Tem-se referido a crescente importância da abstenção, dos votos brancos e nulos nestas “europeias”. Trata-se, na verdade, de motivo de reflexão. Deixo apenas breves comentários sobre cada uma destas expressões de voto, da democracia representativa.
A abstenção traduz a ausência de pedagogia política (ou só cívica), ou denuncia, até, deliberada prática anti-pedagógica, reflecte uma demissão do poder instalado de trazer os cidadãos ao gesto mínimo de participação que é escolher os seus representantes, por via de uma desinformação e informação viciada, perversa. E não é nova esta tendência para a abstenção e tanto mais quanto a escolha tem a ver com representantes para longínquas instâncias de poder, onde mais se comprova a falta que faz a informação, a carência da indispensável pedagogia cidadã. Informação e pedagogia cidadã que não serve o poder e os poderosos, poder e poderosos que, por isso, as desvirtuam e manipulam já que à comunicação não podem fugir e dela se servem desmesurada e despudoradamente.
O voto em branco atingiu valores impressionantes nestas eleições. Daria para eleger um deputado! Os eleitores, perante a lista de voto, deliberada e conscientemente, protestaram contra a situação que estão a viver – e também, inconscientemente, contra a informação que têm – e entregaram-na em branco. Quase 165 mil eleitores e de 5% dos votos expressos são um libelo contra a democracia representativa tal como o poder financeiro a utiliza ao seu serviço, e são, também, uma confissão de falta de informação. Informem-SE!
O voto nulo, que também vai crescendo votação a votação, pode ter várias causas. Algumas próximas das da abstenção e do voto nulo, outras derivadas de erros motivados por iliteracia ou falta de informação estritamente politica. A propósito, em ficções de cordel, conto mais uma história de exemplo... que, como toda a ficção, tem uma base real, vivida.
O voto em branco atingiu valores impressionantes nestas eleições. Daria para eleger um deputado! Os eleitores, perante a lista de voto, deliberada e conscientemente, protestaram contra a situação que estão a viver – e também, inconscientemente, contra a informação que têm – e entregaram-na em branco. Quase 165 mil eleitores e de 5% dos votos expressos são um libelo contra a democracia representativa tal como o poder financeiro a utiliza ao seu serviço, e são, também, uma confissão de falta de informação. Informem-SE!
O voto nulo, que também vai crescendo votação a votação, pode ter várias causas. Algumas próximas das da abstenção e do voto nulo, outras derivadas de erros motivados por iliteracia ou falta de informação estritamente politica. A propósito, em ficções de cordel, conto mais uma história de exemplo... que, como toda a ficção, tem uma base real, vivida.
2 comentários:
Nunca entendi muito bem estes votos.
Estão cada vez mais desacreditados de tudo? não concordam com nenhum partido ou coligação? haverá preguicite aguda devido, ao egoísmo das pessoas.
Conheço muita gente que não foi votar. Durante o ano protestam, incentivam as pessoas para a revolta e luta anarquizante. As pessoas, os outros, eles não!
Deve haver estudos sociológicos sobre esta matéria, eu chamo-lhes oportunistas.
È importante ler os teus contos sobre como votam algumas pessoas, para que em cada terra possamos estudar melhor este problema.
GR
O teu SE é muito significativo.
A maior parte das pessoas tem como fonte de informação a TV. Os jornais são lidos no café, quando se lêem, porque são caros para o baixo poder de compra da maioria do povo.
Se fosse possível, cada um de nós,
"esquecer-se" de toda a informação e formação que já tem e, além disso, ficar apenas com acesso à TV, também teríamos dificuldades, de toda a espécie, para exercer o dever cívico de votar.
Esta é apenas uma tentativa de tentar compreender (não justificar) os 165.000 votos desperdiçados.
Campaniça
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