quarta-feira, maio 13, 2009

Os fios da meada

Quando se começou a vislumbrar[1] que o “caso Freeport” tinha, inevitavelmente, que ser desbloqueado[2] – por mais bloqueado que estivesse… –, a minha primeira reacção foi a de que não haveria primeiro-ministro que resistisse a tais sucessos[3]. Para mais, com os “rabos de palha” que já o adornavam.
Foi reacção em conversa caseira, com a minha “opinião pública”, e sublinhe-se que não fiz do caso motivo de outras conversas. Que o tempo corresse... e nada me apelava a comentar os eventos noutras paragens que não as domésticas.
Como isso foi há meses, agora que tanto me convida a trazer o tema a este espaço, dir-me-ão que – mais uma vez!? – me enganei. E eu direi que não, que – desta vez!? – não.
Como sempre faço, e não é por defesa própria ou "caldos de galinha", fujo a dizer prazos. A dimensão tempo é elástica. Quem já viveu décadas tem uma medida, umas escalas, que são incompreensíveis para quem, de adulto, está na infância ou adolescência.
Acabo de "ouver" o debate na AR com o primeiro-ministro, e venho aqui dizer que não há primeiro-ministro e governo que resista ao “caso Freeport” e seus desenvolvimentos. E não só ele. Também o ministro da justiça, e os outros que em ministros estão.
Podem ripostar-me com sondagens ou, até, num futuro próximo, com resultados eleitorais. Está bem… fico na minha! Não têm safa nenhuma. Já só estrebucham. Por quanto tempo? Sei lá. Sei que já estão na História. E não é pelo Tratado de Lisboa, nem pelo jogging.
Há coisas que salpicam, há outras que se entranham.
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[1] - ou lobrigar ou outro verbo qualquer…
[2] - não sei se os verbos adequados serão bloquear e desbloquear mas também não importa muito e o facto é que estou reticente quanto a verbos…
[3] - não é só com os verbos que estou reticente… faltam-me as palavras indiscutivelmente certas.

3 comentários:

samuel disse...

Lindo!!!

Abraço.

Maria disse...

Hoje cortei-me ao debate na AR. Só vi "excertos".
Num país decente, qualquer um, o pm já tinha ido à vida. Aqui é o que se vê.
Parece que o dinheiro (afinal) paga (quase) tudo...

Abreijos

Anónimo disse...

O país é decente, o governo é que é indecente
Penso eu de que... anda tareco, anda bobi.

Campaniça