Este é, verdadeiramente, o lugar do encontro de quem vem visitar uma das quintas dos antepassados com quem vem “à terra” matar saudades das sardinhas das quintas… feiras.
Uns, são uma família. 1,2,3, discretos na sua ostensiva fidalguia, falida e mal paga. Têm maneiras… O gesto lento, tranquilo, pausado, repousado, posado (de pose). Estão ali. Chegaram mais cedo e comem cozido à portuguesa.
Os outros, ah!, os outros…, os outros invadem (também são mais, são muitos mais). Passam a porta de entrada em formação avançada. Com comandante autoritário (e pouco garboso) à frente. Dando ordens alto e mau som. Marcando o passo pelos seus passos que vencem espaços como que a mostrarem como venceu na vida (à porrada, primeiro levando muita, agora retribuindo alguma).
Uns, são uma família. 1,2,3, discretos na sua ostensiva fidalguia, falida e mal paga. Têm maneiras… O gesto lento, tranquilo, pausado, repousado, posado (de pose). Estão ali. Chegaram mais cedo e comem cozido à portuguesa.
Os outros, ah!, os outros…, os outros invadem (também são mais, são muitos mais). Passam a porta de entrada em formação avançada. Com comandante autoritário (e pouco garboso) à frente. Dando ordens alto e mau som. Marcando o passo pelos seus passos que vencem espaços como que a mostrarem como venceu na vida (à porrada, primeiro levando muita, agora retribuindo alguma).
Numa segunda avalanche, jovens e miudagem. Fazendo muito barulho. En français, claro.
A fechar o pelotão, andar arrastado, puxando gorduras excessivas, as que vieram de lá haut mas que nunca deixarão de ser de cá bas, por mais de madamas que se vistam e mercis que digam.
Os primeiros, não aparentam incomodar-se mesmo nada. Ignoram soberanamente o encontro. E o encontrão... Continuam a sua conversa como se continuassem a ser capazes de se ouvirem tão baixo falam.
Os primeiros, não aparentam incomodar-se mesmo nada. Ignoram soberanamente o encontro. E o encontrão... Continuam a sua conversa como se continuassem a ser capazes de se ouvirem tão baixo falam.
Nem levantam os olhos. Só há pouco, quando tirei uma batata frita da travessa com a mão livre do livro que leio, olharam um tudo nada de viés para esta mesa. Nada de mais...
4 comentários:
És um observador de cinco estrelas.
Todos nós vamos assistindo a cenas destas em cada Verão que passa, mas nem todos o sabemos dizer...
Está uma crónica escorreita, sim senhor, e com a ironia que eu gosto. Vá, continua.
A “rosa dos ventos” tem toda a razão, és muito bom observador, (qualidade dos escritores)!
Na realidade é terrível este período de férias. È o problema da emigração. Tanta da falta de cultura e postura social. Lá andam eles, falando (bem alto) “dialecto” luso-francês imperceptível, quando se zangam com a criancinha, lembram-se das três “palavras” mais usadas no Norte (sem sotaque) ao bom estilo português!
Adoro as tuas crónicas!
GR
Hoje. 30 de Agosto. Quinta-feira. Sardinhas Assadas no 'Presunto'. Estive lá. Com o observador.
Que me ensinou a observar... os encontros e encontrões.
Obrigado Sérgio!
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