quarta-feira, agosto 29, 2007

... tantas vezes antes de tempo...

Ficou a marinar esta expressão num comentário que aí está num outro "post".
"... tantas vezes antes de tempo..."!
E não será, sempre, antes de tempo quando ainda se está lúcido e tanta coisa há para fazer?
Uma vez, no enterro de um camarada muito mais jovem do que eu, caiu-me em cima a angústia de pensar o que eu não teria feito - o que eu não teria vivido, o que eu não teria sido! - se tivesse morrido com a idade daquele camarada. E mais, ainda!, senti a sua morte, e mais ainda sofri o que iria ser a sua ausência da nossa luta.
Foi cá uma pedrada!
Mas... como reagir? Pois abrindo os braços à vida, agarrá-la a mãos ambas... e continuar. Aproveitando a única oportunidade de se estar e ser... e de se ser feliz! Sou-o!

9 comentários:

Maria disse...

Esta caiu direitinha em cima de mim...
É a coincidência de datas próximas, o meu
"antes de tempo" é o título de um post no dia 25 de Agosto.
E foi uma pedrada sim, ou antes, vi o mundo desabar sobre mim, há trinta e tal anos...
... e aqui faço-te a ligação com andar pelas ruas em Bruxelas....

E achas que não agarrei a vida com as mãos e o corpo todo? Claro que o fiz... a seguir a Abril de 74...
Dentro do possível, estou feliz.
Um abreijo

GR disse...

Não vou comentar este tema!
Mas gostei muito do texto.
Demonstras uma grande sensibilidade e um profundo amor pela vida!

GR

Anónimo disse...

Maria, nem sei que te dizer...
O que andava "marinando" dentro de mim vinha de um comentário teu a um "post" meu. O teu "post" "antes do tempo" tocara-me, com o poema do Chico mas, não o tinha ligado ao teu comentário.
Assim andamos embrulhados no que vivemos... e agarrando a vida. De modo nenhum queria que a "pedrada" fizesse ricochete. Desculpa.
O importante é que estejamos felizes. O que nunca é um absoluto, mas é muito bom senti-lo e dize-lo.

Amiga GR, se às vezes fico carente de comentários, não era este o caso. Parece que tinha de sair... e, posto cá fora, vamos p'rá frente (com o nosso profundo amor pela vida). Mas, não estando "pedinte" de comentários, soube-me muito bem tê-los tido.

Temos muitas contas para ajustar na Festa!

Anónimo disse...

sim, a reacção tem de ser essa mesma: viver cada dia como se fosse o último, fazer de cada dia um dia importante, e tentar ir construíndo momentos de felicidade, porque esses somos quase sempre nós que os construímos

Maria disse...

sergio

Não digas nada, mesmo...
Eu vivo um dia de cada vez. Como se fosse sempre o último...
Porque nunca sei (nunca sabemos) o que pode acontecer. Estarei mais feliz daqui a nove ou dez dias......

justine

O encontro mantém-se. No dia 8. Estou se serviço na Bolívia até às 14.30. Mais tarde no Palco 25A.
Iremos beber um copo, à VIDA!

Abreijos aos dois

Anónimo disse...

Pois. Cada dia como se fosse o primeiro dos últimos. Já vou nos primeiros dos últimos... segundos (isto são cá umas contas!).
Quanto a vocência, d. justine, aí por Lisboa quando temos - nós dois - um jantarinho à espera. Será que estas viagens têm alguma coisa a ver com um folhetim que anda por estas páginas?
Se há os desaustinados, este mounti está dejustinado...

gotico disse...

Passamos a maior parte da vida tao embrulhados em nós mesmo, que nem nos apercebemos de tudo o resto. Deixamos de ter a capacidade de observar a simplicadade da vida, das coisas boas que temos, que vivemos....
Infelizmente a morte é a chapada que nos faz acordar e pensar (mas por alguns minutos, depois disso voltamos a estar embrulhados em nós mesmos.)

Rosa dos Ventos disse...

Admiro a tua dupla resistência!
Abraço

Mar Arável disse...

FELIZ

NEM QUE SEJA NUM VAGAROSO INSTANTE

ABRAÇO