“Em causa nas eleições de 7 de Junho estará a possibilidade de dar expressão política e eleitoral à necessidade urgente de ruptura com a política de direita que tem presidido à actuação do Governo PS e à intervenção de PS, PSD e CDS no Parlamento Europeu”
(da Declaração Programática do PCP para as Eleições Europeias de 2009)
Resultado:
PS, PSD e CDS passaram de 83,0% dos votos em 2004 para 66,7% dos votos em 2009 e de 21 deputados para 17 deputados. Sobretudo o PS, protagonista maior da política de direita na actualidade, perdeu 566 mil votos, 18,8 pontos percentuais e 5 deputados, independentemente de menos dois deputados portugueses pois o 23º seria da CDU e o 24º seria do PSD, pelo que, a não ter havido a redução, haveria 9 deputados do PSD, 7 do PS, 3 do BE, 3 da CDU e 2 do CDS.
Observações:
1. A questão do lugar no leque partidário tem grande impacto psicológico. O 4º lugar da CDU tem de ser encarado com toda a frontalidade. Em nada pode diminuir a satisfação (e a alegria) justificada pelos resultados muito positivos da coligação em todas as outras considerações. O PCP, e as coligações que este anima, já foi 4ª força partidária em vários momentos, desde 1976, ou com o CDS ou o PRD como 3ªs. forças.
2. Analisando as votações no espaço nacional importa sublinhar que, em relação a 2004, a subida da CDU foi de 22,7%, em todos os distritos e regiões autónomas, quando em 2004, em relação a 1999, apenas a R.A. da Madeira crescera. Os 5 distritos (e R.A) de maior crescimento, acima dos 60%, são Viseu (82,9%), Vila Real (75,7%), Guarda (66,4%), Bragança (62,8%) e Açores (62,7%); entre os 5 distritos com menos crescimento, ainda assim relevante – Beja (17,2), Lisboa (12,9%), Évora (12,1%), Portalegre (11,7%) e Setúbal (7,1%) – estão os três distritos em que a CDU tem o 1º lugar (Beja, Évora e Setúbal) o que pode reflectir uma estabilidade de eleitorado CDU.
3. Não se devendo extrapolar resultados eleitorais para eleições diferentes, um mero exercício com estes números levaria a que, em legislativas, a CDU elegeria 23 deputados – 7 em Lisboa, 5 em Setúbal, 3 no Porto, 2 em Beja e 1 em Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro e Santarém, enquanto o BE teria menos 5 deputados.
4. Numa Assembleia da República a partir desta votação, haveria 41 deputados (23 CDU e 18 BE) que não seriam deputados dos três partidos identificados como responsáveis pela política de direita desde 1976, o que não tem nada a ver com política de alianças mas as condições concretas em que a luta continua no contexto das decisões programáticas.
(da Declaração Programática do PCP para as Eleições Europeias de 2009)
Resultado:
PS, PSD e CDS passaram de 83,0% dos votos em 2004 para 66,7% dos votos em 2009 e de 21 deputados para 17 deputados. Sobretudo o PS, protagonista maior da política de direita na actualidade, perdeu 566 mil votos, 18,8 pontos percentuais e 5 deputados, independentemente de menos dois deputados portugueses pois o 23º seria da CDU e o 24º seria do PSD, pelo que, a não ter havido a redução, haveria 9 deputados do PSD, 7 do PS, 3 do BE, 3 da CDU e 2 do CDS.
Observações:
1. A questão do lugar no leque partidário tem grande impacto psicológico. O 4º lugar da CDU tem de ser encarado com toda a frontalidade. Em nada pode diminuir a satisfação (e a alegria) justificada pelos resultados muito positivos da coligação em todas as outras considerações. O PCP, e as coligações que este anima, já foi 4ª força partidária em vários momentos, desde 1976, ou com o CDS ou o PRD como 3ªs. forças.
2. Analisando as votações no espaço nacional importa sublinhar que, em relação a 2004, a subida da CDU foi de 22,7%, em todos os distritos e regiões autónomas, quando em 2004, em relação a 1999, apenas a R.A. da Madeira crescera. Os 5 distritos (e R.A) de maior crescimento, acima dos 60%, são Viseu (82,9%), Vila Real (75,7%), Guarda (66,4%), Bragança (62,8%) e Açores (62,7%); entre os 5 distritos com menos crescimento, ainda assim relevante – Beja (17,2), Lisboa (12,9%), Évora (12,1%), Portalegre (11,7%) e Setúbal (7,1%) – estão os três distritos em que a CDU tem o 1º lugar (Beja, Évora e Setúbal) o que pode reflectir uma estabilidade de eleitorado CDU.
3. Não se devendo extrapolar resultados eleitorais para eleições diferentes, um mero exercício com estes números levaria a que, em legislativas, a CDU elegeria 23 deputados – 7 em Lisboa, 5 em Setúbal, 3 no Porto, 2 em Beja e 1 em Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro e Santarém, enquanto o BE teria menos 5 deputados.
4. Numa Assembleia da República a partir desta votação, haveria 41 deputados (23 CDU e 18 BE) que não seriam deputados dos três partidos identificados como responsáveis pela política de direita desde 1976, o que não tem nada a ver com política de alianças mas as condições concretas em que a luta continua no contexto das decisões programáticas.
13 comentários:
Enquanto vão falando da CDU que "ganha perdendo", é evidente que também sabem fazer estas contas. O cagaço é, portanto, bastante grande. Nos próximos tempos há que ter cuidados especiais com a ferocidade inprevisível, tipica dos bicharocos em pânico...
Abraço.
Seguem vários ´´´´´, que farás o favor de colocar, um, em "tipica" e os outros, em futuros comentários onde fatalmente virão a fazer falta.
Abraço.
É isso mesmo Sérgio! claro que ainda alimenta mais a motivação e já sabemos há muito tempo que este ano, para nós milititantes seria muito exigente no trabalho, no esclarecimento, na luta, mas com muita alegria, força e convicção! estou de acordo com o Samuel, os ataques vão intensificar-se...
abraços
A propósito de uma troca de posts que protagonizou com A. Teixeira (http://herdeirodeaecio.blogspot.com/), em que o tema era a prestação dos deputados europeus representantes de Portugal, segundo uma avaliação de desempenho no site parlorama.eu, em que o Sérgio Rodrigues e os seus zelosos comentadores apelidaram de calhau e outros mimos semelhantes o dito A. Teixeira, gostaria de saber quais os seus comentários ao artigo do último Avante – “Actividade do PCP reconhecida – Deputados 5 estrelas”
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=29334&area=8
Não sei quem é A.Teixeira, não sei quem é Sofia, sei que sou Sérgio Ribeiro e não Rodrigues.
Como encerrei publicamente esta questão, respondi a esta interlocutora, que se me dirigiu em termos correctos, por via e-mail, e pedi-lhe que lesse o meu post de 8 de Maio.
Espero não ter de voltar, aqui, ao assunto.
Peço desculpa por me ter enganado no nome, Sérgio Ribeiro. Quanto a não saber quem eu sou ou quem é A. Teixeira, de facto deve saber tanto como eu sei quem é Sérgio Ribeiro.
Uma pequena correcção, para si, que não me conhece: foi Sérgio Ribeiro quem me contactou via e-mail, para me esclarecer sobre um post que eu tinha escrito, a quem respondi "em termos correctos", com sempre faço, e não eu que me dirigi ao Sérgio Ribeiro, como se deduz pela maneira como redigiu o comentário.
Quanto à sua não resposta, foi mais eloquente que um discurso. Estou esclarecida.
Isto é mesmo uma (des)conversa, ou uma conversa, se conversa fosse, cheia de préjuizos!
Vamos lá a dividir orações.
Arrumo de outra maneira a frase que escrevi, e que tinha as vírgulas todas nos sítios (o que nem sempre acontece):
"Como encerrei publicamente esta questão, respondi por e-mail (agora, hoje!) a esta interlocutora, que se me dirigiu em termos correctos (agora, hoje!), e pedi-lhe que lesse o meu post de 8 de Maio".
Ficou claro?
Quanto à "minha não-resposta" - i.é. à resposta que enviei (agora, hoje!) por e-mail e que a minha interlocutora terá recebido - não tenho esperança de a convencer que eu tenha sido mais que um deputado medíocre, uma vergonha para o meu Partido, de tal modo já me julgou e condenou. Paciência. Sobreviverei até porque tenho trabalho objectivo que me tranquiliza totalmente a minha consciência
Mas porquê tanta má vontade? Porque não se pergunta essa interlocutora, a si própria, o que a faz tão azeda em relação a alguém que não conhece e que nunca a terá tratado mal?
A CDU subiu mais 70 mil votos, são votos consistentes.
Em relação ao BE houve uma transferência de votos. A deslocação de um eleitorado que na sua maioria nunca votará no PCP, pela simples razão que são anticomunistas. Justificação de muitos eleitores que querendo ter demonstrado o desagrado com a politica de direita do PS, votaram BE. Contudo não se pense que continuarão a fazê-lo. Há um desgaste dos partidos de direita, no nosso país. Não se verificando no resto da Europa, o que (para mim) é muito preocupante.
Com esta votação a CDU saiu mais forte, reforçou o seu eleitorado. A continuação do trabalho é uma prioridade.
Ou seja, a CDU está de parabéns!
GR
Sou da opinião que o BE ganhou com a deslocação de votos de descontentes com as políticas do PS (que votaram PS nas eleições de 2004).
Estes eleitores podem voltar a votar PS, caso o mesmo partido volte a ser oposição e fizer um discurso de esquerda, como fez durante o governo de Durão Barroso/Santana Lopes.
Sobre as tendências de voto, há poucos dias li um post interessante deixado por alguém que tinha sido BE, mas que a partir destas eleições começou a votar CDU. Entre algumas razões evocadas, estão a situação na Câmara Municipal de Lisboa, com o vereador Sá Fernandes e a falta de ideologia deste partido.
Embora o BE tenha mudado muito o discurso político e conquistando votos ao PS, creio que a CDU sobe e mantém o seu espaço político, para grande drama de muitos simpatizantes do capitalismo e do imperialismo americano.
De facto, a mediocridade de Sérgio Ribeiro reside na forma como reage a estas situações. Se era tão frontalmente contra aquele tipo de avaliação de desempenho, porque não o continua a assumir, agora que foi o Avante a aproveitar-se dela em termos elogiosos? Passou a concordar? Então o que tem a dizer do seu próprio desempenho? Continua a discordar? Então porque não mimoseou o autor do artigo do Avante com os mesmos adjectivos com que tinha mimoseado o outro bloguer? Ou será que retira as críticas que fez a A. Teixeira – leviano, preconceituoso e enfatuado, o resto é ou analfabetismo, ou iliteracia, ou ignorância, ou estupidez, ou má-fé, ou um pouco de tudo, etc.?
http://defenderoquadrado.blogs.sapo.pt/
Esta Médica filha do General Loureiro dos Santosinsiste naquilo que penso já ser uma difamação mas vá-se lá perceber porquê
Congratulo-me por haver quem leia tão atentamente o avante! que lá consiga descortinar que me chama medíocre, que lá se avalie tão severamente a minha "prestação" que envergonhe o Partido, únicas motivações da reacção que tive relativamente a outros escritos.
Quanto ao tipo de avaliação, aos critérios, não alterei - nem alterarei - uma palavra ao que disse pelo facto de o avante! os ter utilizado. A minha admiração e o meu respeito pelo trabalho dos meus camaradas Ilda e Pedro não precisa para nada de comprovantes de duvidosa credibilidade e pouco rigor.
À Dra. Loureiro dos Santos, que acaba de me ser apresentada, já respondi, por e-mail, como me pareceu curial e como julguei que merecia a então desconhecida (não que a referência à paternidade acrescente alguma coisa), com toda a correcção e fora desta "praça pública" onde falsos discretos mostram exuberantemente o que os motiva.
onde falsos discretos mostram exuberantemente o que os motiva.
Desenvolva por favor que não compreendi
Cumprimentos
O Discreto tem nome e chama-se Paulo
Cumprimentos
E de facto a Senhora é filha do General, assim já se apresentou.
Mas como há assuntos dos quais nem vale a pena falar subscrevo o que disse, até porque vozes de burro não chegam ao céu
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