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segunda-feira, novembro 12, 2012

Enquanto por aí anda a "gaja" (sem ofensa...) - 2

Apesar do pouco (e bem caro!) tempo que por aqui passou, a D. Merkel ainda motivou, além do acolhimento "caloroso" que teve, das reuniões, almoço, conferência de imprensa, talvez lanche..., que se fizesse aqui umas contas sobre custos unitários do trabalho.
(clique sobre o gráfico para ver melhor)










Em aditamento ao "post" anterior, foi ver-se a evolução do índice do custo do trabalho  (com o índice 100 em 2008), segundo o Eurostat nas suas estatísticas trimestrais, entre o 3º trimestre de 2009 e o 2º de 2012, para a "média europeia" e para os países aí referenciados. Pode observar-se que o custo unitário continua a subir nos países de custo unitário mais elevado enquanto em Portugal, partindo de um indice ligeiramente mais alto no 3º trimestre de 2009, oscila, cai e chega ao 2º trimestre de 2012 com a sua distância a aumentar, a partir do 1º trimestre de 2011, em relação à média da União Europeia e aos três países de custo mais elevado. Assim acrescem as desigualdades, sempre em desfavor dos mais baixos custos do trabalho (logo, salários)-
Completou-se com a referência a Espanha e à Grécia, por razões óbvias, com o necessário relevo para a quebra da Grécia, que nem tem valores para o último trimestre, o 2º de 2012 e no 1º de 2012 (como no 3º de 2011) bem abaixo do indice de 2008. 

Enquanto por aí anda a "gaja" - 1

A minha "opinião pública" privada dizia-me um dia destes que o que mais a incomodava nas declarações da dona Ângela (a) Merkel era a sua insistência no tema dos custos unitários do trabalho, como inibidores de investimento, e sobre a necessidade de os baixar por causa da competitividade.  Tem toda a razão. Não a Merkel... mas a minha "opinião pública", claro!, ao exigir que tal seja esclarecido.
Aproveitei o tempo de passagem da senhora, nesta tão cara (por quanto nos vai ficar?, quanto vamos pagar por esta visitinha da "patroa"?) manobra de diversão, para ir ver umas coisas em arquivo, e actualizá-las, sobre os tais custos unitários do trabalho e a sua evolução sobre pressão da "ajuda"-que-não-ajuda-mesmo-nada-antes-pelo-contrário!

Comece-se por um ponto de partida. Segundo estatísticas recentes do Eurostat, organismo da U.E,, em 2011 a média do custo por hora de trabalho em Portugal foi de 12,1 euros por hora, enquanto para a U.E. foi de 23,1 euros por hora. Para esta média os países que mais contribuem, por cima, para o seu valor teriam sido a Bélgica (39,3 euros), a Suécia (39,1 euros) e a Dinamaca (38,6 euros). Isto é, Portugal com 52,4% da "média europeia" e 30,8% da Bélgica, 30,9% da Suécia e 31,3% da Dinamarca, ou seja pouco mais de metade do custo "europeu" e menos de um terço do custo dos países de mais alto custo unitário do tabalho.

(Anote-se, para que nunca se esqueça, que a outra face do custo  horário do trabalho é o rendimento horário de quem trabalha, do trabalhador).

(continua)