sábado, agosto 11, 2007

UMA HISTÓRIA DE AMOR ou DE (S) ENCONTROS - 4

Ela,
em Lisboa

Ao telefone, emprestando boa voz à má fortuna, ela respondeu que também não tinha grande importância – "deixa lá…" –, jantariam dois dias depois, até se metia o fim-de-semana a seguir, e podiam pensar num programa mais interessante e repousante.

Ele,
em Estrasburgo

Com mais umas blasfémias, em que vários presidentes, funcionários do secretariado e deputados de outros partidos não foram muito bem tratados, ele fugiu a reagir à relativa irritação que lhe provocara a calma aceitação, por parte dela, de algo que o estava a perturbar e a estragar planos comuns.
Mas, nessa fuga a falar do que não queria, acrescentou que ainda faltavam duas semanas, com dois fins-de-semana em Lisboa, e uma ida a Bruxelas.

Os dois.
um em Lisboa, outro em Estrasburgo

“Logo se verá”, disseram os dois.

No entanto, antes de desligarem, ainda a ele lhe escapou um comentário muito rápido, a modos de resmungo, "parece que não tiveste grande desgosto... ainda bem!".
Ela fingiu não notar, sabendo que melhor seria não atirar achas para a fogueira da irritação daquele cavalheiro que tão bem conhecia.

3 comentários:

Maria disse...

Ela foi inteligente.....

Sérgio Ribeiro disse...

Obrigada, Maria... dit-elle.
E obrigado, digo eu...
E agora? Estou mesmo com vontade de contar o próximo episódio!
Tenho de me controlar para cumprir o calendário...

GR disse...

Naturalmente que “ela” procedeu bem com a notícia do contratempo que está ser “imposto”!
Situação que todos nós temos que saber lidar! Mesmo quando dizemos para nós próprios: “Estou farta! Nunca mais ninguém me apanha! É última vez que me meto nisto!”
Desabafos rapidamente esquecidos.
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Vinte dias?
Termina no dia 27?

GR