Regresso do Congresso.
Dele quero falar, deixar aqui um ou dois apontamentos, uma ou duas fotografias. E sinto-me incapaz de o fazer sem, antes, uma muito singela homenagem de amigo, um querido gesto de solidariedade.
Para uns de nós, para uma família, o Congresso foi – também – um momento de indizível dor porque foi ali que a mãe e avó de quem estava com ela, a mulher e sogra de quem, a poucos metros, acompanhava como delegados, perdeu a vida, deixou para sempre o seu convívio; para outros de nós, entre os quais me conto, sentimos o choque brutal, quisemos ter o gesto que tudo mostrasse, a palavra que tudo dissesse, da amizade, da solidariedade, e nada fomos capazes de fazer, de dizer. Porque nada havia para fazer, porque nada havia para dizer! Só o quieto gesto, só a calada palavra.
Na véspera, tínhamos almoçado todos, em grupo ligado aos blogs, e calhara vir à conversa uma história linda, de um amor de quarenta anos, começado de maneira dramática, na guerra colonial. E como nos enternecêramos a ver, no outro canto da mesa, os protagonistas da linda história de amor, contada por um filho desse amor, enquanto brincávamos com uma neta, ficámos chocados, brutalizados, com a terrível tragédia daquela manhã do segundo dia em que todos estavam, em que todos estávamos. Amigos. Camaradas. Em que perdemos uma.
Dele quero falar, deixar aqui um ou dois apontamentos, uma ou duas fotografias. E sinto-me incapaz de o fazer sem, antes, uma muito singela homenagem de amigo, um querido gesto de solidariedade.
Para uns de nós, para uma família, o Congresso foi – também – um momento de indizível dor porque foi ali que a mãe e avó de quem estava com ela, a mulher e sogra de quem, a poucos metros, acompanhava como delegados, perdeu a vida, deixou para sempre o seu convívio; para outros de nós, entre os quais me conto, sentimos o choque brutal, quisemos ter o gesto que tudo mostrasse, a palavra que tudo dissesse, da amizade, da solidariedade, e nada fomos capazes de fazer, de dizer. Porque nada havia para fazer, porque nada havia para dizer! Só o quieto gesto, só a calada palavra.
Na véspera, tínhamos almoçado todos, em grupo ligado aos blogs, e calhara vir à conversa uma história linda, de um amor de quarenta anos, começado de maneira dramática, na guerra colonial. E como nos enternecêramos a ver, no outro canto da mesa, os protagonistas da linda história de amor, contada por um filho desse amor, enquanto brincávamos com uma neta, ficámos chocados, brutalizados, com a terrível tragédia daquela manhã do segundo dia em que todos estavam, em que todos estávamos. Amigos. Camaradas. Em que perdemos uma.
9 comentários:
Ficou por ser dita a palavra porque a voz se engasgou.
Ficou por dar o abraço que só se sentiu, tal a brutalidade e o choque.
Paralisados ficámos.
E nada mais consigo escrever, porque a água que me turva os olhos não deixa.
Abraços apertados a todos nós
Fica o abraço certo a todos quantos ficaram feridos neste choque brutal.
Aqui fica o meu abraço muito, muito solidário para todos os nossos amigos e camaradas.
Um sentido abraço e muita força, foi apenas o que consegui transmitir.
Foram momentos de dor e total impotência, uma paralisia total. Depois, uma mágoa desordenada de quem está ali inerte e não volta, de quem está ali…!
As horas passam, os dias surgem, a dor, a confusão é intensa, a incompreensão cresce. Dói ver uma Amiga e camarada de muitos anos partir.
Neste grande Congresso vi e senti uma forte onda de solidariedade, de uma dimensão que a todos comoveu, aquecendo como um forte e doce abraço, os camaradas enlutados.
Sérgio,
Ajudaste com as tuas palavras solidárias a superar a dor, sei que eles estão muito gratos.
GR
O abraço solidário e dorido para os amigos com quem, em alegria, almoçei no sábado, longe da dor que surgiria, inesperada e brutal, no dia seguinte.A vida na sua faceta implacável.
envio também um abraço inundado de força aos camaradas e amigos que mais sofrem... não tenho mais palavras perante a emoção atroz que senti
imenso e sentido abraço!
vovó Maria
Um forte e sentido abraço,aos camaradas amigos!
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