segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Da nódoa ao pântano *

Às vezes, dou por mim a surpreender-me com as minhas surpresas.
O que tem vindo a suceder frequentemente. Porque tudo parece "passar das marcas".
Então, quero parar. Para fazer balanço e pausa. Para avaliar o que está a acontecer. Talvez para tentar perceber porque me surpreendo. Para, depois, seguir em frente.
Mas dá no que se vê. Balanço pode haver, porque funciono em “inventário permanente”… mas pausa?! Qual o quê?! **
.
Há que estar suficientemente lúcido (que nunca é suficiente!) para perceber que não se pode entender os “outros”, aqueles..., a partir de critérios morais, éticos, dos que são os nossos.
Se nasci e cresci em ambiente de recusa da mentira, de respeito pela verdade, de transparência nas relações, como aceitar - como conviver com - a mentira, o truque, a sacanice, o despudor sitemático, o “vale tudo” como… normais?
Mais… como não perceber que o que se faz não é erro mas sim a coerente actuação ao serviço de fins antagónicos dos nossos, no estrito e respeitoso cumprimento (da falta) de regras?
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* - Gosto deste título de Fernando Madrinha no Expresso

** - Qual o quê? A (des)propósito:



6 comentários:

Maria disse...

Excelente reflexão, esta.
Acho que temos uma infinita capacidade de nos espantarmos (ou surpreendermos) porque a sacanice e a desvergonha é cada vez maior. É isso...

Um abraço.
(e gosto do Chico, sempre!)

samuel disse...

Este "Qual o quê" nunca vem a despropósito.

Abraço.

samuel disse...

...e a propósito, vens cá à Reforma Agrária na quarta-feira... ou qual o quê? :-)))

Abraço.

Curioso do Mundo disse...

Para o Samuel:não esquecer de lembrar,o assassiNATO do Caravela e do Casquinha.Perdoar a essa cambada?"Qual o quê"...

Abraço

Fernando Samuel disse...

E do pântano ao vómito...

Eu amanhã fujo para a Reforma Agrária, para respirar ar puro.

Um abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Maria - Houve tempos em que me vangloriava de ainda me surpreender. É isto...
Samuel - A propósito (sempre...), como já te disse, amanhã é mesmo impossível. E muito o lamento.
Curioso do Mundo - Esquecer? Qual o quê!
Fernando Samuel - ... e muito gostaria de estar convosco. É como se estivesse!