quarta-feira, outubro 31, 2012

Um grande pormenor ou um pequeno pormaior

Dada a enorme importância que atribuo (e não só eu, claro, e todos os quadrantes político-partidários assim o consideram) a este instrumento da política que nos massacra, pensei ir acompanhar o debate de encerramento e a votação, visitando espaços conhecidos, ao mesmo tempo que me incluiria nos manifestantes convocados para as 17 horas.
Informei-me, vi a agenda da AR, e convenci-me que a sessão de  encerramento começaria às 15 horas, depois do intervalo para o almoço, a anteceder a votação.
Transcrevo do site da AR:
«Reunião Plenária
DIA 31 outubro (quarta-feira)
HORA 10:00
10:00/15:00 Horas
ORDEM DO DIA
1- Proposta de Lei n.º 103/XII/2.ª (GOV)
Aprova o Orçamento do Estado para 2013;
Proposta de Lei n.º 100/XII/2.ª (GOV)
Aprova as Grandes Opções do Plano para 2013.
APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE
2.º Dia
Governo 46.58 m
PPD/PSD 45.35 m
PS 33.27 m
CDS-PP 25.53 m
PCP 8.18 m
BE 6.59 m
PEV -0.02 m
TOTAL 167.17 m
Nota: Grelha resultante da gestão de tempos feita pelo Governo e pelos Grupos Parlamentares na sessão anterior.
2- Encerramento do Debate na Generalidade
ENCERRAMENTO
PEV 6 m
BE 8 m
PCP 9 m
CDS-PP 11 m
PS 15 m
PPD/PSD 18 m
GOV 30 m
TOTAL 97 m
Nota: No encerramento a ordem das intervenções será a seguinte: 1.º - PEV, 2.º - BE, 3.º - PCP, 4.º - CDS-PP, 5.º - PS, 6.º - PPD/PSD e 7.º - GOV.
3- Votações regimentais no final do debate»

As contas estavam certinhas: começo às 10 (mais uns minutos) + 167,17 minutos de intervenções + os intervalos e os "intermezzos" atirava a sessão da manhã para as 13 horas e o recomeço para as 15!

Afinal, por decisão do plenário - com os votos contra (e em protesto, face a combinações anteriores) das bancadas do PCP, do BE e do PEV, com a abstenção (!) da bancada do PS e com os votos a favor das bancadas do PSD e do CDS, foi decidido prolongar a manhã, fazer um final "a mata cavalos" e uns 10 minutos antes das 15 estava tudo terminado!
Assim se evitaram assistentes nas galerias do público para as intervenções finais, assim se evitou o incómodo (!) de gente nas ruas à volta de S. Bento a manifestar-se durante a votação.
O PR e os membros do governo fogem de quem se manifesta, a Assembleia da República fecha-se a assistentes e manifestantes eventualmente incómodos.
Assim vai a democracia representativa. Afastando-se do povo, dele fugindo.
Mas esquecendo-se que sem povo não há democracia.

2 comentários:

Maria disse...

São uns brincalhões, os tipos da maioria........
Mas agora têm lá os estivadores a 'taparem' as saídas.

Cambada, cambada, cambada!

Olinda disse...

Lâ medo das massas teem eles,nao teem ê vergonha,e humanidade.

Bjo