terça-feira, outubro 14, 2008

Caderno de a ponte mentos

Enquanto ouvia/via

  • o tema e o lema: vamos lá dar confiança a esta gentinha!
  • aqueles quatro senhores não têm crédito mal-parado, eles
  • nenhum deles é neo-liberal (foram quando era oportuno)
  • todos acham que o Estado deve intervir
  • ah! a regulação, a regulação
  • aliás, subentende-se (implícita ou explicitamente) que a culpa maior é do Estado porque não interveio…
  • (mas o Estado, intervindo ou não intervindo, não são eles?!)
  • "estamos todos no mesmo barco" (só que o barco deles são iates e o barco dos “outros” são "cacilheiros" ou nem isso)
  • “o banco é coração da economia” (ainda me dá um ataque cardíaco, a mim que sou da escola que me ensinou que a economia era a ciência dos recursos, das necessidades a satisfazer, do trabalho, da produção e da distribuição, em que até as finanças se destinavam a satisfazer necessidades, Teixeira Ribeiro dixit)
  • “podem confiar nos bancos”, i.é., podem confiar na banca, podem confiar nos banqueiros, podem confiar em nós (eu? um manguito…)
  • fusões? agora não, não é a altura de fazer/falar nisso, agora “cada um para si”… mas não faltaram piscares de olhos
  • os países emergentes são uma grande saída (ah!, Angola); os BRIC, grande invenção de um banco (dos falidos?) com o requinte de um lugar predestinado para cada "emergente" – o Brasil e a Rússia fornecedores de matéria-prima, a Índia e a China fornrcrdores de mão de obra e de consumidores – (ah! e a “família portuguesa”...)
  • e Obama e olé!, a grande carta de trunfo do momento (em 12 do painel do Expresso, totalidade pró-Obama!)
  • é sempre preciso alguém para dar confiança/ilusão (luta/confiança/esperança é outra coisa), é sempre preciso falar de mudança para que se adie a inevitável ruptura.

12 comentários:

Anónimo disse...

-Dormi mais descansado fiquei a saber que o aval dado por todos nós a Banca afinal não é para a infeliz - é um aval dado por nós a nós mesmo.
-E não é que o gajo tem razão!?!?

Anónimo disse...

è o que dá ser nabo em informática o anónimo sou eu.
aferreira

Maria disse...

Pois é, eles estão todos no barco deles, e nós no que nos emprestam, contra pagamento de bilhete, claro.
E Obama e olé e fica tudo resolvido e olé!
Ganda post!

Anónimo disse...

Deixo uma dica para investigação.... E que tal dar uma volta atrás do autocarro do CEF, em Ourém, em hora de ponta de manhã e à tarde!! O autocarro para em todo lado para apanhar cachopos que vivem a 5 metros uns dos outro, etc...

Sérgio Ribeiro disse...

a. ferreira - um aval dado por nós mesmos a nós mesmos sobre o que nos foi emprestado a nós mesmos com o dinheiro que é de nós mesmos. E não é que os gajos têm razão!
maria - dormiste descansada como o a.ferreira? Pois eu não. foi uma noite agitada. Fartei-me de andar de barco, outros e eu a remarmos e os gajos a apanhar banhos de sol, e o Obama e olé.

Anónimo disse...

-Pois claro tens de remar se queres chegar a outra margem; e ainda tens de garantir a estabilidade do caíco além de antes lhes teres dado coletes de salvação...isto é que é ser generoso.Vamos todos para o Céu...tá garantido.
aferreira

Anónimo disse...

Foi um programa de banqueiros para banqueiros. Reparaste na assistência, lá estavam mais uma data deles. Até o Vara lá estava, porreiro pá!

Anónimo disse...

-Não foi antes uma aspirina misturada com um ansiolítico,jogos de espelhos se tentou passar a mensagem que são boa gente, um até ficou pobrezinho coitadinho... com as nacionalizações começou tudo de novo a pulso aquilo era um cheirete a suor e sangue dos outros que tresandava. Quanto ao do bcp não esta ali para falar sobre o desfalque da anterior administração e os paraísos fiscais não dava jeito....um programa de terapia para barqueiros foi o que foi...
aferreira

Fernando Samuel disse...

Eu não vi (felizmente) - é muito melhor vir aqui saber o que eles disseram...

Um abraço.

cristal disse...

Para mim prefiro acreditar em ET's, anjinhos do senhor e outras divindades :)))! Claro que estou a ironizar. Obrigada Sérgio. Mais uma vez a tua leitura clara e clarificante dos véus com que nos querem iludir o olhar.

Anónimo disse...

Eu gostei da forma como eles se mimaram, e aos seu futuros funcionários, quando lhes pedido que dissessem como pensavam ajudar os individados, blá blá blá, mais crédito, blá blá blá.
Tens razão quando dizes quae estamos no mesmo barco, nós a remar, e eles a banhos de sol.
Até quando?
abraço

Anónimo disse...

estou com a Maria e o Fernando Samuel.
ganda post, sim senhor!
beijocassssss
vovó Maria