terça-feira, setembro 22, 2009

Reflexões lentas e curtas- 4 - A governabilidade como Poder aparente ao serviço do Poder real

1. Há partidos que são do Poder e partidos que o não são?
2. Não é o PCP um partido do poder?
.....a. Este PCP (O Partido com paredes de vidro)… e não outro
3. O Poder aparente e o real Poder

4. A governabilidade como Poder aparente ao serviço do Poder real

5. Ser Poder no Poder Local não conota como poder?
6. Partido e Poder – lutar contra a promiscuidade
.....a. Os maus exemplos.
.........i. Dos outros – hoje, aqui: PS no Poder Central/PSD no Local.
.........ii. Dos "nossos" – o mau exemplo dos últimos anos da URSS
7. O XIII Congresso (Extraordinário) 1990 – a lição que mais retive
.....a. A coragem e a lucidez
.....b. Uma das causas – Partido/Poder
.
A questão da governabilidade tem estado muito presente - e não só a partir desta campanha... - no debate político e no fundamento, ou pretexto, de algumas decisões ou projectos de, em Portugal.
Já próximo deste léxico começou por aparecer a ideia-frase, que nem conceito seja a ser, de (boa) governança, vinda das "Europas", com o pressuposto que está tudo arrumado, não há que discutir organização e natureza do Estado, arquivou-se a ideologia (ou substitui-se pela da economia de mercado e pragmatismo), há, sim, que governar bem a parir do que está assente e é fim da História.
É evidente que estas ideias não se formulam assim, mas estão escondidas no substracto do demagógico discurso político, do necessário multifacetado esforço para iludir as massas, que em democracia vivem ou julgam viver porque o Poder real lhes oferece o direito a votar periodicamente, informando-as selectiva e manipuladamente para que as escolhas não sejam arriscadas.
A questão da governabilidade coloca-se no "magno problema-alvo" do bi-partidarismo alternante ao centro, das vantagens das maiorias absolutas que a possibilite, à governabilidade, ou a facilite. Nesta actual campanha (duas em uma), os cenários têm sempre latente essa questão, e o espectro da ingovernabilidade por não haver maiorias, ou absolutas, ou de antemão concertadas entre personagens, que não de programas políticos e de políticas onde possam coincidir e compatibilizar-se.
Também assim é no Poder local, em que houve uns ameaços, preocupantes porque quem tem o Poder aparente na mão não é de desistir, e o Poder real que o comanda de desistir não é e pressiona sem olhar a meios para ter o que mais lhe convem, para manter a dominância na sociedade.
A governabilidade traduz-se, para o Poder aparente, em governar com habilidade por forma a dar satisfação ao Poder real, dos grupos financeiros.

2 comentários:

Justine disse...

Estás a dar-nos outro curso, desta vez de filosofia política?

Sérgio Ribeiro disse...

Curso?... de filosofia política?!
Não!
São só reflexões lentas e curtas cá para mim. Que coloco à disposição de quem tiver paciência (revolucionária) para me ler.