segunda-feira, maio 07, 2012

Marx em Maio - breve nota e começo minha intervenção -1

Foram três dias cheios. Em cheio. Em sala quase sempre cheia, ou muito bemcomposta.
Tão cheios os dias que foi impossível estar em tudo, ouvir tudo, acompanhar tudo. Mas tudo o que se acompanhou valeu bem o tempo vivido. Bem como os encontros que – parece… – só nestes acontecimentos se têm.
Durante três dias, organizado por um Grupo de Estudos Marxistas, com vários apoios, realizou-se o Congresso Marx em Maio. Uma iniciativa ambiciosa, um programa ambicioso, e tudo me pareceu ter corrido muito bem. Rodeado de um sepulcral silêncio (como seria de esperar e compreender – não de aceitar! – … mas nem todo!).
Muito se ouviu e muito se aprendeu no anfiteatro 1 da Faculdades de Letras de Lisboa. Na minha perspectiva, esteve-se em plena formação e luta ideológica.
Ouviram-se exposições excelentes, debateram-se temas diversos em 19 mesas, que se sucederam com uma surpreendente (e tolerante) disciplina. Não vou referir um nome, uma comunicação (a não ser a minha, claro), mas vou sublinhar um aspecto relevantíssimo: a juventude da maioria dos organizadores e dos participantes! E a qualidade dessa juventude.
Marx vivo num Maio jovem, em Lisboa.
É preciso que se saiba! Que se divulgue.
Pelo meu lado, convidado a participar, assim o fiz. A minha intervenção vai alimentar alguns “posts”. Outras o mereceriam mais… mas cada um dá o que tem.

1.

Comecei por saudar calorosamente o Grupo de Estudos Marxistas e agradeci a oportunidade de intervir.
Entretanto, a juntar à minha dificuldade de meter 124 páginas de um texto que escrevi em intenção do Congresso Marx em Maio… estava quase inaudível (por rouquidão), e resolvi prescindir do apoio da projecção dos diapositivos (que aqui aproveito).
Antes de iniciar os “cruéis” 20 minutos, ainda quis sublinhar o facto de estarmos a 5 de Maio e li o extracto de um registo notarial, retirado da introdução da uma interessante edição de uma novela humorística (!) de Karl Marx – e da célebre carta ao pai, de 10 de Novembro de 1837 – da responsabilidade de José Viale Moutinho, registo notarial que comprovava o nascimento de Karl Marx em 5 de Maio de 1818, na cidade de Trier. 

Fazia precisamente 194 anos naquele dia 5 de Maio de 2012

E passei aos 20 minutos que me eram concedidos (mais coisa/menos coisa)

4 comentários:

Ana Alves Miguel disse...

Camarada, foi pena não ter sido possível passares os diapositivos: pelo enriquecimento do que ias dizendo; porque vivemos num mundo de imagens; pelo trabalho que tiveste na sua preparação. Uma grandiosa lembrança: a leitura da memória do nascimento de Marx. Quanto à rouquidão que não afetou a percepção/audição do texto espero que dela estejas recuperado. Magnífico Congresso que celebrou em Marx as lutas progressistas da humanidade.

cid simoes disse...

Que esta iniciativa se fortaleça.

Rogério G.V. Pereira disse...

Qual rouquidão?
A voz saiu-te bem colocada
As palavras, claras, com precisão

(Tive de sair um pouco mais cedo, mas a tempo de te ouvir, no final, a definição de "Economista" em contraponto com os travestidos que andam por ai no espaço dado ao "pensamento único". Assim, tive pena de não te ter dado os parabéns pela palestra. Faço-o agora. Foi excelente)

Graciete Rietsch disse...

Pelos comentários verifico que a rouquidão não afetou a tua intervenção. Muito importante também foi a grande presença da juventude.
E,por falar em rouquidão, depois do regresso da festa de aniversário do Cravo de Abril(um evento emocionante), também fiquei rouca. No domingo não podia falar.
Decerto foi por solidariedade.
Como eu gostava de te ter ouvido!!!!

Um grande abraço.