Porque, às vezes, se ouve(ê)m verdadeiras barbaridades ditas por gente que se apresenta como responsável, sublinho três frases em dois artigos da Constituição da República Portuguesa (que pode ser lida clicando sobre a capa de brochura editada por quem não faz batotas, na faixa lateral deste blog):
Artigo 64.º
(Saúde)
1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito; (…)
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito; (…)
Artigo 74.º
(Ensino)
(Ensino)
1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
(…)
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais; (…)
.
Sobre ideologia, conversaremos. Ou melhor… estamos conversados quando se acusa de ideológico o que está – leia-se! – e despudoradamente se afirma como não ideológico o absoluto da ideologia da economia de mercado e princípios como o de utilizador-pagador…
O que está em campanha política é a constitucionalização (e também a diversão relativamente às causas da situação que se vive) do que tem sido a prática governativa contra a Constituição e o que ela defende e obriga, campanha com um profundo e escamoteado sentido ideológico.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
(…)
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais; (…)
.
Sobre ideologia, conversaremos. Ou melhor… estamos conversados quando se acusa de ideológico o que está – leia-se! – e despudoradamente se afirma como não ideológico o absoluto da ideologia da economia de mercado e princípios como o de utilizador-pagador…
O que está em campanha política é a constitucionalização (e também a diversão relativamente às causas da situação que se vive) do que tem sido a prática governativa contra a Constituição e o que ela defende e obriga, campanha com um profundo e escamoteado sentido ideológico.
Como seria bom que cada um estivesse em condições de julgar, depois de se informar, lendo, e de reflectir!
Aliás, é muito curioso e significativo que quem tenha interesse em conhecer o teor do que se atirou para discussão pública como tema central, não encontre acessível, nos seus termos responsabilizadores (será que existe?), aquilo com que se enche a comunicação social, um projecto de revisão constitucional (e parece que já está escrito um outro num outro gabinete).
3 comentários:
O que se pretende é a alteração e remoção de ARTGOS DA CONSTITUIÇÃO, no sentido de instituir um sistema político contrário à Liberdade, Igualdade ,Fraternidade de modo a concentrar mais o capital para dominar um mundo de escravos.
Essa alteração , a efectuar-se, é que dará à CONSTITUIÇÃO um terrível cunho ideológico.
Um beijo.
O que eles pretendem, sabemos nós muito bem!
Pena é que não sejam muitos mais a saber, ou a desconfiar, o que já não sería mau de todo.
O teu trabalho em prol da comunidade, é admirável e louvavel.
Abraço grande!
Graciete - é a ideologia da economia de mercado!
poesiano popular - Oh!, se sabemos.
O NOSSO trabalho é, também, o de denunciar.
Abraços
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