Estas breves notas foram-me suscitadas por várias coisas – um entroncamento –, como já disse. E o facto (muita dificilmente um acordo ortográfico me levará a escrever fato por facto… de facto!), fechado o parênteses, o facto é que, apesar da escassez dos comentários – este final de Julho!, e o seu calor -, às várias coisas que me suscitaram as breves notas, juntaram-se mais duas vindas desses comentários.
1. – um anónimo vem, todo lampeiro, fazer uma gracinha com uma eventual preocupação minha relativamente aos “coitados dos empresários portugueses a braços com volutibildades (deve ser volubilidades…) que os podem transformar em pobres sem abrigo lá por terras de Angola...”. Claro que não respondo à anónima e baixinha insinuação, mas suscitou-me o esclarecimento (ou a insistência) para o facto (!!!) da economia portuguesa, tal como é, constitucionalmente, e no que deveria ser uma democracia avançada, enquanto economia mista – sectores público, cooperativo e privado -, terá necessariamente problemas acrescidos por ter entrado para a zona euro e pelo modo como entrou, nada sendo salvaguardado das nossas especificidades e comprometendo, cambialmente, a nossa frágil competitividade (e não por causa dos ”custos salariais”).
Há quantos anos, em quantas oportunidades, quantas vezes o dissemos? E não foi por causa dos “coitadinhos dos grandes empresários portugueses” porque esses souberam, e saberão, manobrar as decisões políticas para reforçar a financeirização da economia, e daí retirarem forte acumulação e concentração de capital-dinheiro, cada vez mais fictício.
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2. - um comentário do "Zé Povinho" coloca a interessante questão do imperialismo ter ou não definições segundo as épocas.
2. - um comentário do "Zé Povinho" coloca a interessante questão do imperialismo ter ou não definições segundo as épocas.
Repito o que escrevi: (…) o imperialismo, como estádio do capitalismo, mantém as suas características definidoras, não obstante as modificações inevitáveis (ou inevitadas, ou precipitadas) na realidade, dê-se-lhe ou não outros nomes como o de globalização.
Não se trata de modificações de características definidoras, enquanto estádio do capitalismo, mas de se lhe dar outros nomes, face às modificações na realidade, por efeito do desenvolvimento das forças produtivas e das alterações na relação de forças social, de classe.
(a isto voltarei – talvez… -
e ainda há outros desafios em stock)
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