sexta-feira, julho 30, 2010

Sobre os dados do desemprego

O PCP comentou, hoje, os dados do desemprego que foram divulgados:
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«Sobre os dados divulgados do desemprego
Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

Os dados hoje divulgados sobre o desemprego referentes a Junho confirmam, mais uma vez, o que o PCP há muito vem afirmando.

A política seguida pelo governo do PS, que é no fundamental apoiada pelo PSD, é incapaz de resolver os problemas que o País atravessa em particular o problema estrutural do desemprego.

Atendendo ao período a que corresponde – marcado já pela procura sazonal – a taxa de 10,8% hoje conhecida (correspondente à redução de apenas uma décima relativamente a Maio) longe de constituir qualquer sinal positivo é em si reveladora da grave situação que o País enfrenta.

O que os dados hoje anunciados objectivamente revelam é que face a Junho de 2009 a taxa de desemprego aumenta em 1,1%, ou seja, mais de 70 mil desempregados. A realidade que nenhuma manipulação estatística pode iludir é que estão na situação de desemprego mais de 600 mil trabalhadores.

Situação tão mais inquietante quanto os dados são conhecidos na véspera de mais um ataque por parte do Governo a todas as prestações sociais, em particular na restrição do acesso ao subsídio social de desemprego.

Num momento em que os anúncios dos escandalosos lucros da banca e dos grandes grupos económicos causam compreensiva indignação o PCP reafirma a imperiosa necessidade de uma mudança e de uma ruptura com uma política que, ao serviço dos interesses do capital, não pára de avolumar desigualdades e de comprometer o desenvolvimento económico e o progresso social.»
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Deve, no entanto, fazer-se uma correcção, aliás também quanto ao mesmo erro que se transmitiu na comunicação social e em declarações que sublinhavam a "queda de 0,1% em relação aos dados de Maio de 2010":
  • relativamente a Maio de 2010, os números revelam uma descida de 0,1 pontos percentuais (de 10,9% para 10,8%) na taxa de desemprego e não de o,1%;
  • relativamente a Junho de 2009, verifica-se uma subida de 1,1 pontos percentuais (de 9,7% para 10,8%) na taxa de desemprego e não de 1,1%;
  • descer 0,1% em 10,9% seria passar de 10,9% para 10,8891%, ou, arredondando para décimas, os mesmos 10,9%;
  • aumentar em 1,1% uma taxa de de 9,7% seria passar para 9,8067%, ou, arredondando para décimas, 9,8% .

2 comentários:

Justine disse...

Não consigo percebe porque razão é tão difícil a algumas pessoas fazer a diferença entre pontos percentuais e percentagem...e a diferença é tão grande que se vê a léguas!!!

Graciete Rietsch disse...

Eles nem contas sabem fazer!!!!!!!!!
Um beijo.