Morreram a Linda Silva e o Mário Alberto.
Dois seres humanos com quem nos sentíamos bem a conviver. A viver com.
Por aqui, por estes nossos pedaços do mundo, passaram. Deixando a saudade que agora sentimos mais fundo por saber que não os voltaremos a ter a conviver connosco.
Respiravam, os dois, teatro e vontade de ajudar a construir o futuro, que combatiam este presente que não o tem.
A Linda, que nunca foi só a irmã da Ivone, a companheira do Morais e Castro. Que foi, sempre, na sua vida discreta e exuberante, de voz rouca mas clara, a Linda Silva.
O Mário Alberto, o iconoclata (ele escreveria iconaclasta...), o provocador, o homem de talento às carradas a transbordar dos IVAngelho(s) e outros, pelos palcos dos Parques Mayer do mundo.
Que está ali, naquelas suas duas gravuras em frente dos meus olhos de todos os dias. E em tantos pedaços de papel - daqueles de toalhas de mesa -, por aí perdidos com desenhos a não perder.
5 comentários:
Ficam as saudades e as recordações dos momentos que juntos vivemos!
A Linda Silva conheci mal... o Mário Alberto foi um dos malucos com quem participei na fundação da Barraca. Grande figura!
Abraço.
A Cultura ficou mais pobre.
Achei uma desconsideração a RTP não ter feito um programa sobre figuras tão marcantes do Teatro (e não só) nacional durante dezenas de anos.
BJS,
GR
Justine - e não é pouco!
samuel - G'andas malucos. Então o Mário... Já lhe sentia a falta.
GR - Sabes? Os dois eram comnistas, e não faziam segredo. então o Mário Alberto afirmava-o de uma maneira bem curiosa, aliada à sua veia provocatória, assim na fronteira do anarca...
Merecido tributo. Sem dúvida dois gigantes da cultura, duas perdas intransponíveis...:(
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