Numa passagem célebre, Lénine definiu «a lei fundamental da revolução»:
«Não basta para a revolução que as massas exploradas e oprimidas compreendam a impossibilidade de viver como até então e reclamem mudanças. É essencial para a revolução que os exploradores não estejam em condições de viver e governar como até então. Só quando as “classes inferiores” não querem viver como até então e quando as “classes superiores” não podem continuar a viver como até então, pode a revolução triunfar. Esta verdade diz-se por outras palavras: a revolução é impossível sem uma crise nacional (afectando tanto exploradores como explorados)» (A Doença Infantil..., cap. IX232).
Obras Escolhidas, edições avante!, Tomo II
Para uma acção revolucionária vitoriosa contra um regime autoritário, a desagregação é um factor. Mas essa desagregação não se pode considerar como o fim táctico da acção de massas, mas apenas um dos dois factores que, em conjunção um com o outro, possibilitam uma acção revolucionária decisiva para o derrubamento do regime existente. Em regra um regime não cai pela sua desagregação (como se foi levado a crer), mas pela acção revolucionária das massas. (...)
O desvio de direita nos anos 1956-1959
(Elementos de estudo)
Álvaro Cunhal
As situações de "regime autoritário" (de ditadura, fascista) e de democracia (burguesa, em formação social capitalista) não são justaponíveis. No entanto, como "elementos de estudo", estas reflexões são da maior oportunidade (e necessidade) para a compreensão da situação que se vive e para a intervenção com a intenção próxima da mudança de rumo das políticas impostas pela actual relação de forças. E nesta está o cerne da questão. sendo decisivo o esclarecimento das/tomada de consciência pelas massas, sempre com o fim último da revolução, da passagem ao socialismo.
1 comentário:
Excelente dica (e texto) para o meu próximo post sobre Álvaro Cunhal, "Porque nenhum de nós anda sozinho / E até mortos vão a nosso lado.”
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