terça-feira, agosto 14, 2007

UMA HISTÓRIA DE AMOR ou DE (S) ENCONTROS - 7

Foi uma noite agitada

Passou a noite meio desperto, entre dúvidas e contradições.

De manhã, meteu‑se no duche como quem procura uma terapia que o desperte para um dia novo, lavado da insónia, limpo das teias de aranha com que as noites mal ou não dormidas enchem as cabeças.

Mais uma vez, como gostava de fazer, ele interpretava aquela subtileza linguística que valoriza o português face ao francês. É que, enquanto os franceses não fazem mais que "se laver les cheveux", os portugueses lavam é a cabeça. Às vezes com tanta força que até o fazem por dentro... Como ele o fez naquela manhã.

De repente, do meio da espuma espalhada pelo cabelo, barba e resto do corpo, saiu o eureka tantas vezes repetido desde que um grego - parece que filósofo - o gritou no banho de imersão em que flutuava sem saber porquê até esse tal eureka que o fez saltar da banheira.

Foi depois desse preciso, concreto e aportuguesado eureka, soltado do duche e não do banho de imersão, que começou a lenta e laboriosa montagem de um plano, peça por peça, como se fosse um assalto a um comboio-correio. Ou uma conspiração. Como, no “antigamente”, participara em algumas.

"Ela ia ver... ah!, ela ia ver...”

5 comentários:

GR disse...

É sempre bom um reconfortante banho!
Mas este euro deputado é persistente.
È assim mesmo!
Mas…a culpa ”dela” foi ter sido compreensiva!!!
Não é crime!

GR

Anónimo disse...

Atenção:
é tudo ficção...

Anónimo disse...

Pois, o aviso já tinha sido feito e não foi esquecido por quem anda a ler, diariamente,os episódios que vão "saindo". Mas, não posso impedir o curso do pensamento e já fui assaltada pela ideia de, afinal, ser mesmo uma calúnia o que algumas "aves canoras" dizem , ou seja,que se padece de anti-europeísmo. É falso,como se prova. Até na ficção se fala no continente a que pertencemos desde sempre.

MJ disse...

Por estes dias a teia prende-me cada vez menos (vivo 5 horas por dia num condomínio de ferro com motorista partilhado, que é o esforço que o país me pede para fazer, e cuidando da paciência lá vou cumprindo com a salubridade possível), mesmo assim aqui me vou prazendo a cada passagem com paragem.
A minha ginetazinha (como lhe chama o pediatra) está impecável, a progenitura também. Alargamentos para já só das medidas antropométricas.
Fiquei muito contente com a possibilidade avançada no telefonema no sábado. A minha inconfidencialidade já contaminou mais duas pessoas que ficaram muito interessadas em estar presentes.
Um grande abraço para vocês, e já agora para a malta aqui vem que na certa vem por bem.

Maria disse...

Sigo já para o plano que montaste....
... se for um plano bonito, ela vai saltar de contente...