quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Balanço e pausa (ou vice-versa)

Desde Setembro 2005, há 4 anos e meio, tenho-me servido deste sítio para “dizer coisas”, para cumprir esta singela e irreprimível vontade de comunicar, de comentar, de intervir. Sem parança… nem mesmo quando me tiraram cá de dentro, do cólon, um objecto estranho e maligno.
Estão aqui 1800 mensagens (agora mesmo vi: 1799! e esta será a do número redondo), mais de 10 mil comentários.
O que começou por ser uma actividade de apoio à Livraria Som da Tinta, veio transformando-se na ocupação de espaços de intervenção, diversificando-se um tanto caoticamente, e aqui, no anónimo do século xxi, firmou-se o seu (epi)centro. Aqui, substitui o que foi uma colaboração regular nos jornais e um quase-diário "interno" que coleccionou milhares de páginas. Aqui, comentei à realidade, comuniquei (ah!, tanta ficou por comentar) e… serviu-me de catarse.
Nunca procurei dominar alguns pormenores técnico-gráficos mas, com a ajuda amiga de quem o faz, desde os últimos dias de Julho de 2009 passei a ter um contador. E, por isso, sei que, em 6 meses, tive 30 mil “visitors” e quase 60 mil “páginas visitadas”, o que, por dia, dá uma média superior a 150 “visitors” e a 300 “páginas visitadas”.
Não sei se é muito se é pouco, sei que sinto a responsabilidade.
E, porque estou pressionado por muita outra tarefa, sinto necessidade de… férias desta “postagem” constante. Até porque a conjuntura política está cada vez mais provocatória. E quero fugir a responder a provocações…
Não vou parar. Vou desacelerar (aqui) … e reflectir. Também sobre o que é o anónimo do século xxi.
Uns dias? Umas semanas? A ver vamos.

14 comentários:

Justine disse...

Fechas uma janela por onde se conseguia ver algum horizonte límpido...
Faz depressa o balanço:))

JC disse...

Más notícias...
Desejo que ganhe fôlego para outras e lições!

Luís Neves disse...

Eh lá! Que é isso aí! Podes descansar um pouco mas depois tomas um banho e voltas a levantar-te!
Até já

Fernando Samuel disse...

Não desaceleres muito...

Um abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Justine - ... mas eu não fecho nenhuma janela, estou a olhar por ela, e para ela... e a reflectir. Como sempre procuro!
JC -... mas não me sinto com falta de fôlego!
Luis Neves - ... mas eu até o o banho tomo de pé, oh pá... pelo menos por enquanto!

Sérgio Ribeiro disse...

JC - Você é alguma coisa ao outro Jota Cê?

Um abraço

hugo carrola disse...

Vai ser um balanço muito positivo, de certeza!

ficamos à espera dos seus ensinamentos e opiniões!

Um abraço solidário e fraterno.

Fel de cão disse...

Não acredito nesse abrandamento...Penso que as "coisas" em Portugal e no Mundo vão piorar... as injustiças,as atrocidades,a fome, a miséria absoluta...e não sei mais quê vêm a caminho. Quem não se silenciou em nenhuma ocasião não vai fazer isso agora. Uma das primeiras coisas que faço,quando chego a casa, é ver o que fez o único "anónimo" de que gosto e respeito. Não me vai fazer uma maldade dessas. Um abraço amigo e força.

Graciete Rietsch disse...

Custa-me muito a aceitar. Fazes-me falta.
Um beijo camarada. A "vitória é difícil, mas é nossa."

Anónimo disse...

Apetece-me dizer: " qual desacelerar, qual carapuça!".
E eu? Campaniça sem a Serra já é difícil... se me falta também o Anónimo Século XXI então é que falta o ar.
Não me conformo. Há amigos imprescindíveis.

Campaniça

Maria disse...

Reflecte. Tira o pé do acelerador mas não desaceleres...
Fica aqui. Connosco...

Um abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Hugo Carrola - obrigado pela confiança. A reflexão (e talvez experiências aqui) está em curso. Mashá uma tarefa com que me comprometi e é exigente...
Fel de cão - obrigado pelo comentário. É muito estimulante e essas palavras cairam-me fundo. Já agora... não queria, de modo nenhum, provocar uma "vaga de fundo" como alguns parecem precisar... Estou é com vontade de conversar consigo!
Graciete - obrigado, amiga e camarada.

Sérgio Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sérgio Ribeiro disse...

Campaniça - bemvindos ao sul (ah! Campaniça...). Mas onde é que a imprescinbilidade (grande palavra!) da amizade alguma vez esteve em causa?... nem a outra, sem complemento! Senti foi necessidade de me sentar (à sombra de um chaparro) à beira deste caminho percorrido e que tanto me absorve, a olhar para ele e a confrontá-lo com outras exigências. E, como sou transparente..., fiz logo aquela mensagem. Partilhei...
Maria (e Fernando Samuel que tinha ficado para trás) - tirar o pé do acelerador e continuar a acelerar?! Ah, a dialéctica, o sim e o não ao mesmo tempo, a luta de contráriospara andar para frente porque para trás mija a burra...

Abraços, camaradas