segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Pausa e Balanço (continuação)

A reflexão suscitada pelos comentários que se têm nas mensagens por aqui colocadas está inquinada. A vários níveis ou planos. Se o que nos traz a este tipo de comunicação é… comunicar – para além de quaisquer outras motivações –, a quantidade de comentários funciona como via (não única) de avaliação. Com as limitações da subjectividade, da auto-avaliação.
Depois, há o aspecto qualitativo dos comentários. As intenções.
Divido-os em três tipos, no que toca à minha experiência.
1. Ele há os bem intencionados. Que vêm comunicar, comentando. São sempre bem-vindos! O espaç é (também) vosso.
2. Ele há os de pendor sectário. Que vêm aproveitar o espaço e as mensagens, para fazer proselitismo por intermédio dos comentários.
2.1. Nestes, há os que acumulam com serem bem intencionados. Têm uma opção de vida, de estar, tomaram partido, e defendem a sua escolha, às vezes sem sentido crítico (por isso, com pendor sectário). Gosto deles, ajudam-me. Até a cuidar eu de não cair em sectarismo, e tento ajudar-nos a que o seu pendor não nos embote o sentido crítico. A procurar os porquês.
2.2. E há os que são sectários do poder. Que não só têm pendor como são… sectariamente sectários. Tanto que nem sabem bem de quê. De um chefe, de uma ideia dominante, de um pensamento único. Volúveis na sua aparente rigidez. Com alguns, ainda há uma reserva de comunicabilidade. Há que a aproveitar… para tentar comunicar.
3. Ele há, por último (?), os que... “vêm chatear”. Terão, de mim e do que defendo, uma ideia, uma aproximação, uma versão. Definitivas. Não lêem… andam à cata de “por onde me pegar”. A mim e, muito mais!, ao que defendo e os incomoda que seja defendido.
São os anónimos, mesmo quando simulam heterónimos. Suam despeito, ódio, má fé. Chegam a fazer pena! Alguns têm bases culturais (sabem umas coisas de umas coisas...) que se evidenciam – ou que eles evidenciam! – e que me aprazem, ou aprazariam se fosse possível discutir. Mas não é. Porque não vieram cá para isso. Tudo são armas de arremesso, e não hesitam na mais baixa desonestidade intelectual (ou outra…). São mal-vindos! Mas não lhes fecho a porta - embora compreenda (e aceite!) que haja quem o faça - ... mas "ponho-os na rua" quando me parece que incomodam os outros visitantes e convivas deste espaço!

7 comentários:

samuel disse...

Na rua! De vez em quando tem que ser...

Abraço.

Ana Martins disse...

Parece-me bom critério.

Graciete Rietsch disse...

Querido camarada Sérgio. Só quero enviar-te um abraço e de novo dizer-te que nunca deixo de visitar o teu blogue porque ,com ele, arrumo muitas ideias para além de adquirir mais conhecimentos que se enquadram nos meus ideais.
Mais uma vez um grande abraço.

Pata Negra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Hoje, só para "xatiar", vou ser anónimo, bem intencionado, de pendor sectário, anti-poder e - pausa - balanço não! picota!
Um abrazo isto tudo! (Como é que advinhaste que era eu?!)

Sérgio Ribeiro disse...

samuel - também acho!
Ana Martins - também acho!
Graciete - Obrigado, camarada!
Anónimo sem mácula - Vai "xatiar" outro! "Cegonha"!

Abraço para todos para "abrazarmos" (salvo seja...) os que o mereçam

Maria disse...

Dizer delicadamente que tocou à porta errada...
(até ver)

:)))

Beijo.