quarta-feira, junho 11, 2008

Atenção!, decisões destas vão ao cerne...

Aos órgãos de informação:

Sobre a proposta de alteração da jornada de trabalho

até às 65 horas semanais!

O PCP considera muito preocupantes as decisões tomadas pelo Conselho para o Emprego e Politica Social, na madrugada de 10 de Junho, e lamenta o facto de o Governo português, uma vez mais, não se ter oposto a uma proposta desta natureza que, aliás, vem ao encontro do projecto retrógrado de alteração da legislação laboral que quer impor em Portugal.

É particularmente grave a decisão sobre as alterações à Directiva de Organização e Tempo de Trabalho visando fragilizar os direitos laborais, abrir caminho ao prolongamento da jornada de trabalho até às 65 horas semanais, à desregulamentação do tempo de trabalho e a nova desvalorização salarial com a introdução do conceito de tempo inactivo.

Com as decisões tomadas, o Conselho cede às pressões do grande patronato europeu e dá continuidade ao caminho trilhado pelo Tribunal de Justiça Europeu no ataque a direitos e conquistas dos trabalhadores nos conhecidos processos Lavale, Viking e Ruffert.

O PCP, ao denunciar estas inaceitáveis propostas, reafirma que irá lutar, desde já, contra estas propostas nomeadamente no debate que se seguirá no Parlamento Europeu, exigindo respeito pelos direitos e pela dignidade de quem trabalha.


(11.6.2008
O Gabinete de Imprensa)

13 comentários:

Justine disse...

Isto está bonito, está. Há que pôr um travão, que "eles" estão totalmente em roda livre!

samuel disse...

Já se sentem completamente à vontade...

Anónimo disse...

Pelo que sei, ninguém vai ser obrigado a trabalhar 65 horas por semana. Trata-se apenas de dar a liberdade a quem, por sua livre decisão e iniciativa o queira fazer, em acordo com entidade patronal. Quem são vossas excelências para probir quem quer trabalhar? Essa agora.

Anónimo disse...

Ai, louvado seja deus! Não há por aí nenhuma alma caridosa que ofereça um desodorisante a um tão grande portugues, tão suado de tamanha vontade de trabalhar?

Campaniça

Anónimo disse...

Se o anónimo das 14,20 for tão corajoso para trabalhar, como o (não) é para assumir o que diz, neye momento ainda estariamos na no periúdo pré-hestórico!
É só ver o que se passa com os combustíveis, os defensores da globalização e do capitalismo, neste momento do século XXI, deviam corar de vergonha, pela incapacidade de resposta, para os problemas causados por eles próprios.
Sigam o exemplo dos COMUNISTAS...assumam-se por inteiro, aprendam a ser HOMENS!

Anónimo disse...

Saiba o bispote das 14.20 que nos batemos para que todos trabalhem e também que todos possamos viver com a dignidade que esse vaso não tem.

Sérgio Ribeiro disse...

O conceito de liberdade - o meu! - assenta na consciência da necessidade e em tempo livre, isto é, aquele em que cada cidadão, cumpridas as suas obrigações para com a "cidade", usa como escolha fazê-lo. Para isso se lutou, há séculos, pela divisão das 24 horas em 8 de trabalho socialmente necessário, 8 de repouso e lazer e 8 de tempo livre. E tal ficou consagrado - também em convenções internacionais do trabalho da OIT criada em 1919 -, e hoje, com o progresso técnico que houve, quando seria possível acrescer o tempo livre por menor ser o tempo de trabalho socialmente necessário, a exploração dos trabalhadores exige mais e mais. Não só na quantidade como na sua própria gestão: 65 horas esta semana, 31 na próxima, na seguinte se verá quantas horas e onde.
Vou passar este contra-comentário a post!... Isto é mesmo "o osso"!

Anónimo disse...

Para fé já basta a religião. Comunismo? Não, obrigado. Por mais defeitos que tenha o capitalismo, já todos sabemos onde param as economias planeadas e os amanhãs que cantam, a liberdade do proletariado e tal: Cuba e Coréia do Sul. Grande exemplo que vossas excelências defendem. Tenham juízo. É que não aprendem mesmo.

Anónimo disse...

O facto de dois partidos extremistas como o BE e PCP obterem os 20% de intenção de voto mostra claramente que temos um país atrasado. Falhamos rendondamente na Educação.

Anónimo disse...

O ócio é um direito, mas não é um dever. E como tal, um cidadão deve ter a liberdade de escolher quando quer trabalhar e quando quer descansar. Não vos entendo. Estão preocupados em se trabalhar mais? E o desemprego, tb não vos preocupa? Mas já sei qual a resposta ao desemprego: aumente-se a despesa do estado, aumente-se os impostos, aumente-se os subsídios e quejandas e por último, nacionalize-se as empresas e vamos para os planos quinquenais. Grande resultado que isto deu no passado.Quem o digam os países do ex pacto de varsóvia. Que ingratos que eles andam agora. A crescerem 4 a 6% ao ano em regime capitalista e baixos impostos. Os malandros. Ainda há quem vos leve a sério. Os vendedores de banha da cobra ainda andam por aí.

Anónimo disse...

Em resposta ao anónimo,que aplaude este acordo
Pensa realmente que vai ter liberdade de escolha?Já trabalhou?É que parece não conhecer a realidade do mundo do trabalho e das empresas e das "escolhas" que nos dão a "liberdade" de fazer. E como é que com horários de trabalho que podem ir até às 65h semanais se diminuirá o desemprego??!!

Anónimo disse...

Caro anónimo
Lamento informar, que já percorri o Google, de uma ponta á outra, e e não consegui encontrar um único hospital, que esteja capacitado, para tratar a sua doença, presumo que ela seja do foro incurável.

Maria disse...

É a flexi, flexi, flexi quê?
Só para os outros, claro.
Ou a gente se põe a pau, ou a gente tem que se por a pau. Não há outra saída. Apenas a LUTA que, essa sim, é contínua!