domingo, maio 28, 2017

Leituras e comentários

Nesta pausa de domingo (ou neste domingo de pausa), retomei algumas rotinas, entre elas a de certas leituras, que logo me convocam para comentários:

1 – Porque “isto anda tudo ligado”, gosto de ler Ana Cristina Leonardo, embora por vezes ela me afugente por excesso de erudição. Ora, este sábado, ACL deu o título Elogio da erudição à sua crónica, o que me assustou. Mas, resistente (ou teimoso) que sou, li até ao fim. E valeu bem a pena porque termina assim:

Apenas comentaria que embora não me pareça que estejamos em período de ressaca (e não me refiro a problema dos intelectuais), mas que há um apagamento dos intelectuais que assusta pelo que pode pressagiar.

2 – Um livro muito referido é o de Carlos Tavares e Carlos Alves A banca e a economia portuguesa. Foi-me aguçado o interesse em o ler, não obstante não esperar novidades relativamente a questões de fundo (e fundamento) que não tenha já lido e debatido em páginas, reuniões, conferências, congressos, mas a que se dedica todo o silêncio e desinformação possível.
De qualquer modo, os autores estão bem documentados, até pelas funções responsáveis que ocuparam. O que é curioso é que nos panegíricos que são feitos ao livro e autores não tenha visto sublinhado – nalguns casos sequer referido – essas circunstâncias curriculares. O que, aliás, não se estranha quando vêm de comentadores que escrevem e falam como se nunca tivessem sido muito responsáveis na coisa pública e até ministros da área, como é o caso do perorador Daniel Bessa.

3 – Do senhor Schäuble não falo, nem de quem dele fala ou escreve. Não valerá a pena gastar mais cera… ou talvez valha, mas cansa tanta prepotência de sua insolência.
Para sair de casos de banca e banqueiros, deixo um apontamento apontar às mentes sobre a magna questão do interesse público, isto é, de todos, e a excelência da gestão privada (sobretudo se em língua estrangeira) que deve – dizem! – servir de exemplo para o que ainda seja público.




1 comentário:

Manuel disse...

E assim ficamos cada vez mais reduzidos à nossa insignificância como determinação dos grandes interesses financeiros