quinta-feira, outubro 06, 2011

O reordenamento administrativo do território - o (in)esperado "livro verde"

Na verdadeira histeria reformadora em que este governo se compraz, a toque de caixa do FMI & Cia., fez-se tábua raza de uma Constituição que nunca foi respeitada mas que constrangia, e o reordenamento do território aparece como insólita prioridade, só explicável pela fobia ao Poder Local.
Em vez da procura de criar um patamar intermédio que, desde o final dos anos 60, se revela indispensável - numa "filosofia" de descentralização e democratização -, e a Constituição de 1976 consagra, substituiram-se os governadores civis por coisa nenhuma, e aparece este "livro verde" num golpe de mágica.
Trata-se, não da criação do patamar que faltava mas do destruir dos degraus de uma escada que é indispensável para que o Poder Central seja efectivamente democrático na estrutura do Estado.
Há que debater isto, e levar às populações que são muito sensíveis enquanto... fregueses (ou freguezes?), e poderão vir a reagir apenas por motivações de espúrias rivalidades e não sádias solidariedades de vizinhança. E proximidade do Poder Local.

4 comentários:

Justine disse...

E assim as populações ficarão cada vez mais isoladas, sozinhas, sem participação...
O teu post é uma excelente chamada de atenção, e é muito preciso levar a mensagem ao maior número possível de pessoas. A questão é sempre a mesma: como????

Graciete Rietsch disse...

O meu computador esteve avariado e aind não está bom.
Por isso por hoje só um beijo.

Fernando Samuel disse...

Trata-se, de facto, de acabar com que, graças a Abril, há de democrático no Poder Local Democrático.

Um abraço.

Antuã disse...

A democracia não abrange os escravos.