Carlos Moedas disse hoje que o relatório do FMI está “muito bem feito” e que o Governo está “a estudar o menu de medidas” propostas.
Reagindo oficialmente pelo Governo numa conferência de imprensa marcada para esse efeito, e que decorreu em São Bento, Moedas sublinhou que o relatório do FMI "é um contributo, entre outros, que vamos solicitar à sociedade civil e mesmo a outras organizações internacionais, como é o caso da OCDE". Esta fora aliás a mensagem que o Governo já passara durante o dia, primeiro por fonte oficial do Ministério das Finanças em resposta a questões do Económico e mais tarde por Álvaro Santos Pereira. Pelo meio Pedro Mota Soares, ministro do CDS, declarou que algumas sugestões do FMI "partem de pressupostos errados".
Referindo-se a um relatório que propõe um corte de até 20% nas pensões e uma redução permanente de até 7% nos salários da Função Pública, bem como a dispensa de 50 mil professores, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro não descartou a aplicação de nenhuma dessas medidas. "Estas discussões são sérias demais para recebermos o relatório num dia e estar aqui já a eliminar medidas. Seria irresponsável estar aqui a dizer que esta ou aquela medida pode ou não pode ser", argumentou o governante, frisando que o Executivo só hoje recebeu a versão final do documento que "não faz parte do memorando da ‘troika', nem da ‘troika'".
"Estamos a estudar o menu de medidas que nos foi apresentado" por um "relatório muito completo, muito bem feito, muito trabalhado" que "é um contributo quantificado que tem variadíssimas opções", salientou, esperando que o documento do FMI "seja lido por todos".
Durante os 20 minutos em que falou com os jornalistas, Carlos Moedas insistiu que "o Estado que temos não é o Estado que queremos", que "precisamos de construir um Estado que não pese tantos aos cidadãos" e que "aquilo que temos hoje não é sustentável".
este governo foi eleito?!, que é que, obviamente, é óbvio?
"Isto" é arrepiante!
Estamos perante um grupo
de fanáticos com poder...
4 comentários:
«"o Estado que temos não é o Estado que queremos", que "precisamos de construir um Estado que não pese tantos aos cidadãos" e que "aquilo que temos hoje não é sustentável".»
Reconheço que se deslocarmos estas palavras do contexto e da intenção com que foram ditas elas encerram algumas questões que merecem reflexão:
1. O Estado pesa demasiado para o bolso dos trabalhadores, nomeadamente se tivermos em conta a correlação de forças sociais e tudo o que isso implica no «tipo» de Estado que temos;
2. E, por fim, claro que este não é o Estado que queremos, pois este Estado resulta de um profundo desequilíbrio social a favor dos capitalistas, dos detentores dos meios de produção, pelo que este Estado é insustentável...
Como é possível elogiar um relatório que propõe tais medidas?
Este não é mesmo o governo que queríamos.
Um beijo.
Terroristas!
Abraço.
Bajuladores incompetentes!Apâtridas!...
Um beijo
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