quarta-feira, janeiro 02, 2013

Reflexões lentas - os "muros de pedra"

O País entrou num beco. E os becos, diz-se, são sem saída.

Com a esperada posição de Cavaco Silva relativamente à promulgação do OE13, confirmou-se mais uma "troika". Conformou-se, naturalmente - até pelos tão consabidos antecedentes e presente do Presidente da República -, uma explícita "troika" institucional(izada), Governo-AR-PR, que se juntou às duas outras "troikas", a externa, que aparentemente tudo (co)manda - FMI-UE-BCE-, e a interna - PSD-CDS-PS -, que a tudo obedece (com um dos componentes em assomos esporádicos de violentas abstenções...). Entre elas, as ligações e os cruzamentos são vários e, dir-se-ia, desvairados.

Assim se inicia o ano de 2013, com alguns efeitos práticos, e nos quotidianos!, de grande dureza e para que se procuram "amaciamentos" (como duodécimos, e outras artes & manhas) que tornem menos insuportável o insuportável.

Mas essa frase de que os "becos sem saída" é uma "frase feita", não é um dito popular. O povo sabe que também os becos têm saída, mesmo quando não se pode recuar, dos lados há barreiras e pela frente os muros são de pedra. Como uma velha obra de Jorge Amado, "Os subterrâneos da Liberdade", nos ensinou há décadas, o "muro das pedras" não é inamovível, desde que haja vontade (e luta que a materialize) para o derrubar.  

1 comentário:

Olinda disse...

O ano que agora se inicia nao tem nada de novo.A luta prosseguirâ na sequencia das accoes afirmativas de classe de 2012.Espero que se intensifiquem,atê ä concretizacao dos anseios de todos nôs.

Um beijo