam certinhas: começo às 10 (mais uns minutos) + 167,17 minutos de intervenções + os intervalos e os "intermezzos" atirava a sessão da manhã para as 13 horas e o recomeço para as 15!

Afinal, por decisão do plenário - com os votos contra (e em protesto, face a combinações anteriores) das bancadas do PCP, do BE e do PEV, com a abstenção (!) da bancada do PS e com os votos a favor das bancadas do PSD e do CDS, foi decidido prolongar a manhã, fazer um final "a mata cavalos" e uns 10 minutos antes das 15 estava tudo terminado!
Assim se evitaram assistentes nas galerias do público para as intervenções finais, assim se evitou o incómodo (!) de gente nas ruas à volta de S. Bento a manifestar-se durante a votação.
O PR e os membros do governo fogem de quem se manifesta, a Assembleia da República fecha-se a assistentes e manifestantes eventualmente incómodos.
Assim vai a democracia representativa. Afastando-se do povo, dele fugindo.
Mas esquecendo-se que sem povo não há democracia.

OE13 - 2 As funções/obrigações do Estado

(...)
Logo, o OE-13, na sequência de todos os outros, é o documento em que inscrevem os números relativos às obrigações  decorrentes das funções do Estado, tal como este é a Nação politicamente organizada. Desde Abril de 1974, e constitucionalmente desde 2 de Abril de 1976, Portugal é um Estado de direito (apesar das sucessivas e crescente malfeitorias da direita), e as suas funções/obrigações que lhe estão atribuídas pela comunidade e para que os cidadãos devem contribuir, retirando dos seus orçamentos o que poderia facultar meios ao Estado para que este concretize as funções/obrigações que lhe estão cometidas.
Estas são, como podem ser arrumadas por áreas e tal como as sintetizei em diapositivo::  
Na conversa apoida por esta síntese, seguiu-se o desenvolvimento - também sintético - de cada uma das áreas, a começar pelas políticas, incluindo nelas uma que considerei prévia - a de cumprir a Constituição!

(...)

terça-feira, outubro 30, 2012

OE13 - 1 o que é um orçamento?

Estamos rodeados de orçamentos. E não é só o OE13, que nos invade comunicacionalmente a casa, mas os nossos, os pequeninos orçamentos domésticos, os mesmo caseiros. E, por causa do que antecede este OE13 e do que este ameaça, mais pequeninos correm o risco de ficar.
Sim, porque é preciso dizer que todos nós temos o nosso orçamento(zinho), além do Orçamento (com maiuscula) que deveria ser de todos e que tanto condiciona o tamanho dos nossos.
Foi assim que comecei a conversa na Cooperativa Cultural Popular Barreirense, na última sexta-feira. Chamando a atenção para o facto, que me parece relevante, de que, não há só Orçamento do Estado mas também os tais nossos orçamento(zinhos) que o do Estado condiciona. Pelo que ele, o OE, não nos pode ser indiferente. Bem pelo contrário!
Como me apoiei em diapositivos (que, aliás, repesquei de conversas sobre o OE10 e do PEC1, que nem era o primeiro...) para animar (?!) a conversa, comecei por este, em que procurei colocar pistas para a exemplificação das diferenças entre os orçamentos

ORÇAMENTO(S) 
  • O que é um orçamento?
    • Os orçamentos e o Orçamento do Estado
  • As diferenças
    • Das receitas às despesas
      • O recurso ao empréstimo-crédito bancário
    • Das despesas às receitas
      • Despesas para cumprir funções/obrigações
      • Receitas derivadas de impostos “solidários”
A jeito de introdução, ou de início de conversa (que também para aqui trago), quis sublinhar que, nos nossos orçamentos, se parte das receitas que temos, ou que prevemos ter, para as despesas que pensamos poder fazer com essas receitas. Deveríamos ter, mensal e normalmente, o salário ou a pensão (... ou qualquer outra fonte de rendimentos), podemos fazer face às nossas necessidades através das despesas que cabem nessas receitas (exemplifiquei com os envelopes de minha memória familiar...). Se "sobra algum", tem-se a possibilidade de criar ou de aumentar poupanças, se falta - porque o mês é mais comprido que se esperava... ou por outras razões que adiante se verá! - há o recurso a empréstimos familiares ou amigos e o crédito bancário (o que depois se pode tornar em relevante despesa futura).
No Orçamento do Estado, o caminho é (ou deveria ser) inverso. Parte-se das despesas previstas para que sejam cumpridas as funções/obrigações do Estado para com os componentes da comunidade, chamemos-lhe cidadãos, para as receitas que tornam possível o cumprimento dessas funções, e que resultam das contribuições e impostos que os próprios cidadãos entregam ao Estado para que ele o possa fazer, e de receitas próprias que o Estado possa ter criado.
Esta distinção parece-me importante para sabermos no que estamos metidos, do que estamos a falar.

(...)

OE13 - o pior...

estará para vir... se não formos capazes de o travar!

Quem pode travar Gaspar? - 2

(...)
(...)

na análise do keynesiano
(graças a deus, diz ele...)
Nicolau  Santos
que coloca estas opções
entre o fanatismo ideológico
e o autismo.