Assim estavam as coisas
Ora, estando assim as coisas, na manhã do dia seguinte, em conversa com o presidente da dita comissão especializada, conversa que ele provocara para trocarem impressões sobre emendas a um relatório em votação naquele plenário de Estrasburgo, descortinou uma aberta inesperada numas reticências processuais.
Com argumentação algo capciosa, apoiou o “caro colega presidente” nessas reticências, e tomaram a decisão de cancelar a tal reunião de Bruxelas ("desde que os outros não tivessem objecções, obvuamente...") em que se iria discutir e votar o relatório que tanto o perturbava (por razões não trazidas à conversa, que não tinham nada de a ela virem, claro), incluindo‑a na ordem de trabalhos da reunião ordinária já antes calendarizada.
Foi ele mesmo que andou numa roda-viva, de deputado em deputado, arranjando tudo, e que foi ao secretariado anunciar e dar instruções para o cancelamento da reunião extraordinária. "O caro colega presidente que não se incomodasse..."
Tudo tratado, libertado daquele compromisso, quase eufórico, a sua primeira reacção foi a de ir telefonar para ela, dar‑lhe a boa nova.
Mas não quis precipitar‑se uma segunda vez, reconhecendo que a má notícia fora dada cedo demais, sem ter esperado sequer pelos eventuais resultados da sua própria capacidade de iniciativa e manobra.
2 comentários:
É, às vezes é melhor esperar um pouco, fumar um cigarro (quem fuma, claro, e não estou aqui a incentivar o consumo de tabaco..), parar para pensar e então agir....
Hoje foi ele que fez bem...
Um abraço
(não vou ter computador durante 2 ou 3 dias, mas prometo ler o capítulo 6 quando tiver e não dar saltos.... na estória...)
Agora deixaste-me curiosa!
"Quem tudo quer, tudo pode".
Será que ele irá conseguir?
GR
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