Dos "dias de agora" (caderno XXXI, pags, 3052 a 3055, hoje), retiro o que segue:
04.01.2013
(...)
O Jorge de Vasconcelos manda-me, em email amigo - nem sempre… isto é, nem todos os fins-de-semana - uma "frase de fim-de-semana" .
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Quase todas são muito oportunas, outras suscitam reflexão, em algumas nasce(-me) irritação…
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A de hoje, de Adriano Moreira no Público de 2 de Janeiro, teve um efeito diferente: provocou-me vontade de a reproduzir e de sobre ela reflectir e deixar comentários.
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Assim irei desrespeitar um princípio meu (não dos rígidos, intransigentes...), que é o de não reproduzir coisas dos outros “outros”, citações do “outro lado”... por melhores que sejam.
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Mas, por outro lado (outra vez?...), Adriano Moreira, o chamado “professor”, para além do seu passado e CV avaliado objectivamente, é um outro “outro”… outro, de outra qualidade.
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Então a frase é a seguinte (devidamente corrigida):
"(...) a realidade nebulosa em que o globalismo se encontra, com os centros de poder legais superados por centros de poder sem cobertura legal, (...) caso dos centros que comandam o movimento financeiro mundial, submetendo os povos a um credo de mercado, que substitui o valor das coisas pelo preço das coisas (...)"
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Como citação, ficaria bem assim.
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Mas há uma lebre que levanta, e que Adriano Moreira,, se fosse umas décadas atrás no seu passado (e teriam de ser muitas!) e desfizesse o caminho que percorreu e difernte o tivesse feito, talvez entrasse num bom debate… sempre adiado, aliás.
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(ou, para dizer marxisticamente, nunca acabado!)
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Qual é, de onde vem, o que dá o valor às coisas?
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E o que é o preço das coisas senão a expressão monetária desse valor, expressão distorcida, corruptelada, corrompida, pelas funções dadas ao meio-dinheiro, a partir da relação social sobre que se constrói a formação social em que se vive?
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... e que faz com que “… os centros de poder legais (sejam) superados por centros de poder sem cobertura legal, (...) caso dos centros que comandam o movimento financeiro mundial, submetendo os povos a um credo de mercado…”
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E porque se foge da palavra trabalho e da frase proprietários dos meios de produção e da palavra capital enquanto, e na sua raiz ontológica, relação social de exploração da classe operária (no sentido dos trabalhadores que criam valor, conceito dual) pela classe burguesa (no sentido do grupo social definido pela propriedade dos meios de produção que aqueloutra classe criou e cria para a auxiliarem nos actos de criar valor ao usar a sua força de trabalho).
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Ficaria por aqui todo o dia de agora de hoje... com idas à estante e teclando sem descanso.
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... mas vou almoçar e logo (ou quando for) se retoma o sempre inacabado.
3 comentários:
Para mim esta aparente contradição com o passado vem sempre das palas que foram postas junto aos olhos e ao cérebro, que hoje se bom abrindo um pouco mas, mesmo assim, rejeitam as expressões e teorias tidas como malditas. Mas será muito de confiar essa abertura de hoje?Sou um bocado cética, mas não sei se tenho razão.
Um beijo.
O cepticismo pode ser muito saudável!
De qualquer modo. deveríamos sempre fugir aos juizos pessoais definitivos.
E, muito mais que QUEM diz, é importante O QUE a realidade impõe que seja dito!
Um beijo
O professor,sendo inteligente e intelectualmente honesto,reconhece a perversidade da globalizacao.Ainda assim,tenho dûvidas,que possa haver uma grande diferenca,do outro,de muitas dêcadas atrâs.
Um beijo
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