sexta-feira, outubro 07, 2011

Reflexões lentas sobre a falácia do consenso utilizador-pagador

Retalhos de (muitas mais) reflexões em "diário" (ou no que faz-de-conta que o é...):

(...) o inacreditável ministro Miguel Relvas (sintético...) fala da fórmula poluidor-pagador
como se fosse um princípio indiscutível, consensual,
como se estivesse tudo dito.

&-----&-----&

No entanto, por detrás da fórmula está a ideologia
que anula os direitos
 (à saúde, à educação, às SCUTs sem portagens),
e facilita o acesso aos potenciais utilizadores
… desde que paguem, claro

&-----&-----&

Com mais um pequeno, e escabroso, pormenor:

&-----&-----&

se houver pobrezinhos muito pobrezinhos
que não consigam ter esse acesso e sobrevivam para além
– ou apesar – dessas carências
(de transportes, de educação, de saúde… ou de doença
… ou de velhice… ou de solidão)
 talvez (talvez!) algo se consiga arranjar,
reivindicado ou bem pedinchado, por via da caridadezinha.

&-----&-----&

No fundo, no fundo, é assim que se "emagrece o Estado".

&-----&-----&

Até o tornar tísico ou fazer perecer, mas não de todo,
 isto é, até não ter outras funções
 para além das indispensáveis à acumulação de capital
pela classe dominante nas relações sociais.

&-----&-----&

Está tudo dito?

&-----&-----&

Por agora…

3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Estou ainda com o computador sem funcionar bem.No domingo espero ficar com ele em ordem e deoius recomeçarei a ler os blogues e a aprender
Um beijo.

samuel disse...

Se a fórmula "poluidor-pagador" fosse um princípio consensual e indiscutível… já imaginaste quanto teria que pagar o inacreditável Relvas sempre que abrisse a boca?

Abraço.

Antuã disse...

E quanto pagaria o Cavaco, Samuel?!...