sexta-feira, junho 26, 2009

Mais reflexões lentas... e sem compromisso

Outra das expressões com talvez maior significado nas eleições para o Parlamento Europeu está na(s) abstenção(ões) verificada(s) e nos votos nulos.
Nos números destas votações (ou ausências de votações) se pode encontrar a forma como largas massas de votantes manifestaram a sua desilusão… por se terem iludido com a fachada representativa da democracia burguesa, com uso e abuso da demagogia e da manipulação, assim descredibilizando a democracia por diminuição até ao zero, ao nada, da vertente participativa.
Em reforço desta interpretação, ela parece particularmente curial se se centrar a análise nos países que do final da guerra até aos anos 80 procuraram vias de socialismo e que, depois de várias quedas (e trambolhões) e da adesão à União Europeia – com o “entusiasmo” da chegada
do voto igual a "democracia"… –, observam taxas de abstenção acima de 70% - República Checa e Eslovénia, 72%, Roménia, 73%, Polónia, 76%, Lituânia, 79%, Eslováquia, 80%!
Faz pensar, não faz? A mim faz, mas deve ser defeito meu...

7 comentários:

samuel disse...

Talvez estejam a descobrir (da pior maneira) que não era bem isto que queriam...

Anónimo disse...

não, bom bom era levar porrada!

linhadovouga disse...

Faz pensar que descobriram a coisa em concentrado e em overdose...

O Puma disse...

Ainda estão

estamos a tempo

de quebrar a indiferença

João Carlos disse...

60 economistas lançam manifesto pelo emprego:

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1388944&idCanal=57

cristal disse...

Sem compromisso, tu? Desde quando? :)))

Pedro Bala disse...

Pedimos a todos os blogues que se unam à solidariedade com o povo hondurenho e que ajudem a romper o bloqueio informativo sobre o que se passa naquele país. Publiquemos este comunicado e divulguemo-lo entre os blogues amigos. Alerta que caminha a espada de Bolívar pela América Latina!

Este blogue condena o golpe de Estado nas Honduras e solidariza-se com o povo hondurenho e com o legitimo presidente Manuel Zelaya. Nesta madrugada, um grupo de militares golpistas invadiu a Casa Presidencial e sequestraram o presidente daquele país. A ministra hondurenha dos Negócios Estrangeiros e os embaixadores de Cuba, da Venezuela e da Nicarágua foram sequestrados à margem da convenção internacional que protege e dá imunidade aos diplomatas. Os militares ocuparam as ruas e avenidas das Honduras. Ocuparam os meios de comunicação social e cortaram a distribuição de electricidade.

Esta foi a resposta da oligarquia à vontade do governo de convocar uma consulta popular para abrir uma Assembleia Constituinte que tomasse o povo hondurenho como protagonista da sua própria história. Manuel Zelaya pagou o preço de ter decidido seguir o caminho de uma verdadeira democracia. O golpe de Estado é tão ilegítimo que a Organização dos Estados Americanos e a União Europeia já condenaram aquela acção. Manuel Zelaya foi eleito pelo povo hondurenho em 2005 e o seu mandato termina no próximo ano.

Todos recordamos o golpe de Estado contra Salvador Allende e o povo chileno. Os militares liderados por Pinochet e pela CIA afogaram o Chile em sangue. Todos recordamos o golpe de Estado executado pela oligarquia venezuelana com o apoio do imperialismo contra Hugo Chávez e o processo bolivariano. Foi derrotado pela acção do povo venezuelano. E esse exemplo ecoou por todos os países da América Latina que nestes últimos dez anos decidiram seguir esse exemplo.

Portanto:

1. Exigimos o respeito pelo mandato do presidente Manuel Zelaya
2. Respeito pela vida e liberdade do governo, de todos os seus apoiantes e dos diplomatas
3. Respeito pela decisão de abrir um processo de consulta popular para constituir um referendo para constituir uma Assembleia Constituinte
4. Um apelo a que os militares estejam do lado do povo, do governo por ele eleito e não do lado da oligarquia e do imperialismo
5. Um apelo à unidade latino-americana em torno de processos democráticas que tenham os povos no centro do poder
6. Que o governo português condene de forma clara o golpe de Estado
7. Que a comunicação social portuguesa apresente as informações sobre os acontecimentos nas Honduras de uma forma objectiva