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Por mais que fechem os olhos e tapem os ouvidos. Por mais que a atirem para os cantos inferiores direito de páginas pares e se vangloriem de cumprir a sua missão informativa. Por mais que façam da informação a ridícula mascarada ao serviço dos "patrões",
a marcha continua!
Eles fazem de cegos, de surdos e de mudos, eles enterram a cabeça na areia, porque estão com medo. E, com medo, a besta é perigosa.
1. A visita ao Tarrafal, ao cemitério e ao campo
Foi o motivo central da visita. E confrontei, de novo, quer o enorme significado daquele lugar, quer a muito peculiar forma como os caboverdeanos continuam o legado de Amílcar Cabral, por vezes parecendo contrariar irremediavelmente o seu relevante contributo ideológico por via de um pragmatismo que é o oposto da prática social que escora o seu pensamento.
O campo de concentração do Tarrafal é um símbolo, e ter sido o lugar onde se realizou um simpósio internacional da Fundação Amílcar Cabral com a finalidade de contribuir para que o campo de concentração venha a ser património da Humanidade, tem o maior significado.
Embora à margem do seminário e um pouco atribulada – por motivo de horários de viagem e percursos –, a presença da URAP no cemitério e a declaração lida na sessão de encerramento do seminário, foi um aspecto que se releva numa iniciativa em que havia, da parte de alguns participantes, a costumada intenção de ter uma memória excessivamente selectiva.
Não será por idiossincrasia que muito me desagrada que a consulta ao “aparelho de busca” da net para saber informações sobre a Fundação Amílcar Cabral caia, sistematicamente, na Fundação Mário Soares-Dossier Amílcar Cabral…
E Mário Soares estava lá. Talvez sem as honrarias a que se julga com direito. Pelo menos da nossa parte, nem uma...
Não é nada agradável ver a minha cara nas páginas da blogosfera acompanhada do epíteto mediocridade e ler chamarem ovelha a quem procurou, primeiro serenamente, depois em crescendo de irritação, rebater o que teria levado um cavalheiro a assim me/nos tratar.
E, se resolvera não voltar ao assunto e desconhecer o fulano e suas elucubrações e insultos, ao desconhecimento junto desprezo… mas… mas o incidente, prolongado até à náusea, levou-me a fazer contas, com base na única fonte e na única abordagem possíveis.
Embora quando se atira barro (ou matéria semelhante) à parede algo lá possa ficar agarrado, não o faço para “me limpar”. Faço-o para tornar acessível informação, com rigor e sem intenção de auto-avaliação. Com toda a objectividade, deixo, neste quadro, os dados desta legislatura até 11 de Janeiro de 2005, data em que saí do Parlamento Europeu, relativos aos deputados portugueses, com duas notas prévias, sem comentários e apenas duas observações.