segunda-feira, julho 19, 2010

Previsões económicas "à la carte"... - 6

Tenho de parar com esta série de "mensagens" sobre as previsões económicas a partir da divulgação das que o Banco de Portugal tornou públicas este mês, relativamente ao verão de 2010, e referindas aos anos de 2010 e de 2011.
O material daria para continuar… mas é preciso não exagerar. No entanto, também não devo terminar sem umas breves notas sobre as linhas relativas à "procura interna" e ao "investimento".
A "procura interna" já foi abordada por confronto com as "exportações", mas ainda se pode acrescentar que as "previsões de verão" são piores para 2010, quer relativamente às anteriores do Banco de Portugal, as "da primavera", quer relativamente às do governo, e são substancialmente piores para 2011, também em relação às duas anteriores previsões.
Mas as previsões quanto a "investimento", que bem se pode considerar nuclear, sobretudo numa perspectiva de crescimento económico, de aproveitamento dos recursos, são as mais (diria) desastrosas pois, se parece haver uma recuperação nas "previsões de verão" para 2010 relativamente às "da primavera" substancialmente melhor (passando de uma previsão de queda de 6,3% para -3,3%); a alteração relativamente às previsões do governo para este ano é substancialmente negativa (de -0,8 para -3,3%) e as duas correcções para 2011 são também substancialmente negativas (de +0,3% para -1,6, nas previsões do Banco Portugal, e de +0,9% para -1,6% das previsões do governo para as "de verão" do BP, acabadas de sair).
.
Aqui, na análise destas previsões relativamente ao "investimento" está, seguramente. uma questão-chave da economia (e da sociedade) portuguesa.

2 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Com a leitura de todos estes teus "post" sobre previsões cheguei à conclusão de que o povo português tem "à la carte" muito sofrimento para digerir.
Será que vai acordar?

Um beijo.

Maria disse...

Embora sejam também o contrário (alguns) os blogues são cada vez mais um veículo de informação e formação.
Obrigada, Sérgio.

Um beijo.