Triste.
"De morrer", como dizia Manuel Bandeira quando fugia para Pasárgada.
Eu não fujo. Fico e resisto. Sou daqui e, que não fosse, de qualquer lado igual seria. Mas sou daqui. Desta terra e desta gente.
Por vezes, tudo me agride. A inteligência, a sensibilidade, o que fui e o que sou.
Os casos e o modo como uma podridão se cobre-descobre com palavras como justiça, política, democracia, verdade, carácter. Esvaziadas ou totalmente desvirtuadas.
"De morrer", como dizia Manuel Bandeira quando fugia para Pasárgada.
Eu não fujo. Fico e resisto. Sou daqui e, que não fosse, de qualquer lado igual seria. Mas sou daqui. Desta terra e desta gente.
Por vezes, tudo me agride. A inteligência, a sensibilidade, o que fui e o que sou.
Os casos e o modo como uma podridão se cobre-descobre com palavras como justiça, política, democracia, verdade, carácter. Esvaziadas ou totalmente desvirtuadas.
Freeport, PT, Casa Pia são nomes-pedradas. E outros há, muitos!
Dinheiro, só dinheiro e negócios. Milhões, milhões que circulam, milhões que se evaporam. Processos em labirintos sórdidos. Tantos crimes (alguns sobre crianças!) e tão poucos criminosos ou só os que convém. Mentira, demagogia, imagem, aparência. O resto, nada.
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Triste.
Dinheiro, só dinheiro e negócios. Milhões, milhões que circulam, milhões que se evaporam. Processos em labirintos sórdidos. Tantos crimes (alguns sobre crianças!) e tão poucos criminosos ou só os que convém. Mentira, demagogia, imagem, aparência. O resto, nada.
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Triste.
Também por uma conversa sobre intenções e “tampas que saltam” porque o ego-conteúdo é demasiado para as contradições-continente.
Sei que há quem me arrume, arquive, etiquete, assemelhando tristeza a queixume. Ou que nem sequer queira saber... Que é quem mais há.
Também eu quero lá saber dessas etiquetas. “Estou-me nas tintas”. Chamem-me queixinhas quando a caravana do que tanta tristeza me dá passa.
Sei que há quem me arrume, arquive, etiquete, assemelhando tristeza a queixume. Ou que nem sequer queira saber... Que é quem mais há.
Também eu quero lá saber dessas etiquetas. “Estou-me nas tintas”. Chamem-me queixinhas quando a caravana do que tanta tristeza me dá passa.
Tanto me magoa mas não me faz desistir ou fugir.
Fizeram-me assim as circunstâncias, ao misturarem-se com os genes e os acidentes que me moldaram e amassaram o corpo. Cheio de cicatrizes, reparado aqui, irrecuperável ali.
Vivo. Lúcido (merda!). E continuando. Como a luta. De antes e para depois.
Porque o futuro tem de ser outro que não este presente.
Fizeram-me assim as circunstâncias, ao misturarem-se com os genes e os acidentes que me moldaram e amassaram o corpo. Cheio de cicatrizes, reparado aqui, irrecuperável ali.
Vivo. Lúcido (merda!). E continuando. Como a luta. De antes e para depois.
Porque o futuro tem de ser outro que não este presente.
12 comentários:
Precisava de ler este teu desabafo.
Poderei relativizar as dores que tenho nos últimos tempos e talvez desista de me ir embora para Pasárgada...
Um beijo.
Obrigado, Maria, por dares préstimo a este desabafo, emprestando-lhe sentido e força.
Beijo
Às vezes é preciso, de facto...
Estes desabafos dão-nos mais força para lutar por um mundo novo...
Um abraço grande.
Este desabafo é meu também e de todos os que não se conformam com tanta mentira, corrupção, injustiças.
Mas tu, camarada, com a tua luta, os teus conhecimentos, as tuas lições e até com este desabafo, dás-nos mais força para continuar a acreditar no futuro.
Um beijo.
Abraço-te Sergio, com muita força para que fiques e continues como até aqui, a resistir e a escrever estes belos textos, que a quem os lê dão tanta força.
Beijo Joana
Hei-de desabafar gritando,mesmo depois de morto.
um abraço,
mário
Se não fossem estas válvulas...
Grande abraço.
Por vezes dá-nos esta raiva desesperada de quem luta contra a maré, de quem rema contra a corrente. Não, a luta não é nada fácil e o plano muito inclinado. É por isso que precisamos uns dos outros, deste grande colectivo que é o Partido. É por isso que preciso de cá vir, a este blogue. É por isso que falo com os meus camaradas do sindicato, do CT de Vila do Conde, etc. Só juntos conseguimos vencer o capitalismo. Tenho a plena convicção de que o futuro pertence ao Socialismo (ao nosso).
A LUTA CONTINUA. SEMPRE!
Até amanhã Camarada!
Um grande abraço desde Vila do Conde.
Jorge
Como te compreendo, camarada Sérgio.
Os teus desabafos dão-me uma força imensa que, imediatamente, junto à que nunca me abandonou. É com esta força conjunta que o nosso Partido vai continuar a lutar.
Um abraço.
Carlos Vale
Desabafo-grito fundo, dorido, sofrido: teu, nosso!
Contigo:))
Fernando Samuel - Ó se é! E a lutar continuamos.
Graciete - Também tu fizeste nosso o que começou por ser meu desabafo. Só assim ele tem valor. Obrigado.
Joana - Obrigado pelo abraço. E pela força. Mas quando, meninas, por aqui aparecem?
trepadeira - Bem-vindo! Gosto do nome. E gostei da visita que fiz.
Abreijos
samuel - pois... as válvulas... e para onde dirigir o vapor da indignação e da revolta.
Jorge Manuel G - É por isso mesmo!
Carlos Vale - Juntar forças. As de sempre e as novas que virão a ser de sempre.
Abraços fortes
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