quarta-feira, fevereiro 24, 2010

"Liberdade de expressão", caneladas e outras malfeitorias

Não. Não andamos em circuito fechado, numa espécie de «academia das ciências blogueiras», entrecitando-nos, mas há que chamar a atenção para o modo como vizinhos, melhor que nós o fizemos ou faríamos, "agarraram" alguns temas ditos recorrentes. Depois de ter sentido a urgência de, sobre a liberdade de expressão, aqui trazer o cravodeabril, poucas horas depois é ea mensagem do samuel-cantigueiro, a propósito de coisas ditas por essa figura fantasmagória (o da Lei Barreto!, o suciólogo) a perorar sobre o tema:
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«(...) O sociólogo, que é pago para dizer coisas sobre as mais variadas coisas, desta vez veio tecer considerações sobre a “liberdade de expressão”. Apesar de ter descoberto que "Hoje em dia haverá 2.500 a três mil pessoas cuja função, no aparelho de Estado, é organizar a informação e fazer a agenda política. Na televisão, nos jornais, na rádio, há uma verdadeira agenda política feita à volta do Governo, pelas agências e gabinetes de comunicação», concluindo, «Isto chama-se condicionar a opinião pública», acrescenta logo que, nomeadamente, porque é livre de escrever estas coisas nos jornais, «vivemos num país em que reina a liberdade de expressão».
Não fosse dar-se o caso de nós, os estúpidos, não entendermos a mecânica da coisa, acrescenta decididamente: «Não é verdade que condicionar a opinião pública seja a mesma coisa que retirar a liberdade de expressão».
Pois. Pode ser que não seja, doutor. Também dar grandes pontapés nas canelas e nos joelhos de alguém, não é a mesma coisa que retirar-lhe a liberdade de andar... mas dificulta como o raio que o parta, doutor!»
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Obrigado, Samuel, também pela autorização que não te pedi...

9 comentários:

Antuã disse...

Espalharemos por toda a parte!...

Anónimo disse...

Como sabemos que a "democracia" tão defendida pelo PCP está podre, aparecem agora a "reflectir" sobre a liberdade de expressão "nesta democracia". Como se ela alguma vez tenha existido. Na cabeça tonta e desvairada de A. Barreto tudo é possível no campo da sua loucura demencial. O PCP, como "sempre", fica surpreendido. É a ordem natural da sua ideologia pseudo-marxista...

samuel disse...

A autorização?! E isso lá é coisa para "amigos de infância"? :-)))
Obrigado pelo destaque...

Abraço.

Anónimo disse...

A democracia, sem aspas, defendida pelo PCP ao longo da sua existência, longa como nenhum outro tem, abrange os aspectos fundamentais da vida individual e colectiva. "Esta democracia", por isso, não corresponde ao sentido do PCP plasmado no seu Programa e na sucessivas Resoluções Políticas dos seus Congressos. A. Barreto e o comentador das 14.40 não surpreendem dado o seu anticomunismo primário resultante do seu posicionamento na sociedade e do seu trajectório político, pelo menos no que diz respeito ao Barreto. Quanto à ideologia, há quem a defenda, quem a divulgue, quem a discuta, quem procure aliar a prática à teoria, mas o referido Anónimo, talvez porque ressabiado ou mergulhado num nimbo de onde não consegue sair, não consegue distinguir a realidade dos seus fantasmas. O PCP não trai o seu passado e como seria rentável fazê-lo conforme o confirma o nosso dia-a-dia. Mas como força política em que o servir se sobrepoe ao servir-se, se seguissemos outros abençoados caminhos rumariamos para o precípio em que alguns mergulharam. Somos marxistas na teoria, desenvolvemos a discussão na procura das melhores soluções, estamos atentos à realidade, resistimos e lutamos, acreditamos que outro Futuro è possível. Somos marxistas sem renegarmos o leninismo, antes o considerando parte indissociavel da nossa identidade. Mas esse futuro só será construido sem oportunismos, sem a procura de vantagens pessoais, sempre inserido num projecto colectivo. Aqui os arrependidos de hoje, outrora revolucionários de primeira linha, certamente não se sentirão enquadrados, nem os queremos.
Sérgio, como vai longo este texto mas a revolta extravasou o que pensava escrever, os teus textos constituem momentos raros de aprendizagem para quem os quer ler. Mas há quem não os leia e prefira ficar longe, continuar longe, da realidade que se vive.
Um abraço do Norte

Sérgio Ribeiro disse...

antuã - com o engenho e a arte de que formos capazes.
Samuel - Obrigadinho na mesma. Na nossa "comum infância" ensinaram-nos a ter maneiras...

Abraços

(Xô!!!Zut!!!)

Anónimo disse...

este antónio é libre de se exprimir por onde quiser... desde que os esgotos não estejam entupidos.
do vale um expressamente libre abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

"anónimo do Norte" e "anónimo do Vale" - obrigado pelos textos e abraços que retribuo. Olhem... temos de os aturar.

Maria disse...

Bora começar a treinar xutos?

:)))
Beijo, farta destes tipos.

Pata Negra disse...

Já deixei lá no Cantigueiro os parabéns mas ainda sobram para aqui!
Um abraço com expressão