sábado, maio 02, 2009

Tele-gramo para VM

Vital

Parabéns.

Objectivo alcançado.

Aqui, na capital de Cabo Verde, ao pequeno almoço, os 40 da URAP que vieram homenagear os tarrafalistas, apenas falavam da tua provocão e dos pedidos de desculpa do CdaS.
Se por aqui encontrar o "mestre " Mário Soares, encontro de que fujo, dir-lhe-ei do bom aluno que mostras ser.
Breve nos encontraremos e dir-to-ei de viva voz, com a certeza que, da minha parte, não responderei a provocações tuas.

15 comentários:

Anónimo disse...

E lá fica o "piqueno" triste, sem alcançar o efeito pretendido. Ele que tanto se esforça.

Campaniça

Cs disse...

Nas sondagens para o Parlamento ninguém o conhece mas nas provocações é mais conhecido do que o tremoço.

GR disse...

Tarrafal, uma palavra tão forte.
Porém, há quem não a respeite!
Gostei de te ler.
Um abraço a todos os camaradas que contigo estão.

Um bj de saudades,

GR

Maria disse...

Porque é que me lembrei disto:

http://ocheirodailha.blogspot.com/2008/05/o-bombista.html

?

Abreijos

sf disse...

essa de a presença de Vital Moreira na celebração do 1º de maio ser uma provocação não lembra ao diabo. mesmo que fosse provocação – o que não creio que tenha sido –, a presença dele não justifica e menos legitima a agressividade e a boçalidade com que foi tratado por umas quantas pessoas – chamaram-lhe «traidor», «cabrão» e «filho da puta» e houve intimidação física.
pelo modo como trataram Vital Moreira, uns quantos fizeram pela degradação da celebração do 1.º maio o que a presença dele alguma vez podia ter feito. a não ser que se entenda que a celebração do 1º de maio é um direito especial de corrida, só de alguns. é que dizer «ele é um provocador, não tinha nada que vir aqui», como alguém disse na circunstância, não é grave, é gravíssimo. porque é uma afirmação que pretende excluir e negar a liberdade de outrem. uma coisa é a presença de Vital Moreira não ter agradado ou ter incomodado algumas pessoas. outra é o direito inalienável dele a estar onde esteve. para mais numa manifestação pública cuja organização, tanto quanto sei, não definiu quem quer que seja como persona non grata. bem esteve a jovem que interrompeu a malta assanhada que estava à volta de Vital Moreira, gritando, entre outras coisas, «a democracia é de todos». como se fosse preciso lembrar tal princípio elementar.
no caso, o que é verdadeiramente triste é que a liberdade de alguém tenha suscitado as reacções que suscitou. e que, em face do que aconteceu, a mensagem do 1º de maio tenha sido secundarizada no espaço mediático. o que é mais um motivo para que, mesmo que a presença de Vital Moreira tivesse tido uma intenção provocatória – o que, repito, não creio –, não terem reagido à provocação. quanto mais não seja porque algo mais do que uma provocação eventual estava a ser celebrado na circunstância.

GR disse...

SF,

aprenda esta canção e não escreva tanto.

http://www.youtube.com/watch?v=kDME7QHJNTc&eurl=http%3A%2F%2Fradiomoscovo%2Eblogspot%2Ecom%2F&feature=player_embedded

GR

Nocturna disse...

Um grande abraço amigo,
Desde o Estoril até Cabo Verde.
Quando ao outro, não escrevo nem uma palavra.
Se acaso passar por ele aí numa qualquer rua de Lisboa, dir-lhe-ei calmamente o que penso.
Publicidade à minha custa ?
Era o que me faltava !!
Um grande abraço
Nocturna

samuel disse...

Sucinto e claro, como deve ser um telegrama! :-)

Abraço.

Fernando disse...

E já viram a posição de dirigentes do BE a defender a linha do PS e a exigir um pedido de desculpas do PCP? O melhor é que no prório vídeo da RTP aparecem dirigentes do BE nos incidentes!

Aconselho verem este EXCELENTE post:
http://salvoconduto.blogs.sapo.pt/80503.html

Vejam entre os segundos 16 e 22.

Há gente do Bloco que devia ter vergonha e perdeu uma excelente oportunidade de ficar calada em vez de destilar o seu já habitual ódio anticomunista. E falo da atitude deplorável de Daniel Oliveira no Arrastão.

Antuã disse...

pode ser que o tiro saia pela culatra. Os portugueses já estão cansados que os tratem como lorpas.

nuno leite disse...

Felizmente, os "Tugas" estao a deixar de o ser. Ha algo a dizer, digamos, mesmo com gestos, violentos por vezes. Melhor assim, creio. Nao acham, voces que tanto criticam e pouco fazem, que um estalo vos acorda durante tempos? Sergio, meu Amigo&mais, muito mais, vai-te a eles. Alias, deixa-os poisar... Depois se vera... Triste realidade, a de alguns... Beijo enorme em ti. A luta continua.

Sérgio Ribeiro disse...

Para todos, abraços aqui de longe. Também para o SF, a quem respnodo após rapidissima leitura do seu comentário. E respondo com umas perguntas:
o VM esteve na manifesdtação do 1º de Maio de amo passado?
esteve na de há dois anos?
esteve na de h très anos?
e um comentário a juntar ao tele-gramo:
lamento, sem qualquer hipocrísia, o que aconteceu.
Não devia ter acontecido! Às provocações com fitos de protagonismo eleitoral, como acho que esta foi, deve responder-se com a maior calme e indiferença.
Por agora é tudo, e acho que estamos a ir na onda desejada de protagonismo, de vitimização e de anatematização de um colectivo a quem o que menos serve são situações destas e bem gostaria de as poder evitar!

sf disse...

ó camarada amigo, não me parece que por via da resposta a tais perguntas seja possível afirmar que o facto de este ano, no âmbito de uma comitiva do ps, Vital Moreira ter ido cumprimentar os dirigentes da cgtp tenha sido uma provocação. provocação no sentido rasteirinho. provocação no sentido ordinário e canalha. aliás, dado o precedente da presença dele este ano, se no próximo ano Vital Moreira tornar a fazer parte da comitiva do ps que irá apresentar os comportamentos da praxe será provocação?

provocação teria sido se, na circunstância, Vital Moreira tivesse tido um comportamento ou feito declarações com o propósito de invectivar. o que não sucedeu. presumo mesmo que os dirigentes da cgtp, que sabiam da presença de Vital Moreira na comitiva referida, não tenham suscitado reserva alguma em relação a isso. quanto mais não seja por uma saudação de cortesia ser uma saudação de cortesia, não ser uma manobra provocatória.

o que não ilude o facto de a presença de Vital Moreira ter tido um motivo óbvio: ele ser o cabeça de lista do ps na eleição para o parlamento europeu próxima. ora isto não é provocação, é o que é. goste-se ou não.

mais. o facto de alguém sentir-se provocado não significa que tenha havido provocação. significa, sim, que alguém se sentiu provocado. tão só. o que é algo diferente. porque sentimentos são sentimentos, provocações são provocações.

já agora, aqui, no segmento entre 2:10 e 2:45, parece-me, há um exemplo de civismo. alguém aproveitou a presença da comitiva socialista para afirmar a sua posição. com veemência. não necessitou de insultar ou intimidar fisicamente Vital Moreira. não necessitou de colocar em causa a liberdade dele.

se tivesse sucedido apenas isto, não teria sido proporcionada a oportunidade a Vital Moreira de fazer a manobra calimero que fez após as cenas lamentáveis. e quase de certeza que as questões do desemprego, dos despedimentos, dos salários em atraso, do layoff, do emprego precário e aí por diante, questões may day, autenticamente may day, teriam tido maior difusão mediática e atenção pública. assim, como consequência do que aconteceu, foi montado o circo mediático e histérico do costume. a que se associou o espectáculo de variedades sobre exigências de desculpas, apresentação de desculpas e mais não sei o quê. do may day, may day, do alerta do dia, pouco ficou. sobretudo porque uns quantos não respeitaram a liberdade de outrem. algo tão elementar e fundamental. de qualquer um de nós. inclusivamente de quem toma ou afirma posições de que discordamos.

Sérgio Ribeiro disse...

Grande abraço, Nuno!
Quanto à réplica do SF apenas digo que o que mais me irrita, e aquilo a que chamo provocação, é precisamente o que impede que o dia 1 de Maio de 2009 tenha sido o que deveria ter sido, mas o que foi - e está a ser pela ida do sr. Vital Moreira (e seu aproveitamento), e por quem ter havido quem não teve a serenidade e o discernimento que devria ter, e que era indispensável que se tivesse, relativamente ao que sentiu como uma provocação.

Sérgio Ribeiro disse...

Foi ainda em Cabo Verde, numa rápida (e contra-relógio) passagem pelo acesso à internet que escrevi o "comentário" anterior. Por isso - e pela minha azelhice, facilmente detectável quando não revejo a "prosa"... - saiu um bocado confusa. Aqui vai nova, e revista, e aumentada, edição:

Grande abraço, Nuno... aquele Amigo&mais tocou-me muito cá dentro e, sabes!, tem total retribuição.
Quanto à réplica do SF, em tréplica apenas digo que o que mais me preocupa e irrita é aquilo a que chamo (e reitero) provocação. É precisamente o que impede que o dia 1 de Maio de 2009 tenha sido o que deveria ter sido. É ter passado a ser o que provocou a ida do sr. Vital Moreira (e sequente aproveitamento dos incidentes), em busca de proganismo eleitoral, espúria e desafiante em relação a uma das tendências predominantes na central sindical.
E, também, lamentando-o reiteradamente, ter havido quem não teve a serenidade e o discernimento que deveria ter tido - e que era indispensável que tivesse - relativamente ao que sentiu como uma provocação. Ao que se sente como provocação não se responde... se se for capaz. E tem de se ser capaz! Até porque dá este resultado...

E que tal "uma conversinha a ponto solto" sobre o que é e o que não é provocação, limites e fronteiras?