domingo, fevereiro 28, 2010

Uma notícia e dois comentários

A notícia que quero destacar é esta:

«300 médicos pedem reforma só numa semana

Pedidos resultam das novas regras do Orçamento e 80% são de médicos de família, afectando 300 mil utentes. A estes, juntam-se os 500 a 700 mil que ainda não tinham.»
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Comentário 1: ... e resultam também da progressiva transformação do direito à saúde (constitucional!) na sua privatização e no negócio da doença e dos cuidados médicos.
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Comentário 2: ... o problema dos "utentes" sem médico de família ir-se-á resolvendo (?), aqui e ali, com a celebração de contratos entre o Poder Local (ou outro), em nome de um SNS em vias de extinção, e empresas fornecedoras de médicos.
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É isto que queremos?
É isto que consentiremos?

8 comentários:

Anónimo disse...

Aqui estamos nós, em Alhos Vedros, sem médico de família. Há dois ou três que se vão revezando. E a minha filha, em Lisboa,está na mesma situação.

Campaniça

cristal disse...

É isso mesmo. Mas a destruição do Serviço Nacional de Saúde tem muito mais a ver com a política desastrada que tem vindo a ser seguida para os enfermeiros. Estes sim, são os profissionais da primeira linha nos serviços de proximidade e o facto de estarem já há anos com condições precárias de emprego tem feito deles uns tarefeiros ajudantes de médico e não promotores da saúde das populações que é o seu principal cuidado. Mas isso é que dava mesmo cabo do negócio...
Queres um exemplo bem concreto? As escolas de enfermagem foram impedidas durante mais de 10 anos, de formar enfermeiras obstétricas que eram as profissionais que garantiam os cuidados de saúde materna ano nível primário de intervenção. Mas com isso foi conseguido que as grávidas em massa se desviassem para os cuidados de médicos privados e também se fizeram crescer desmedidamente as intervenções técnicas "de ponta" na gravidez e nos partos

jrd disse...

Quando há governos que fecham bancos de Hospitais enquanto inauguram hospitais de Bancos ?!...

Maria disse...

Tem dias em que estou completamente farta do meu país. Será da chuva e do vento...

Abraço.
(em dia de neura...)

Sérgio Ribeiro disse...

Campaniça - Pois é... E a tua neta?
cristal - Um dia destes temos de falar muito seriamente sobre "isto".
jrd - em vez de hospitais com bancos... bancos com hospitais!
Maria - Da chuva não é certamente (porque chove em tantos lugares) e o vento não sopra assim só aqui... é,certamente, de sermos tão incuravelmente portugueses.

Obrigado e Abreijos

Anónimo disse...

com consentimento ou não , isso é o que vai acontecer, e é o que está a acontecer.
feliz de quem pode, pois quem não pode e não vê irá ter na agrura do sistema o eco da sua cegueira.
abraço do vale

Anónimo disse...

Falta dizer que os pedidos, no caso dos médicos, resultam também de se aposentarem num dia, criarem uma empresa em nome individual, e no dia seguinte continuarem a desempenhar as mesmas funções que desempenhavam anteriormente,mas agora contratados através da sua empresa.
Passam a receber a pensão de aposentação mais o valor do contrato.

lakyd disse...

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